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Capítulo 78- Pura felicidade


Olá, queridos leitores. Estou postando mais um capítulo da minha história. Espero que gostem, pois ela continua bastante emocional, com Gilbert e Anne tentando encontrar seu ponto de equilibro e conseguindo aos poucos traçar o seu caminho.Espero pelos comentários que me incentivam a continuar, e queria também agradecer pelos favoritos. Fico feliz por tantas pessoas estarem acompanhando minha história. Desculpem-me por qualquer erro ortográfico. Vou editar quando puder..Muito obrigada. Beijos.




ANNE

Era de madrugada quando Anne acordou com o que parecia um soluço. Ela acendeu a luz do abajur, e se virou para o lado onde Gilbert estava deitado, e percebeu que ele falava enquanto dormia. Ele parecia inquieto e se debatia em seu sono, o suor brotando em sua testa e voz feito uma súplica dizia:

- Não, por favor não vá embora! Não me deixe aqui sozinho! Anne, por que foi embora? Papai, não a deixe ir, traga Anne de volta para mim. Por favor, papai! Eu não posso perdê-la, eu a amo. - as palavras eram desconexas assim como o sonho parecia ser, mas, Anne compreendeu que Gilbert sonhava com ela, talvez levado pela tensão do dia anterior que mesmo depois da noite de amor que tiveram, não tinha abandonado Gilbert. A garota ruiva se aproximou, tocando os cabelos dele com carinho, depois o abraçou e disse baixinho em seu ouvido:

- Shhh.. Eu estou aqui e não vou a lugar nenhum, meu amor. Fique calmo, você não vai me perder, eu estou bem aqui, do seu lado. - Anne beijou o rosto de Gilbert, suas mãos traçando as linhas tensas do maxilar, passeando pelo queixo firme, descendo pelo pescoço até a nuca, e o puxou para mais perto. Suas pernas se encaixaram no meio das dele, e Anne permitiu que o calor de seu corpo nu se misturasse ao de Gilbert, fazendo com que ele fosse se acalmando aos poucos, e voltasse a respirar normalmente, e a dormir um sono tranquilo.

Pela primeira vez, depois do que tinha acontecido no dia anterior, Anne teve consciência de como toda aquela situação tinha afetado Gilbert. Fazia tempo que não via seu noivo tão fragilizado. A última vez fora quando contara a ele sobre seu aborto, ainda assim. ele se mostrara bem mais forte do que ela, e permanecera firmemente oferecendo seus braços como apoio

E quantas vezes Anne mergulhara neles, tentando encontrar ali a anestesia para sua dor, mas, nunca pensara o quanto tinha custado a Gilbert apoiá-la tanto enquanto ele mesmo não encontrara o apoio que precisava para si mesmo.

Gilbert sempre lhe parecera sólido como os recifes que ela encontrava na praia, e se esquecia muitas vezes que ele era apenas um homem que lidava com suas próprias fraquezas. Ela o abraçou ainda mais forte, sentindo a respiração dele em seus cabelos, os lábios a um milímetro dos dela. Ela os desenhou com a ponta dos dedos, sentindo a textura macia em suas mãos, para não acordá-lo ela colou sua boca na dele de leve em um toque suave que fez Gilbert relaxar ainda mais. Ele aconchegou seu corpo ao de Anne, e ambos dormiram assim até de manhã.

Anne despertou na mesma posição, pernas e braços enroscados nos de Gilbert. Ela se soltou devagar, pois pretendia deixá-lo dormir mais um pouco. O dia anterior tinha sido duro para os dois, porém, Anne desconfiava que para Gilbert fora o dobro. Naquele instante, ela conseguia racionalizar o quanto estivera agindo egoisticamente.

Gilbert estava sempre ali, para o bem ou para o mal, ele nunca soltara a sua mão e lhe dera toda força para que ela construísse algo todo seu, talvez com uma nova identidade, que a fizesse recomeçar uma vida nova, dando-lhe a liberdade necessária para que fosse ela mesma, mas, Anne de repente se lembrou, que nunca perguntara a Gilbert o que todos aqueles meses em que ela estivera mergulhada em sua dor tinham significado para ele? Como ele suportara o seu próprio luto? Como ele lidera com a dor? E se sentiu tão mal por sequer ter pensado que Gilbert também precisara dela, e Anne apenas tomara tudo dele, e não lhe dera nada em troca para se apoiar, para ter esperanças. Ela jogara em cima dele suas frustrações, sua infelicidade e sua depressão, e sequer tinha levantado os olhos e observado com mais atenção que o coração de Gilbert fora magoado como o dela, e também precisara de sua compaixão, e ela fechara a porta em sua cara não permitindo que ele entrasse e partilhasse com ela suas feridas. Anne se lamentava por carregar um fardo pesado em suas costas, enquanto Gilbert carregara o mundo inteiro por ela, e generosamente a poupara de saber como sua alma estava em carne viva e sangrava silenciosamente da mesma maneira que a dela.

