Capítulo 9- Chamas de uma paixão
ANNE
Anne desceu do táxi, pagou a corrida e entrou em casa. Marilla a aguardava ansiosa, e assim que a viu, veio correndo saber notícias de Matthew, mas ao ver o olhar triste de Anne e os traços das lágrimas que ainda cobriam a pele delicada de seu rosto, Marilla levou a mão ao coração esperando más notícias.
- Anne, por favor, Não me esconda nada. Como está meu irmão?
- Nada bem, Marilla. Gilbert disse que o problema é sério. Matthew desenvolveu uma pneumonia grave, e ele teve que colocá-lo nos aparelhos que o ajudarão a respirar, pois seus pulmões estão muito comprometidos. – Anne abraçou Marilla, as lágrimas escorrendo silenciosas pelo seu rosto.
- Anne, você acha que o Matthew pode...- Marilla não conseguiu terminar a frase. Perder o irmão era algo inconcebível para ela. Matthew era seu companheiro, seu amigo, e juntos enfrentaram muitas tempestades juntos sempre com força e otimismo. Seu irmão sempre fora um homem decente, honesto e trabalhador, apesar de nunca demonstrar Marilla o amava muito e viver o resto de seus dias sem a presença dele seria difícil demais para ela. Matthew era ranzinza, teimoso e na maior parte do tempo a irritava profundamente com suas manias diversas, mas ele era seu irmão, seu sangue e esperava de todo coração que ele pudesse se salvar.
Mesmo com o coração sangrando, Marilla não derramou nenhuma lágrima, ela estava acostumada a dureza da vida, e passara por mais provações do que alguém poderia suportar, e por isso, chorar nunca fora uma opção para ela, ela cerrava os dentes, respirava fundo, dizia para si mesma que tudo iria melhorar e que bastava ter fé. Era assim que Marilla suportava suas dores, não se deixava desanimar mesmo que não houvesse nenhuma esperança, porque desde que se conhecia por gente fora ensinada a ser forte, sem dramas e sem lamentações. E se caso suas esperanças fossem em vão e fracassassem, ela seguia em frente mesmo assim, pois o mundo não parava de girar porque ela sofrera uma rasteira da vida.
- Vamos, Anne, Pare de chorar. Temos que confiar que Matthew vai melhorar. Gilbert está cuidando dele, e não haveria ninguém melhor para isso. Ele é um excelente médico e muito conhecido por curar pacientes em suas piores condições. – ao ouvir o nome de Gilbert, Anne chorou ainda mais. Gilbert poderia ser perito em curar pacientes em estado crítico, mas era um especialista em quebrar corações, principalmente o dela, Anne pensou.
- Vamos, Anne. Não precisa chorar desse jeito. Qualquer um que visse você pensaria que Matthew está condenado. Ele vai ficar bem, tenha fé.- Marilla tentava consolá-la da melhor forma possível, mas Anne não conseguia parar de chorar, parecia que abrira uma comporta dentro dela que despejava sua mágoa para fora sem parar.
- Desculpe, Marilla. Prometo que vou me controlar. É que nunca vi Matthew assim, e vê-lo em tais condições me assusta muito. – Anne enxugou as lágrimas com as costas das mãos enquanto Marilla a abraçava com carinho.
- Tudo vai ficar bem, querida, Agora vá para o seu quarto tomar um banho. Descanse um pouco e depois desça para o jantar. Você está com uma aparência muito abatida e precisa se alimentar direito.
- Obrigada, Marilla. Vou fazer exatamente isso.- Anne beijou Marilla no rosto e foi para seu quarto.
Assim que entrou nele se despiu e foi para o chuveiro, desejando ardentemente que Green Gables tivesse uma banheira onde pudesse mergulhar seu corpo em relaxar todo o seu corpo em água quente cheia de espuma. Mas, teve que se contentar com uma ducha quente, e enquanto a água banhava cada centímetro da sua pele, ela se lembrou do que acontecera aquela tarde no consultório de Gilbert.
