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Part 30- Caprichos do coração


GILBERT

Gilbert estava sentado em um restaurante perto do hospital, enquanto checava suas mensagens no celular. Estava cansado de comer na cantina e por isso resolvera variar naquele dia, e também porque estava cada vez mais irritado com as atenções da enfermeira Nora que não largava do seu pé, a mulher parecia decidida a conquistá-lo e não iria desistir fácil. Nem todos os olhares gelados que ele lhe lançava e nem mesmo o fato de ele ter namorada era o suficiente para dissuadi-la, então ele pensava que o melhor a fazer era evitar todas as situações nas quais pudesse encontrá-la fora do ambiente médico, e como parecia que ela tinha decorado todos os seus horários, fugir da cantina e procurar outro lugar para almoçar em paz fora a única solução que encontrara.

Enquanto aguardava pela comida, ele esperava receber alguma mensagem de Anne. Ele se acostumara ler seus recadinhos carinhosos todas as manhãs, e isso era o principal elemento para que ele tivesse um dia bom e feliz. Pensar nela, mesmo nas piores situações tornava suportável qualquer expediente de trabalho mais pesado que ele pudesse ter.

Fora fácil se acostumar com Anne em sua vida, em pouco tempo ela se tornara um vício tão empolgante, que ele não conseguia mais se ver sem ela. Até a atmosfera do seu apartamento tinha mudado, estava mais alegre, perdera aquele ar formal de homem solteiro e médico que lhe dava a impressão de saía daquela atmosfera de hospital e entrava em um lugar seco e árido, e que ele agora identificava como solidão pura.

Mesmo quando Sarah estava ali, ele se sentia dessa maneira. Seu apartamento tinha sido somente um lugar para passar a noite e descansar quando o seu horário de trabalho se encerrava no hospital, se ficasse em um hotel a sensação seria a mesma, porque não conseguia sentir que ali era o seu lar. Essa palavra ele somente conseguia compreender seu real significado quando estava em sua fazenda, pois era lá que estavam suas raízes, suas melhores lembranças de seu pai e de sua infância, e onde aprendera os melhores valores de sua vida.

E era onde tinha suas melhores lembranças de Anne também quando eram mais jovens, e que se somavam as que estavam construindo juntos no presente, e que se multiplicariam quando seus laços do futuro fossem fortalecidos pela família que formariam, colhendo os frutos daquele amor que sobrevivera ao tempo e à distância. Não era nem um pouco difícil para Gilbert enxergar Anne como mãe de seus filhos, embora não tivessem falado sobre isso, ele desejava muito casar com ela o quanto antes. Mesmo o namoro deles sendo recente, o que sentiam um pelo outro tinha quase a mesma idade dos anos que tinham de vida, portanto, o namoro somente viera coroar o que seus corações partilhavam a muito tempo.

Gilbert suspirou impaciente quando checou o celular pela décima vez, e viu que Anne ainda não tinha lhe enviado nenhuma mensagem. Assim, ele mesmo decidiu que ligaria para ela, precisava ouvir a voz de Anne nem que fosse por um instante, ou o seu dia não teria brilho nenhum.

Ao primeiro toque Anne atendeu, e a voz dela lhe pareceu como uma brisa, tocando-o suavemente e tornando-o mais leve. Ele sorriu ao imaginar o que ela estaria fazendo, e pensou que talvez estivesse fazendo companhia a Matthew com um bom livro nas mãos, ou fazendo palavras cruzadas que era outro de seus passatempos favoritos. Estavam tão perto e ao mesmo tempo tão longe, e era mesmo uma pena que pudessem apenas se comunicar por telefone naquele instante. Gilbert queria ter o poder de atravessar os limites do tempo e estar com ela fisicamente, acabando com aquela necessidade que tinha de tocá-la, de segurá-la em um abraço por medo de que ela se afastasse dele e fosse embora de novo.

Anne não falava sobre Nova Iorque, mas Gilbert sabia exatamente quantos dias faltavam para o fim das férias dela, e antes que ela se fosse tinham que planejar o que tinham que fazer, porque ele não pretendia ficar distante dela por muito tempo. Ele adoraria que Anne ficasse em Avonlea para sempre, mas não podia ser tão possessivo ou egoísta a ponto de querer que ela o seguisse incondicionalmente. Não viviam mais no século passado, e a mulher tinha tanto direito quanto o homem de ter sua própria profissão, portanto, ele não pretendia interferir na carreira que Anne escolhera para si, embora ele desconfiasse que iria morrer de ciúmes dela toda vez que a visse em um outdoor anunciando uma nova coleção de biquínis, ou maiôs, uma nova marca de perfume ou uma nova cor de jeans,

Voltou sua atenção para o telefone em sus mãos e para a mulher que falava com ele do outro lado da linha. Sua primeira pergunta fora se ela estava ocupada, e ela respondera que estava apenas pensando, e ele perguntara:

- E o que está passando dentro dessa cabecinha linda e ruiva?- ele usara o apelido dela de infância deliberadamente, porque adorava quando ela ficava zangada, pois perdia aquela ar de garota da cidade e voltava a ser apenas sua pequena Anne.

