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Capítulo 52- Paris, a cidade do amor



ANNE

O leve sacolejar do trem fez Anne despertar. Por um instante, ao abrir os olhos, ela encarou os arredores de onde estava sentada, e depois olhou para o lado e percebeu que adormecera com a cabeça no ombro de Gilbert, cuja atenção naquele momento estava em uma matéria que lia com grande interesse. Então, ela se lembrou que tinham embarcado em um trem expresso para Paris, na primeira classe com os melhores cumprimentos de tia Josephine.

Ela aproveitou que seu noivo ainda não tinha notado que ela estava desperta e o observou por alguns momentos. Gilbert tinha retirado a boina que normalmente usava e deixou à mostra seus cabelos escuros e cacheados levemente desarrumados, que caiam adoravelmente por sua testa enquanto seus olhos estavam fixos na página do jornal The Times que era colocado em cada vagão para o conforto dos passageiros. Os ombros dele estavam relaxados e encostados no estofado macio do banco às suas costas, e as pernas estavam completamente relaxadas e esticadas à sua frente.

Anne adorava olhar para Gilbert quando ele estava assim distraído, pois conseguia captar suas reações mais genuínas. Naquele instante por exemplo, ele sorria com o canto da boca como se estivesse se divertindo com alguma parte engraçada do que lia, as linhas que contornavam seu rosto ainda mais lindas quando eram iluminadas pela luz que vinha de fora, e que na penumbra do vagão se tornavam incrivelmente máculas e atraentes. Sem conseguir se conter, Anne estendeu a mão e tocou o a pele macia do maxilar de Gilbert, e ele fechou os olhos por um segundo, saboreando a carícia suave, e então, olhou para ela com um sorriso carinhoso e disse:

- Já acordou? Pensei que passaria viagem toda adormecida.

- Acabei de acordar. – Anne fez uma careta massageando seu pescoço dolorido pela posição que adormecera e comentou com Gilbert: - Acho que dormi na posição errada e ganhei um belo torcicolo.

- Deixe-me ajudá-la com isso. Vire-se de costas. – Anne obedeceu, e logo sentiu as mãos fortes de Gilbert massageando seus pescoço e ombros com movimentos circulares relaxantes. Seu corpo começou a reagir como sempre acontecia quando sentia o toque de Gilbert em sua pele. Automaticamente, arrepios familiares começaram a atingi-la, trazendo a sua mente momentos de amor que tivera com Gilbert dias atrás, e se recriminou mentalmente por isso. Santo Deus! Será que era somente nisso que conseguia pensar quando estava em situações assim com Gilbert? Aqueles pensamentos a atingiam sem que esperasse e ela se sentia envergonhada por querê-lo tanto que mesmo quando o toque dele era totalmente inocente como agora, ela não conseguia controlar suas reações. Ela disfarçou o que estava sentindo concentrando sua atenção na lua cheia que tomava conta de boa parte do céu naquele momento, e respirou aliviada quando Gilbert parou a massagem e perguntou:

- Está melhor?

- Sim. – ela respondeu sem olhar para ele, ainda de costas e só se virou quando sentiu que a temperatura de seu corpo tinha voltado ao normal, e depois perguntou:

- Que horas são? – Gilbert levou a mão ao seu relógio de bolso, consultou-o e respondeu,

-São três da manhã.- ele respondeu, e ajeitou uma mecha do cabelo de Anne que caía em seu rosto.- Por que não volta a dormir? Ainda temos um bom tempo de viagem até chegarmos em Paris.

- E você? Não vai descansar? - Anne perguntou, olhando para o rosto de Gilbert e pensava como ele era bonito de qualquer jeito, podia estar todo arrumado, engomado, ou completamente à vontade com os dois primeiros botões da camisa abertos e cabelos despenteados que a atrairia da mesma maneira. Será que algum dia sentiria menos fascinação por tudo que se relacionava a Gilbert Blythe? Era incrível como uma pessoa se tornava tão importante na vida de alguém, que todas as outras coisas que faziam parte dessa pessoa passavam a ser essenciais também. Era assim que sentia em relação a Gilbert, todas as coisas que lhe eram valorosas também eram para Anne, seu amor pela medicina, suas alegrias, suas tristezas, seus sucessos e fracassos, tudo tinha o mesmo grau de importância para ela, pois desde que se tornaram namorados compartilhavam tudo, e ela sabia que seria assim até o último dia de sua vida.

