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Capítulo 109 - Universo particular


Olá, pessoal. Desculpem pela demora. Espero que apreciem mais esse capítulo e me deixem seus comentários e votos como incentivo. Beijos. Obrigada por tudo.

ANNE

Um beijo suave em seu pescoço, seguido de uma voz sexy em seu ouvido que dizia:

- Acorda, Anjo ruivo. - a tirou de seu sono dourado. E quando por fim Anne se virou da posição que estava deitada de bruços para encarar o homem que era todo o seu universo, ela respondeu com a voz pesada de sono:

- Bom dia.

- Bom dia, meu amor.- Gilbert disse, beijando-a na ponta do nariz, enquanto um sorriso enorme enchia todo o rosto dele de luz, fazendo com que Anne o observasse por alguns segundos sem dizer nada, maravilhada com a beleza masculina e radiante de seu marido, o que lhe causou um suspiro inesperado.

- O que foi?- Gilbert lhe perguntou intrigado pela expressão sonhadora de Anne.

- Faz tanto tempo que não te vejo sorrir assim. Você não sabe o quanto eu senti falta do seu sorriso.- Anne respondeu, tocando o maxilar de Gilbert com a ponta dos dedos de leve.

- Eu estou feliz.- Gilbert disse, posicionando seu corpo sobre o dela, e por debaixo do fino lençol que a cobria, sua pele totalmente nua podia sentir o calor da dele.

- Eu sei, e é tão bom te ver assim de novo. Confesso que nesses últimos quatro meses, eu me senti completamente responsável pela sombra que eu via em seus olhos toda vez que você me encarava por algum motivo.

- Você não teve culpa de nada, querida. Você arriscou sua vida pela minha. Quer prova de amor maior que essa? - Ele perguntou, roçando a ponta do nariz dele no dela bem devagar.

- E você salvou a minha. Isso também foi uma enorme prova de amor.- Anne respondeu afundando as mãos nas mechas macias de Gilbert.

- O que importa é que todo aquele pesadelo passou, e nós dois podemos recomeçar nossa vida de onde paramos.- Gilbert respondeu, deitando sua cabeça no ombro dela.

- Sim, mas, antes disso eu quero te agradecer mais uma vez pela paciência que teve comigo nesse período. Eu sei que não fui exatamente uma companhia agradável.- Anne confessou, pois tinha consciência de que se passara por dias terríveis, Gilbert estivera com ela a cada passo do caminho, e ele fora além de um marido exemplar, o melhor amigo que ela pudera ter, e um dia ela encontraria uma maneira de compensá-lo por todo o sofrimento que indiretamente lhe causara.

- Ninguém pode te culpar por isso, Anne. Você passou por uma situação delicada, e teve que lutar pelo medo de nunca mais voltar a andar. Qualquer pessoa em seu lugar teria agido da mesma maneira. - Gilbert disse, desenhando os lábios dela com o dedo indicador.- Mas, tem uma coisa que eu nunca te confessei.

- O que é? - Anne perguntou, com toda sua atenção concentrada em seu marido.

- Eu tive tanto medo de te perder para toda aquela tristeza que eu via te consumindo todos os dias.- Havia angústia na voz de Gilbert que fez Anne perceber mais uma vez, como fora difícil para seu marido vê-la passar por uma depressão lenta e agonizante. Mas, fora também por causa dele que ela não se perdera completamente em sua própria dor.

- Você nunca vai me perder, Gil. Como não me perdeu quando eu fui embora de Avonlea ao catorze anos, ou quando você foi para Alemanha trabalhar, ou ainda quando nos separamos da última vez, porque o meu amor por você sempre me trouxe de volta para o seus braços, e isso nunca vai mudar.- Anne disse, deixando que seu rosto se alinhasse com o dele, a fim de que seus olhos pudessem se conectar.- Você é meu universo inteiro, Dr. Blythe. Nunca se esqueça disso.

- E você é o meu, Anne. Cada pedaço dele. - Gilbert murmurou, tomando os lábios dela nos seus, e aquela magia que havia entre eles desde que um garoto de onze anos cruzara seus olhos com os de uma garota de nove aconteceu novamente, e era assim que se sentiam juntos naquele mundo onde só existia os dois, onde ninguém mais tinha acesso, onde o amor deles brilhava como um diamante raro, onde seus corações recitavam juntos aquelas palavras tão antigas, mas tão poderosas em sua essência que operavam milagres, que os tornavam mais fortes a cada dia que viviam um ao lado do outro.

- Você se lembra o que prometeu? - Gilbert perguntou entre beijos enlouquecedores dos quais Anne nunca se cansava de receber dele.

- O que eu prometi?- Anne perguntou com sua mente totalmente concentrada no corpo masculino que se movia contra o seu, com o qual fizera amor inúmeras vezes na noite anterior e que a estava deixando maluca exatamente naquele instante.

- Que assim que você não precisasse mais da bengala para andar iria me fazer companhia em uma caminhada pelo Central Park.- Gilbert disse, beijando seu pescoço.

- A gente não pode deixar para outro dia? Acho que prefiro esse exercício que estamos fazendo nesse momento.- Anne respondeu, beijando o rosto de Gilbert inteiro.

- Não, não podemos. Você me prometeu e está na hora de cumprir. - Ele disse com seu melhor sorriso, e mesmo odiando a interrupção daquele momento a dois que Anne apreciava demais, ela não pôde deixar de admirar aquele homem que ficava a cada dia mais lindo, principalmente naquele momento em que a felicidade parecia transbordar pelo corpo dele de dentro para fora.