Quando ela dissera que estivera pensando nele em resposta à sua pergunta, seu ego se inflamou um pouco ao saber que estivera passeando pelos pensamentos dela, e sua curiosidade o levara a perguntar o teor desses pensamentos.

- - Ah, isso é segredo de estado. Não posso te contar.- ela respondera deixando-o ainda mais curioso, e se sentiu desafiado, como se ela lhe dissesse que se quisesse saber teria que se esforçar um pouco mais. A sua resposta foi a mais provocante possível, e até mesmo o tom de sua voz mudou sem que ele percebesse;

- Você sabe que sou bom em desvendar segredos, principalmente os seus. – Anne aceitou o desafio, e sua voz também soou provocante quando disse:

- Então, você devia saber que seu melhor ainda que você nesse assunto. – Mais um desfio e Gilbert o aceitou prontamente dizendo:

- E você devia saber que não tem chance nenhuma quando te beijo. – Naquele instante ele achou que tivesse saído vitorioso, mas o que ela disse a seguir tirou-lhe o foco:

- Devo lembrá-lo quem desvendou o segredo de quem ontem à noite? – mil pensamentos em sua cabeça o atiraram a fogueira de um desejo que naquele momento não podia ser satisfeito. Aquela garota podia até ser inocente para algumas coisas, mas sabia bem como fazê-lo arder com apenas algumas palavras. Ela o fizera se lembrar do dia anterior quando se provocaram até que ele desistiu, Anne o tinha completamente sob de seus domínios, e escapar dela nunca seria simples para ele. Gilbert a acusara te jogar sujo quando ela sabia exatamente da frustração na qual o deixara quando fora embora na noite anterior com apenas um beijo, depois de fazê-lo pensar que teriam mais uma noite quente. Ela era melhor naquele jogo do que ele, tinha que admitir e se não tomasse cuidado ia se tornar mais dependente dela do que desejava. Ele então lhe dissera que o fato de não terem terminado o jogo que tinham começado o tinha afetado mais do que esperava, e ela respondera:

- Querido, podemos terminar quando você quiser, mas quero avisá-lo que não te darei nenhuma vantagem. – ele não conseguira reprimir o riso ao ouvir aquelas palavras Anne era mesmo abusada, será que sabia o tamanho da encrenca na qual estava se metendo? Gilbert tivera que lembrá-la que não precisava de nenhuma vantagem uma vez que confiava muito bem em seu instinto de caçador, e Anne, mais uma vez o surpreendera dizendo:

- Querido, você diz isso porque não conhece meu lado de garota má. – Gilbert adorara quando ela dissera isso, pois quando se pensava em uma garota má, conceito era de que tudo era permitido e os limites eram escassos, o que o fez se arrepiar ao vir à sua mente todas as maneiras com as quais adoraria fazê-la pagar por ser tão provocante e insolente, assim ele dissera com a voz mais sensual que conseguira:

- Eu vou adorar desvendar os segredos dessa garota tão má. – e para seu prazer maior, Anne retrucara:

- Eu tenho certeza que vai adorar. Esse é o meu melhor lado.- a brincadeira tomara um rumo mais íntimo do que aconselhável àquela hora do dia, mas Gilbert estava amando cada segundo. Anne sempre entrava na mesma vibração que ele e suas conversas sempre acabavam em uma provocação estimulante para os dois. Mas, ele tivera que encerrar o telefonema quando percebera que seu horário de almoço estava quase no fim, mas antes de desligar definitivamente ele a convidara para sair naquela noite, o que ela aceitara prontamente, e quando ele lhe perguntara onde ela queria ir, ela respondera:

- Você decide dessa vez- assim, ele finalmente desligara dizendo que tentaria ser criativo. Para não a decepcionar.

Gilbert estava quase saindo do restaurante quando ouviu alguém chamá-lo e ficou surpreso em ver seu velho amigo de infância Muddy sentado a poucos metros dele. Ele se aproximou da mesa do rapaz que almoçava sozinho, e que o convidou para um café. Gilbert olhou para seu relógio de pulso e verificou que ainda teria um tempo antes de seu próximo turno começar, então, aceitou o convite e se sentou à mesa com o amigo.

