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Capítulo 40- Idas e Vindas


Queridos leitores. Eu achei que não iria mais chorar com um capítulo depois do último capítulo da outra fic, mas estava enganada. Este capítulo também me emocionou demais, e espero que emocione vocês também. Me enviem seus comentários. Muito obrigada.

A música mencionada é muito linda. Se quiserem ouvir vocês encontram no you tube.


GILBERT

Era terça-feira, véspera de sua viagem. Gilbert olhou para as duas malas que levaria com ele até a Alemanha , e verificou se não estava esquecendo nada, ou pelo menos as coisas essenciais que ele acreditava que lhe fariam falta, e que não encontraria em lugar algum.

Em uma das malas estava uma foto de Anne. Não que precisaria dela para se lembrar de sua ruivinha. Todas as características que faziam parte do ser humano incrível que ela era estavam gravadas em seu coração, e por isso, não havia chance nenhuma de deixá-la para trás.

Não conseguira fazer isso em sete anos que ficaram longe um do outro, e agora que tinham finalmente se entregado ao que sentiam, Gilbert sabia que Anne sempre estaria com ele, e não importava a distância. Aquela foto era uma das maneira que pensara encontrar em ter Anne com ele pelo menos espiritualmente já que ela se recusara a ir com ele.

Gilbert não a julgava, ele a compreendia melhor que ninguém. Ele também não sabia se abriria mão de sua carreira por um certo tempo, e seguiria Anne por onde ela fosse. E isso não era questão de amor, que existia de sobra entre ambos, também não era questão de se importar um com outro, porque Gilbert sabia que Anne se importava com ele, tanto quanto se importava com ela. Era o que fazia parte de suas naturezas, o que eram como indivíduos, pelo que lutavam, pelo que buscavam para que pudessem se sentir completos e inteiros. Era a capacidade que tinham de abdicar das futilidades da vida, e se entregarem de corpo o e alma a algo que realmente trouxesse significado para suas vidas. No caso dele ajudar Sarah era uma dessas coisas, mas não a única. Anne era uma da partes mais importantes, a melhor parte dele.

Ela pensava que ele estava abrindo mão dela por causa de um idealismo que poderia levá-lo ou não ao sucesso de sua empreitada, mas a verdade era que não abrira mão dela e nunca abriria. Estava indo sim para a Alemanha, mas ela também iria com ele, em suas memórias, em cada toque dela em seu corpo, em seu coração que não havia mais espaço para nada e ninguém. Ele estava indo naquela viagem, porque daquilo dependia a vida de uma pessoa, e também a sua paz de espírito que o estimulava a fazer algo com seu dom de curar pessoas, antes que o remorso ou a culpa o engolisse e o levasse por um caminho que o afastaria inevitavelmente de seu amor, e não podia deixar que isso acontecesse. Gilbert perdera seu pai para uma doença que na época, ele não tinha conhecimento nenhum para poder ajudá-lo, e fora arrasador, e agora ele tinha a chance de fazer algo por alguém que tivera um papel importante em sua vida, e precisava pelo menos tentar. A voz interior que sempre. Impulsionava em coisas assim lhe dizia que era possível e que ele podia fazê-lo, então, ele o faria, pois Sarah merecia todo o tipo de ajuda que ele pudesse lhe dar.

Gilbert não sabia se Anne tinha entendido tudo aquilo quando ele lhe explicara no último fim de semana que passaram juntos, mas ele esperava que sim. No fundo ela sabia que Gilbert estava fazendo o que era certo, mesmo que isso colocasse uma certa distância de continentes entre eles, mas, não era nada que o sentimento que tinham um pelo outro não pudesse vencer.

Gilbert a amava mais do que pudesse ser possível, e sabia que esse sentimento sempre o acompanharia como o acompanhara em todos os anos de afastamento entre eles, porém, naquela época, o que tinha por ela era um amor romântico fantasiado de incertezas, e ilusões de que havia uma vida perfeita que construíram juntos e teriam um final feliz. E o que sentia por Anne agora era o amor de um homem que caminhara por muitas estradas, sofrera decepções e se magoara, mas tinha as mãos cheias de um futuro incrível que sonhava para os dois, e este homem sempre voltaria para ela, e não importava quantos quilômetros teria que enfrentar para isso.

