Chào các bạn! Vì nhiều lý do từ nay Truyen2U chính thức đổi tên là Truyen247.Pro. Mong các bạn tiếp tục ủng hộ truy cập tên miền mới này nhé! Mãi yêu... ♥

Capítulo 18- Expectativas



ANNE

Anne estava na cozinha de Marilla tentando fazer um bolo. Fazia tanto tempo que não se envolvia em uma atividade assim que acabara perdendo o jeito, mas estava disposta a tentar mesmo que não tivesse muito sucesso.

O bolo que estava preparado era simples de milho, o preferido de Matthew, Marilla tinha lhe dito que Gilbert havia liberado alguns alimentos, então, ela pensou em alegrar seu pai adotivo com algo que ele realmente amava já que vinha reclamando constantemente da comida do hospital. Ela estava feliz por poder dar a ele aquele pequeno prazer, depois de tudo que ele e Marilla fizeram por ela no passado, e ela também estava feliz por ter voltado para seu verdadeiro lar, depois de anos de afastamento, Quase não podia acreditar que estava se sentindo realmente feliz, e que tudo estava tão maravilhosamente bem. Reencontrara velhos amigos, voltara a fazer coisas que não fazia há anos, e principalmente reencontrara seu verdadeiro amor.

Gilbert Blythe era um dos principais responsáveis pela alegria súbita que a fazia sorrir a todo o momento. Como poderia ter imaginado que o seu retorno para Green Gables lhe daria de presente aquele sentimento incrível que a fazia quase levitar de tão poderoso que era? Chegara ali tão ressentida com seu passado, e agora quase não conseguia se lembrar porque ficara tanto tempo zangada com Gilbert.

Tinha sido sempre ele e sempre seria o dono de seu coração. Era engraçado pensar sobre isso agora, depois de ter negado tanto aquela verdade. Em quantos rostos ela procurara pelo de Gilbert em Nova Iorque? Ela conhecera tantos homens interessantes, homens que suas amigas dariam um braço ou uma perna para conquistar. E quando ela dispensava um a um encontrando mil defeitos, elas diziam que ela era maluca. Onde já se viu recusar o pedido de namoro do maior banqueiro de nova Iorque, do astro do cinema mais famoso do momento, do magnata do petróleo mais poderoso da Arábia Saudita, ou do dono de uma rede de restaurantes mais badalada da América do Norte?

Como ela podia fazê-las entender que o único homem que queria vivia em uma cidadezinha chamada Avonlea, que fora seu amigo de infância cuja única ambição era ser médico e ajudar pessoas? Ela não queria fortuna nenhuma, nem badalação ou fama, o que ela apenas desejava era ser amada por Gilbert e sem isso nada do que vivera valia a pena,

Anne gostava de sua carreira, e ser fotogênica a ajudara a conquistar tudo o que tinha agora. As pessoas costumavam dizer que a câmera se apaixonava por ela no momento em que fazia uma pose, pois seu sorriso tinha um encanto que a tornava especial, por isso suas fotos eram as mais disputadas pelas marcas mais famosas. Ela não podia dizer que ser modelo não lhe dava prazer, mas não era a coisa mais importante de sua vida, se tivesse que deixá-la, o faria sem pesar, pois sempre encarara aquilo como um trabalho como outro qualquer, Não tinha ilusões de que a fama duraria para sempre. Rostos novos e interessantes apareciam todos os dias, e era normal que com o tempo novidades surgissem substituindo as atuais. Anne nãos sofria com isso, como a maioria de suas amigas, porque nunca fizera do mundo da moda seu único objetivo de vida,

Na verdade, ele desconfiava que teria sido mais feliz se tivesse seguido sua ambição de ser professora de literatura, mas não tinha desistido desse sonho completamente. Quem sabe quando parasse de modelar, pudesse encontrar uma escola onde lecionaria sua matéria preferida? Se suas amigas pudessem ouvir seus pensamentos agora, Anne tinha certeza de que elas diriam que ela tinha enlouquecido de vez.

Ela tinha uma alma simples e ambições simples. Nunca fora de desejar coisas grandiosas para si mesma. O sucesso viera para ela quase por acidente, pois nunca imaginara que seguiria por aquele caminho. Quando pensava no que a levara a entrar naquele mundo tão diferente do dela, Anne pensava que estava tão entediada com sua vida na época que acreditara estar ali a resposta para seu vazio interior, o qual vinha sentindo desde que fora embora de Green Gables.