Ela tinha enlouquecido completamente, só podia ser isso. Permitiu que ele a tocasse depois de ter prometido a si mesma que isso nunca mais aconteceria. Quantas vezes ia ter que dizer a si mesma que ele era comprometido, e portanto, era terreno proibido para ela? Ela jamais de envolveria com alguém que não fosse livre como ela, pois não tinha a menor aptidão para ser a terceira pessoa em um relacionamento. Ela tinha amigas em Nova Iorque que não se importavam com isso e até zombavam dela por isso. Elas diziam que se as duas partes queriam qual era o problema em se divertir um pouco? Mas, para Anne um relacionamento assim nunca daria certo, portanto era melhor se manter longe de confusão.
Porém, esse pensamento parecia não funcionar com Gilbert. Por mais que dissesse que não queria que ele a tocasse, mais ela desejava o toque dele, e quanto mais tentava ficar longe, mais ela o queria por perto. Era difícil demais não se perder naqueles olhos maravilhosos, e quando isso acontecia Anne esquecia até mesmo de quem ela era.
Gilbert conseguia fazê-la deixar de lado os seus princípios, e 'por duas vezes quase se entregara à ele sem pensar nas consequências. Pois, era um fogo que a queimava completamente e não conseguia se libertar desse desejo que a estava consumindo por dentro. E mesmo agora que estava longe dos olhares dele, ela ainda sentia sua pele formigar com as lembranças dos lábios dele deslizando devagar pelo seu corpo, e os beijos que a deixavam cada vez mais faminta por ele. Anne queria apagar esses sentimentos de dento dela, mas Gilbert parecia tê-la marcado com ferro quente, e o toque dele estava para sempre gravado em sua memória. Precisava resistir ao que sentia, não podia se deixar levar. Só de lembrar como se agarrara a ele naquela tarde sem se importar em onde estavam, seu rosto queimava de vergonha, e ela nunca se sentira assim antes.
Por causa de sua profissão, conhecera os homens mais interessantes e fascinantes do mundo, que lhe ofereceram o mundo em uma bandeja de prata, mas por infelicidade ou ironia do destino, o único homem que queria era aquele que apenas lhe oferecia carícias furtivas que nem lhe pertenciam de fato, e isso a deixava arrasada. Ela daria tudo para esquecer Gilbert, mas depois de sete anos fracassados ela estava cansada de tentar. A única coisa que podia fazer para manter sua dignidade intacta era mantê-lo longe, pois somente assim não cairia em tentação e se jogaria nos braços dele de vez,
Os dias que se passaram foram cheios de tensão e ansiedade para Anne. Ela fazia suas tarefas habituais em Green Gables e a passava a tarde toda fazendo companhia para Matthew. Embora ele ainda estivesse sedado a maior parte do tempo, e por isso, não tinha consciência da presença dela, a aparência dele parecia melhor, e sua respiração estava quase normal. Gilbert lhe dissera que se ele continuasse evoluindo assim, poderia voltar a respirar normalmente em alguns dias, e essa notícia a deixara muito aliviada. A única coisa que a deixava nervosa era ter que lidar com a presença constante de Gilbert ao seu redor. Ela sabia que ele não fazia aquilo de propósito, era de responsabilidade dele verificar os progressos clínicos de Matthew, afinal Gilbert era o médico dele, ainda assim ela preferiria que ele não entrasse tantas vezes no quarto, ou que tentasse falar com ela todas as vezes, mesmo que fosse apenas para deixá-la a par do que estava acontecendo com Matthew.
Porque isso tornava difícil demais para ela não prestar atenção em tudo o que ele fazia, embora fingisse o tempo todo que não ligava. Mas disfarçadamente, ela observava a maneira como ele caminhava pelo quarto com uma aura de poder que a fascinava, o jeito com que ele examinava Matthew com suas mãos tão seguras, as mesmas que a tocaram com paixão, e os lábios que se mexiam quando ele falava com ela, mas que às vezes não conseguia escutar direito, porque estava distraída demais sonhando com os beijos dele.