No último domingo, ele e Anne tinham conversado por horas, segurando um na mão do outro com faziam quando crianças e queriam contar um segredo. Ele sempre sentia que voltavam no tempo quando estavam juntos, como se as lacunas dos anos que se instalaram entre eles tivessem sendo preenchidas uma a uma agora. Anne então o olhara com aqueles olhos azuis acinzentados e perguntara:

- Do que vai sentir mais falta quando for para a Alemanha, Gil? - ele a olhara, tocara em seus cabelos e sorrira ao dizer:

- De você. – Ela o olhara espantada como se a reposta que ele lhe dera fosse algo fora do comum, e depois dissera:

- De mim? Mas, não vai sentir falta de seu trabalho? De sua fazenda? De seus amigos?

- Sim, mas não dá maneira como pensa. Meu trabalho, eu posso fazer em qualquer lugar do mundo, pois sempre haverá hospitais que precisam de médicos idealistas como eu. A minha fazenda sempre estará aqui quando eu quiser voltar para ela, pois minhas raízes e minha base familiar está aqui. Os meus amigos são os mesmo quando eu era criança, com exceção de alguns que fiz na época de faculdade que posso matar a saudades mandando uma mensagem ou telefonar, e também posso fazer alguns novos para onde eu vou. Mas, você...- ele a olhara tão intensamente que a fez corar, o que ele achou incrivelmente adorável, e depois continuou - onde encontrarei outra Anne como você? Não existe nenhuma em todo mundo, a não ser essa mulher que eu amo, e que tem vivido em mim desde que eu era um garotinho. Não tenha dúvidas, meu amor, de que te levarei em meu coração, mas sentirei sua falta a cada segundo. Eu sei que me odeia agora por colocar essa barreira de distância entre nós, mas saiba que sou seu, assim como você é minha, e vou sempre voltar para você, não importa a distância, o tempo ou as condições que terei que enfrentar para chegar até você de novo. - neste de ponto da conversa, ele percebeu que Anne chorava, ele então a abraçou, e beijou-a com tanto amor, que quando se separaram, ela manteve os olhos por alguns minutos fechados, como se fosse incapaz de romper a mágica que aquele beijo criara entre os dois, e então ela os abriu, e Gilbert notou que ainda estavam tristes, em seguida ela disse;

- Se me ama tanto assim, porque tenho a impressão que está me abandonando? - o coração dele deu um pulo, como se as palavras dela tivessem encontrado o caminho certo e adentrado sua alma com sua intensidade e dor. Ele tomou o rosto dela entre as mãos e respondeu.

- Amor, eu não estou te abandonando. Você não tem mais catorze anos, Anne. Esqueça essa parte de sua vida que te fez tanto mal. Eu estou aqui, vou sempre estar, mesmo que fisicamente eu não esteja, se me procurar em seu coração é lá que vou estar, pois é o único lar que conheço desde nossa tenra infância. Será que não compreende que moro dentro de você da mesma maneira que mora dentro de mim? Nunca estaremos realmente separados, pois onde você estiver, eu também estarei. - se beijaram novamente, pois palavras não foram mais necessárias.

Fizeram amor várias vezes, nos últimos três dias. Gilbert se afastara do trabalho para resolver algumas coisas pendentes antes de viajar, e porque queria passar a maior parte do tempo com Anne. Eles ficaram na fazenda dele, e Anne dormira com ele todas as noites, pois não queriam se separar além do necessário.

Foram momentos intensos e cheios de paixão. Se ele fechasse os olhos ainda podia sentir as mãos dela acariciando sua nuca, enquanto seus lábios se perdiam nos dela, e seus corpos se entregavam a todos os tipos de sensações que seus beijos e toques podiam provocar. No último dia em que fizeram amor, quando seus corpos se uniram naquela volúpia arrebatadora foi como se suas almas também se unissem, e foi aí que Gilbert compreendeu que realmente se pertenciam um ao outro, e que nada poderia quebrar aquele elo que os unia, sempre se encontrariam e nunca se perderiam um do outro.