O sol começava a despontar no horizonte aquela manhã, assim como a venda do egoísmo ia sendo retirada dos olhos de Anne. Depois de tantos meses agarrada às suas lamentações, ela compreendera o quanto estivera cega às necessidades de seu noivo. Ela roubara suas energias como uma parasita que depende de um outro corpo para sobreviver, e não imaginara o quanto tudo aquilo custara a Gilbert.

Eles eram dois seres humanos que sofreram uma terrível perda, mas Anne somente conseguira enxergar a si mesma em seu pesar, e agora ela se perguntava como faria para que Gilbert se livrasse do peso extra que levara com ele sem reclamar até ali.

Ela lavou o rosto, escovou os dentes, e se lembrou que teria que trocar os curativos do pulso. Quando estava a ponto de fazê-lo, Gilbert surgiu no banheiro e disse:

- Deixe que eu faço isso para você. - com bastante agilidade ele retirou a gaze que fora enrolada no pulso dela na enfermaria, deixando por alguns segundos a ferida exposta. Anne gemeu baixinho quando ele passou água oxigenada para desinfetar o local, e Gilbert vendo seu rosto crispado perguntou:

- Está doendo?

- Um pouquinho, mas eu posso aguentar, não se preocupe.

- Não duvido. Você sempre foi tão corajosa, Anne. - a ruivinha balançou a cabeça ao ouvir aquelas palavras. Como Gilbert podia dizer aquilo quando toda a coragem que tivera nos últimos tempos ela tomara dele, e agora ela se sentia com o se fosse uma ladra de sentimentos, uma manipuladora, de emoções, um ser humano sem vontade própria. Ela olhou para Gilbert e viu o rosto sério, a testa franzida, e as olheiras que marcavam a pele dele. Ela não as notara antes, e percebia que já estavam ali, em consequência das horas de estudo frequente e das preocupações com ela, e se sentiu mal de novo por não ter percebido o quanto Gilbert sofria em silêncio.

Ele terminou de fazer o curativo, e guardou todos os itens a que usara no armarinho do banheiro, e antes que ele saísse dali, Anne o abraçou pela cintura e disse:

- Perdoe-me. – Gilbert sorriu de leve e perguntou:

- Pelo que está se desculpando?

- Por tudo o que aconteceu nos últimos tempos. - Gilbert beijo- lhe o topo da cabeça e respondeu:

- Anne, nada disso é culpa sua. Você não tem que se preocupar com isso, está bem?

- Está. – Ela respondeu meio incerta. Queria conversar com ele sobre o que acontecera no dia anterior, e explicar que ele tivera uma ideia errada do que acontecera, mas Gilbert não lhe deu uma chance de introduzir o assunto, pois foi logo dizendo:

- Vamos tomar nosso café da manhã.

Era domingo, e por isso, ele não teria que trabalhar. Anne estava contente por tê-lo em casa, pois isso lhe daria a oportunidade de cuidar melhor dele naquele dia. Ela não se esquecera do pesadelo de Gilbert durante a noite, embora ele parecia não ter nenhum a lembrança daquilo.

Eles se sentaram à mesa para o café e Gilbert parecia estranhamente calado, como tudo estava estranho aquela manhã desde que Anne se levantara. Sem nenhum aviso, Gilbert olhou para ela por cima de sua xícara de café, e perguntou:

- Anne, você está feliz aqui? - a garota ruiva o olhou surpresa e também perguntou:

- Que tipo de pergunta é essa, Gilbert?

- Eu quero saber se é feliz aqui. - ele insistiu.

- É claro que sou feliz aqui. Por que está me perguntando isso? – ela o olhou com seus imensos olhos azuis cheios de dúvidas.

- Porque comecei a pensar se não fui precipitado ao te trazer para Nova Iorque dessa maneira tão intempestiva. – O coração de Anne se contraiu apreensivo. O que Gilbert queria dizer com aquilo? Ele tinha se arrependido por ela estar ali? Será que a presença dela lhe começara a pesar de um jeito que ele não havia imaginado?

- O que está dizendo? Que cometeu um engano ao me trazer para cá?

- Claro que não, Anne. Estou muito feliz que esteja aqui, mas não se trata de mim e sim de você. – Gilbert respondeu segurando as mãos dela por cima da mesa.

- O que essa pergunta que me fez a um segundo tem a ver comigo? - aquela conversa toda estava seguindo um rumo que não estava lhe agradando.

- Eu te fiz o convite de vir para cá comigo partindo do princípio que isso lhe faria bem. Mas, agora não tenho mais certeza disso. - o olhar de Gilbert se fixou no curativo do pulso de Anne, e ela instintivamente o escondeu embaixo da mesa. Porém, viu ali sua oportunidade de se explicar

- Gilbert, isso que está pensando não faz sentido algum. Eu não me cortei de propósito foi um acidente.

