Capítulo 10- Apenas você
Gilbert e Anne
Anne e Gilbert ficaram se encarando, sem conseguir desviar o olhar. Havia uma magia entre os dois que fazia com que ficassem perdidos um no outro sem sequer se lembrarem de onde estavam. O barulho das conversas, a música que tocava, tudo tinha sumido naquele breve instante em que seus olhares se cruzavam.
Foi Cole que quebrou o encanto, assim que falou com Gilbert, fazendo Anne voltar para a terra do planeta onde tinha estado com. Gilbert.
- Olá, Doutor. Não sabia que médico gostavam de dançar.
- Só por que uso jaleco branco na maior parte do tempo não quer dizer que vivo assim também nas minhas horas de folga. Para seu governo, eu adoro dançar - Gilbert disse cheio de humor.
- Bem, então eu o desafio a dançar com. minha amiga aqui. – Anne olhou para Cole como se quisesse estrangula-lo. Ele não podia ter feito isso com ela, ela só podia ter ouvido errado.
- Cole, eu não quero dançar agora. Viemos aqui para pegar as bebidas, lembra? - Anne disse tentando ganhar tempo, mas Cole ignorou as palavras dela e continuou falando com Gilbert.
- Topa ou não Doutor?
- Claro. Achou que eu iria recusar um desafio seu? De jeito nenhum.- Desgraçado. Pensou Anne. Ele faz isso só para me humilhar. Gilbert olhou para Anne, estendeu sua mão e disse;
- Vamos? - Anne pensou em ignorar a mão que ele lhe estendia, mas vendo aquele olhar que sempre a desafiava nas piores situações desde os seus nove anos, ela disse;
- Vamos.- ela o seguiu até a pista de dança onde vários casais dançavam ao som de uma música bem romântica. Gilbert a enlaçou pela cintura, enquanto Anne passava os braços em volta do pescoço dele, mas tentou não encará-lo, pois estava consciente demais da proximidade dele, as mãos em suas costas que a queimavam sobre o vestido, a respiração em seu pescoço que a fazia sentir pequenos nós em seu estômago, e seus olhos fatalmente a denunciariam.
- Olhe para mim, Anne. – a voz dele rouca e hipnótica tornou impossível não fazer o que ele lhe pedia. E quando seu olhar se prendeu ao dele, Anne engoliu em seco. Os olhos castanhos dele pareciam querer ler a sua alma, e ela não sabia quanto tempo resistiria tendo- o assim tão perto.
- Você está linda está noite. – Gilbert disse como se sua voz a acariciasse.
- Obrigada- ela respondeu sentindo as mãos dele descerem até sua cintura, colando ainda mais seu corpo no dele.
- Que perfume delicioso é este que está usando? – Gilbert perguntou passando o nariz de leve pelo seu pescoço em um toque suave que fez Anne sentir uma carga elétrica descarregando por todo o seu corpo.
- Não estou usando nenhum perfume.
- Então é somente você. – Ele disse com a voz carregada de sensualidade.
Anne pensou que não resistiria aquele ataque sedutor de Gilbert sobre ela. Ele a estava deixando trêmula e não confiava em suas pernas para dançar sem se apoiar nele. Deus do Céu! O que aquele homem estava fazendo com ela? Ela estava literalmente pegando fogo antes mesmo que ele a tocasse de verdade.
Gilbert se sentia inebriado pela presença de Anne em seus braços. Como sentira falta de abraçá-la assim, ela o deixava tão fora de si que a única coisa que conseguia pensar era em beijá-la e tocá-la até que seus corpos entrassem em combustão.
Deus! Como ele precisava daquela mulher, ela tinha que ser dele ou ficaria louco, e depois que a tivesse Gilbert sabia que nunca mais a deixaria ir, pois a prenderia em seu coração de onde ela nunca deveria ter saído sete anos atrás. Ele levantou o rosto louco para provar daqueles lábios que se entreabriam para ele em antecipação, mas antes que pudesse fazer qualquer movimento em direção a ela, Anne o empurrou dizendo;
- Já chega. Quero voltar para a mesa.- ele apenas assentiu, não queria forçar Anne a nada que ela não quisesse fazer por livre e espontânea vontade.