- Eu nunca consigo dormir realmente quando estou viajando. Parece que os pensamentos sempre me pegam quando quero relaxar, por isso prefiro ler ou fazer qualquer outra coisa que me distraia. Por que não coloca sua cabeça no meu colo? Assim ficará mais confortável. Quando chegarmos a Paris eu te aviso. – Gilbert sugeriu.

- Está bem. Se você acha que não vou incomodar. Ele apensa sorriu, e ela se deitou no banco se acomodando a cabeça o melhor que pôde no colo do noivo.

Enquanto ele voltava a ler o jornal novamente, acariciando os cabelos dela distraidamente. Anne começou a pensar no quanto era especial conhecer Paris em companhia de Gilbert. Estavam na primavera, e Diana lhe disse que aquela era a melhor época para viajarem para lá, pois como o clima era menos frio, as atividades realizadas fora de casa se tornavam muito mais prazerosas e interessantes.

Esta seria a primeira viagem que ela e Gilbert faziam em período de férias depois de tanto tempo, e Ane tinha certeza de que aproveitaria cada momento. Não tinham tido tempo para muitos passeios nos últimos dois meses, por conta dos exames finais do semestre, e aquele presente de tia Josephine era como um sonho que Anne queria explorar ao máximo Gilbert também parecia estar curtindo a ideia de passarem aqueles dias em Paris sem se preocuparem com as responsabilidades do dia -a dia., e depois de ter trabalhado e estudado duro durante os últimos meses, Paris parecia ser o paraíso na terra para ambos.

Aquela viagem também seria como um presente de aniversário para Anne, cuja data fora comemorada dias atrás. Ela não quisera nenhuma festa especial, e Marilla apenas preparara um bolo simples o qual Anne saboreara em companhia de Gilbert, e seus amigos mais íntimos, e depois se divertira com as histórias contadas por Matthew e Sebastian.

Agora que estavam realmente iniciando aquela viagem incrível, Anne pensou no quanto tia Josephine fora generosa, pois além das passagens que dera de presente a Anne e Gilbert, ela também ofereceu a casa dela para que ambos se hospedassem pelo tempo que quisessem, o que deixou Anne feliz, pois assim poderia passar mais tempo em companhia da velha senhora, cuja sabedoria e conselhos sempre ajudaram Anne a pensar e ponderar sobre seus problemas até encontrar uma solução adequada. Ela nunca conseguiria agradecer tia Josephine o bastante por sua amizade ao longo dos anos, e como tê-la por perto em sua adolescência de descobertas sempre estivera lá como um livro aberto que carregava as melhores respostas para suas dúvidas, realmente, ela era uma garota de sorte, por ter pessoas incríveis ao seu redor sempre que precisava de suporte e apoio.

Ela se mexeu inquieta mudando de lado no qual estava deitada. Gilbert continuou a mexer em seus cabelos, até que finalmente ela voltou a dormir. Despertou mais tarde com Gilbert sussurrando em seu ouvido:

- Acorda, querida. Temos que desembarcar.- Anne se levantou passando as mãos pelos cabelos embaraçados e ajeitando seu vestido amassado pelas horas que dormira durante a viagem. Estava zonza e pouco desorientada, mas, depois de alguns minutos, se sentiu desperta e seu cérebro começou a trabalhar normalmente.

- Está com fome? Pedi o café da manhã e estava esperando que você acordasse para tomá-lo juntos. – Gilbert disse.

- Sim, na verdade estou morrendo de fome. - Anne respondeu se lembrando que a última refeição que fizera fora na noite anterior, antes de adormecer encostada em Gilbert, e naquele momento seu estômago roncava desesperado por comida. Ele apertou uma campainha e uma moça simpática e sorridente apareceu para servi-los. Anne reparou que apesar de a menina ser extremamente educada com ela, seus melhores sorrisos eram dirigidos a Gilbert, o que a fez observar com mais atenção a maneira como ela olhava para Gilbert. Em um momento em que a garota pensou que Anne não estava olhando, ela deixou um pequeno pedaço de papel dobrado debaixo da xicara de Gilbert, e enquanto se afastava olhou duas vezes para trás em direção a ele.

- Não acredito, Gilbert Blythe. Que até quando estamos em um trem indo em direção às férias mais românticas de nossas vidas, você consegue arrumar alguma fã pelo caminho.- Gilbert riu da expressão grave de Anne e disse:

- Anne, o que falamos sobre não deixar que nosso ciúme atrapalhasse nosso namoro? Você já está quebrando primeira regra do nosso acordo.