- Anne, eu sei das pressões que vem sofrendo, e acho que não tenho sido de grande ajuda. Você passa muito tempo sozinha, e não acho que isso seja bom para você. Fico feliz que tenha arrumado um emprego, e esteja tentando se socializar, mas estive pensando se não fui afoito demais te arrastando para cá comigo porque a queria por perto, e te afastei de tudo o que lhe é familiar e querido. Eu talvez tenha agido equivocadamente ao imaginar que estar aqui agora te devolveria suas perspectivas de vida, e não levei em conta que provavelmente você precisaria de mais tempo antes de embarcar nessa aventura comigo. - o que ele queria dizer exatamente? Anne de perguntou. Será que ele a ouvira quando falara que aquele machucado em seu pulso fora um acidente?

- Gilbert, eu estou feliz com você aqui. Eu não vou mentir e dizer que não sinto falta das pessoas que deixei em Avonlea e Green Gables, mas, eu me preparei para isso antes, e a vida que temos é a única que desejo viver com você. – Ela estava sendo sincera, mas, Gilbert a olhava como se não acreditasse em suas palavras. Ele estava decidido a se culpar pelo que acontecera, e nada do que dissesse o faria mudar de ideia. O rosto dele estava triste, e a alegria natural que enchia seus olhos todos os dias de manhã quando acordava e olhava para ela não estava lá naquele momento, e Anne tivera a impressão que Gilbert vinha dedicando um tempo considerável a pensar sobre tudo aquilo que estava lhe dizendo, mas Anne se perguntava, quando isso ocorrera? Será que aquelas ideias surgiram durante seu pesadelo de madrugada. Quando as culpas acabariam? Anne estava cansada de ambos viverem com uma espada suspensa sobre duas cabeças, e a qualquer momento poderia cair sobre eles se aquelas dores não fossem exterminadas de suas vidas, e destruiria cada peça da construção de seus novos sonhos que iam se juntando pouco a pouco diariamente. Ela queria que fossem livres, mas não sabia como.

- Anne, você quer voltar para casa? – a voz dele soou tão vazia quando Gilbert lhe perguntou isso. magoando seus ouvidos com o sentido delas.

- Você quer que eu volte? - ela perguntou de volta. Anne precisava saber mesmo que a verdade delas a magoasse.

- Não eu não quero. Mas, eu tenho medo do que sua mente atormentada possa levá -la a fazer da próxima vez. E juro que não vou suportar passar de novo pelo que passei ontem. - ele abaixou a cabeça e respirou fundo, e Anne sentiu seu peito se contorcer por dentro. Ela viera para Nova Iorque para fazer Gilbert feliz, e não para fazê-lo se culpar por coisas que nem existiam

- Eu não fiz nada, Gilbert, eu juro. Por que não acredita em mim?

- Eu quero acreditar, Anne, mas eu não posso ignorar tudo o que passou até agora. Eu nunca te culparia se realmente o que aconteceu foi proposital. São coisas demais para uma pessoa só suportar. – Ele disse olhando-a nos olhos. Gilbert estava sofrendo, Anne podia enxergar aquilo, e ela sabia que era a responsável, mas mesmo assim, não queria voltar para Green Gables. Ali era o seu lar agora, e não queria se afastar de Gilbert novamente.

- Por favor, não me mande embora. - ela começou a chorar sem realmente desejar, mas, o desespero de pensar em ter que deixar Gilbert a levara aquilo, e seus olhos despejaram para fora sua mágoa em forma de lágrimas.

Gilbert se levantou de onde estava e a abraçou dizendo;

- Eu jamais te mandaria embora. Eu preciso muito de você comigo, mas, abriria mão disso se você me dissesse que Nova Iorque não é o que sonhou para você. Eu quero que fique bem, meu amor. Mas, não posso perder você.

- Eu não quero voltar para Green Gables. Quero ficar aqui com você. Eu te amo, Gilbert, e isso é tudo o que importa para mim. Meu lugar é onde você está. – Ele a olhou por um instante, observando-a atentamente. Havia ali tanto amor quanto dor, e Anne desejou que pudesse apagar a tristeza daqueles olhos, e fazê-lo sorrir para sempre

Então, Gilbert a beijou por entre as lágrimas, e Anne correspondeu com todo o seu ardor. Ele precisava saber que não havia outra coisa no mundo que desejasse mais do que ficar com ele para sempre. Queria fazê-lo esquecer o sonho que o jogara naquele ânimo estranho e apagado, queria que ele soubesse que ela estava ali por ele também.

Ficaram nessa troca de carinho por alguns minutos, e quando Gilbert se separou dela, ele disse:

- Hoje é domingo. O que quer fazer? Tenho o dia todo livre. Quer sair? Comer fora ou fazer uma caminhada pelo parque? - ele disse tentando parecer alegre.

- Não, Quero ficar aqui com você. – Anne respondeu. Ela estava se sentindo mexida demais com a conversa que tiveram, e não tinha vontade de fingir uma alegria que não sentia e se misturar as pessoas lá fora.

- Tem certeza? Podemos ir ao restaurante chinês que você adora. - ele propôs.