A falta que sentia de casa era tanta que não encontrava nada que a fizesse se sentir bem e feliz. Era óbvio que não era mal agradecida. Sua tia Amélia tinha lhe dado uma ótima vida, e nunca tivera que trabalhar duro para ganhar seu sustento até terminar a faculdade, e sendo única herdeira de sua tia ela nunca mais teria que se preocupar com dinheiro, mas ela não se importava com isso. Nunca sequer pensara no testamento que a tia tinha feito ainda em vida, deixando tudo o que possuía para sua única sobrinha. Anne gostava de sua tia Amélia, durante os anos em que viveram juntas tiveram boas conversas, não como as que tinha com Marilla, mas ainda assim ela as apreciara. Depois, quando Anne saíra de casa para morar sozinha por conta do trabalho, elas se afastaram um pouco, mas sempre mantinham contato por telefone ou e-mail. Sua tia era avessa à tecnologia, detestava usar o celular para mandar mensagens, e apenas usava o computador com instrumento de trabalho ou para escrever para Anne. Ela dizia que que a internet deixava as pessoas alienadas, sem capacidade de penar por elas mesmas, tornando-as reféns de um monstro que roubava a criatividade delas.

Anne dizia que ela exagerava, pois a Internet era necessária no mundo atual, com o crescimento mundial da população, a distância entre pessoas diminuía e era até possível falar com amigos que viviam em outras partes do mundo em tempo real, mas tia Amélia sempre tinha uma resposta pronta para rebater seus argumentos, e com o tempo Anne desistira de tentar fazê-la tomar gosto pelas múltiplas funções que o celular que ela carregava na bolsa e que raramente usava, tinham a oferecer.

Anne também sabia que Tia Amélia tinha orgulho dela, embora nunca lhe dissesse nenhuma palavra de encorajamento a respeito de sua profissão ou qualquer outra coisa que Anne quisesse fazer. Ela fora criada dessa maneira dura e tentar mudá-la aos setenta e cinco anos de idade estava fora de questão. Mas, quando as fotos de Anne saiam em alguma revista ou jornal, ela comprava os exemplares e mostrava para todas as suas amigas, e depois os guardava em sua coleção pessoal. Anne sabia disso porque os empregados contavam para ela em segredo, quando visitava tia Amélia e dava uma passadinha na cozinha para tomar um café. Era nesses momentos que ela percebia que no fundo, sua tia tinha um bom coração, somente nãos sabia como demonstrar o seu afeto pelas pessoas.

O barulho do forno lembrando-a que o bolo estava pronto tirou Anne de seus pensamentos, e ela observou satisfeita que o bolo estava com um excelente aspecto, apenas não sabia se o sabor estava tão bom quando sua coloração. Isso ela somente saberia quando Matthew experimentasse uma fatia naquele dia. Ela tinha por regra não comer nada do que fazia antes de outra pessoa, pois queria sentir o prazer de ver o rosto das pessoas se deliciando com o sabor de uma comida bem feita.

Anne também se lembrou que visitaria Diana naquela tarde, logo após ver Matthew no hospital, e depois iria encontrar Gilbert no apartamento dele. Ele tinha telefonado para ela no dia anterior tarde da noite para lhe falar que tinha uma coisa importante para lhe dizer, e ela ficara curiosa, pois ele não quisera lhe adiantar o assunto por telefone, e agora ela estava fervendo de curiosidade. Não via a hora de vê-lo novamente, estava tão apaixonada que queria estar com ele a todo o momento, era algo louco isso que sentia, mas ela parara de tentar encontrar uma lógica para os seus sentimentos por Gilbert, e ela se permitia apenas curtir o momento que estava vivendo.

Ela se vestiu, chamou um táxi e foi para o hospital ver Matthew. Quando ele a viu chegar em seu quarto, o rosto ainda pálido dele se iluminou. Ele estava sentado na cama em companhia e vários jornais, que Gilbert mandava entregar especialmente para ele todas as manhãs, e Matthew parecia especialmente animado naquele dia, pois sorria de orelha a orelha como se tivesse ganhado algum tipo de presente especial.