Minutos depois enquanto descansavam um nos braços do outro, Gilbert acariciou os lábios de Anne com a ponta dos dedos e dissera;

- Eu te amo, Anne. Não tenho nenhuma dúvida quanto a isso. Mas, quero me prometa uma coisa. - ela o olhara com curiosidade e perguntara:

- O que é?

- Quero que nesse tempo que vou ficar fora, você vai se divertir, sair com suas amigas e não vai se enterrar no trabalho.

- Gil...- ele a interrompeu.

- Por favor, me prometa. Não quero que fique triste, trancada dentro de casa. O mundo merece ter sua presença e ver esse seu sorriso lindo que eu amo. - ela não disse nada, e Gilbert a abraçou apertado como se sua vida dependesse disso.

- Me prometa, Anne. Por favor. – ele insistiu

- Eu prometo. Se isso é tão importante para você, mas quero que saiba que eu também te amo, e vou sentir sua falta desesperadamente em cada fibra do meu ser.- Anne tocou o rosto dele com as mãos como se quisesse guardar em sua lembrança cada parte do rosto de Gilbert, e depois disse com a voz emocionada - eu nunca vou esquecer você como nunca te esqueci no passado. Eu amo cada parte de você, porque cada uma me completa de um jeito. Você me disse que não existe outra Anne para você, mas também não existe outro Gilbert Blythe para mim. E mesmo que fiquemos separados, eu nunca vou conseguir amar ninguém do jeito que amo você.

E de novo se beijaram, e ficaram assim por todos os outros dias. Gilbert nunca vivera momentos de tanto amor como os que tivera no ultimo fim de semana, mas não tinham acabado ainda. Ele tinha prometido a Anne que sairiam naquele dia também, e ele pretendia levá-la a um lugar especial e tinha certeza que ela amaria. Com o pensamento cheio de sua ruivinha, Gilbert saiu de casa, pegou seu carro e dirigiu até Green Gables onde Anne com certeza o esperava para passarem seu último dia juntos, e Gilbert faria de tudo para que fosse inesquecível para ela.

ANNE

Anne esperava por Gilbert ansiosa. Ele lhe prometera que passariam aquele último dia juntos, e ela não se aguentava de ansiedade em vê-lo Tinham passado tanto tempo nos dias anteriores à esse juntos, que quase pareciam um casal de recém casados, e ela fantasiou em sua cabeça aquela possibilidade Nunca pensara em se casar antes, mas, depois que começara a namorar Gilbert essa ideia tinha tomado forma em sua mente, e às vezes não conseguia pensar em outra coisa.

Ela sabia que iria amar ser esposa dele, pois não conseguia se imaginar nessa posição com outra pessoa. Sempre fugira desse tipo de compromisso quando alguns pretendentes se declararam para ela, e recusara uma a uma porque não conseguiria se casar com alguém sem amor. Não era segurança ou posição social que desejava para si como muitas de suas amigas de trabalho. Anne queria um homem para amar e amá-la com a mesma intensidade, com quem teria filhos e construiria uma base familiar sólida. Queria envelhecer com essa pessoa e quando enfim deixassem esse mundo, desejava que esse amor se perpetuasse através dos tempos em todas as pessoas que como ela pudessem amar com liberdade.

E era sempre a imagem de Gilbert que chegava até ela naqueles momentos. Não podia ser outra pessoa, e nunca seria. Como quisera se enganar achando que a atração que sentira por ele na adolescência era a mesma que sentia agora. Ela o amara naquele tempo, mas de outra maneira. Era romântica e pensava que tudo era como nos filmes, que no final todos teriam seu momento de felicidade, mas depois descobrira que a vida oferecia muito pouco, e tomava tudo o que podia sem remorsos, a prova disso era o que ela estava perdendo agora.

Não importava todo o tempo que tivera nos últimos dias com Gilbert, nunca seria o suficiente, e agora as horas passavam tão rápidas levando -o para longe dela em uma velocidade incrível. Queria poder encontrar uma maneira de fazê-lo ficar, mas sabia que não adiantaria nada. Gilbert iria para a Alemanha de qualquer jeito, pois era o que sua consciência o estava mandando fazer.