- Ah, pelo amor e Deus. Como não posso me zangar com um atrevimento desse tipo? Vamos, me dê esse bilhete que eu quero ver o que essa

oferecida escreveu para você. – ela estendeu a mão para pegar a mensagem debaixo da xícara de Gilbert, mas ele foi mais rápido e pegou o papel primeiro.

-Esquece isso, Isso e é bobagem.- Gilbert disse impaciente.

- Não é bobagem coisa nenhuma, me dê esse bilhete agora mesmo.- Gilbert pegou o papel o rasgou em pedacinhos e jogou no lixo. Olhou para Anne que estava vermelha como um pimentão por causa de sua raiva e disse.

- Pronto, está satisfeita?

- Ainda não. – ela respondeu pensando consigo mesma o quanto daquilo teria que suportar em Paris, com todas aquelas francesas lindas dando em cima do seu noivo. Ela olhou para Gilbert que a fitava divertido e disse:

- Está bem. Me desculpe, vou tentar me comportar. Foi bobagem minha me descontrolar desse jeito. Eu sei que combinamos depois do problema com o Jean que não íamos mais discutir por conta dessa besteira, mas, meu gênio ruim às vezes é difícil de domar. Por favor, não desista de mim, prometo que vou conseguir me controlar. – Gilbert continuou rindo como se não acreditasse muito naquilo, e disse:

. Você sabe que adoro esse seu lado não é? Você fica simplesmente maravilhosa quando está com ciúmes de mim. Mas, você também deve saber tão bem quanto eu que isso não vai funcionar. O nosso acordo durou menos de um dia.

- Só isso? Tem certeza? – quando Gilbert balançou a cabeça confirmando, Anne perguntou inconformada- Então, você acha que não tem esperanças para nós? - Gilbert riu mais ainda da pergunta, pegou na mãe de Anne e falou carinhoso:

- Querida, não tem jeito. Somos assim, e sempre seremos. Esse é o preço que terei que pagar por amar a garota mais linda do mundo. Vou sempre ter ciúmes de você, não importa quantos acordamos fizermos. Você acha que consegue me aguentar?

- Que pergunta é essa? Eu te amo, jamais me afastaria de você por conta de ciúmes. Mesmo porque, também sofro do mesmo mal. Mas, a culpa é toda sua. Por que tem que ser tão bonito, charmoso e sexy? De todos os rapazes de Avonlea, por que eu tinha que me apaixonar pelo mais atraente de todos? –ela fingiu um ar indignado e Gilbert continuou:

- Você esqueceu de acrescentar aí na sua lista o mais inteligente também.

- Ah, seu convencimento não tem fim não é Sr. Blythe? – Anne disse divertida.

- Por que? Você preferia que eu fosse feio e irritante?

- Acho que eu te amaria de qualquer jeito, - Anne tocou os cabelos dele com os dedos.

- Eu também. Eu te amaria mesmo que tivesse uma verruga no nariz. – ele disse brincando.

- Ah, é? E se eu fosse bem baixinha? – Anne perguntou entrando na brincadeira dele.

- Eu adoro uma baixinha.- ele disse

-Não acredito nisso. –Anne disse incrédula.

- Não tem jeito querida. Não vou te lagar de jeito nenhum. – Gilbert disse puxando-a para perto dele.

- E quem disse que eu quero que me largue? – Anne perguntou antes de beijá-lo.

O barulho do trem diminuindo a velocidade chamou a atenção dos dois, e Anne disse toda alegre:

- Acho que finalmente chegamos.

Eles desceram e pegaram sua bagagem no trem, e quando deixaram a estação, Anne olhou para a paisagem a sua frente e sorriu para Gilbert que a abraçou pela cintura e disse:

- Aprecie o melhor de Paris, meu amor. A maior aventura de sua vida está para começar.

- Srta Cuthbert? – Anne se virou e viu um carro parado e um motorista usando roupas elegantes olhava para ela e Gilbert interrogativamente.

- Sim? –

- Eu sou Peter. A Sra. Josephine me pediu para levá-los até a casa dela. Poderiam me acompanhar, por favor? – Anne assentiu, e assim entraram no carro que enfim os levaria até o seu destino. Ela apertou a mão de Gilbert e ele sorriu para ela, fazendo-a pensar feliz que suas férias maravilhosas acabavam de começar.

GILBERT

Gilbert observava Anne dormir em seu colo e pensava no quão adorável ela estava. Esse era um dos momentos em que podia contemplá-la em sua vulnerabilidade sem disfarces, pois quando Anne estava acordada ela sempre guardava para si qualquer vestígio de sua fragilidade, que se manifestava às vezes nos momentos em que ela menos esperava, fato que a desagradava imensamente.