Muddy não tinha mudado muito com o passar dos anos. Ele possuía o mesmo sorriso caloroso e a mesma vitalidade dos tempos de colégio, apenas sua constituição física tinha mudado. Do garoto roliço que era Muddy se transformou em um rapaz elegante e cheio de músculo dando-lhe um ar mais confiante e atraente, porém, ao observá-lo melhor, Gilbert percebeu que mais alguma coisa tinha mudado. Os olhos brilhantes do garoto que sempre estiveram pronto para agradar a quem quer que fosse tinham ganhado um ar cínico que Gilbert desconhecia, embora ele se lembrasse que já na adolescência certas atitudes do amigo tinham começado a mudar, principalmente depois que a mãe o abandonara e ao pai para ir embora com outro homem, e nunca mais voltara.

Após esse fato, Muddy começara a tratar as garotas diferente, colecionando namoradas mais do que colecionava camisas, e deixando-as para trás assim que perdia o interesse sem se importar com quantos corações partidos ele abandonava pelo caminho, como se quisesse dessa maneira vingar-se da mãe de quem nunca mais tivera notícias. Dessa maneira os anos passaram, Gilbert fora para a faculdade de medicina e Muddy para a de Veterinária e nunca mais se falaram, mas Gilbert sempre se lembrava do amigo com quem crescera e amara como a um irmão.

- Que bons ventos o trazem a Avonlea, Muddy? – Gilbert perguntara enquanto tomava sua xícara de café quente.

- Eu estou morando aqui novamente, depois que me formei, trabalhei algum tempo na Califórnia como veterinário, mas um belo dia me cansei da vida da cidade grande e resolvi voltar para casa. Agora tenho uma clínica veterinária aqui mesmo. E você, já se casou, Gilbert? - Muddy perguntou, olhando para o amigo com curiosidade.

- Ainda não, mas estou namorando. – Gilbert respondeu sorrindo.

- E quem é a felizarda ou melhor, a azarada? – Muddy disse rindo do que dissera.

- Anne.

- Anne Cuthbert? - Gilbert assentiu e Muddy quase gritou fazendo várias cabeças se voltarem para eles; - Meu Deus! Então, você conseguiu afinal. Quem diria que você conseguiria conquistar aquela ruivinha de sangue quente? – Muddy disse com um olhar surpreso.

- E você, tomou juízo? – Gilbert perguntou.

- Não exatamente. – Muddy respondeu fugindo do olhar de Gilbert.

- Quer dizer que continua o Dom Juan de sempre? – Gilbert não quis parecer que reprovava as atitudes do amigo, mas sua voz saiu mais dura do que pretendia fazendo Muddy responder da defensiva:

- Você sabe que não sou do tipo que se casa.

- Mas, mesmo depois desse tempo não se apaixonou por ninguém? - Gilbert viu um assombra passar pelos olhos de Muddy quando ele respondeu:

- Houve uma garota, mas não durou muito porque ela era boa demais para mim.- Gilbert percebeu que o interesse do amigo na tal garota era maior do que ele queria apresentar, por isso, ele disse:

- Muddy, eu sei dos seus problemas com sua mãe, mas não devia julgar todas as mulheres pelo que ela fez. Isso não é certo e é cruel com você e com elas.- Muddy desviou o olhar para o lado por um momento, e depois fitou Gilbert novamente nos olhos.

- Estou feliz assim, Gilbert. Fique tranquilo, essa é exatamente a vida que quis para mim.- Gilbert não acreditou muito nas palavras dele, mas, não quis insistir, afinal, cada um sabia exatamente o que era melhor para si. Ele consultou o relógio novamente, e viu que era hora de ir, então se despediu do amigo dizendo.

- Bem, tenho que ir. Meu turno começa em quinze minutos, venha me visitar, ficarei imensamente feliz em te receber.- ele apertou a mão do rapaz enquanto Muddy lhe respondia:

- Claro, amigo. Me passe o número do seu telefone assim poderemos marcar alguma coisa, e colocar todos os nossos assuntos em dia. – Gilbert concordou, trocaram números de telefone, se despediram e cada um foi para um lado.

Enquanto voltava para o hospital, Gilbert ficou pensando na conversa que teve com Muddy, e sentiu pena do amigo, ao pensar no quanto ele estava perdendo por viver daquela maneira tão desregrada e solitária, e de novo agradeceu ao céus por ter-lhe enviado Anne e permitido reencontrar o amor novamente, salvando-o do mesmo destino do amigo que de nenhuma forma parecia feliz, e Gilbert somente esperava que um dia Muddy pudesse encontrar alguém que curasse seu coração e lhe mostrava o que realmente valia a pena.

Olá. Mais um, capítulo postado. Espero que comentem e apreciem. Beijos.

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