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Capítulo 8- O amor entre nós



GILBERT

Gilbert se encontrava sentado em seu consultório desde que Anne tinha ido embora há meia hora atrás. Ele passou as mãos pelos cabelos, tentando trazer certa coerência aos seus pensamentos confusos demais. Ele sabia o que tinha que ser feito, e iria fazê-lo, apenas não sabia como conduziria aquela situação a um desfecho menos doloroso para todas as partes envolvidas no processo.

Gilbert se levantou e andou pela sala. Tentando vasculhar em sua mente uma maneira mais fácil de abordar aquele assunto com Sarah. Ela não merecia o que estava acontecendo, e Gilbert não queria mantê-la em um relacionamento que não tinha mais razão para continuar, especialmente depois do que acontecera entre ele e Anne naquele consultório.

Ele não podia mais negar, ou fingir que não estava acontecendo. Ele sempre amara Anne, isso era um fato que ele nunca escondera de si mesmo, mas com o passar dos anos o sentimento ficara adormecido pela falta de notícias dela, pela sua dedicação à sua profissão, e então, ele conhecera Sarah e achou que poderia dar uma nova chance ao amor. Ela era uma pessoa agradável, de fácil convivência e que tornara sua vida um pouco mais leve diante de todos os conflitos que povoavam sua mente naquele tempo, e não fora difícil se envolver com ela e se deixar ser amado por ela.

Porém, ao analisar seus sentimentos daquela época, Gilbert tinha que admitir que não se apaixonara por ela, o que ele sentia se assemelhava mais a uma amizade profunda do que amos propriamente, e mesmo o sexo entre eles nunca fora algo mais do que satisfatório, pelo menos para ele. Nunca sentira com Sarah o que sentia com Anne.

Eram coisas completamente diferente. Fazer amor com Sarah era encontrar uma calmaria reconfortante, daquelas que se assemelham quando mergulhamos nossas almas em algo familiar e conhecido, que nos dá confiança e serenidade, pois sabemos que no final não há surpresas ou mudanças de caminho, tudo é previsível e esperado. Mas, tocar Anne era como colocar as mãos em brasa quente, era se jogar de cabeça em um redemoinho de sensações e não saber onde iria parar. Era sentir dentro de si um desejo tão poderoso que não seria saciado nunca a não ser que tivesse aquela mulher em seus braços, e mesmo assim, era continuar queimando até o momento seguinte desejando-a mais do que nunca.

Ele passara anos com suas emoções adormecidas e agora por causa daquela garota, e somente por ela, Gilbert descobrira que o amor que o magoara tanto ainda estava lá, e não tinha chances nenhuma de acabar, principalmente depois de todos aqueles momentos íntimos com Anne que lhe provaram que ela era a mulher certa para ele, e que não havia nenhuma outra no mundo inteiro que o fizesse se sentir vivo com o ela o fazia se sentir.

Anne era que o faltava nele, aquela energia súbita que o fazia desejar voar cada vez mais alto até atingir a nirvana dos seus sonhos, aquela necessidade de buscar dentro de si a melhor versão de si mesmo, aquele desejo absoluto de enfrentar a vida de peito aberto sem medo do que iria encontrar na próxima curva do seu destino. Tudo isso ela despertava nele, e Gilbert não se lembrava de um dia ter se sentido assim com mais ninguém.

Quando eram crianças e ele nem sonhava que as coisas entre ele Anne mudariam da amizade que tinham para aquele sentimento tão poderoso, ele já sentia aquela atração pela presença dela. Era como se estar com Anne fizesse os coisas ruins irem embora, e somente sobrasse aquela alegria espontânea que vinha dela, aquela risada que o fazia ter vontade de rir também de tudo, transformando a tristeza em momentos prazerosos e infinitamente felizes.

Gilbert sorriu com as lembranças do passado, e agora ele compreendia que mesmo naquele tempo, o que sentia por Anne era um amor puro sem as malícias do mundo, era um amor que crescera com ele, florescera e se tornara uma das coisas que mais dava sentido a sua vida.

Quando ela fora embora, ele perdera tudo aquilo e nunca mais fora o mesmo, era como se tivesse uma peça faltando, mas que agora com a volta dela, tudo voltara a ser como era antes. Ele não podia deixar que ela saísse de sua vida agora que ele tinha se reencontrado, agora que o sentido que faltava tornava tudo certo de novo. Ele tinha que conquistá-la, ele precisava tê-la em sua vida, pois caso contrário, todas as coisas que sonhara serem possíveis para ambos ficaria relegada a uma lista de desejos não satisfeitos.

Mas, para isso, ele tinha um problema urgente para resolver e que o esperava na cafeteria do hospital às três horas. Ele resolveria tudo com Sarah naquele dia mesmo. Não podia mais adiar sua história com Anne. Esperara sete anos para reencontrá-la e não podia deixar passar a oportunidade. Sarah iria sofrer no início, mas Gilbert sabia que ela logo encontraria alguém que a amaria como ela merecia, e Gilbert não queria continuar mentindo para ela.

