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Capítulo 11- Corações apaixonados


ANNE

Anne prometeu a si mesma que nunca mais colocaria uma gota se álcool na boca. A cabeça doía terrivelmente, embora estivesse em melhores condições agora do que quando acordara no apartamento de Gilbert.

O coração dela se agitou dentro do peito. Apenas pensar no nome dele ela sentia vibrações incríveis pelo corpo. Ela já se acostumara com a profundidade de seus sentimentos em relação a Gilbert, ela tentara negar por muito tempo, mas agora tinha que enfrentar a verdade que sempre estivera bem na frente de seu nariz, mas que por orgulho preferira ignorar. Entretanto, naquele exato momento, seus sentimentos estavam expostos para quem quisesse ver, e Anne somente não sabia como lidaria com isso

. Ela nunca vivera uma situação em que tivesse que se equilibrar entre dois extremos.Em sua vida sempre tivera que escolher entre o sim ou não, o certo ou errado, mas nunca tivera que pensar sobre o talvez. E estando envolvida com Gilbert como ela estava, logo Anne descobriu que era tudo muito incerto, não havia garantias dessa vez. Ela teria que se atirar no escuro e torcer para encontrar a luz antes que perdesse para sempre sua alma. Ela esperava de todo coração que valesse a pena, pois mesmo que quisesse evitá-lo ela sabia que nunca mais conseguiria tirar Gilbert de sua vida.

Antes mesmo de vir para Avonlea, seus instintos a tinham alertado que seu destino poderia cruzar com o de Gilbert Blythe novamente, mas ela dissera a si mesma que estava preparada e que ele não a atingiria desta vez, pois construíra em volta de si um muro de proteção tão forte ao seu redor, que nada o destruiria. E que idiotice fora pensar assim. Bastou um único olhar dourado de Gilbert em sua direção para que seu mundo virasse de cabeça para baixo, e seu muro de proteção caísse ais pés dele como um castelo de cartas.

A princesa de gelo, como fora apelidada por um de seus admiradores, tinha se derretido no calor dos beijos de Gilbert,e o que sobrara dela fora seu coração completamente rendido aos encantos daquele homem que vivera nas sombras do seu passado por tanto tempo, e que agora despertava em seu coração todas as manhãs, lhe trazendo a luz que pensara ter perdido para sempre.

Mas, havia um porém entre eles que poderia acabar com toda aquela história que apenas tinha iniciado na noite anterior. Gilbert ainda teria que terminar o seu relacionamento com Sarah, e essa era o tipo de situação que Anne não gostaria de vivenciar. Não se sentia bem em fazer alguém sofrer, ela podia lidar bem com sua mágoa, mas causar o mesmo tipo de mágoa em outra pessoa a deixava apreensiva. E ter que machucar Sarah, destruindo os planos que ela traçara ao longo dos anos, incluindo Gilbert em cada um deles não era o que desejava, mas esse era o preço que Gilbert teria que pagar se quisesse ficar com ela, pois Anne não aceitava nada menos do que isso.

Por outro lado, ela pensava se devia falar com Gilbert sobre o que acontecera no passado ou se deveria apenas deixar que tudo ficasse para trás? Deveria levar em conta o que Cole lhe dissera, e viver o hoje sem pensar no que a fizera sofrer tanto um dia?

Porém, Anne tinha medo de que se deixasse as coisas mal resolvidas, a mágoa daquilo tudo a pegasse em um momento inesperado e acabasse por afetar seu relacionamento com Gilbert. Às vezes ainda se sentia como se tivesse catorze anos e não soubesse como superar a dor de seu sonho desfeito, e pudesse apenas se esconder em um lugar solitário para lamber suas feridas que sangravam. Mas na verdade, ela era uma mulher feita de 21 anos que estava apaixonada pelo mesmo homem que a magoara no passado, mas com a diferença de que estava entrando naquele relacionamento de olhos bem abertos, e não estava fantasiando demais naquele caso, ou assim ela pensava.