- Não. Quer o mesmo ficar aqui. Você se importa?

- Claro que não. Gosto de passar meu tempo livre com você – Gilbert disse sorrindo apertando-lhe a mão.

Assim passaram o dia, lendo juntos, fazendo palavras cruzadas, ou simplesmente envolvidos um com o outro. A hora do almoço chegou e prepararam sanduíches, pois nenhum dos dois parecia estar disposto a fazer uma refeição de verdade.

Logo depois, se deitaram no sofá da sala juntos. Anne apoiou sua cabeça no peito de Gilbert enquanto ele lhe acariciava os cabelos, e uma sonolência gostosa foi tomando conta do corpo da ruivinha. Com um suspiro satisfeito, ela se ajeitou melhor contra o corpo de seu noivo, e em segundos estava dormindo.

GILBERT

Gilbert observou Anne dormindo em seus braços, enquanto seus dedos se enroscavam nos longos fios que lhe chegavam até a cintura, em lindas ondulações que deixavam o rosto de sua noiva ainda mais delicado e exótico

Anne tinha uma beleza diferente. Ele não sabia explicar o que exatamente havia nela que a tornava tão singular, mas. Gilbert nunca conhecera ninguém como ela cuja inocência e sensualidade viessem juntas em uma combinação perfeita. O coração dela era tão puro, e mesmo depois da vida difícil que experimentara, Anne era incapaz de odiar alguém, e por ser tão autêntica em suas convicções, às vezes às decepções a atingiam três vezes mais do que normalmente seria comum, e por esta razão, Gilbert temia por ela.

Todas as avaliações de Dora sobre ele eram verdadeiras. Ele realmente exagerava no quesito proteção, e tentava por todos os meios não deixar que nada de ruim afetasse Anne, mas, nem sempre tinha sucesso nisso, pois não possuía o controle de tudo. Após o que acontecera no dia anterior, sua preocupação somente aumentara, pois ele ficava pensando como poderia deixar Anne sozinha no dia seguinte, enquanto ia para o trabalho, se não sabia se podia confiar que ela ficaria bem?

Gilbert baixou o olhar para pulso dela do qual ajudara a ajudara a cuidar naquela manhã, e mordeu os lábios perdido em seus pensamentos. Apesar de o corte não ter sido muito fundo, ele acontecera bem próximo da veia principal, e se o pedaço do espelho que cortara a pele de Anne tivesse atingido aquela região, eles certamente não estariam ali juntos. Gilbert apertou mais os lábios entre os dentes ao pensar naquela possibilidade. Se Anne tivesse morrido por causa de um ato tão sério, mas ao mesmo tempo estúpido, a vida de Gilbert também não valeria nenhum centavo. Nada mais lhe importaria se tivesse perdido a metade de seu coração.

Respirar não seria mais possível, e ver a beleza da vida sem ela também estaria fora de questão. Se Anne não estivesse mais neste mundo, tudo o que planejara, ou desejara para si perderia o brilho no mesmo instante, e não haveria nenhum sol em suas manhãs, levando-o ao fim de seus dias em uma escuridão total.

Por esta razão, tantos pensamentos davam voltas em seu cérebro, deixando Gilbert se sentindo impotente a respeito do que fazer. Ele nunca presenciara uma tentativa de suicídio antes, e pensar que Anne fora capaz de tal ato, o deixava desesperado. Ela lhe dissera que fora um acidente, mas nas atuais circunstâncias, após vivenciar aqueles meses negros em que ela permanecera enterrada em um processo de autodestruição ele poderia confiar nela?

A autonegação era uma coisa comum naqueles casos, e em muitas situações a pessoa realmente não conseguia enxergar que o que fizera fora algo proposital, e em sua necessidade desesperadora de acabar com a dor, ela via aquilo como um alívio para o que a estava magoando tanto, e não compreendia o mal que estava infringindo a si própria. Alguns diriam que era covardia e o caminho mais fácil para enfrentar os problemas, porém, Gilbert diria que aquilo era uma forma de fazer outras pessoas prestarem atenção a um sofrimento que às vezes se escondia por trás de falsos sorrisos.

E Anne o fizera prestar atenção em como ela estava enfrentando seus dilemas, e foi então que Gilbert percebeu que o problema de Anne era mais grave que pensara, e o que realmente o tirara do sério fora que ela não lhe contara que estava sendo insuportável demais controlar seus pensamentos e que a dor a estava levando por um caminho perigoso. Apesar de tentar não julgá-la, Gilbert ficara magoado por Anne não confiar nele, e preferir causar a si própria um dano terrível como aquele.

Imaginar a angústia que Anne sentira naquele momento sozinha, o fizera ter pesadelos durante a noite, e naquela manhã acordara com a sensação de que a estava perdendo de qualquer maneira, e não podia deixar que acontecesse.