Quando chegaram à mesa de Cole, ele disse:
- Sente com a gente, Gilbert.- ele ia protestar dizer que não estava sozinho, mas ao olhar para a mesa onde estivera sentado com o amigo, viu que ele estava entretido em uma conversa bastante animada com uma loira cheia de curvas. Então, para o desespero de Anne ele disse:
- Está bem.
Gilbert ocupou a cadeia bem ao lado de Anne, e enquanto era apresentado aos amigos de Cole, ele colocou o braço displicentemente por trás do ombro de Anne, como se propositalmente quisesse que ela tivesse consciência fisicamente de que ele estava ali, bem ao lado dela.
Às vezes ela sentia os dedos dele acariciando seus cabelos de leve, outras sentia as mãos dele em sua nuca. Eram toques inocentes sem nenhuma malícia, mas que estavam minando sua resistência. Precisava parar de sentir aquele calor que subia pelo seu corpo e se instalava em seu ventre, deixando-a inquieta. Definitivamente, Gilbert Blythe sabia seduzir uma mulher sem precisar de muitos artifícios a não ser seu charme. Ela estava quase se derretendo, mais um pouco e estaria sentada no colo dele pedindo por carícias mais intensas.
Sua garganta secou assim que ele olhou para ela e sorriu, como se soubesse exatamente o que ela estava se sentindo. Então, ela encheu uma taça de vinho e quase a tomou de um só gole, tentando aliviar a tensão em sua garganta. Estava em sua segunda taça quando ouviu Gilbert dizer;
- Anne, acha que é uma boa ideia beber assim?
- Você não manda em mim, Blythe.- ela se sentia mais ousada com o efeito do vinho ao qual não estava acostumada. Não bebia nunca, mas aquela noite sentia que precisava de algo mais forte para suportar a presença de Gilbert ao lado dela sem surtar. O que ele fazia ali sozinho? Onde estaria Sarah? Ela deu de ombro e percebeu que não queria saber.
Ela estava quase tomando sua terceira taça de vinho, quando Gilbert segurou sua mão e disse para ela:
- Você não vai beber mais. O que quer com isso? Entrar em coma alcoólico. – Anne olhou zangada para ele, as narinas dilatadas de raiva enquanto sua cabeça começava a girar pelo efeito do álcool.
- Já disse que você não manda em mim.- ela se levantou e tudo rodou de repente. Anne tentou se segurar na mesa, mas quase perdeu o equilíbrio e se não fosse por Gilbert, teria caído e dado o maior vexame na frente de todos os presentes.
- Cole, vou levar Anne para casa. Ela não está em condições de ficar aqui.
- O problema, Gilbert é que se Anne aparecer em Green Gables desse jeito, Marilla vai me matar pensando que a embebedei de propósito. Além, do mais, eu disse que Anne passaria a noite em minha casa. – Cole respondeu preocupado com o estado da amiga.
- Vou levá-la para meu apartamento. É bem próximo daqui. Assim poderei cuidar dela melhor.- Cole olhou em dúvida para Gilbert, por um momento, mas depois pensou que se havia uma pessoa que podia cuidar de Anne esse alguém era Gilbert. Talvez Anne o odiasse no dia seguinte, mas estava fazendo isso pelo próprio bem dela. – Está bem, então. Qualquer coisa me liga.
- Pode deixar - Gilbert abraçou os ombros de Anne e a levou para fora da discoteca até o seu carro. Seu estado parecia ter piorado nos últimos cinco minutos, porque ela não falava nada, os olhos pareciam alheios a tudo, e ela cantarolava uma música que ele não conseguiu entender.
Quando chegaram em seu apartamento, Anne parecia péssima. Percebendo que ela parecia não ter firmeza nas pernas para caminhar sozinha, ele a pegou no colo e foi para seu apartamento que felizmente ficava no primeiro andar, assim ele não teria que pegar o elevador ou subir escadas carregando Anne.