Ela estava completamente perdida, tinha consciência disso, e não sabia como sair dessa confusão na qual se metera. Quem diria que suas férias se tornariam um teste de resistência ao charme de Gilbert Blythe?
Quem diria que descobriria que seus sentimentos por Gilbert não tinham mudado com o tempo, somente se tornaram mais fortes, e ela não sabia o que fazer para lutar contra eles. Ela não tinha armas para se defender contra o que sentia, e Anne estava vulnerável e sem forças para resistir a sensualidade do toque de Gilbert. O jeito que ele a olhava fazia sua alma se derreter como se estivesse em contato com uma floresta inteira em chamas, e o pior de tudo, era a sensação reconfortante de estar em casa, de ter voltado para o seu lugar de origem, de ter enfim encontrado a parte de si mesma que estava perdida.
E por essa razão, era tão fácil se deixar levar, esquecer que Gilbert tinha outra mulher em sua vida e sucumbir ao aquele fogo que via dentro dos olhos dele, agir sem pudor, se entregar à emoção que sentia, e amar Gilbert até que todo o resto deixasse de existir.
O sentimento dentro dela era tão grande, que ela não conseguia deixar de pensar por que era tão intenso assim. Os outros poucos namorados que tivera nunca despertaram nela essa força primitiva que a fazia desejar coisas que nunca antes desejara.
Talvez, ela pensou, que fosse assim por que fora Gilbert que lhe dera o primeiro beijo e todos os outros que se seguiram depois. Fora com ele que tivera as primeiras fantasias de se casar e ter uma família, fora com ele que desejar que sua primeira vez acontecesse-, e a desilusão destes sonhos a jogara direto para o vácuo de dias infelizes.
Aqueles sonhos a perseguiram por anos, mesmo Anne dizendo que nem se lembrava mais de como era o rosto de Gilbert, ela sabia que se lembrava de cada detalhe . Ele era seu sonho de amor frustrado, e por isso estar em Avonlea e sentir a presença de Gilbert a cada segundo não estava facilitando sua vida, mas a ideia de fazer amor com ele enquanto ele tinha compromissos com outra mulher também não era uma ideia que a atraía muito, embora o seu corpo contasse uma história diferente.
Após uma semana atribulada e cheia de tensão, a sexta-feira chegou finalmente, e Anne pensou no que faria com o fim de semana que teria pela frente, além de visitar Matthew no hospital. Talvez pudesse passar o dia com Cole ou quem sabe pudesse visitar Diana e convidá-la para ir a um restaurante local para almoçarem juntos. Precisava falar com alguém, ou enlouqueceria. Estava exausta de discutir consigo mesma os prós e contras de seu relacionamento com Gilbert.
Cole apareceu no momento exato em que Anne pensava em ligar para ele.
- Olá, querida. Como você está? Me desculpe não te procurar antes, mas eu estava tentando termina e um trabalho difícil. Um cliente importante encomendou um quadro, e estou a vários dias trabalhando em cima dele. Você recebeu os meus recados, não é? – Cole tinha lhe enviado várias mensagens assim que soubera sobre Matthew se desculpando por não poder estar com ela naquele momento tão difícil.
- Recebi sim. Obrigada pelas palavras sempre carinhosas.- Anne abraçou o amigo com carinho.
- É Matthew? Como ele está? – Cole perguntou.
- Gilbert disse que logo ele estará respirando sem ajuda dos aparelhos.
- E como está o seu relacionamento com o Doutor Blythe bonitão?
- Não temos relacionamento nenhum, Cole. Ele só é o médico de Matthew.- Anne respondeu sentindo seu rosto corar.
- Como você pode perder uma oportunidade como essa, Anne? Se eu fosse você já estaria me agarrando com ele pelos cantos mais escuros do hospital. – Anne ficou mais vermelha ainda. Cole tinha um jeito de dizer as coisas que a embaraçava. E não era por que não estava acostumada com isso. Em Nova Iorque ela tinha amigas que usavam os palavreados mais ousados para se referirem a algum assunto, e ela nunca se importava. Mas, com Cole era diferente, pois ele estava sempre disposto a colocar Gilbert no meio da conversa e isso a deixava desconfortável.