- Está bem, mas, saiba que isso foi golpe baixo, Dr. Blythe. Não se provoca uma mulher dessa maneira e depois a deixa nesse estado sozinha.- ela reclamou, descendo seu dedo indicador pelo peito de Gilbert.

- Eu estou guardando o melhor para mais tarde.- ele sussurrou no ouvido dela, fazendo Anne aproximar sua boca da dele e perguntar:

-Você promete?

- Com toda certeza.- ele disse, antes de capturar os lábios dela para mais um beijo faminto, e cheio de paixão.

Todos os beijos entre eles estavam sendo assim agora, como se nunca pudessem ter o suficiente um do outro. Desde que Anne voltara a andar, suas noites de amor se tornaram mais quentes, como se seus corpos tivessem finalmente liberado toda a tensão dos últimos quatro meses nos quais eles tinham refreado seus desejos mais urgentes por receio e também preocupação, e pudessem se entregar totalmente a paixão que queimava em suas veias.

Anne tinha que admitir que sexo com Gilbert sempre fora incrível, mas, agora o rótulo de sensacional era pouco para o que ele a fazia sentir quando estavam na cama.

- Chega. - Ele disse se afastando dela.- Se continuarmos assim, não vamos mais sair dessa cama hoje.- ele disse, acariciando os cabelos de Anne.

- Não seria má ideia - a ruivinha respondeu, tentando capturar os lábios de Gilbert com os seus, mas ele não permitiu e disse segurando as mãos dela nas suas:

- Quanta energia, você tem pela manhã, Sra. Blythe.

- Posso dizer o mesmo de você durante a noite.- Anne rebateu com um sorriso malicioso. Não que estivesse reclamando. Ela estava amando aquele Gilbert intenso que demonstrava em cada toque como ele a queria, pois após tudo o que passaram nos últimos meses, eles mereciam todo esse amor pelo qual lutaram juntos para manter.

- Acho que nós nos tornamos um casal de depravados.- Gilbert constatou sem vergonha nenhuma.

- Não, nós estamos apaixonados e isso é o que sempre fomos um pelo outro, e depois do que quase foi tirado de nós, ninguém tem o direito de julgar ou condenar a maneira como expressamos esse amor.- Anne disse, enquanto sentia um beijo suave de Gilbert em seu ombro.

- Tem razão, meu amor. Agora chega de preguiça e vamos levantar. Mais tarde podemos voltar a essa conversa.- Gilbert disse, dando-lhe um último beijo antes de sair da cama.

Anne suspirou longamente antes de tomar coragem e se levantar. Fazia uma semana que não usava mais bengala para ajudá-la a se locomover e a sensação era a melhor do mundo. Não precisar mais de ajuda para realizar as atividades mínimas era o paraíso para ela, pois só quem fora dependente de outra pessoa até para tomar banho como ela, sabia do que Anne estava falando.

Era uma liberdade indescritível poder caminhar com as próprias pernas, ir aonde quisesse, a hora que quisesse, por isso, enquanto tomava seu banho bem devagar, Anne saboreava cada segundo da nova vida que ganhara a pouco a dias.

Quando ficou pronta, ela caminhou até a cozinha, de onde podia sentir o cheiro delicioso de bacon sendo preparado por seu marido, fazendo sua boca se encher de água. Seu prazer pela comida também tinha voltado, e Anne queria aproveitar ao máximo aquela boa fase para a qual cruzava todos os dedos, desejando que nunca terminasse.

Ao chegar na porta da cozinha, uma cena adorável encheu seus olhos de encantamento. Gilbert preparava o café da manhã cantando uma canção popular baixinho, enquanto os gêmeos estavam em suas cestinhas olhando para o pai com um sorriso no rosto.

Anne sempre se emocionava ao ver seu marido com os bebês. Gilbert nascera para ser pai, e ver o carinho com que ele cuidava de cada um deles e o amor que lhes dedicava diariamente a fazia pensar seriamente na possibilidade de terem mais um bebê dali a algum tempo.

Ela entrou na cozinha, abraçou Gilbert pela cintura, deixando um beijo nas costas dele antes de dizer:

- O aroma está delicioso, meu amor.

- Está pronto. Se sente à mesa que vou te servir.- ele disse, lançando-lhe um olhar carinhoso. - Anne fez o que ele pediu, e logo ele se sentou com ela, e ambos começaram a comer. Em um determinado momento, ela capturou o olhar de Gilbert sobre ela é perguntou:

- O que significa esse olhar, Dr. Blythe?

- Você não sabe como é bom te ver animada de novo dessa maneira. - Ele disse, segurando a mão dela.

- Estar com você nessa cozinha e com os bebês me faz feliz. Eu ganhei alma nova depois que voltei a andar. É como se eu me libertasse de uma prisão interna.- ela confessou.

- Eu sei, meu amor. E te ter de volta como antes mão tem preço. Eu te amo.- Gilbert disse, fazendo Anne sentir seu coração quentinho. Aquele homem era sua vida . E se estava tão bem e feliz novamente era por causa dele.

- Eu também amo você. Nunca deixei de te amar desde que te conheci.- Anne confessou envolvida pelo momento e por aquele olhar apaixonado de Gilbert sobre ela.

Norma chegou em seguida, e ambos puderam finalmente sair de casa, e aproveitar aquela manhã de mãos dadas e caminhando juntos como a muito não acontecia.