Eles tinham se falado ainda a pouco, quando ela acordara por alguns momentos, reclamando de dores no pescoço, ele a ajudara como pudera, acariciando-lhe os locais afetados pela rigidez momentânea, causados pela má posição na qual adormecera, depois, aconselhara a ela que voltasse a dormir, pois ainda teriam vários quilômetros a percorrer até chegarem finalmente ao seu destino.

Anne aceitara sua sugestão, e agora estava deitada na poltrona ao lado dele, enquanto ressonava tranquilamente, dando a Gilbert a oportunidade única de vê-la assim, relaxada e tranquila. Olhando-a mais atentamente, o rapaz não se cansava de pensar no quanto ela era bonita, principalmente naquele momento em que deixava os cabelos ruivos e soltos espalhados pelo colo dele, o rosto sereno enquanto seu peito subia e descia pela sua respiração regular, e os olhos que às vezes tremiam um pouco quando o trem passava por algum raio de luz e se refletia diretamente no rosto dela. Apesar de toda a beleza que Gilbert observava com sincera adoração, ele pensava que não era isso que mais amava em Anne, apesar de saber que qualquer homem se sentiria atraído por aquela garota tão maravilhosa e singular.

Anne tinha uma alma e coração tão puros que a beleza dela era somente um complemente para a criatura incrível que ela era. Dentro de si mesmo ele sabia que a teria amado de qualquer forma, a qualquer momento, e em qualquer tempo, porque o que ele enxergava naquele menina-mulher ia além dos atrativos físicos. Ela tinha uma força que ele invejava, e não tinha dúvidas de que ela era infinitamente mais forte do que ele, porque sua história de vida contribuíra para aquilo. Viver em um orfanato, depois ter sido adotada pelos Cuthberts e obrigada a se adaptar a um mundo que mal conhecia deveria ter sido muito duro para ela. Ele não sabia se teria tido a mesma fibra de Anne. Ela conseguira sozinha superar o preconceito, mostrar sua personalidade admirável, e conquistara a todo mundo com seu sorriso angelical e palavras sinceras.

Gilbert sequer podia imaginar como ela conseguira resistir a todos as pressões que recaíram sobre ela quando fora morar em Green Gables. O que ele realmente sabia é que ele precisava daquela força que Anne possuía sempre por perto, para se lembrar de que era capaz de conseguir alcançar o que quisesse se se esforçasse o bastante, e isso ele aprendera com Anne. Ela o ensinara a enxergar todas as possibilidades por trás de uma questão, e Gilbert se perguntava como conseguira viver sem ela até então.

Ele tivera uma infância descomplicada, embora carregasse a culpa pela morte da mãe, que graças também à Anne tinha superado completamente. O pai e ele tinham sido companheiros constantes, e até a sua morte, puderam compartilhar muitos momentos, viagens e passeios que ficariam na memória de Gilbert para sempre. Então, por isso era tão difícil pensar como uma garota como Anne, solitária desde que nasceu, pudesse ter encontrado forças paras seguir em frente quando a maioria teria sucumbido pelo caminho. Por esta razão, ele sempre pensava nela como um presente que ganhara e que o fazia se perguntar milhares de vezes se a merecia.

Anne se mexeu um pouco, e Gilbert acalmou a agitação dela acariciando-lhe os cabelos. Deixou o jornal de lado que estivera lendo, e continuou a velar o sono de sua noiva com cuidado. Ele raramente dormia quando viajava assim por longas horas, pois não queria perder a emoção do passeio. Gilbert gostava de olhar a paisagem e se perder em pensamentos, os quais chamava de reflexão. Era bom ter um tempo para si mesmo, sem que ninguém o perturbasse, e analisar as coisas pelo seu próprio ângulo sem interrupções, e ele aproveitava esses momentos de viagem para fazer exatamente isso.

Ele olhou ao redor e não pôde deixar de notar as pessoas elegantes que estavam sentadas em outras partes daquele vagão. Viajar na primeira classe lhe dava a oportunidade de observar pessoas fora do seu mundo social, mas aquilo não ao afetava em absoluto. Ele era um rapaz simples que vinha de uma família classe média, que lhe dera o melhor que pudera, ele nunca passara pelas mesmas privações que Anne vivenciara. Queria ser médico não pela fama, mas pela vontade única e exclusiva de ajudar pessoas. Era óbvio que queria viver com conforto, mas não estava em busca de fortuna, tudo que mais desejava era desempenhar sua profissão coma maior eficiência possível e dar a Anne a vida que ela nunca tivera, esse era um dos seus principais objetivos de vida.