Eles falaram sobre isso no último domingo, e embora tivesse compreendido cada palavra que ele dissera, seu coração continuava revoltado pela realidade dura de toda aquela situação. Fora tão bom falar com ele, e deixar que ele ouvisse de sua boca tantos sentimentos que ela tinha guardado com ela durante aquele tempo, e fora melhor ainda ouvi-lo falar dos dele, pois foi como se cada afirmação dele aquecesse seu coração.

Estavam sentados na varanda da fazenda deque, e até o cenário era perfeito. A tarde estava ensolarada, havia passarinhos cantando por toda parte, e Anne se sentia tão conectada a Gilbert quanto suas mãos que estavam entrelaçadas nas dele. Então, ela olhara para ele e perguntara do que ele sentiria mais falta quando fosse para Alemanha. Gilbert demorara apenas um instante para responder algo que a surpreendera, pois esperava que ele lhe dissesse milhares de coisas diferentes como o clima, a comida, sua fazenda, até os momentos que tinha com ela, mas o que ele disse, e a maneira como ele falara a deixara completamente abobalhado:

- De você. – E depois a ficara olhando de um jeito que nunca ninguém a olhara antes, ele podia ler a sua alma de um jeito que a assustava, nunca se sentir a tão nua diante de alguém. Para disfarçar sua falta de jeito ela perguntara:

- De mim? Mas, não vai sentir falta de seu trabalho? De sua fazenda? De seus amigos? - Gilbert mais uma vez sorrira e apertada ainda mais seus dedos entre os dele e respondera:

- Sim. Mas não da maneira como pensa. Meu trabalho, eu posso fazer em qualquer lugar do mundo, pois sempre haverá hospitais que precisam de médicos idealistas como eu. A minha fazenda sempre estará aqui quando eu quiser voltar para ela, pois minhas raízes e minha base familiar está aqui. Os meus amigos são os mesmo quando eu era criança, com exceção de alguns que fiz na época de faculdade que possa matar a saudades mandando uma mensagem ou telefonando, e também posso fazer alguns novos para onde eu vou. Mas, você...- ele parara de falar um pouco para lhe dar um selinho, e depois continuou- onde encontrarei outra Anne como você? Não existe nenhuma em todo mundo, a não ser essa mulher que eu amo, e que tem vivido em mim desde que eu era um garotinho. Não tenha dúvidas, meu amor, de que te levarei em meu coração, mas sentirei sua falta a cada segundo. Eu sei que me odeia agora por colocar essa barreira de distância entre nós, mas saiba que sou seu, assim como você é minha, e vou sempre voltar para você, não importa a distância, o tempo ou as condições que terei que enfrentar para chegar até você de novo. - palavras perfeitas vinda de um homem que ao seus olhos também era perfeito. Gilbert podia cometer erros, magoá-la às vezes quando agia de maneira que Anne nem sempre concordava, mas nunca a imagem e a opinião que tinha dele era modificada, ou arranhada. Ela sabia que ele sempre agia pensando no bem de todos, embora nem sempre agradasse a todos inclusive ela, mas Anne nunca deixava de enxergar o grande homem que ele era, e o que havia por trás das camadas que ele tentava esconder do mundo, mas não dela.

Gilbert Blythe era a pessoa mais generosa e desprendida que Anne já tinha conhecido, por isso, as palavras que ele dissera tinham-na emocionado tanto. Ele sabia que ele a amava, mas nunca pensara que fosse naquela proporção. E quando ele a beijara, ela pôde sentir a verdade de cada emoção que ele colocava ali, porque tudo o que ela sentia era igual, por isso, lhe custava tanto deixá-lo ir. Nunca sentiria aquilo de novo por ninguém.

Mas, uma pergunta ficara martelando em sua cabeça e ela a fizera em voz alta, pois quisera saber por que apesar de tanto amor que ele dizia ter por ela, Anne sentia que ele a estava abandonando. E mais uma vez Gilbert provara ser o homem que ela pensava que ele era, e respondeu:

- Amor, eu não estou te abandonando. Você não tem mais catorze anos, Anne. Esqueça essa parte de sua vida que te fez tanto mal. Eu estou aqui, vou sempre estar, mesmo que fisicamente eu não esteja, se me procurar em seu coração é lá que vou estar, pois é o único lar que conheço desde nossa tenra infância. Será que não compreende que moro dentro de você da mesma maneira que mora dentro de mim? Nunca estaremos realmente separados, pois onde você estiver, eu também estarei. - depois disso passaram as horas e os dias se amando e tudo fora perfeito como devia ser. E pela primeira vez, Anne compreendeu o quanto os seus sentimentos por Gilbert tinham se aprofundado durante aquele tempo. Ela sabia que o amava desde sempre, mas não sabia que era um amor que transcendia a tudo, e que nem mesmo a distância poderia mudar. Anne não sabia como seria seu futuro dali a quatro meses quando Gilbert voltasse, mas por hora, ela teria que se apegar à aquele sentimento bom que se espalhava dentro dela e que a fazia ver a vida com outros olhos, seu coração estava preso a Gilbert Blythe para sempre e era dele todas as partes daquele amor que não diminuía e que apenas parecia se agigantar cada vez mais.

E então, ele lhe fizera pedido que ela nunca imaginou que ele faria, mas que mostrou a ela que Gilbert realmente se importava em como ela estaria durante aqueles meses sem ele. Ele se despiu de qualquer egoísmo, colocando mais uma vez o bem-estar dela a frente do seu.

- Eu te amo, Anne. Não tenho nenhuma dúvida quanto a isso. Mas, quero que me prometa uma coisa.

- O que é? - ela perguntara esperando que fosse algum pedido especial, menos o que ele lhe dissera.

- Quero que nesse tempo que vou ficar fora, você vá se divertir, sair com suas amigas e não vai se enterrar no trabalho. – Ela quisera protestar, mas não deixara e assim disse mais:

- Por favor, me prometa. Não quero que fique triste, trancada dentro de casa. O mundo merece ter sua presença e ver esse seu sorriso lindo que eu amo. - ele insistira nisso até que ela disse o que ele queria ouvir, mas Anne só não sabia se conseguiria cumprir, pois duvidava que iria achar graça em qualquer coisa depois que ele fosse embora.

Mas, ela também quisera confessar algo a Gilbert, pois sentia que era a hora. Não queria que ele fosse embora sem saber de seus reais sentimentos e assim ela disse:

- Quero que saiba que eu também te amo, e vou sentir sua falta desesperadamente em cada fibra do meu ser.- Anne tocou o rosto dele com as mãos como se quisesse guardar em suas lembranças cada parte do rosto de Gilbert, e depois disse com a voz emocionada - eu nunca vou esquecer você como nunca te esqueci no passado. Eu amo cada parte de você, porque cada uma me completa de um jeito. Você me disse que não existe outra Anne para você, mas também não existe outro Gilbert Blythe para mim. E mesmo que fiquemos separados, eu nunca vou conseguir amar ninguém do jeito que amo você. - e foi impossível não passarem mais uma noite juntos depois disso, faziam amor de um jeito tão intenso que Anne sentiu com o tivesse tatuado cada toque de Gilbert em sua pele.

Enfim, ali estava ela a espera do único homem dono de seu coração, e quando ouviu a buzina do carro dele chegando, ela se apressou em ir ao seu encontro, pois não queria perder nem um minuto longe ele.

GILBERT E ANNE

- Eu não acredito, Gilbert que me trouxe aqui. - ela disse com os olhos brilhando.

Eles estavam sentados debaixo de uma árvore frondosa, a mesma sob a qual se sentavam quando eram crianças e depois adolescentes. O velho balanço ainda estava lá, assim como um jardim de girassóis. Anne amava girassóis, e aqueles eram especiais para ela, porque lhe lembravam de um tempo no qual fora verdadeiramente feliz ao lado de Gilbert, sem as preocupações da vida adulta.

- Então, você se lembra daqui como eu? - Gilbert disse m, abraçando-a pela cintura e apoiando seu queixo no ombro dela.

- Eu nunca esqueceria esse lugar. – Anne disse apoiando suas costas no peito de Gilbert.

- Vê aqui? Ainda tem nossos nomes escritos, com a data e tudo. - Gilbert disse animado.

- Quer escrever de novo? Quem sabe no futuro poderemos voltar aqui e encontrar de novo o que escrevemos? - Anne falou com o coração apertado, não querendo pensar que talvez aquilo nunca mais fosse possível.