Assim que entrou porta adentro, ele ouviu Anne choramingar, os braços de Anne enrolados em seu pescoço.
- Por que, Gil você me magoou tanto? – o antigo apelido nos lábios de Anne o fez estremecer. As lembranças chegaram como avalanche, enquanto Anne continuava a repetir a mesma coisa. O que ela estava dizendo? Gilbert se perguntou. Como ele a tinha magoado e quando? Aquilo não fazia sentido.
Ele a levou até o quarto, colocando-a sentado na cama, e pensou em preparar um café forte para ajudar a curá-la da terrível ressaca que ela sentiria no dia seguinte.
- Não! _ ela gritou assim que percebeu que ele ia sair do quarto, segurando no pulso dele com força. – Gil fica comigo. .- Gilbert se sentou do lado dela na cama e segurou seu queixo entre as mãos com carinho.
- Não vou muito longe. Só vou até a cozinha preparar um café. – Ele tentava fazer com Anne entendesse o que ele estava dizendo por meio da névoa de embriaguez que o vinho lhe causava.
-Não. - Ela disse de novo e sem que ele esperasse, colou os lábios dela nos dele com sofreguidão enquanto suas mãos buscavam os botões da camisa, os quais ela abriu sem nenhuma permissão por parte dele. Seus dedos corriam soltos pela pele dele deixando-o atordoado. Gilbert tentou fazer Anne parar, sabendo que ela agia por impulso sem saber exatamente o que fazia. Mas foi em vão. Ela parecia possuída por algo diferente, e a maneira como se jogava em cima de Gilbert o estava levando ao limite de sua resistência. Ele então cedeu com.um gemido afastando o cabelo dela do pescoço e começando a beijá-la onde era seu ponto fraco. A língua dele invadiu a dela em um frenesi louco, desejando sugar tudo dela naquele único beijo.
Anne atirou os cabelos para trás dando livre acesso a Gilbert a seu corpo. O vestido dela foi puxado até a cintura, e Gilbert a deitou na cama, enquanto seus lábios brincavam com os seios dela por cima do lingerie de renda que ela usava, descendo até o abdômen dela deixando-a louca. Ela enterrou os dedos nos músculos das costas dele trazendo-o para mais perto, ansiando por um contato mais íntimo. Deus! Precisava dele, precisava tanto dele, Anne pensava sentindo-se ferver naquele fogo todo que tomava conta de seus corpos.
Gilbert mal conseguia se controlar. Estava perdido no seu desejo por ela, naquela paixão insana que o incentivava a continuar, mesmo que algo dentro dele dissesse que aquilo não estava certo, que Anne não sabia o que fazia, e que ele deveria parar antes que fosse tarde demais. Mas, a pele macia dela contra a dele estava virando- lhe a cabeça, afetando- lhe o raciocínio, os gemidos baixos dela em seu ouvido eram um afrodisíaco para que seu desejo por ela chegasse um ponto em que se sentisse consumido vivo.
Mas então ela ouviu-a dizer;
- Por favor, Gil. Faça amor comigo. – Ele caiu em si ao perceber o que estavam fazendo, os dois seminus, deitados na cama dele, e ele estava prestes a torná-la sua, sem que Anne tivesse a real consciência disso.
Ele a abraçou apertado enquanto ela choramingava em seu ouvido:
- Por favor, Gil. Eu quero você. Eu preciso de você.- os apelos dela eram tão doces aos seus ouvidos, tentadores demais. Mas, ele não podia, não era certo, ele respirou fundo, tentando acalmar seu coração que parecia um tambor dentro de seu peito.
- Amor, eu também te quero muito, mas não hoje, não agora.- ele então viu os olhos dela começaram a pesar de sono, e disse tocando o rosto dela com a ponta dos dedos:
- Você precisa descansar. Pois vai acordar com uma tremenda dor de cabeça amanhã. – Ele ajudou-a a tirar o vestido e ficar somente de lingerie debaixo do edredom que a cobria, pois o ar condicionado do quarto estava ligado e deixava a temperatura ambiente um pouco mais fria que a normal. Ele desligou a luz e antes que se virasse Anne segurou em seu pulso e perguntou:
- Você vai ficar comigo, não vai?