- Oi, minha linda. Como você está? – Matthew a cumprimentou com um sonoro beijo na bochecha.

-Estou bem, e nem preciso lhe perguntar, pois está na cara que você está ótimo. – Anne disse segurando a mão de Matthew entre as suas.

- Estou me sentindo novinho em folha. Gilbert Blythe é um excelente médico, não acha? - ele disse isso com uma certa malícia no olhar.

- Sim, ele é. Mas, por que está me olhando assim, Matthew? O que está pensando? – Anne perguntou intrigada.

- Você e Gilbert têm passado muito tempo juntos, não é? Marilla me contou.

- Sim, sempre fomos amigos, você sabe. – Anne respondeu com cuidado tentando entender onde Matthew queria chegar.

- Eu sempre achei que fossem mais que isso. Desde criança tenho visto vocês juntos, e sempre imaginei que um dia iriam namorar e casar. No dia em que você foi embora para Nova Iorque, ele veio até aqui e quando lhe contamos que você tinha se mudado ele ficou muito triste. O tempo passou, vocês cresceram e confesso que já tinha perdido as esperanças de vê-los casados. Então você voltou, e então minhas esperanças renasceram quando a vi com ele no outro dia em que veio me visitar. – Anne entendeu o que Matthew estava insinuando, mas não podia deixar que ele acreditasse em uma coisa que ainda nada tinha de concreto.

- Matthew, ele tem namorada.

- Qual é o problema? Ele pode terminar tudo com ela e começar a namorar você.

- As coisas não são tão simples assim. Eles estão juntos há anos.

- Isso é bobagem, Vocês jovens complicam tudo. Vocês se gostam, por que têm que ficar separados? - Anne olhou para ele espantada, e perguntou:

- Quem te disse que a gente se gosta?

- Eu não sou cego, mocinha. Eu vi como vocês se olham. – Anne não respondeu, pensando em como seu pai adotivo era sagaz para perceber as coisas. Para seu alívio, ele mudou de assunto:

- Anne, estive pensando. O Gilbert me disse que poderei ir para casa na sexta-feira. Será que não poderíamos organizar uma reunião em casa para comemorar meu reestabelecimento?

- Matthew, não acha muito cedo para isso? Você ainda não se recuperou totalmente. – Anne disse preocupada.

- Ah, mas não tem que ser uma festa e nem ter muitos convidados. Apenas um pequeno jantar para poucos amigos. – ele insistiu.

- Está bem, Matthew. Vou falar com a Marilla, e organizamos tudo.

- Obrigado, filha. – ele disse com a afeição brilhando em seus olhos.

- Por nada, meu amor. –Anne disse, beijando-o no rosto. – Agora tenho que ir.

- Tão cedo? – Matthew perguntou fazendo cara de amuado.

- Vou visitar Diana, mas prometo que volto amanhã. Se comporte e não dê trabalho para as enfermeiras. – ela disse rindo com humor.

- Pode deixar. – ele respondeu.

Assim que deixou o hospital. Anne foi até a casa de Diana caminhando. A casa da amiga não era muito longe, e por isso, ela decidira ir até lá a pé ao invés de chamar um táxi. Estava quase chegando lá, quando viu uma figura conhecida passar por ela que ela reconheceu como sendo Josie Pye.

- Oi, Josie. Se lembra de mim? – a loira se virou e lhe lançou um olhar surpreso, enquanto Anne notava o quanto ela parecia amargurada. Os olhos eram tristes, e o a expressão do rosto não era diferente, embora usasse roupas caras e tanto os cabelos quanto as unhas fossem bem tratados, toda a sua postura indicava que não estava nem um pouco feliz.

- Olá, Anne. Quanto tempo. Está de passagem por Avonlea?- ela perguntou educadamente.

- Estou de férias e vim passar um tempo com Matthew e Marilla.

- Quem, eles sentem muito a sua falta, sempre comentam com meus pais sobre isso aos domingos na igreja.

- Como você está? Marilla me disse que se casou.- Anne viu o olhar dela se endurecer, mas ela tentou aparentar naturalidade quando respondeu.

- Estou bem. Faz um ano que me casei. – ela respondeu sem estender o assunto.- Bem, tenho que ir, venha tomar um chá em minha casa qualquer dia desses.