Durante a caminhada, Gilbert, em seu excelente bom humor naquele dia, falava coisas engraçadas ou simulava algumas caretas que faziam Anne rir sem parar, e pela primeira vez naqueles quatro meses de solidão interna e inatividade, ela voltou a se sentir jovem outra vez. E caminhando por aquela calçada imensa, onde pessoas como ela e seu marido aproveitavam aquela linda manhã ao ar livre, Anne se deu conta de que não precisava de dinheiro, fama ou coisas materiais para ser feliz. Tudo o que precisava estava naqueles olhos castanhos que brilhavam naquele instante como se fossem diamantes, e naquela mão que segurava a sua e que fora sua força naqueles meses de dor e tristeza que a sustentara até ali. Gilbert Blythe era a única coisa que sempre a faria sorrir quando estivesse atravessando as piores tormentas de sua vida.

- Eu estava pensando que da próxima vez poderíamos trazer os gêmeos. Você sempre disse que queria caminhar com eles no calçadão, e agora pode fazer isso quantas vezes quiser.- ele disse, abraçando-a pelos ombros.

- Sim, mas tem outra coisa que quero fazer. Na sua próxima folga quero ir para Green Gables. Matthew e Marilla ainda não conhecem os bebês pessoalmente e acho que está na hora.- Anne disse imaginando a cara de Matthew quando tivesse os bebês nos braços.

- Faremos tudo o que quiser. O céu é o limite para você agora.- Gilbert respondeu, e Anne o brindou com um de seus sorrisos mais felizes.

Eles caminharam por mais algum tempo, e quando estavam passando perto de um quiosque, uma loira cheia de curvas olhou para Gilbert, lhe sorriu e disse:

- Bom dia, Dr. Blythe.

- Bom dia, Amanda.- Gilbert respondeu com simpatia, sem perceber que a seu lado Anne tinha registrado tudo, e seus olhos azuis tinham escurecido tanto de ciúmes, que pareciam anunciar uma tormenta. Antes que a loira tivesse chance de dizer qualquer coisa, Anne atraiu o rosto de Gilbert para si, lhe dando um beijo tão quente que foi impossível não ouvir o rapaz ofegar, principalmente quando Anne colou seu corpo no dele de forma quase escandalosa no meio do calçadão.

Quando se afastaram por falta de ar, Gilbert lhe perguntou com seus lábios ainda próximos dos dela:

-O que foi isso, Anne?

- Diz quem é a abusada que te paquerou na minha frente?- ela perguntou, com suas mãos acariciando-lhe a nuca.

- É só uma paciente de quem tratei a algum tempo. = Gilbert respondeu, segurando-a pela cintura.

- E ficaram tão íntimos assim? - ela perguntou novamente, mordiscando-lhe o lábio inferior.

- Só nos cumprimentamos, Anne. Você sabe que é a única mulher para quem eu olho.- ele disse, acariciando-lhe as costas.

- Então prove.- ela disse, deixando um beijo molhado no pescoço dele. Gilbert a encarou, sem entender logo de cara o que ela queria dizer, mas ao concentrar seu olhar nos lábios de sua esposa, e vê-la mordê-los na parte inferior, ele soube exatamente o que ela queria, e disse de forma bem séria:

- Vamos para casa.

Felizmente o apartamento não ficava longe de onde estavam, e puderam chegar na portaria do prédio em pouco tempo. Já no elevador, eles trocaram alguns beijos quentes, mas não ultrapassaram nenhum limite, sabendo que haviam câmeras lá dentro. O que não impediu Anne de passear as mãos pelo peito do marido que àquela altura já tinha arrancado a camisa, enquanto dizia:

- Promete para mim que nunca mais vai correr pelo parque sem camisa quando eu não estiver junto.

- Anne.- Gilbert murmurou enquanto beijava seu pescoço.

-Promete, Gil, que nenhuma outra mulher vai ter o privilégio de te ver assim.- ela pediu enquanto controlava um suspiro.

- Eu prometo. - Ele também disse ofegante.

Logo estavam no andar do seu apartamento, e apressadamente, Gilbert abriu a porta de entrada , e carregou Anne até o sofá onde a primeira coisa que fez foi arrancar a camiseta que ela usava, beijando-a sem parar enquanto murmurava:

-Deus, como você é linda. Nunca canso de dizer isso a você. - E quando estava a um passo de arrancar o sutiã dela, eles ouviram, alguém pigarrear na porta, fazendo Gilbert congelar qualquer outro ato que pudesse fazer naquele momento, enquanto Anne escondia o rosto do peito de Gilbert para controlar sua risada.

- Bem, já que chegaram, eu vou indo. Os bebês já tomaram banho e foram alimentados, e agora estão dormindo. Bom fim de semana para vocês. - Norma disse, abrindo a porta para sair.

- Bom fim de semana, Norma, até segunda feira.- Gilbert disse, sem encarar a pobre mulher que os pegara pela segunda vez naquela situação tão íntima, e sem sair de cima de Anne, pois caso contrário a boa enfermeira a veria seminua.

Quando a porta por fim se fechou, Gilbert olhou para Anne que ria sem conseguir se controlar, e Gilbert disse:

- Como fomos esquecer que ela veio aqui hoje só para fazer companhia aos bebês até voltarmos? - Ele disse passando as mãos pelos seus cachos despenteados.

- Ela vai receber um excelente bônus por isso.- Anne disse, olhando para o rosto aborrecido do marido sem conseguir parar de rir.- Desfaz essa cara, vai. Ela não viu nada demais.

- Como não? Estou deitado em cima se você e acabei de tirar a sua blusa. Deus! O que ela deve estar pensando de nós. Será que ela volta segunda feira? - o desespero de Gilbert era tão engraçado que Anne não pôde ignorar e disse:

- Ela sabe que somos casados e o que fazemos em nossa intimidade. Acha que ela nunca fez com ninguém o que fazemos?