- Claro, meu amor. Vou passar a noite inteira ao seu lado. – ele despiu a calça jeans que usava e colocou apenas a calça do pijama. Deitou ao lado de Anne, enlaçando-a pela cintura e dormiram agarrados a noite inteira.
Quando o dia nasceu, Anne acordou com o sol iluminando o quarto e uma dor de cabeça terrível. De repente, ela olhou ao redor, e percebeu que não estava em seu quarto em Green Gables, ao mesmo tempo em que sentiu braços fortes em volta de sua cintura, Intrigada, ela olhou para o lado e gelou ao ver Gilbert dormindo profundamente ao seu lado. O que ela estava fazendo naquela cama, em um quarto estranho tendo Gilbert Blythe deitado ao seu lado? Olhou para si mesma, e percebeu que estava vestida apenas de lingerie, e Gilbert exibiu seu peito nu musculoso. Será que os dois passaram a noite juntos? Será que tinham feito amor? Não, não era possível, ela se lembraria se algo assim tivesse acontecido. Se bem que se lembrava bem pouco dos acontecimentos da noite anterior, depois que dançara com Gilbert, e quando tentava se lembrar, tudo não passava de um borrão.
Ela tentou sair da cama sem acordar Gilbert, mas assim que tentou retirar a mão dele que se agarrava a sua cintura com possessividade, ele abriu os olhos, e perguntou fixando olhar no rosto dela:
- Já acordou? Como se sente? - Anne não respondeu logo, pois ficou pensando como Gilbert podia agir tão normalmente, quando ambos estavam juntos naquela cama. Ela sentiu a boca seca ao responder.
- Estou com uma dor de cabeça terrível. Será que você pode me dizer o que aconteceu? Como nós acabamos assim? – Anne perguntou corando violentamente com o olhar que ele lançou.
- Bem, você resolveu tomar um porre de vinho ontem à noite. E quando começou a se sentir mal, decidiu te trazer para meu apartamento para te ajudar a ficar melhor,
- E o que mais? Anne perguntou, vendo que ele não iria dizer mais nada.
- O que quer saber, Anne? Se fizemos amor? Não, não fizemos amor. Eu jamais me aproveitaria de uma garota bêbada. Embora você estivesse bem amorosa comigo ontem a noite. – Anne sentiu seu rosto queimando. Nunca estivera em uma situação tão embaraçosa como aquela.
- E por que estamos dormindo na mesma cama?
- Por que você me pediu. – Gilbert respondeu simplesmente.
- Você está mentindo. Eu não fiz isso. - seu embaraço era ainda maior. Será possível que ele estivesse dizendo a verdade? Será que bebera tanto que perdera o juízo.
- Sim, você fez. E eu queria esclarecer uma coisa. Você me perguntou por que eu a magoei. Quando foi isso Anne? Não consigo me lembrar. Isso tem a ver com o fato de você ter ido embora de Avonlea sem se despedir há sete anos atrás? – Anne tentou disfarçar seu mal-estar. Não queria discutir com Gilbert feridas do passado naquele momento em que estava se sentindo tão vulnerável
- Que besteira está dizendo, Gilbert? Você não devia levar isso em conta. Como você mesmo disse, eu estava bêbada ontem à noite, e não devo ter dito coisa com coisa.
- Se é como diz, por que sinto que você tem uma raiva mal resolvida dentro de você toda vez que discutimos? –
- Gilbert, eu não tenho raiva de você. Não veja coisas onde não tem.
- Então, por que não deixa que eu me aproxime de você? - ele chegou um pouco mais perto e pegou uma mecha de cabelo dela entra as mãos. Como uma mulher podia ainda ser mais bela quando acordava? Gilbert pensou, olhando para os fios bagunçados de Anne, seu rosto rosado e os olhos um pouco inchados de sono. Anne estava mais desejável ainda naquela manhã do que fora na noite anterior.