Por esse motivo, suas conjecturas sobre o assunto acabaram levando-o a pensar, que talvez ele tivesse cometido um erro ao acreditar que trazer Anne para viver ali com ele resolveria todos os problemas. Não imaginara que a solidão interna dela a faria agir impensadamente, e constatara que talvez ele devesse ter esperado um pouco mais para ter dado aquele passo. Ele temia que ela tivesse aceitado somente para fazê-lo feliz, mas, que no fundo sentia-se fora do lugar no ambiente no qual ele cuidadosamente preparara para ambos, e tal ponderação o levara a falar com ela sobre a possibilidade dela voltar para Green Gables, mas, a dor que vira no rosto dela ao imaginar erroneamente que ele queria que ela fosse embora, o fizera recuar.

Estava sendo difícil demais lidar com tantos sentimentos ao mesmo tempo, e ele não estava apenas pensando em Anne naquele momento. Os seus sentimentos também o deixavam maluco, e embora não estivesse jogando a toalha, Gilbert se sentia propenso a entrar em uma séria crise de impotência, e nunca enfrentara algo assim antes. Precisava colocar a cabeça no lugar antes que naufragasse em suas próprias incertezas.

Tantos conflitos o deixaram exausto, e Gilbert acabou adormecendo também. Quando acordou já estava anoitecendo, e notou surpreso que dormira quase toda a tarde assim como Anne, que continuava adormecida em seus braços. Ele pensou no que faria para o jantar, mas nenhuma ideia realmente o agradou. Assim resolveu sair e comprar pizza, pois assim nem ele e nem Anne precisariam cozinhar aquela noite.

Ele se levantou sem acordar Anne, pois ela parecia tão tranquila em seu sono que sentiu pena em interromper seu momento de descanso. Por isso, deixou um bilhete dizendo onde estava indo, pegou sua carteira e saiu.

O ar estava bastante frio, mas não o bastante para incomodar quem caminhasse pela rua aquela hora. Gilbert gostava do inverno, principalmente quando nevava. A sensação de aconchego que a estação que dava, vinha da época da infância, quando ele se lembrava dele e de seu pai envolta da lareira e tomando chocolate quente com canela. Naquele tempo, a vida era tão simples, e nada parecia abalar a calmaria que tomava conta de Avonlea em temperaturas quase abaixo de zero, e ele apenas sonhava com as aventuras que viveria quando chegasse o tempo de criar asas, e deixar sua terra natal.

Ele realmente o fizera, bem mais cedo do que esperara e em condições totalmente diferentes do que planejara, mas, lhe servira como lição e não se arrependera de ter passado quase um ano navegando em águas desconhecidas, pois quando voltara para casa, ele compreendera que Avonlea era onde queria e deveria estar.

O inverno também lhe trazia boas lembranças dele e de Anne andando na neve de mãos dadas, enroscados na cama depois de uma noite de amor, o sorriso dela e seus olhos brilhantes, a alegria espontânea tão rara nela agora, e sua maneira de encarar a vida com o se tudo fosse um parque de diversões cheio de surpresas e boas oportunidades. Fora aquilo tudo que o atraíra nela, e ainda era assim. Gilbert apenas esperava que por trás da máscara de infelicidade que ela vestia agora, Anne ainda guardasse em seu coração as esperanças daquela época e sua essência de menina apaixonada pela vida.

Gilbert ainda estava imerso em seus pensamentos quando sem querer es esbarrou em alguém e ao se virar para pedir desculpas viu que era Jonas.

- Gilbert, e aí cara. Como estão as coisas? - Jonas perguntou daquele seu jeito peculiar.

- Estão bem. - Gilbert respondeu.

- É como está a Anne depois do acidente da contém?

- Ela está bem melhor, e vai se recuperar logo. Eu queria aproveitar que te encontrei, e te agradecer por ter me avisado ontem do que tinha acontecido. Desculpe-me por ter sido um tanto grosseiro, e sair sem se quer me despedir. - Gilbert disse meio sem graça.

- Não se preocupe. Eu entendo. Você estava em momento tenso, e realmente não me importei. Eu é que deveria agradecer pela oportunidade que me deu de fazer algo pela Dora. - Jonas disse sorrindo.

- Vocês ainda estão nesse impasse? - Gilbert perguntou interessado no assunto.

- Sim. Ela tem ignorado todas as minhas tentativas de aproximação. - Jonas respondeu tristonho.

- Ela tem boas razões para isso, Jonas. Você a fez sofrer muito, e Dora não me parece o tipo de pessoa que perdoa fácil uma falta cometida assim.

- Eu sei que não agi certo com ela, e tenho feito de tudo para ela me perdoar, mas, aquela garota sabe ser dura quando quer, e eu literalmente estou suando a camisa para que ela me dê uma chance. - Gilbert sabia que era verdade. Jonas vinha tentando mudar. Ele se tornara mais responsável, quase não saía mais para suas noitadas de antigamente, e estava se dedicando com afinco aos estudos.

- Eu realmente fico feliz por você estar se empenhando. Seu erro com a Dora foi você ter julgado que ela era como as outras garotas com quem você sai.