- Vou sim. – Te ligo para combinarmos algo. Me passa o seu número. – assim, após trocarem seus números de telefone, se despediram e cada uma seguiu seu caminho.

Diana a esperava com uma deliciosa torta de chocolate do tempo em que ainda erram meninas, e se escondiam na cozinha para comer escondido qualquer sobremesa que a mãe de Diana preparasse, e aquela torta fora companheira delas por muitas noites quando acordavam de madrugada e assaltavam a geladeira sentadas no chão da sala.

- Que delícia, Diana. Não como uma dessas desde os meus catorze anos.

- Mas, você vive em uma cidade tão badalada. Deve haver lugares que sirvam sobremesas melhores do que esta.- Diana disse impressionada.

- Para mim as sobremesas de Marilla e de sua mãe são as melhores do mundo, e olha que já viajei até diferentes continentes e provei de tudo, mas confesso que sempre senti saudades das comidas daqui, porque sempre que prova algo assim me lembro de onde é realmente o meu lar.

- Você se arrepende de ter ido para Nova Iorque? - Diana perguntou, servindo o chá para Anne.

- De certa forma, viver em Nova Iorque me abriu as portas do mundo, tive muitas oportunidades que não teria se tivesse ficado aqui. Mas, eu teria sido vivido bem aqui também, mesmo que não tivesse conhecido lugar nenhum. Sabe, Diana. Senti falta de tantas coisas em Nova Iorque. Senti falta da sua amizade, de Cole, de Marilla e Matthew. – Diana segurou a mão dela e disse:

- Mas, tem uma pessoa que você se esqueceu de me dizer que sentiu falta, e você sabe muito bem quem é. –

- Sim- Anne respondeu baixando o olhar.

- Eu sei que você sentiu mais falta de Gilbert do que qualquer pessoa aqui. Me diz se estou errada.

- Não, você não está errada. Entre todos que citei, ele também me fez muita falta em Nova Iorque. Não somente por causa de nosso envolvimento romântico, mas senti falta do amigo que sempre cuidou de mim. Nunca mais encontrei ninguém que se preocupasse com meu bem-estar como Gilbert.- ela disse pensativa.

- Ele amava você, Anne. Ele sempre amou e arrisco dizer que ele ainda ama. Como vocês estão? Jerry me disse que vocês estão se entendendo. – Diana comentou.

- Sim, conversei com ele sobre o que aconteceu no passado, esclarecemos tudo, e temos passado algum tempo juntos. – Anne comentou, brincando com a torta em seu prato.

- E como você se sente em relação a ele, agora que estão mais próximos? - Anne olhou para a amiga e foi a mais sincera possível ao dizer:

- Eu o amo, Diana.

- Eu sempre soube disso, Anne. Mesmo quando me dizia que o odiava, eu sempre desconfiei que ele era o dono de seu coração. Ele sabe?

- Ainda não. É complicado.- Anne disse colocando o garfo que estava usando para comer a torta de lado.

- O que é complicado, Anne? Você precisa dizer isso a ele. Não deixe passar a oportunidade.- Diana a aconselhou.

- Vou dizer assim que ele resolver a situação com Sarah. Não me sinto segura em contar sobre os meus sentimentos antes que ele esteja livre. Além do mais, vamos nos ver hoje à noite. Ele me convidou para jantar no apartamento dele.- Anne disse com os olhos brilhando.

- Que ótimo. Fico feliz. Você trouxe o que vestir? Se quiser pode se arrumar aqui em casa. – Diana se ofereceu.

- Eu trouxe sim. Na verdade, tinha pensando em ir até a casa de Cole para me arrumar lá, mas, não consegui falar com ele. Então, acho que vou aceitar a sua oferta.

- Claro, querida. Fique à vontade. Vai ser como nos velhos tempos. – Diana disse animada.

Elas ficaram um bom tempo conversando, enquanto Anne pensava o quanto era revigorante falar com sua velha amiga que sempre fora para ela como uma irmã, e esperava que pudessem cultivar essa amizade para o resto da vida, pois era assim que se construíam laços que jamais poderiam ser rompidos, seja na alegria ou na tristeza.

-

-

Olá, Espero que gostem e comentem. Beijos.

Bạn đang đọc truyện trên: Truyen247.Pro