- Pare com isso, Cole. Isso não teria o menor cabimento.
- Você ficou vermelha. Isso quer dizer que você já pensou nisso. Ou será que já aconteceu? - Anne sentiu um frio no estômago. O amigo parecia ter um sexto sentido para adivinhar as coisas, principalmente as que tinham a ver com ela. Mas, não ia confessar a Cole o que acontecera no consultório de Gilbert. Ainda se sentia constrangida com o ocorrido, e não conseguiria falar aquilo com ninguém, principalmente com Cole que tinha ideias muito peculiares sobre o assunto.
- É claro que não. Gilbert tem namorada, Cole.
- Pare de repetir isso para mim como se fosse um mantra. Já te disse que isso não é empecilho nenhum para vocês se relacionarem.- Cole disse sério
- Eu não pretendo ser a terceira pessoa da relação, Cole.- Anne disse também. séria.
- É quem disse que tem que ser a terceira? É só você estalar os dedos e Gilbert vem comer na sua mão.
- As coisas não são assim, Cole.
- É claro que são. Você é que sempre dificulta tudo. Se você ainda não percebeu, o bonitão Doutor Blythe arrasta um caminhão por você. – Anne começou a ficar impaciente com o rumo da conversa. Suas mãos começaram a suar como sempre acontecia quando falava de Gilbert.
- Cole, por que não mudamos de assunto?
- Por que sempre foge do que sente, Anne? - Cole continuou a pressioná-la sem piedade.
- Eu não posso me envolver com ele.
- Por que não? O que a impede? Não repita de novo que é por causa da namorada dele-, por que isso não cola mais.
- Talvez por que eu queira mais do que um simples caso de férias. Talvez porque eu queira alguém que me ame de verdade, alguém que seja só meu e eu não tenha que dividir com ninguém. – Anne sempre se sentia desconfortável ao falar de seus sentimentos mais íntimos, pois isso a fazia se sentir exposta, mesmo que a pessoa com quem estivesse falando a respeito fosse seu velho amigo Come.
- O que você quer, Anne? Uma aliança no dedo e véu e grinalda?
- E se eu quiser? É tão ruim assim? – Ela perguntou de maneira petulante.
- Não, não acho que seja errado você querer se casar e construir uma vida com alguém. Mas, para que isso aconteça você precisa se relacionar com a pessoa, e pelo que vejo, você não está dando nenhuma chance para você e o Gilbert.
- Quem disse que quero me casar com o Gilbert? – Cole se aproximou dela e segurou as mãos dela entre as suas.
- Anne, a quem quer enganar? Sempre foi o Gilbert desde seus nove anos e sempre será. Eu sei que o ama, mesmo que me diga que estou errado. E eu tenho certeza que ele não é nem um pouco indiferente a você.
- Ele não me ama, Cole. – Anne disse com os olhos cheios de sofrimento que fez doer o coração de Cole.
- Como pode saber? Ele te disse alguma coisa?
- Não, mas eu sinto. Tudo o que ele quer é uma aventura, e eu não quero me magoar de novo.- Cole apertou as mãos dela com carinho e disse:
- Anne; deixe o passado de lado. Você já viveu tempo demais nele. Vocês eram apenas dois adolescentes quando aquele incidente infeliz aconteceu. Já se passaram tantos anos. Não tem sentido você continuar sofrendo por isso.
Anne sabia que Cole estava certo, mas teimosamente continuava a se agarrar àquela velha mágoa que não permitia que perdoasse Gilbert. Talvez, devesse falar com ele sobre aquilo e esclarecer as coisas, mas seu orgulho era grande demais para permitir que Gilbert soubesse o quanto a magoara, e quanto poder ele ainda tinha para isso.
- Eu não sei. E tudo confuso demais para mim. Não consigo pensar direito com tudo isso que está acontecendo. Minhas emoções estão um caos.