Amar Gilbert estava colocando em xeque todas as suas convicções. Por anos dissera a si mesma que somente se relacionaria com homens que fossem tão livres quanto ela, pois queria ficar longe de complicações. Mas por ironia, o único homem que queria ainda não estava livre para ela, e apesar de aquilo incomodá-la, não queria mais esperar para ser feliz, não queria mais sofrer de saudades, de carência afetiva, não queria mais ficar longe de Gilbert, embora ainda sentisse certo receio por não saber onde tudo aquilo iria levá-la. A única coisa que tinha certeza era que amava Gilbert e queria resolver todas as pendências que a impediam de confiar nele. Talvez tomasse coragem e falasse com ele sobre o que a levara a ir embora de Avonlea sem se despedir, porque agora quando pensava sobre isso ela sentia que era um motivo tolo demais para que comandasse suas ações . Fora algo importante no passado, algo que a levara a fazer e pensar coisas com as quais em sua imaturidade não conseguira lidar, mas que agora no auge de sua juventude parecia não ter mais tanta importância Precisara de um porre de vinho para compreender isso, e admitir para si mesma que Gilbert Blythe era o seu futuro. Tivera que expor seu coração a tantos sentimentos negativos para entender que a cada quilômetro que colocasse entre ela e Gilbert, seu coração corria o mesmo quilômetro de volta para ele. Todas as vezes que dissesse não a Gilbert, nas entrelinhas estava dizendo sim.

Assim, nesse emaranhado de sentimentos era mais fácil admitir que queria Gilbert Blythe, não importavam os riscos, não importava o quão difícil fosse, não importava que tivesse que sacrificar certos princípios, queria aquele homem, e essa verdade era mais fácil de aceitar do que repetir todo dia a si mesma inutilmente que ele não fazia mais parte de sua vida.

Ela se levantou da cama onde estivera deitada quase o dia todo, Parecia haver milhares de flechas atacando seu cérebro ao mesmo tempo, e mais uma vez se amaldiçoou mentalmente. Ainda bem que Gilbert estava no clube no momento em que afogara suas mágoas em uma taça de vinho, e a impedira de cometer qualquer tolice ou seu vexame teria sido ainda pior. Quando chegara em casa nauseada e cabeça gritando de dor, Marilla dissera que ela devia tomar muita água, se alimentar com alimentos leves, e ficar deitada o maior tempo. possível. Não houvera nenhum sermão, o que normalmente ocorreria, conhecendo Marilla como conhecia, como também não houvera nenhum questionamento quando Marilla virá Gilbert trazê-la em casa. Como se fosse natural para ela ver os dois juntos como nos velhos tempos.

Anne não quisera pensar muito a respeito naquele momento, pois seu estado físico e mental não lhe permitiam, mas talvez Marilla voltasse naquele assunto quando Anne estivesse em melhores condições para discutir a respeito. Ela fez uma tentativa de ir ao banheiro, se apoiando nos móveis pelo caminho até conseguir entrar no chuveiro. Ela tomou um banho gelado e se sentiu melhor, voltou para o quarto e tomou o remédio que Gilbert lhe dera para dor de cabeça. Quando ele lhe dissera que ela iria se sentir mal depois da bebedeira, ela não imaginara o quanto.

- Anne, está acordada?O Cole está aqui.- era a voz de Marilla ao pé da escada.

- Estou indo, Marilla.

Anne desceu as escadas tão devagar que pensou que levaria a vida toda para alcançar o último degrau. Cada pisada fazia sua cabeça latejar. Quando finalmente chegou ao fim da escada, respirou aliviada encontrou o olhar de pena que Cole lhe lançou quando a viu naquele estado.

- Querida, como você está? – Ele deu-lhe um beijo no rosto.

- Como você pode ver, péssima, mas vou sobreviver.- Anne disse com uma careta.

- Eu estava indo na casa de meus pais e passei por aqui para ver se estava bem, e se está muito brava comigo.

- Entendi. Você quer saber se quero ou não te matar por ter deixado Gilbert me levar para o apartamento dele.- Anne fez outra careta ao sentir uma ferroada na cabeça.