- Claro que quero. - Gilbert pegou um canivete que tinha no carro e escreveu no tronco da árvore, "Gilbert ama Anne para sempre ". E olhou para ela, que tinha os olhos marejados.

- Sabe que te amo, não é?

- Eu sei. Eu também amo você, por isso, dói tanto vê-lo indo embora.

- Amor, eu não estou indo embora. Não pense assim. Até parece que estamos os despedindo para sempre. - Gilbert disse abraçando Anne e a trazendo para o seu colo.

- Será que não te provei o suficiente o quanto eu te amo todos esses dias? – Ele acariciava os cabelos dela enquanto a mantinha sentada em seu colo.

- Sim Meu amor. Você me provou o suficiente. Esqueça, é bobagem minha. - ela o abraçou pelo pescoço e o trouxe para mais perto

- Não é bobagem se te magoa- Gilbert disse pegando no queixo dela com o polegar. - O que posso fazer para que se sinta melhor?

- Quero apenas que me beije e que me ame como tem feito todos esses dias. - ela disse com os. lábios quase encostando nos dele.

- Mas eu te amo, Anne, muito. – Sua boca capturou a dela, e logo estavam tão grudados que pareciam apenas um. As mãos de Gilbert corriam soltas pelo corpo de Anne e as dela tocavam com suavidade cada contorno do rosto dele, os músculos do peito e dos braços que estavam à mostra por causa da camisa de mangas curtas que ele usava.

Mas, então se separaram porque o ar tinha acabado, e Gilbert encostou sua testa na dela dizendo:

- Eu queria tanto que fosse comigo.

- Eu sei. – Ela respondeu simplesmente.

- Eu preciso tanto de você, Anne. Tanto que você nem consegue imaginar.

- E você me tem para sempre. – Ela disse enquanto seus lábios se tocavam mais uma vez.

Gilbert se afastou dela um minuto se levantando e disse:

- Tenho outra surpresa para você, espere aqui. - ele foi até o carro e pegou um violão do porta malas, se sentou perto de Anne e começou a cantar uma canção que se chamava Sunshine on my shoulders de John Denver.

sunshine, on my shoulders - makes me happy – ( o brilho do sol em meus ombros me faz feliz)

sunshine, in my eyes - can make me cry ( o brilho do sol em meus olhos pode me fazer chorar)

sunshine, on the water - looks so lovely ( o brilho do sol sobre a água parece adorável)

sunshine, almost always - makes me high ( o brilho do sol quase sempre me faz me sentir bem)

if i had a day that i could give you ( se eu tivesse um dia que eu pudesse dar a você)

i'd give to you a day just like today ( eu te daria um dia como hoje)

if i had a song that i could sing for you ( se eu tivesse uma canção que eu pudesse cantar 'para você)

i'd sing a song to make you feel this way ( eu cantaria uma canção para te fazer se sentir assim)

sunshine, on my shoulders - makes me happy – ( o brilho do sol em meus ombros me faz feliz)

sunshine, in my eyes - can make me cry (o brilho do sol em meus olhos pode me fazer chorar)

sunshine, on the water - looks so lovely ( o brilho do sol sobre a água parece adorável)

sunshine, almost always - makes me high ( o brilho do sol quase sempre me faz me sentir bem)

if i had a tale that i could tell you ( Se eu tivesse uma história que eu pudesse te contar)

i'd tell a tale sure to make you smile ) eu te contaria uma história que com certeza te faria sorrir)

if i had a wish that i could wish for you ( se eu tivesse um desejo que eu pudesse desejar para você)

i'd make a wish for sunshine all the while ( eu desejaria que o brilho do sol brilhasse todo o tempo)

sunshine, on my shoulders - makes me happy ( O brilho do sol em meus ombros me faz feliz.

sunshine, in my eyes - can make me cry ( o brilho do sol em meus olhos pode me fazer chorar)

sunshine, on the water - looks so lovely ( o brilho do sol na àgua parece tão adorável)

sunshine, almost always - makes me high ( o brilho do sol quase sempre me faz sentir bem

sunshine almost all the times makes me high ( o brilho do sol quase sempre me faz sentir bem)

Anne começou a chorar. Aquela música tinha sido deles na adolescência quando tiveram seu breve namoro, e Gilbert cantava para ela sempre que estavam juntos.