- Você está certo. Eu a tratei apenas como mais uma garota, e quando percebi já a tinha perdido

- Dora é uma garota muito especial. Espero que você tenha se dado conta disso. - Gilbert olhou para o rapaz a sua frente que o escutava com atenção

- Sim, realmente ela é sensacional, e fui um idiota por tê-la perdida. - Jonas confessou.

- Mas ainda há tempo. Tente se aproximar aos poucos, Mostre a sinceridade de seus sentimentos, e tenho certeza de que logo você a conquistará de vez.

- Obrigado pela força, Gilbert, e espero ver você com a Anne em breve. - Jonas disse se despedindo.

- Sim. Agora preciso ir. Deixei Anne sozinha em casa para comprar nosso jantar. – Gilbert explicou e Jonas respondeu.

- Claro. Nos vemos na faculdade.

Gilbert recomeçou a andar em direção à pizzaria mais próxima, enquanto pensava com satisfação que Jonas e Dora mereciam ser felizes, e Jonas era a pessoa certa para isso. Gilbert desconfiava que ela ainda o amava, mas por causa das canalhice de Jonas, ela resolvera se manter longe para não se magoar mais, porém, Dora não se envolverá com mais ninguém depois disso, o levava Gilbert a crer que Dora nutria sentimentos por Jonas, e esperava que o rapaz continuasse a ter atitudes mais adultas, caso contrário suas chances com Dora seriam mínimas.

Gilbert passou em frente a uma floricultura, viu flores muito bonitas expostas ali naquele momento, e pensou em Anne. Depois de toda aquela situação tensa, ele estava devendo a ela uma noite especial, por isso, enquanto continuava seu caminho ele teve uma ideia.

GILBERT E ANNE.

A ruivinha acordou sozinha no sofá da sala e se espreguiçou. Nunca dormira tanto em uma tarde, e aquela era a primeira vez que isso acontecia. Ela passou as mãos pelos cabelos desgrenhados e procurou por Gilbert pela casa, porém, logo ela encontrou o bilhete dele e sorriu.

Assim, ela resolveu fazer um café enquanto esperava seu noivo voltar com a pizza. Não estava com muita vontade de cozinhar naquele dia, e Gilbert tivera uma excelente ideia. A conversa que tiveram de manhã ainda a abalava, e tudo que queria era que tivessem uma noite tranquila e sem grandes surpresas.

Ela passou o café assim que a água ferveu, e estava pensando em tomar um banho quando a campainha do apartamento tocou. Anne foi atender pensando em quem poderia ser aquela hora, pois além de Dora, ela não conhecia ninguém em Nova Iorque, mas a sua surpresa foi maior ao abrir a porta e ver Ruby Gillis lhe sorrindo com um bebê no colo.

- Oi, Anne. Até que enfim te encontrei. Como você está bonita. - Ruby elogiou olhando para Anne com um sorriso simpático.

- Oi, Ruby. Que surpresa boa. Vamos entrar. - Anne disse engolindo em seco. Evitara procurar Ruby em Nova Iorque, porque sabia exatamente o que sentiria ao vê-la com seu bebê. Mas, pelo jeito, a vida resolvera lhe dar mais uma dose de sofrimento, ao trazer a garota até ali com um bebezinho tão lindo que fez Anne ter vontade de chorar.

- Espero não estar atrapalhando. De qualquer forma, vou ficar apenas por alguns minutos. Vim para me certificar se era o endereço certo. Fui até Avonlea alguma semanas atrás, e Marilla me deu seu endereço. Fico feliz que estejamos morando perto. Quase não pude acreditar quando soube que você tinha se mudado para o apartamento de Gilbert. Como você está? Já se adaptou às mudanças? Sei que Nova Iorque pode ser bastante assustadora para garotas do interior como você w eu, mas posso apostar que você já tirou isso de letra, se bem a conheço. – Ruby disse sorrindo, enquanto Anne sentia um nó na garganta ao olhar para o garotinho no colo de Ruby que brincava com os botões da blusa da mãe.

- Seu filho é lindo. – Anne disse e Ruby respondeu com seus olhos sobre o menino:

- Ele é o meu orgulho. Você precisa ter um filho para entender o real sentido da maternidade. - Anne apenas balançou a cabeça, tentando assimilar as palavras de Ruby que iam sem querer machucando seu coração mais um pouco, mas ela disfarçou o impacto delas, para que a garota não percebesse seu desconforto.

- Como ele se chama? - Anne perguntou tentando sorrir

- Michael. Ele está com quase sete meses, é bastante esperto e inteligente. - Ruby respondeu, depois olhou curiosa para Anne e perguntou:

- Você e Gilbert pretendem ter filhos logo? Eu sei que ainda não se casaram, mas, as coisas estão mudando tanto hoje em dia, não é? E vocês se amam tanto, precisam da bênção de um filho. - Anne respirava com dificuldade, e seu coração se comprimia tanto dentro do peito que a estava deixando em agonia. Ela pensou em Gilbert e pediu mentalmente que ele voltasse logo para casa.