- Anne, não coloque pensamentos na minha cabeça, pois não quero fazer amor com você pensando em uma senhora tão respeitável nessa mesma situação. É como imaginar meu pai e minha mãe fazendo sexo.- Gilbert respondeu, escondendo seu rosto nos cabelos da esposa.

- O que seria bem natural, já que você foi concebido. O que sugere que façamos então? Que coloquemos placas pela casa dizendo área proibida para pessoas não autorizadas?- ela disse em tom de brincadeira.

- Seria um começo.- Gilbert a encarou com um olhar estranho.

- Por que está me olhando com essa cara engraçada?

- Porque não consigo esquecer a imagem de Norma que você colocou na minha cabeça.

- Pois eu vou te fazer esquecer disso rapidinho.- Anne disse, fazendo Gilbert mudar de posição com ela, e assim, ela viajou pelo corpo do marido tocando-o de todas as formas que conhecia, e quando ela tirou a última peça de roupa do corpo dele, os olhos escuros de desejo de Gilbert, lhe mostraram que ela tinha ganho aquela batalha.

GILBERT

No sábado de manhã, Gilberto acordou bem disposto, e após uma sexta feira um tanto agitada com sua esposa com quem ele aproveitara cada minuto de sua folga, ele fora para a cama exausto, e dormira uma noite inteira sem interrupções.

Anne já tinha se levantado, e por isso, ele aproveitou para ficar um pouco mais na cama e se recordar dos últimos dias.

Era maravilhoso ver a transformação de Anne após ter recuperado totalmente os movimentos das pernas. Sua esposa parecia ter renascido após aquele período tão negro no qual ela se fechara até mesmo para ele, fazendo Gilbert temer perdê-la novamente, e dessa vez para algo pior do que desconfiança e ciúme.

Porém, ela se mantivera firme, e ele garantira que Anne não se esquecesse ou duvidasse do seu amor por ela, fazendo-a entender que estavam juntos para o bem ou para o mal, e finalmente tinham vencido a fase mais difícil de toda aquela situação.

Anne estava resplandecente, ainda mais bonita do que antes, ele se arriscava a dizer, pois além de voltar a ser vaidosa, ela adquirira uma confiança em si mesma, e uma calma em lidar com as situações mais complicadas da vida que mostravam a Gilbert que ele tinha se casado com a mulher mais espetacular do mundo.

Talvez fosse o amor que sentia por ela, que o fazia enxergar em Anne coisas que ninguém mais conseguia enxergar, e convivendo com ela naqueles meses complicados, ele aprendera a conhecer e a admirar as camadas ocultas de sua esposa que ela nunca tinha lhe mostrado antes.

Sua carência em relação a falta do amor materno que tivera na vida, as dificuldades que ela tinha em perdoar as faltas cometidas por outras pessoas em relação a ela, o fizeram entender porque ela se afastara dele quando tinha catorze anos e quando ele não voltara da Alemanha no tempo em que tinha prometido, e mesmo depois de casados, quando Anne pensara que ele a tinha traído.

Ter sido deixada pela mãe no orfanato deixara marcas profundas na alma de sua esposa. Ela acabara desenvolvendo um pensamento pessimista de que sempre alguém a acabaria abandonando de um jeito ou de outro, pois não considerava que tinha qualidades suficientes para ser amada pelo que era.

Nenhum desses pensamentos tinha fundamento, e Gilbert muitas vezes se perguntara como Anne ainda poderia ter dúvidas sobre a pessoa extraordinária que era, e como ela não conseguia enxergar como ele a via, mas, no fundo o jovem médico sabia que esse tipo de coisa não era tão simples assim, e que as inseguranças pessoais poderiam causar mais danos na parte psicológica de alguém do que se poderia imaginar.

No entanto, depois do que experimentara nos últimos meses, Anne parecia em paz com a maioria de suas inseguranças, e a única questão que ainda não havia sido resolvida no coração de sua esposa maravilhosa era a mágoa que ela carregava de sua mãe biológica.

Gilbert sabia que enquanto isso fosse uma pedra no caminho de Anne, ela não se libertaria de seu passado solitário e dolorido do orfanato, e ele queria mais do que tudo que sua esposa fosse livre de qualquer coisa que pudesse impedi-la de ser feliz plenamente como merecia.

O jovem médico pensava que poderia dar uma mãozinha naquela aproximação, mas, ele não queria que fosse nada forçado como se Anne se sentisse na obrigação de ter Bertha em sua vida. Ele queria que fosse algo natural, que elas pudessem se conhecer aos poucos, e assim irem se aproximando em um passo de cada vez. Ele não tinha esperanças que elas começassem a se tratar como mãe e filha, mas, que pelo menos pudessem desenvolver algum tipo de amizade que as levassem a uma convivência pacífica, para que assim Anne pudesse fechar as portas dessa parte do seu passado para sempre.

O rapaz estava pensando em fazer uma reunião informal naquela noite no apartamento para comemorar a recuperação de Anne, e queria que fosse uma surpresa para ela, por isso, ele não havia comentado nada com sua linda esposa. O rapaz já tinha tudo planejado, e até já havia encomendado toda a comida e bebida necessária para a reunião daquela noite que seria entregue um pouco antes da festa. Anne havia marcado para fazer as unhas em seu salão favorito naquela tarde, por essa razão foi possível para Gilbert combinar o horário da entrega com a empresa responsável por sua encomenda com antecedência.

Ele também havia falado com alguns amigos que confirmaram presença em sua reunião, e estava pensando em chamar Bertha para vir também, mas não sabia se isso seria uma boa ideia, e para ter certeza, ele precisava de um conselho.