Ele olhou em seu relógio de bolso e viu que já estava amanhecendo e logo desembarcariam, por isso, apertou a campainha que havia no vagão para que pudesse chamar alguém que lhe servisse o café da manhã antes de chegarem a Paris. Uma garota jovem apareceu para anotar o pedido, e Gilbert notou seu olhar espantado ao olhar para ele, depois ela se desmanchou em sorrisos, deixando-o incomodado com seu olhar sobre ele. Ela estava flertando deliberadamente com ele, mesmo podendo observar que ele tinha companhia, mas Gilbert simplesmente ignorou os olhares, falando com ela de maneira polida e fria, mas nem isso pareceu desanimá-la, pois ela tentou prolongar os momentos no vagão com ele, enquanto anotava os pedidos vagarosamente, o que estava deixando Gilbert extremamente irritado, e ela só saiu de perto dele quando outra campainha foi acionada, e ela tivera que deixá-lo para atender outro cliente.

Gilbert balançou a cabeça ante a ousadia da garota e sua ingenuidade em achar que ele prestaria atenção nela, quando a única pessoa que podia absorvê-lo completamente era a garota ruiva que dormia em seu colo. Ainda bem que Anne não tinha visto aquilo, ou teriam uma cena com certeza, e acabariam por estragar sua viagem com ela que estava sendo prazerosa. Paris estava à espera deles com todo seu glamour e encanto, e Gilbert somente queria passar com Anne aquelas férias que prometiam ser incríveis.

Ele olhou novamente o relógio, e viu que era hora de acordar Anne se quisessem ter tempo para um café antes de começarem sua pequena aventura. Gilbert quase sentia pesar por despertá-la de um sono tão bom, mas o bom senso prevaleceu e ele disse em seu ouvido para não assustá-la:

- Acorda, querida. Temos que desembarcar. – ele viu com prazer ela se levantar, os cabelos desalinhados dando-lhe aquele ar de garotinha que ele amava, os olhos azuis pesados de sono, e sua tentativa de ajeitar as roupas amassadas da viagem, ela parecia um tanto confusa, e para animá-la ele falou:

- Está com fome? Pedi o café da manhã e estava esperando que você acordasse para tomá-lo juntos.

- Sim, na verdade estou morrendo de fome. – a voz dela soou deliciosamente rouca, e ele quase a beijou naquele instante, Fazia muitas horas que estavam viajando, e ele já sentia falta dos beijos dela, mas achou melhor deixar aquele momento para quando estivessem sozinhos, e sem olhares curiosos a espreitarem o que estavam fazendo. Por isso, apertou novamente a campainha e esperou que o café da manhã fosse servido. A mesma garota petulante apareceu cheia de sorrisos para ele, e Gilbert percebeu seu leve curvar de sobrancelha quando ela viu que Anne estava acordada, mas, nem por um momento perdeu a pose, servindo o café como o profissionalismo com o qual fora treinada. Seus olhares caíam sobre Gilbert sem disfarçar seu interesse por ele, e Gilbert viu irritado que ela deixara um bilhete embaixo de sua xícara de café, como se esperasse que ele retribuísse seu interesse quando ele deixara claro que nada daquilo lhe interessava. Foi somente quando ouviu a voz zangada de Anne, que ele percebeu que o gesto da garota não tinha passado despercebido por sua noiva, que quando se tratava dele, percebia qualquer coisa fora do compasso a milhares de quilômetros.

- Não acredito, Gilbert Blythe. Que até quando estamos em um trem indo em direção às férias mais românticas de nossas vidas, você consegue arrumar alguma fã pelo caminho.- Ele não pôde deixar de rir ante as palavras dela, e fez questão de lembrá-la do acordo que tinham feito antes de viajar de que deveriam controlar o ciúme a todo custo para que pudessem aproveitar suas férias plenamente:

- Anne, o que falamos sobre não deixar que nosso ciúme atrapalhasse nosso namoro? Você já está quebrando primeira regra do nosso acordo.- ela pareceu ficar ainda mais zangada pelo que ele dissera e respondeu:

- Ah, pelo amor e Deus. Como não posso me zangar com um atrevimento desse tipo? Vamos, me dê esse bilhete que eu quero ver o que essa

oferecida escreveu para você. – ele pegou o bilhete antes dela, pois não queria saber o que estava escrito ali, simplesmente não estava interessado.