- Eu não seria tão radical, mas é mais ou menos isso. Fiz mal? Te deixei em uma situação complicada? - Cole fez aquela cara de fingido sofrimento que fazia Anne rir. Ela sabia que no fundo ele não se arrependa coisa nenhuma.

- Sim e não.- ela respondeu.

- Que tipo de resposta foi essa? Não entendi. - Cole olhou para ela confuso.

- Bem, foi complicado porque acordei hoje de manhã e não me lembrava de nada do que aconteceu ontem, depois que bebi. Mas ao mesmo tempo, essa situação me deu oportunidade de conversar com Gilbert de verdade, e nos acertamos.- ela sorriu alegremente.

- Como assim se entenderam? Senta aqui e me conta melhor sobre isso.- Cole a sentou ao lado dele no sofá.

- Nós conversamos um pouco sobre nossos sentimentos. Ele me disse que vai terminar com a Sarah para ficar livre para mim. Eu sei que não vai ser fácil para ela, e não é uma situação que me agrade, mas Gilbert está disposto a tentar e me convenceu a lhe dar uma chance.

- Fico tão feliz que você esteja começando a se abrir de novo para o amor. Estava cansado de ver sua cara de sofrimento toda vez que falávamos do bonitão Dr. Blythe, me desculpe falar assim dele, mas é impossível não suspirar toda vez que ele sorri com aquele charme todo. Olha, querida, se ele não fosse hétero, eu juro que você teria um rival em potencial. – Cole disse e depois riu da cara de espanto que Anne fez. – Brincadeirinha, querida. Jamais tentaria tirá-lo de você. Está escrito nas estrelas que vocês nasceram um para o outro. Agora, me conta. Vocês falaram do passado? Resolveram tudo? - Anne baixou a cabeça e esperou um pouco para responder, depois olhou nos olhos de Cole e disse com toda sinceridade:

- Ele me perguntou sobre isso hoje de manhã, porque parece que mencionei alguma coisa a noite passada, mas eu estava me sentindo tão mal que dei uma desculpa e mudei de assunto. Mas, sinceramente, eu andei pensando nisso, e você tem razão. Passei muito tempo vivendo no passado, e quando cheguei aqui as lembranças me pegaram de um jeito que eu pensei que fosse sufocar, e não soube lidar com isso. Encontrar Gilbert logo de cara também não ajudou, porque quando eu o vi a mágoa voltou e eu me senti de novo com catorze anos e decepcionada com o único garoto com quem quis namorar. Mas, depois de todos esses dias vivendo na realidade disso tudo e não mais na fantasia da minha cabeça, eu percebi que isso não me parece mais uma boa razão para que eu não viva o que quero com Gilbert. Não somos mais crianças, amadurecemos, e depois de nossa conversa hoje de manhã tudo que quero é que possamos nos aproximar mais e voltar a ser o que éramos. Ele me disse isso também, que quer recomeçar de onde paramos.

- Querida, que evolução. Pensei que se lamentaria por mais uns dez anos sobre o seu romance fracassado com Gilbert Blythe- Cole e suas ironias, Anne sorriu ao ouvir as palavras do amigo. Ela amava o humor seco de Cole. Ele, usava metáforas e hipérboles para expressar sua sinceridade. Ele tinha o maior cuidado de não magoar quem quer que fosse, mas nunca deixava de expressar sua opinião acerca de um assunto. Ele era um amigo maravilhoso, desses que a gente quer ter por perto a vida inteira. Em Nova Iorque ela nunca conhecera alguém tão autêntico quanto ele, e além de ser o ser humano mais incrível que ela tivera o prazer de conhecer, ele tinha um enorme coração também.