Com isso em mente, ele se levantou da cama, tomou um banho rápido e se vestiu mais rápido ainda, e foi até a cozinha onde ele sabia que Anne estaria naquele momento.

Quando rapaz entrou na cozinha, Anne estava entretida com um livro de receitas no qual mantinha toda a sua atenção. Assim que viu Gilbert vestido, ela perguntou:

-Vai sair?

- Sim, tenho que ir até o hospital, mas volto logo.- ele respondeu se servindo de uma xícara de café e tornando-o de um só gole.

- Gilbert, hoje é sua folga. Pensei que íamos passar o fim de semana todo juntos.- Anne disse visivelmente aborrecida.

- Não fica chateada, querida. Eu volto logo, só preciso falar com o Daniel um assunto importante sobre um paciente, mas volto antes do almoço.

- Está bem. Se não tem outro jeito.- Anne respondeu ainda chateada

- Prometo que vou estar aqui para te ajudar com o almoço e depois serei só seu pelo resto do fim de semana.- Gilbert disse, beijando-a de leve nos lábios.

- Vou cobrar essa promessa com juros, Dr. Blythe.- Anne disse com um meio sorriso.

- Vou ter o maior prazer em pagar todos eles, meu amor.- Gilbert respondeu antes de sair.

Quando entrou na garagem do prédio, seu celular tocou e ao observar quem estava ligando, ele verificou que era Cole, e o atendeu no mesmo instante:

- Bom dia, Gilbert.

- Bom dia, Cole. Já está em Nova Iorque? - Gilbert perguntou, abrindo a porta do carro e se sentando no banco do motorista.

- Sim, cheguei ontem à noite.- Cole respondeu de seu jeito animado que Gilbert aprendeu a gostar.

- Então, vai conseguir vir para a reunião de hoje à noite?

- Sim, não perderia por nada. Como minha amiga está?- o rapaz perguntou, parecendo ansioso dessa vez.

- Ela está maravilhosa.- Gilbert respondeu sorrindo.

- Eu posso imaginar. Precisa de alguma coisa para hoje à noite?- o rapaz perguntou de forma solícita.

- Só de sua presença. Eu já tenho tudo preparado. - Gilbert disse com satisfação.

- Estarei aí no horário combinado.- Cole afirmou.

- Vamos ficar te aguardando. Até a noite. - Gilbert se despediu.

- Até a noite.- Cole respondeu e desligou.

O trânsito naquele sábado estava bastante tranquilo, e assim, Gilbert chegou no hospital em menos tempo do que chegaria em um dia normal durante a semana, e quando passou pela recepção e perguntou por Daniel, o rapaz foi informado que ele estava na sala dos médicos com Gabriela.

Gilbert agradeceu a recepcionista pela informação, e foi direto para onde ele sabia que seus amigos estavam. Ele os encontrou tomando café, e o olharam surpreso quando o viram entrar.

-Oi, Gil. Hoje não é seu dia de folga? - Gabriela perguntou, recebendo um beijo no rosto do rapaz que respondeu:

- Sim, mas eu vim até aqui porque preciso de um conselho.

- Claro, meu amigo. Do que precisa. - Daniel respondeu, colocando a xícara de café de lado para dar toda sua atenção ao amigo.

-Vocês sabem da história da Anne com a mãe biológica dela.- Gilbert disse, se sentando em uma cadeira vaga perto dos amigos.

- Sim.- Gabriela disse, esperando pelo que Gilbert tinha a dizer.

- Eu sei que Anne ainda está muito magoada com essa história, mas, eu também sei que Bertha quer muito se redimir, e eu estava pensando em convidá-la para ir à reunião de hoje à noite. O que vocês acham?- Gilbert perguntou cheio de expectativa.

- Você sabe que isso pode dar muito errado.- Daniel opinou.

- Mas, também pode dar muito certo. O máximo que pode acontecer é a Anne ficar chateada, mas, você sabe como amansar aquela garota muito bem. - Gabriela disse com aquele tom malicioso que Gilbert conhecia a tempos.

- Então, vocês acham que eu devo convidar a Bertha?

- Convida, Gil. Acho que pode ser bom para as duas. Se a Anne não gostar, você conversa com ela depois, pois se não tentar, não vai saber o final dessa história.- Gabriela aconselhou.

- Obrigado. É bom saber que estou no caminho certo. Agora preciso ir, pois tenho uma ruivinha linda me esperando em casa. Espero por vocês dois hoje à noite.

- Estaremos lá. - Daniel respondeu, antes de Gilbert ir embora

No caminho para casa, ele ligou para Bertha e fez o convite, o qual ela prontamente aceitou, e perguntou se ele se importaria se ela levasse alguém com ela, Gilbert disse que não, e assim, ela confirmou que estaria lá no horário marcado. Ao desligar o telefone, Gilbert pensou com. seus botões que a sorte estava lançada.

GILBERT E ANNE

Aquela noite prometia ser um sucesso ou um total fracasso, Gilbert conjecturou pensando em todos os ângulos de seu plano, enquanto guardava a comida e bebida que tinha encomendado e acabado de chegar em uma sala do fundo onde havia a freezer e microondas, que eles costumavam usar sempre que havia alguma festa por ali.

Quando ele voltara do hospital naquela manhã, ele encontrara Anne na cozinha testando uma receita nova, e assim ele a ajudara em seu experimento, almoçaram juntos, e após brincarem com os gêmeos, ambos tiraram um cochilo reparador no sofá da sala.

Gilbert até tentara lembrar Anne sobre a cena embaraçosa com Norma no dia anterior que acontecera exatamente ali onde estavam deitados, mas a ruivinha o fez se calar com muitos beijos, e assim, depois de vários amassos que quase os levaram para as vias de fato novamente, eles adormeceram agarrados um no outro.