Ele olhou para o relógio e percebeu que faltavam cinco minutos para que ele encontrasse Sarah na cafeteria, e ele marchou até lá decidido a esclarecer tudo aquilo. Quando entrou dentro da cafeteria; Sarah já o esperava em uma mesa perto da janela, o cantinho favorito dela

Assim que viu Gilbert, seu rosto se iluminou em um sorriso, e Gilbert sentiu uma pintada de remorso pelo que iria fazer. Mas, seria pior se continuasse a enganá-la, por sido, preferia acabar com tudo aquilo de vez, ao invés de levar em banho Maria um relacionamento que não era mais satisfatório para nenhum dos dois.

Ele se aproximou da mesa dela e ouviu-a dizer:

- Eu já fiz os pedidos se não se importa. Você demorou para chegar e eu não quis perder tempo.

- Tudo bem. Você sabe de todos os meus gostos.- e era verdade, Gilbert pensou. Sarah cuidava dele como uma irmã ou uma mãe cuidaria, e esse pensamento deixou-o um pouco constrangido. Por que somente agora percebia coisas que não tinha percebido antes? Fora necessário que Anne aparecesse em sua vida, para ele enxergar tudo o que não conseguia ver. Era como se uma venda fosse retirada dos seus olhos e ele conseguisse finalmente compreender tudo o que estava errado em sua vida.

- Sarah, preciso falar com você, - ele começou, assim que se sentou à mesa.

- Claro amor, qual é o problema? - ela disse massageando as têmporas, e Gilbert percebeu que ela estava um pouco pálida, por isso, perguntou preocupado.

- Está sentindo alguma coisa?

- Não é nada. É a minha velha enxaqueca que resolveu me pegar de jeito hoje. Mas, continue por favor.

- Bem você sabe que estamos juntos a um bom tempo e,,, - O bip dela e dele soaram ao mesmo tempo, e Gilbert percebeu que não teria tempo para falar com Sarah naquele momento, pois precisavam dele e na UTI.

- Creio que não poderemos conversar agora, tenho que atender a uma emergência.- ele disse se levantando.

- Eu também. O paciente do quarto cinco está dando trabalho para as enfermeiras novatas. Tenho que ver o que está acontecendo.

- Podemos nos falar hoje à noite? É importante.- Gilbert perguntou esperançoso.

- Claro. Te encontro no seu apartamento. – Até mais tarde, Sarah disse beijando-o rapidamente o rosto e se afastando apressadamente.

Gilbert suspirou pesaroso. Ele queria ter resolvido tudo com a Sarah naquele dia mesmo, mas as coisas não saíram como ele esperava. Pelo menos, ele teria outra oportunidade aquela noite. Precisava acabar com aquela situação o quanto antes, não perderia Anne uma segunda vez.

Gilbert voltou para casa uma hora depois de falar com Sarah pois como era seu dia de folga, ele apenas resolvera o problema com o paciente da UTI, dera uma última olhada em Matthew e dirigiu até seu apartamento em Charlotte Town.

Ele decidiu que faria um jantar especial para a conversa que teria com Sarah, pensando que se tornasse o ambiente um pouco mais íntimo seria mais fácil de amaciar o golpe que aquele assunto seria para Sarah. Ele sabia que estava sendo egoísta, iria despejar em cima de Sarah sete anos de um amor mal resolvido, mas ele tinha pressa, não queria esperar mais, não queria passar mais um minuto lamentando a falta que Anne fazia em sua vida. Aqueles poucos momentos com ela despertaram nele uma necessidade urgente de viver cada segundo amando-a e sendo amado por ela, e se ela ainda não sentisse o mesmo que ele, Gilbert daria um jeito para que ela se apaixonasse por ele, a conquistaria, não importava o que tivesse que fazer, pois precisava tanto dela em sua vida que essa necessidade lhe dava forças para lutar por ela como fosse.

O jantar estava quase pronto quando Sarah ligou, ela parecia nervosa e falava com tanta pressa que Gilbert teve que pedir que ela repetisse o que estava dizendo, pois não conseguia compreendê-la.

- Meu pai sofreu um acidente e minha mãe disse que foi grave. Vou viajar hoje mesmo para a casa deles, e não sei quanto tempo vou ficar fora. Já avisei no hospital. Eu sei que tínhamos um jantar hoje, e que você queria falar comigo. Me perdoe, meu amor, mas não será possível.

- Fique tranquila, podemos falar sobre isso depois. Não quero que se preocupe com nada. Quer que eu te leve ao aeroporto? - ele perguntou solicito.

-Não precisa, já peguei um táxi. Ligo assim que tiver notícias.

- Está bem. Se cuide.- ele disse ao se despedir.

Gilbert desligou o celular com o coração pesado. Parecia que o destino estava brincando com ele. Colocara Anne de novo em seu caminho, mas fazia de tudo para mantê-la longe dele.

Ele jantou sozinho, e depois tentou se distrair com um programa de humor que ele adorava, mas que naquele dia não conseguia prender sua atenção Sua cabeça não o deixava em paz, ele não conseguia parar de pensar em Anne e na situação em que se encontravam. Não ia desistir, ele pensou decidido, ele tinha que encontrar uma solução urgente para aquele dilema.