Enquanto isso, seu noivo estava saindo da pizzaria quando encontrou Dora na porta.

- Parece que tivemos a mesma ideia. - a garota disse rindo.

- Sim. Decidi comprar algo diferente para o jantar para variar.

- Como está Anne? - Dora perguntou.

- Está melhor, mas insiste em dizer que foi um acidente, e que não se machucou de propósito.

- É você acredita nela? - Dora perguntou colocando as mãos dentro de seu casaco.

- Eu não sei. Eu quero acreditar que dentro dela ainda exista a garota incrível que sempre amou a vida acima de tudo, mas, uma outra parte de mim, tem medo de pensar que se ela foi capaz de fazer algo assim, o que poderá fazer uma outra vez em um momento de crise? - Gilbert disse visivelmente preocupado.

- Gilbert, não pode continuar pensando assim ou vai enlouquecer. Sei que conhece sua noiva mais do que eu, mas, acha mesmo que ela poderia tentar algo mais sério contra si mesma? Talvez o que aconteceu ontem seja um fato isolado, e realmente ela não tenha pensado muito ao fazê-lo. Não sabemos o que a levou a tal ato, mas, ela não me pareceu realmente ter consciência do que fez, e pode ter sofrido apenas um surto psicótico, o que às vezes acontece em casos de depressão profunda. – Dora disse tentando acalmá-lo.

- Eu não sei, Dora. Preciso ajudá-la mas não sei como. Até disse a ela que se quisesse voltar para Green Gables eu não me oporia. Eu apenas quero que ela seja feliz, não importa onde ela deseja estar

- E o que ela respondeu? - Dora perguntou.

- Que quer ficar comigo.

- Isso é um bom sinal. Falei com meu tio sobre o caso de Anne, e ele disse que se você quiser levá- la até lá na próxima semana, ele consegue marcar um horário em sua agenda.

- Obrigado, Dora. Vou falar com ela sobre isso ainda hoje. Agora vou para casa, não quero deixa-la muito tempo sozinha. - Gilbert disse, se preparando para ir para casa.

- Nós vemos depois então. - Dora respondeu, e Gilbert apenas murmurou um até logo apressado e tomou o caminho de casa. Antes de chegar, ele parou na floricultura onde vira as flores que desejava, e as comprou para fazer uma surpresa para Anne.

Quando entrou no apartamento, estranhou ao ouvir vozes, e ficou ainda mais surpreso ao ver Ruby conversando com Anne. Seu olhar foi direto para o bebê no colo de Anne, onde Ruby o colocara exatamente naquele momento, e Gilbert percebeu apreensivo a mesma expressão dolorida no rosto de Anne de meses atrás, e xingou Ruby mentalmente.

Ele sabia que a garota não tinha culpa, e nem sabia da história do aborto de Anne e sua dificuldade para engravidar, ainda assim desejou que a amiga de Anne não tivesse vindo ali justamente naquele dia em que sua noiva ainda estava tão frágil. Mas, por educação ele sorriu, e falou com fingida polidez

- Olá, Ruby. Que bom vê-la novamente, Ruby.

- O prazer é todo meu. Vim fazer uma visita rápida para Anne, mas já estou de saída. Meu marido me espera em casa. – Ruby respondeu, pegando o bebê do colo de Anne e se despedindo da ruivinha dizendo:

- Venham nos visitar um dia desses. Ficaremos felizes em receber vocês.

- Iremos sim- Anne respondeu, acompanhando a amiga até a porta e beijando o bebê no rosto ao se despedir. – assim que fechou a porta, ela olhou para Gilbert e a maneira como ele a observava a incomodou. Ela passou por ele e foi até a cozinha, mas não demorou muito para ele segui-la até lá.

- O que foi, Anne? - ele perguntou colocando suas mãos na cintura dela.

- Nada, eu só...- ela não concluiu o que queria dizer como se fosse doloroso demais. Assim, ela encostou a testa na de Gilbert e fechou os olhos não encontrando coragem para continuar.

- Eu sei como se sente, amor. Eu compreendo que um filho é importante para você, mas eu quero que entenda que você não está em condições psicológicas de lidar com uma gravidez agora. Além de estar cheia de coisas novas para fazer, você sabe que teria que enfrentar toda a pressão que sua dificuldade de engravidar causaria a você, e sinceramente não sei se consigo ver você passar por isso. - Gilbert confessou. Anne precisava saber o quanto tudo aquilo seria duro demais para suportar. Ela balançou a cabeça concordando, depois tocando o rosto dele, Anne disse:

- Eu sei que toda essa situação está difícil para você também. Perdoe-me, Gilbert, por não ter levado em conta o seu sofrimento. Fui egoísta pensando somente em mim.

- Não se preocupe, meu amor. Você não teria condições de pensar em outra coisa que não fosse em si mesma. Eu quero que entenda que seu sofrimento é o meu, e não posso ser feliz se você também não for. Estamos juntos, Anne para o melhor ou para o pior, e não vou sair do seu lado enquanto não puder te fazer se sentir completa de novo.