Quando ele despertou, Anne já tinha saído para ir ao salão, e desta forma, ele pôde organizar tudo com calma até que ela voltou três horas depois com as unhas feitas, e o cabelo arrumado.

- Sabe o que eu estava pensando?- Gilbert perguntou enquanto Anne estava sentada em seu colo, com a cabeça em seu ombro.

- Não faço ideia.- Anne respondeu, se sentindo totalmente confortável na posição que se encontrava.

- Já que você teve tanto trabalho para ficar linda assim, eu quero levar você e os bebês para um lugar especial essa noite.- ele disse, dando início à segunda parte do seu plano.

-E que lugar seria esse?- ela perguntou, olhando para seu marido com curiosidade.

- É uma surpresa.- ele disse, beijando-a na testa.

- O que está aprontando, Dr. Blythe?- Anne perguntou desconfiada.

- Nada demais. Tudo o que eu quero é mostrar para o mundo a mulher linda que eu tenho em casa, e por quem sou completamente apaixonado. - Gilbert respondeu, acariciando o rosto dela suavemente.

- Por que tem que ser tão perfeito? - Anne perguntou, se sentindo toda derretida pelas palavras de seu marido.

- Porque você merece o melhor de tudo, meu amor. - Gilbert disse, trazendo-a para seu peito, onde ela aconchegou sua cabeça, enquanto Gilbert beijava seus cabelos.

- Você sabe como bajular uma mulher. Se eu não já não te amasse e tanto, me apaixonaria por você nesse instante. Céus! Que homem incrível esse com quem me casei. Além de ser o maior gato, ter esse corpo com o qual qualquer mulher sonha, é talentoso e ainda por cima levanta minha autoestima lá em cima. Como pude ter tanta sorte? - Anne disse, fazendo Gilbert rir e responder:

- Você é que faz o meu ego ficar lá em cima com tantos elogios. Quer dizer que sou um gato? - Anne confirmou com a cabeça.

- Você gosta do meu corpo?- ele perguntou.

- Eu seria cega se não gostasse. Meu amor, você não sabe o quanto você é sexy. Acho que ainda não se deu conta da sua própria beleza.- Anne disse, passando as mãos pelos músculos dos braços dele, enquanto inúmeras ideias passavam por sua cabeça.

- É bom saber que sou desejado dessa maneira por minha mulher.

- Como se já não soubesse. Eu te provei isso ontem nesse mesmo sofá. - Anne disse, olhando-o longamente que fez Gilbert responder:

- Não me fale de ontem ou vou acabar pensando na Norma de novo.- Gilbert disse de olhos fechado, e Anne diese:

- Do tanto que você fala nisso, vou pensar que está apaixonado por ela e não por mim. - Anne disse cheia de humor

- Ficou maluca? Ela tem idade para ser a minha mãe, e além do mais, como posso pensar em outra pessoa quando tenho você linda em meus braços?- Gilbert beijou Anne, mas quando ela tentou aprofundar o beijo, ele disse se desgrudando dela e disse:

- Vá se arrumar, querida, antes que nossa noite em família termine nesse sofá.- Gilbert a empurrou de leve em direção ao quarto.

- Você sabe que isso não seria má ideia. - Anne respondeu com uma piscadela.

- Temos um compromisso, Sra. Blythe, então vá se arrumar e fique linda para mim.- Gilbert disse, e Anne lhe soprou um beijo antes de entrar no quarto e fechar a porta.

Enquanto tomava banho, Anne se perguntava o que seu marido tinha em mente, já que ela percebera pelo jeito que a olhava que Gilbert estava tramando alguma coisa. Ele nunca conseguia esconder nada dela, e sempre fora difícil para ele fingir uma coisa que não era verdade, pois a única coisa que Gilbert era péssimo na vida era ser ator.

A sua natureza era honesta demais para simular uma situação falsa, e todas as vezes que ele tentara, Anne o desmascarara no ato. Porém, aquela noite, ela faria o jogo dele já que seu marido estava tão empenhado em fazer mistério de onde iriam.

Desta forma, ela saiu do chuveiro vestindo apenas uma lingerie vermelha, e antes de escolher o que vestiria, Anne se olhou no espelho e se analisou de corpo inteiro.

Depois de três meses que tinha dado à luz, seu corpo tinha voltado a sua antiga forma e podia agradecer a sua boa genética por isso. Com exceção dos seios, que estavam um pouco maiores, todo o resto estava exatamente igual a antes da gravidez, além de algumas curvas mais acentuadas, não por que tivesse ganhado um peso, mais sim porque certas partes de seu corpo tinham amadurecido, destacando sua feminilidade como nunca acontecera antes.

E ela gostava dessa nova Anne mais confiante, de seus quadris mais arredondados, de sua cintura mais fina, de sua pele que tinha adquirido mais maciez e brilho, e da maneira como se sentia cada vez mais desejada por seu marido.

Gilbert também tinha participação nessa sua transformação, porque fora ele que lhe mostrara que a beleza que ela não conseguia ver em si mesma, era aquela que ele admirara por toda vida, e que sempre admiraria mesmo que muitos anos se passassem.

Por isso, ela descobriu que não precisava ser considerada a modelo mais bela do mundo da moda para ter sua autoestima de volta, porque seu marido era a única pessoa para quem queria ser bonita, e isso nas próprias palavras dele era sempre fora.