Os dias que se seguiram foram uma prova de fogo para Gilbert, pois via Anne todos os dias no hospital, mas não podia se aproximar, porque ela mesma lhe pedira isso. Era uma tortura vê-la chegar sempre acompanhada de alguém e não poder falar com ela, sentir seu perfume delicioso, acariciar as mechas daqueles cabelos magníficos e ouvir a voz suave dela dizendo o seu nome. Ele sonhava em poder beijá-la de novo, tocar sua pele macia, ouvir seus suspiros de prazer e tê-la com ele para sempre.

Mas, estava impedido, pelo menos temporariamente de realizar estes desejos, então, ele se mantinha distante, observando-a de longe, como um adolescente apaixonado que sonhava acordado com a garota de seus sonhos.

Como ele tinha chegado a isso? Não saberia dizer. Se tivessem dito a ele a um mês atrás, que estaria morrendo de amor por uma garota que fizera parte de seu passado, mas que hoje suas realidades eram bem diferentes, ele não teria acreditado.

Ele era um cirurgião que lidava com coisas práticas, que tinha que tomar decisões rápidas, pois vidas humanas dependiam disso, e não tinha tempo nenhum para romantismo clichê. Mas bastou Anne surgir em sua frente, para que aquele menino que fora no passado, que adorava lhe dizer coisas bonitas somente par vê-la corar, tinha renascido e tomado conta dele de tal maneira, que ele descobrira que não importava o quanto estivesse ocupado, ele sempre teria tempo para o seu amor por Anne.

E agora ele tinha que se contentar com aqueles segundos no hospital em que ela vinha visitar Matthew e que fingia não prestar atenção na presença de Gilbert a poucos metros dela, mas que disfarçadamente o olhava pelo vidro que revestia os quartos, quando achava que Gilbert não perceberia.

Anne mal falava com ele quando Gilbert entrava no quarto de Matthew para suas visitas de rotina, a única coisa que parecia lhe interessar era o estado de saúde de seu pai adotivo, pois era o único momento no qual ela lhe dava completava atenção quando ele falava. Mas, mesmo se fazendo de indiferente, Gilbert percebia a agitação de Anne quando ele estava presente, suas mãos tremiam, suas feições do rosto ficavam mais coradas, e ele evitava qualquer contato físico com ele.

Gilbert era um homem experiente, ele não tivera muitas namoradas e nem se relacionara com muitas mulheres na vida, mas sabia ler nas entrelinhas e aprendera como médico a entender as reações das pessoas. Por mais que Anne nevasse e lhe pedisse para ficar longe dela, Gilbert percebia que a afetava de alguma forma, e que a atração física entre eles era enorme. Isso ele também percebera todas as vezes que a tocara. Ela não conseguia esconder que também o queria, e isso por si só já era meio caminho andado. Fazê-la admitir isso era o seu próximo objetivo, e queria com isso provar a ela que não fazia sentido ficarem separados. Gilbert mal podia esperar pelo dia que a teria completamente entregue em seus braços.

O fim de semana chegou e Gilbert não estaria de plantão no hospital, portanto estava livre para fazer o que quisesse, mas ele não tinha nenhum plano interessante para seus dois dias de folga, e pensou que talvez fosse uma boa ideia ir para a fazenda novamente e assim ficar mais próximo de Anne.

Então, um amigo dos tempos da faculdade com quem tinha ainda algum contato, ligou convidando-o para irem a um clube naquela sexta-feira, e Gilbert resolveu que era melhor do que ficar em cada pensando em Anne e esperando notícias de Sarah que ainda não tinha ligado para falar do real estado de seu pai.

Gilbert então aceitou o convite e se encontrou com o amigo na porta do clube que estava lotado de gente naquela sexta- feira agitada. Quando entraram, procuraram logo por uma mesa e enquanto o amigo se ajeitava por lá, Gilbert pediu licença para buscar uma bebida para ambos.

Ele caminhou em direção ao bar, se desviando de várias pessoas que conversavam entre os corredores, tornando o lugar menor ainda do que já era. Ele chegou até o bar não sem antes ter tropeçando em pelo menos dez pessoas que insistiam em dificultar-lhe a passagem, e seus olhos foram atraídos por mechas ruivas brilhantes. Ela estava de costas e falava com alguém do lado dela, mas Gilbert nem se importou em ver quem era. Ele foi se aproximando sabendo quem exatamente aquela garota era, pois ninguém mais tinha aquele tipo de cabelo por ali

Ele ficou exatamente a um passo atrás dela, e disse provocante em seu ouvido;

-Olá Anne. Parece que nosso destino é mesmo nos encontrarmos e ficarmos juntos. Então, por que não nos damos este prazer?

- Ela olhou para ele, com seus olhos azuis incrédulos e disse apenas com um fio de voz.

- Gilbert?


Olá. Espero que gostem e comentem, conto com vocês.

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