- Amor, essa música é maravilhosa. Eu nunca mais a ouvi depois que fui para Nova Iorque, porque não queria me lembrar de você e começar a chorar.

- E eu sempre a ouvi, pois me fazia lembrar de todos os nossos bons momentos juntos. - ele apertou a mão dela e ficaram se olhando um bom tempo até que Gilbert perguntou:

- O que quer fazer agora? - Anne o olhou com todo o amor do mundo e respondeu:

- Quero que me leve para casa e faça amor comigo a noite inteira. - Gilbert a olhou surpreso, e depois sorriu e a puxou pela mão até o carro.

A viagem até a fazenda pareceu durar uma eternidade, de tão ansiosos que Anne e Gilbert estavam de passarem o tempo que lhes restava juntos em sua intimidade.

Entraram em casa e foram direto para o quarto, onde Gilbert com suas mãos habilidosas de cirurgião se despiu, e despiu Anne quase ao mesmo tempo, e então estavam entre os lençóis brancos de linho da cama dele, eles se beijaram, se tocaram e se amaram com tanto desejo que parecia que não faziam isso a séculos. Anne se sentiu levada por Gilbert muito além de seus limites, e Gilbert sentia como se mãos de fada o tocassem, fazendo-o arder em um fogo infinito. Eles se agarraram no final como se nunca mais fossem se separar e o prazer que os atingiu tornou aquele último ato de amor inesquecível para ambos.

Quando o amanhecer chegou rápido demais, eles se levantaram, e Anne prometeu que não iria chorar, embora as lágrimas estivessem a ponto de rolar a qualquer minuto, mas ela as controlou bravamente.

Em pouco tempo, Gilbert estava pronto com sua mala na mão, e a olhou daquele jeito que palavras não seriam ditas, porque não alcançariam a dimensão dos sentimentos misturados ali.

- Tem certeza de que não quer ir até o aeroporto comigo? - Anne dissera que preferia se despedir dele em casa, pois no aeroporto seria pior.

- Não. Eu te falei que detesto despedidas. – Ele continuou olhando-a e então como se não conseguisse mais ficar afastado dela, Gilbert se aproximou a passos largos e a beijou com tanta dor e saudade, que Anne por pouco não implorou para que ele ficasse.

- Preciso ir agora- ele disse se virando devagar e caminhando para a porta.

- Espere. - ela disse e ele parou, esperando para ouvir o que ela lhe diria, mas, para sua surpresa Anne foi até a gaveta de sua escrivaninha, pegou uma tesoura, cortou uma mecha de seus longos cabelos, o entregou a Gilbert, e disse:

- Para que sempre se lembre de mim.

- Você sabe que não preciso disso para me lembrar de você, porque estou te levando aqui. - ele apontou para o seu coração.

- Eu sei. – Ela respondeu. Gilbert deu um último beijo e um último abraço em Anne, e então foi embora, pois o táxi que chamara já o esperava. Assim que ele fechou a porta, Anne começou a chorar, pensando com o coração dolorido como aguentaria aqueles quatro meses sem ele.

De repente, ela tomou uma decisão. Pegou as chaves do carro de Gilbert que ele tinha deixado com ela para que pudesse voltar para Green Gables, e dirigiu rápido até o aeroporto. Desta vez, nem mesmo o seu medo de dirigir iria impedi-la de se despedir do amor de sua vida.

Quando chegou no aeroporto, estacionou o carro e correu feito louca até o portão de embarque, enquanto todos olhavam espantados para a garota despenteada, de pijama e descalça que parecia estar fugindo de alguma coisa. Ela então o viu quando ele estava a ponto de atravessar o portão, e ela gritou:

- GILBERT! - Ele olhou espantado para trás e quando a viu, um sorriso lindo se estampou em seu rosto. Anne correu, se pendurou no pescoço dele, e lhe deu um beijo que fez todo ao redor suspirarem por ver um amor tão grande no rosto daqueles dois jovens que ali se despediam.

- Volta para mim- ela sussurrou no ouvido de Gilbert

- Sempre- Gilbert sussurrou de volta. Ele então se afastou, depois acenou para ela entrando no avião, e essa foi a última visão que Anne teve dele antes que seus olhos ficassem nublados pelas lágrimas.

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