- Gilbert...- ela começou, mas sentia dificuldade em raciocinar com aquela dor de cabeça horrível, e a maneira como Gilbert a olhava deixando-a nervosa.
- Anne, por que não podemos recomeçar? Por que não podemos ser o que fomos no passado? – Gilbert encostou sua testa na dela, enquanto seu polegar lhe acariciava a bochecha. – Eu sinto falta do que fomos, sinto tanta falta de nós dois juntos. Me deixa eu te mostrar que o que digo é verdade.
Anne fechou os olhos se deliciando com aquela carícia suave. Será que conseguiria confiar em Gilbert novamente? Será que valia a pena tentar? Ela abriu os olhos e olhou para o rosto de Gilbert tão perto do seu. Ela o amava tanto, não conseguia mais esconder, Queria acreditar nele mas tinha tanto medo de se machucar. Por outro lado, estava tão cansada de se sentir sozinha, de olhar para suas amigas invejando-as por terem uma vida completa com seus namorados ou seus maridos, enquanto a dela ainda estava pela metade.
Ele tentara amar outras pessoas, mas não conseguira. Gilbert era o único homem que ela queria. Talvez pudesse enfim deixar o passado para trás, e começar uma nova história a partir dali. Não havia garantias, mas pela primeira vez estava disposta a tentar, mas ainda havia um obstáculo que a impedia de correr para Gilbert.
- E a Sarah? – ela perguntou.
- Eu vou terminar tudo com ela, Tentei fazer isso essa semana, mas ela teve que viajar por causa de um problema de família, então terei que esperar que ela volte para resolver essa situação, Eu quero estar livre para você. – Anne sentiu seu coração dar um pulo com as palavras de Gilbert, e foi isso que a fez se decidir.
- Está bem, Acho que podemos tentar, desde que a gente vá devagar e você resolva essa situação com a Sarah. Não quero ser a terceira pessoa de um relacionamento.
- Claro. Faremos como você quiser. Agora, será que posso te pedir uma coisa? - Anne viu um sorriso maroto surgir no rosto de Gilbert e perguntou intrigada.
- O que é?
- Será que você poderia voltar a me chamar de Gil.? Ontem à noite você me chamou assim, e eu me senti tão bem. Foi como se o tempo não tivesse passado e fôssemos ainda dois adolescentes descobrindo as coisas da vida juntos.
- Gilbert, não temos mais catorze anos. – Anne disse sorrindo.
- Por favor, Anne. Você me deixaria tão feliz.
- Está bem. Prometo que vou tentar. Agora, será que você poderia me dar um analgésico? Essa dor de cabeça está me matando. – Anne fez uma careta e Gilbert riu.
- Claro. Por que não toma um banho enquanto preparo o café da manhã?
- - Boa ideia. Onde é o banheiro?
- No corredor a direita.
- Ótimo. Volto em um instante.
Assim, após tomar um banho relaxante. Anne se sentou na cozinha para tomar café com Gilbert. A impressão que ela tinha era que ela e Gilbert eram recém casados curtindo uma manhã ensolarada de sábado juntos. E esse pensamento a fez sorrir.
Após o café da manhã. Gilbert a levou para Green Gables e depois de se despedir dela com um beijo que lhe tirou o fôlego, Gilbert perguntou:
- Podemos sair hoje à noite?
- E onde iremos?
- Você escolhe. – Gilbert respondeu.
- Bem, eu prefiro um lugar neutro. Até que você resolva essa situação com Sarah, não quero que as pessoas nos vejam juntos. Eu não me sentiria bem com isso.- Gilbert a beijou no rosto e disse:
- Podemos ir ao cinema se quiser.- ele sugeriu.
- Boa ideia. Até mais tarde. – ela o beijou no rosto e se despediu, entrando em casa.
Muito mais tarde, quando estava em seu quarto deitada na cama, Anne pensou o que a esperaria aquela noite. Não sabia se tinha agido certo ao aceitar a proposta de Gilbert, a única coisa que sabia era da alegria que invadia seu coração toda vez que pensava nisso, e só queria que aquela sensação durasse para sempre.
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