Saindo da frente do espelho, Anne foi até o guarda roupa e escolheu uma saia preta e justa, que se abria em uma fenda discreta em sua coxa direita quando ela caminhava, e uma blusa de seda azul clara com um ombro só que usara somente uma vez e que combinava com a saia perfeitamente lhe dando um leve ar sofisticado. O scarpin preto e de salto médio era bastante confortável, e Anne não queria acabar a noite com bolhas nos pés já que nos últimos meses, principalmente depois que ficara grávida, ela abolira o salto alto de seu dia a dia, mas, teria que se acostumar com eles novamente, pois logo voltaria a desfilar e não poderia escapar por muito mais tempo daquela tortura. Ela deixou os cabelos soltos como Gilbert gostava e duas gotinhas do seu perfume preferido atrás da orelha finalizaram sua produção da noite.

Anne saiu do quarto e foi dar uma olhada em seus bebês que dormiram tranquilamente no quarto ao lado, e pensou que seria um crime tirá-los de seu sossego para levá-los para a vida noturna fora do apartamento. Decidida, ela saiu do quarto em busca de seu marido e perguntar-lhe se ele achava que conseguiriam uma babá naquela noite de sábado que aceitasse ficar com os bebês até que eles voltassem do passeio.

Entretanto, ao passar pela sala, seus pés estacaram de repente ao ver no meio dela alguns de seus melhores amigos, e logo à frente deles, estava seu orgulhoso marido que lhe sorria com todo amor, e foi ali que ela percebeu que era essa surpresa que Gilbert estava lhe preparando.

- Gilbert, o que significa tudo isso?- ela perguntou com discrição assim que ele se aproximou dela.

- É meu presente para você. Todos queriam te ver, e eu pensei que uma reunião aqui em casa seria a ocasião perfeita. Você gostou? - Gilbert perguntou sabendo que ela tinha visto Bertha bem atrás de todos os amigos de ambos, e não demonstrara emoção nenhuma.

- Eu amei, querido. Muito obrigada.- Anne disse com sinceridade.

- Não está zangada por que eu convidei a Bertha?- ele perguntou de forma direta.

- Não, a presença dela não me incomoda como antes.- ela disse e estava dizendo a verdade. Ela ainda não tinha perdoado Bertha, mas já conseguia ficar no mesmo local que ela sem se sentir obrigada a ser educada.

- Se é assim, vamos falar com nossos amigos. - Gilbert sugeriu enquanto a puxava delicadamente pela mão em direção ao aglomerado de pessoas que a olhavam com carinho e emocionados com sua completa recuperação.

De cada um deles ela ganhou um abraço, porém, o mais especial de todos foi de Cole Mackenzie, seu irmão de coração que assim como Gilbert segurara em sua mão em todos os momentos difíceis.

- Estou tão feliz e orgulhoso por você, meu amor.- ele disse abraçando-a forte.

- Você me deu tanto apoio que só posso te agradecer por isso.- Anne respondeu retribuindo o abraço.

- Eu apenas fiz o que os amigos de verdade fazem, mas, todo o resto foi mérito seu.- o rapaz falou, deixando um beijo em sua testa.

- Quando foi que voltou? Você não me disse nada.

- Foi ontem à noite, mas, o Gilbert me pediu para guardar segredo, pois queria te fazer uma surpresa. Você tem um marido fantástico, meu bem.

- Eu sei disso. - Anne respondeu, olhando na direção que Gilbert estava conversando com Daniel e Gabriela, e lhe sorriu quando seus olhares se encontraram.

- Precisamos comemorar sua nova fase. Me liga essa semana para marcarmos alguma coisa. - Cole disse segurando na mão dela.

- Vou ligar com certeza.- Anne garantiu.

- Você se importa se eu te deixar por algum tempo? Eu vi um gatinho muito interessante e solitário perto da sacada do apartamento. - Cole disse sem tirar os olhos da direção para qual apontara discretamente.

- Não, eu também preciso falar com algumas pessoas com as quais ainda não tive a oportunidade. Vá em frente, meu amigo, mas tenha juízo.- Anne aconselhou, com um sorriso carinhoso.

- Sempre. - Cole disse também rindo.

Assim, Anne caminhou pela sala, falando com uma pessoa aqui e outra ali, até que chegou em Bertha que parecia um pouco incerta se Anne falaria com ela ou não, e pareceu imensamente aliviada quando Anne o fez.

- Boa noite, Bertha.

- Boa noite, Anne. Fico muito feliz em vê-la tão bem.- Bertha disse com um sorriso tímido.

- Obrigada. - Anne respondeu, olhando para o acompanhante de Bertha que lhe sorria abertamente.

- Este é o meu marido, Richard.- Bertha lhe apresentou, e Anne apertou a mão que ele lhe estendeu quando disse:

- É um prazer conhecê-la finalmente.

- Muito obrigada. Espero que esteja se divertindo.- Anne disse, se simpatizando com o marido de Bertha instantaneamente. Ele era um homem charmoso, de cabelos castanhos claros e olhos verdes. Em pouco tempo de conversa, a ruivinha pôde perceber o quanto ele era inteligente, e porque Bertha tinha se apaixonado.

- Estamos sim, obrigado por perguntar. Foi muita gentileza de seu marido nos convidar.

- Foi muita gentileza de vocês terem vindo.- Anne disse, sentindo-se pela primeira vez à vontade na frente de Bertha.

- Se precisarem de alguma coisa é só me pedir. Vou deixá-los agora, pois preciso falar com outras pessoas.

- Claro, Anne. Vamos ficar bem. Não se preocupe. - Bertha disse nitidamente mais relaxada do que quando chegara ali.

Anne os deixou, e foi em direção à Gilbert que estava em uma conversa animada com Daniel e Gabriela. Ele enlaçou sua cintura assim que ela se aproximou, e perguntou:

- Está tudo bem?