- Eu sei. Eu também quero que sejamos felizes. - Anne disse intensificando o abraço.

- Então, quero te pedir uma coisa. Eu vou marcar um horário com um terapeuta muito bom aqui em Nova Iorque, e quero que vá. Eu sei que a ideia não te agrada muito, mas você precisa cuidar dessa sua mágoa, antes que vire uma bola de neve tão grande que não poderá mais sair dela. - ele disse suavemente, pegando o rosto dela entre as mãos e encarando os olhos dela.

- Está bem. Se acha que pode me ajuda eu vou fazer o que está me pedindo. - ela sorriu meio de lado, Gilbert deu-lhe um beijo suave, e depois disse:

- Por que não toma um banho antes que a pizza esfrie?

- É uma boa ideia. Prometo que não vou demorar. - Ela saiu e Gilbert foi até o quarto com as flores que comprará em uma caixa para escondê-las dela. Ele Pegou algumas delas e preparou a surpresa na qual estivera pensando desde que as vira na floricultura.

Quando Anne voltou ele, já a esperava e serviu a pizza assim que ela sentou-se à mesa. Comeram em silêncio enquanto desfrutavam da companhia um do outro, e quando se deram por satisfeitos, Gilbert se levantou, colocou uma música suave, estendeu as mãos para Anne e disse:

- Estou te devendo uma dança. – Anne sorriu e correu para os braços dele que a envolveram totalmente. Eles se moveram ao som da música que parecia levá-los para um mundo completamente particular, seus corpos bem próximos e suas respirações se alterando a cada novo movimento que faziam. A música terminou e nem um dois soube ao certo quem agiu primeiro.

Eles se beijaram com toda paixão de suas almas, e foram juntos até o quarto sem querer perder um segundo daquele momento incrível. Anne olhou surpresa para a cama coberta com pétalas de lírio branco, e perguntou com um sorriso em seus lábios:

- Lírio, Gilbert?

- É como eu vejo você, tão pura como essas pétalas brancas. Não existe ninguém no mundo tão única como você, Anne. E queria que soubesse o quanto você significa para mim. - A emoção de Anne estava implícita em seus olhos, como se qualquer palavra fosse pouco para falar o que lhe ia no coração.

- Eu já disse o quanto te amo hoje? - ela por fim disse.

- Sim, mas não me importo que me diga de novo. Nunca me canso de ouvir isso de você. – Gilbert respondeu beijando-a nos lábios, se sentando na cama e puxando Anne para seu colo.

Entre um beijo e outro Anne arrancou a c camisa de Gilbert, louca par a acariciar a pele quente dele tão macia e tão convidativa. Depois brincou com a língua no lóbulo da orelha dele, sussurrando coisas que o deixavam maluco. Em resposta, ele a apertou contra seu corpo, fazendo-a sentir sobre sua calça jeans o quanto já a queria. Anne arfou quando com um só movimento Gilbert abriu o zíper do seu vestido deixando-o cair ao chão, enquanto a afastava por um momento para olhá-la por inteiro.

- Deus! Com você é linda. A cada dia que passa, você parece desabrochar diante dos meus olhos, e é impossível para mim não deseja-la ainda mais. - a voz rouca dele atestava exatamente o que ele dizia, e Anne deixou que ele a despisse inteira e a deitasse por entre as pétalas sobre a cama.

Gilbert ficou extasiado com a visão do vermelho dos cabelos de Anne misturado ao branco das flores, enquanto ela o olhava e esperava ansiosa que ele se juntasse a ela. Ele se livrou dos restos das roupas que ainda vestia e se deitou com ela naquela cama feita especialmente para o amor dos dois.

Seus corpos eram chamas, seus beijos o combustível para que ardessem juntos mais e mais. Suas pernas se entrelaçaram os aproximando mais ainda, enquanto Gilbert deslizava sua língua por toda a extensão da pele de Anne, fazendo-a sentir seu desejo por ele se tornar insuportável. Ela queria mais daquele fogo, e foi o que Gilbert lhe deu, excitando-a até que ela não tivesse mais noção de nada ao seu redor. Anne fechou os olhos, e implorou com seus dedos enterrados nas costas de Gilbert pela consumação daquele ato tantas vezes por eles partilhados, e ainda assim perfeito todas as vezes.

Logo eles atingiram juntos o ponto do prazer tão desejado, e explodiram juntos em um oceano de loucura deliciosa. Quando Anne abriu os olhos novamente, ainda estava ofegante e percebeu que Gilbert também tentava controlar sua respiração que estava rápida demais, enquanto a mantinha presa sobre o seu corpo.

Ela rolou para o lado e o envolveu em um abraço quente, e assim mergulharam nos sonhos um do outro onde não havia nada que pudesse explicar a extensão do amor que deram um ao outro, naquele instante em que seu próprios mundos era pura felicidade.

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