- Tudo bem, querida. Vamos deixar esse assunto de lado por enquanto. Eu vim aqui por outro motivo. Você está se lembrando que amanhã é meu aniversário? - Anne arregalou os olhos surpresa.
- Me desculpe, Cole. Tinha me esquecido completamente.
- Não se preocupe. Eu entendo. Vim até aqui te fazer um convite e não aceito um não como resposta. – Cole parecia muito animado e Anne adorava ver esse lado do amigo, pois lhe fazia muito bem. – Eu e alguns amigos vamos a um clube hoje à noite em Charlotte Town, e quero que você vá conosco.-
-Não sei, Cole. Não estou no clima para festas.- Anne disse desanimada.
- Ah, Anne. Não faça essa desfeita para o seu amigo. Além de mais, sair daqui somente vai te fazer bem.
- Concordo com Cole. Fazem duas semanas que está aqui e não foi para lugar nenhum. Uma moça na sua idade precisa de divertir. – Marilla disse vindo da cozinha.
- Vamos, Anne. Aceite. Por mim.- Anne acabou rindo da cara que o amigo fez. Nunca conseguia lhe dizer não.
- Está bem. Eu vou.- Cole ficou tão fiz que a pegou Anne pela cintura e rodou com ela pela sala como se valsassem.
- É assim que se fala, garota. – Cole disse meio sem fôlego. – Passo para te pegar às oito. Agora tenho que ir, ainda tenho algumas coisas para resolver. Boa tarde Anne, Boa tarde, Sra. Cuthbert.
- Cole é um bom rapaz.- Marilla comentou vendo- o sair todo apressado
- Sim, e um excelente amigo, também. – Anne concordou. – É melhor eu subir para o meu quarto e começar a me arrumar. –
- Isso, mesmo, querida. E coloque um sorriso no rosto, pois anda muito triste estes dias.
- Vou tentar, Marilla.- Anne respondeu subindo as escadas.
Ela tomou um banho demorado. Depois foi até seu guarda roupa e escolheu um vestido preto sem alças que era justo até a cintura e depois caía soltinho até no meio de suas coxas. Como acessório colocou um colar de pérolas com brinco combinando, e calçou sandálias de salto pretas. Decidiu deixar os cabelos soltos e como maquiagem apenas usava batom vermelho e lápis preto para realçar os olhos.
Quando Cole chegou às oito horas em ponto, Anne estava pronta. E ao vê-la descer as escadas toda arrumada, ele disse encantado.
- Meu Deus! Quem é essa deusa ruiva na minha frente? Estou apaixonado.
- Não amole, Cole. – Anne disse encabulada.
- Você está realmente linda, filha.- Marilla elogiou.
- Obrigada, Marilla.
- Tenham juízo vocês dois. Não bebam demais.- Marilla aconselhou.
- Pode deixar, Sra. Cuthbert. Anne dormirá em meu apartamento depois da festa, pois não gosto de dirigir muito tarde durante a noite.
- Está bem. Nos vemos amanhã, então. – Marilla disse beijando ambos em suas bochechas.
A viagem até Charlotte Town foi tranquila e animada, pois Cole era um excelente companheiro. Conversaram bastante, e assim Anne conseguiu relaxar. Após entrarem no clube, encontraram os amigos de Cole esperando por eles em uma mesa. Eram todos artistas como ele, e Anne gostou imensamente de cada um. Em um dado momento Cole disse;
- Vamos até o bar buscar mais bebidas.
- Está bem.- Anne respondeu, seguindo- o até o barman mais próximo. Ela estava de costas falando com Cole enquanto esperavam pela bebida, quando uma voz bem conhecida falou junto ao seu ouvido deixando-a arrepiada.
- Oi, Anne. Parece que o nosso destino é mesmo nos encontramos e ficarmos juntos. Então, porque nos negar esse prazer? - Ela se virou devagar, não conseguindo acreditar em seus ouvidos. Mas, então seus olhos foram capturados por uma imensidão castanha que fez seu coração disparar enquanto ela dizia:
- Gilbert?
Olá. Espero que gostem e comentem. Beijos.
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