- Está sim.- Anne respondeu, beijando-o no rosto, e em seguida se virou para Gabriela que lhe disse:

- É muito bom ver você caminhando com as próprias pernas, Anne.

- É melhor ainda estar caminhando com as próprias pernas. Eu pensei que esse dia nunca chegaria, mas ele felizmente chegou.- Anne respondeu, vendo o sorriso de Gilbert aparecer e se expandir por todo o seu rosto.

- Precisamos marcar para sairmos todos juntos. - Daniel disse, no que Anne e Gilbert concordaram.

- Que tal um jantar naquele nosso restaurante favorito?- Gabriela sugeriu.

- Acho que seria uma excelente ideia.- Anne respondeu, e assim a conversa continuou fluindo entre eles como nos velhos tempos.

Horas depois quando o último convidado se foi, Gilbert voltou para a sala e encontrou sua esposa dançando com um copo de champanhe nas mãos, e um enorme sorriso de satisfação em seus lábios rosados.

Ele parou um instante para observá-la, mas logo Anne o encontrou ali absorto com sua dança, e colocando seu copo sobre a mesinha da sala ela convidou:

- Vem dançar comigo.- o rapaz venceu o espaço que havia entre eles, a pegou em seus braços e perguntou:

- Como está se sentindo?

- Feliz. - Anne respondeu, apoiando sua cabeça no peito de Gilbert.

- Eu também. Essa noite saiu exatamente como planejei.- Gilbert falou, apertando a cintura de Anne de leve enquanto rodopiavam pela sala.

- Obrigada pela noite que preparou para mim. Foi bom ter nossos amigos em casa de novo.- Anne disse, rodeando pescoço dele com as mãos.

- Você merece o mundo, meu amor. - Gilbert respondeu, e em seguida ele sentiu os lábios de Anne em seu pescoço e perguntou:

- O que está fazendo, querida?

- Seduzindo o meu marido. - Ela respondendo, continuando a beijá-lo em seu ponto mais sensível.

- Ainda acha que precisa me seduzir? Eu já sou todo seu, meu anjo. - O rapaz disse de olhos fechados.

- Eu sei, mas gosto da sensação de vê-lo vibrar por mim a cada toque. - Anne respondeu, abrindo o primeiro botão da camisa dele.

- Faz o que quiser. Essa noite é toda sua.- Gilbert respondeu ao sentir as mãos de Anne trabalhando no segundo botão da camisa dele.

Eles continuaram a dançar e conforme a música romântica ficava mais intensa, Gilbert e Anne também intensificaram sua dança e suas intenções ali.

A camisa de Gilbert fora atirada em cima do sofá, e a blusa de Anne jazia no chão da sala, deixando-a apenas com seu sutiã de renda vermelha, que durou muito pouco tempo em seu corpo já que seu marido tratou de tirá-lo com um único movimento.

Anne correu as mãos pelas costas nuas de Gilbert ao mesmo tempo em que ele a fazia jogar a cabeça para trás, e provocava seus seios com sua língua habilidosa e quente, fazendo sua pele inteira se arrepiar. Eles fizeram mais um movimento de dança, e a saia de Anne sumiu de seu corpo, assim como a calça jeans de Gilbert, e então o que sobrou sobre seus corpos foram apenas suas roupas íntimas. O rapaz fez sua esposa agarrar sua cintura com suas pernas torneadas, e continuou a dançar com ela pela sala, enquanto seus beijos se tornavam cada vez mais famintos.

O corpo de Anne já estava pronto para ele, e vibrava ao sentir a ereção dele cada vez maior embaixo dela. Logo, Gilbert a fez descer de onde estava, deslizando o corpo dela sobre o seu até que ela apoiou os pés no chão frio do apartamento. A calcinha dela foi retirada por suas mãos, enquanto Anne fazia o mesmo com a cueca dele. Completamente nus, eles continuaram a dançar, enquanto carícias, línguas e lábios continuavam a fazer seu trabalho causando uma excitação em seus corpos que só seria saciada quando se tornassem um só.

Anne arfava contra a boca de Gilbert enquanto as mãos dele exploravam seu corpo de forma febril. Ela o queria e precisava dele, assim como sua pele gritava pela necessidade que tinha de saciar todo o seu desejo que estava cada vez maior e a queimava como brasa acesa.

- Me leva para o quarto. - Ela pediu, e Gilbert fez o que ela queria, e logo estavam sobre os lençóis seus corpos grudados, seus lábios colados, e suas mãos que não paravam quietas porque precisavam expressar por meio de carícias como se desejavam. Então, Gilbert a preencheu, e ela gemeu alto ao senti-lo dentro de si, e começou a se movimentar com ele, sentindo que seu marido estava queimando como ela. E quando o clímax se aproximou, Anne apertou os ombros dele com as mãos, enquanto Gilbert enterrava seu rosto no pescoço de Anne, e quando as ondas de prazer chegaram juntas nos corpos de ambos, eles se afogaram nelas até que não sobrasse um único suspiro em seus lábios.

Muito mais tarde, ao abrir os olhos, Gilbert se virou para o lado onde Anne deveria estar, e não a encontrou. Assim, ele se levantou, vestiu um roupão por cima do seu corpo nu, e caminhou até o quarto dos bebês onde ele sabia que ela estava, e a encontrou olhando para os gêmeos que tinham acabado de serem alimentados e dormiam tranquilamente em seus berços. Gilbert a envolveu em seus braços pela cintura e disse:

- Nosso universo.- Anne entrelaçou seus dedos nos dele e respondeu, encarando-o com seus olhos azuis:

- Sim, só nosso.

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