- Eu sei que sou cabeça dura. Cole. Você me conhece desde menina, e nem mesmo todo o glamour do mundo da moda conseguiu mudar esse meu lado complicado, porém, eu estou disposta a ver as coisas por outro ângulo. Não vou dizer que não estou com medo, porque estou. Você sabe de todo meu histórico de abandono, e se não fosse por Matthew e Marilla eu nunca saberia o que é ter um lar de verdade. só fui conhecer alguém da minha família biológica aos catorze anos, eu não posso dizer que minha vida foi dura ou sacrificada desde então, porque minha tia me deu tudo que o dinheiro pode comprar, mas ela nunca soube ser uma pessoa amorosa. Tia Amélia sempre se preocupou com as coisas práticas da vida, e dar amor a uma criança nunca foi uma prioridade para ela. Me pagou os melhores colégios, a faculdade, patrocinou o meu início na carreira de modelo, mas nunca se sentou e conversou comigo sobre coisas relacionadas ao coração, e isso me fez muita falta e por isso, me sinto insegura em relação a sentimentos.

Era uma verdade dura que acabara de confessar a Cole, mas tudo o que contara influenciara em muita em sua maneira de lidar com emoções. Em Nova Iorque nunca pensara muito sobre isso, pois era uma outra vida, uma outra história sem vínculos afetivos, mas estar de novo em Avonlea a obrigava a botar tudo para fora, cutucava na ferida bem fundo, e não havia como escapar ou fingir que nada estava acontecendo, pois as lembranças estavam por toda parte e exigiam que se olhasse para elas com respeito e consideração, e Anne as tinha negligenciado tempo demais.

- Anne, eu sei bem como você se sente em relação a tudo isso. Nós já conversamos várias vezes sobre esse assunto, e eu te compreendo perfeitamente. Mas, eu ainda acho que você deveria falar com Gilbert sobre o que aconteceu. Você só tinha catorze anos, mas foi algo que te magoou muito e até bem pouco tempo te incomodava, então, é melhor você esclarecer as coisas para que isso não atrapalhe seu relacionamento com Gilbert no futuro.- Anne balançou a cabeça concordando. Cole tinha razão como sempre.

- Ele me convidou para ir ao cinema hoje à noite. Talvez eu consiga falar com ele a respeito.

- Acho que seria ótimo, resolva isso o quanto antes. Tenho certeza que se sentirá melhor depois de falar com ele. – Cole se levantou do sofá e disse a Anne- Bem, querida, preciso ir. Assim como você tenho um encontro hoje à noite, mas depois quero saber tudo o que aconteceu entre você e aquele arraso de doutor. – ele deu um beijo no rosto de Anne e se foi assoviando alegremente.

Anne subiu para seu quarto novamente, percebendo que a dor de cabeça melhorara consideravelmente. Ela decidiu que descansaria mais um pouco, e depois começaria a se arrumar para sair com Gilbert. O celular apitou naquele momento, sinalizando que havia chegado uma mensagem. Quando ela checou o perfil do autor da mensagem viu que era Gilbert lembrando-a do encontro que teriam aquela noite. Como se ela pudesse esquecer, ela pensou.

Na verdade estava um pouco nervosa com o encontro e não se sentia assim há anos. Anne já tivera inúmeros encontro com homens importantes de Nova Iorque que encantados por sua beleza, a levavam para os restaurantes e teatros mais sofisticados do mundo, e ela sequer sentira qualquer emoção igual a que estava sentindo naquele momento. Na maioria das vezes em que aceitava os convites, se arrependia no momento seguinte, mas acabava comparecendo aos encontros, mais por obrigação do que por prazer. Às vezes era tão entediante ir a estes lugares e falar de coisas que nada tinham a ver com ela, esforçando-se para não bocejar no meio do jantar, o que seria uma afronta para seu acompanhante, Mas com Gilbert era diferente, como tudo o que compartilhava com ele era diferente, Ela estava apaixonada e só de pensar que realizaria um sonho de anos, fazia com que ela tremesse de expectativa.

Anne deitou-se em sua cama e procurou dormir. Queria estar bem disposta quando Gilbert viesse buscá-la, e não queria perder nem um segundo daquela noite que prometia ser a melhor de sua vida.


Olá. Espero que gostem deste capítulo e comentem. Beijos.

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