-Esquece isso, Isso e é bobagem.- Sua voz soou levemente irritada, mas ele não disfarçou seu aborrecimento, não deixaria que aquele incidente bobo interferisse entre ele e Anne, mas ele devia saber que Anne não deixaria passar aquilo com facilidade quando ouviu-a dizer:

- Não é bobagem coisa nenhuma, me dê esse bilhete agora mesmo.- Gilbert não entregou o bilhete para ela como Anne pedira, ao invés disso, ele o picou em mil pedacinhos enquanto via o rosto de Anne corar de raiva.

- Pronto, está satisfeita? - ele disse.

- Ainda não. – Anne respondeu, e Gilbert acabou rindo da expressão dela novamente, e ainda mais quando ela tentou consertar a situação dizendo:

- Está bem. Me desculpe, vou tentar me comportar. Foi bobagem minha me descontrolar desse jeito. Eu sei que combinamos depois do problema com o Jean que não íamos mais discutir por conta dessa besteira, mas, meu gênio ruim às vezes é difícil de domar. Por favor, não desista de mim, prometo que vou conseguir me controlar. – Gilbert ouviu as palavras de desculpas dela, mas por alguma razão ele não acreditou. Ele conhecia bem Anne, e fazer aquele acordo fora estupidez, e foi por esta razão que disse:

- . Você sabe que adoro esse seu lado não é? Você fica simplesmente maravilhosa quando está com ciúmes de mim. Mas, você também deve saber tão bem quanto eu que isso não vai funcionar. O nosso acordo durou menos de um dia. – ela olhou para ele um tanto espantada e envergonhada ao perguntar:

- Só isso? Tem certeza? Então, você acha que não tem esperanças para nós? - Gilbert estava se divertindo imensamente com aquela situação, pois quando Anne fizera a proposta do acordo, ele no fundo sabia que não ia funcionar, e agora suas suspeitas tinham sido confirmadas, e para fazê-la ver que ele compreendia sua atitude, ele disse:

- Querida, não tem jeito. Somos assim, e sempre seremos. Esse é o preço que terei que pagar por amar a garota mais linda do mundo. Vou sempre ter ciúmes de você, não importa quantos acordamos fizermos. Você acha que consegue me aguentar? - Anne sorrira docemente tocando-lhe o rosto e respondeu:

- Que pergunta é essa? Eu te amo, jamais me afastaria de você por conta de ciúmes. Mesmo porque, também sofro do mesmo mal. Mas, a culpa é toda sua. Por que tem que ser tão bonito, charmoso e sexy? De todos os rapazes de Avonlea, por que eu tinha que me apaixonar pelo mais atraente de todos? – Ouvi-la falar daquela forma dele deixou Gilbert um pouco espantado, mas satisfeito, pois sua noiva raramente falava tão abertamente assim sobre ele, e para brincar com, ela ele dissera:

- Você esqueceu de acrescentar aí na sua lista o mais inteligente também.

- Ah, seu convencimento não tem fim não é Sr. Blythe? – Anne respondera fingindo-se de ofendida e lhe lançara aquele olhar malicioso que ele adorava.

- Por que? Você preferia que eu fosse feio e irritante? - ele disse rindo

- Acho que eu te amaria de qualquer jeito, - seu olhar agora era terno, e Gilbert sabia que ela estava sendo sincera, mas continuou a brincadeira, pois adorava esses momentos de descontração que se instalava entre os dois:

- Eu também. Eu te amaria mesmo que tivesse uma verruga no nariz. – ele o olhara espantada e depois perguntara:

- Ah, é? E se eu fosse bem baixinha?

- Eu adoro uma baixinha.- ele respondeu, vendo-a revirar os olhos.

-Não acredito nisso. –Anne dissera ainda revirando os olhos.

- Não tem jeito querida. Não vou te lagar de jeito nenhum. – ao dizer isso ele a trouxera para perto, pois queria mergulhar seus olhos naquela azul tão incrível que somente o olhar dela possuía.

- E quem disse que eu quero que me largue? – a voz dela não foi mais que um sussurro, mas foi o bastante para Gilbert sentir a temperatura mudar entre eles. O beijo foi inevitável assim como as sensações que o atingiu, mas logo o momento foi quebrado pelo som do trem parando na estação, fazendo-os compreender que a viagem chegara ao fim.

- Acho que finalmente chegamos.- a voz de Anne animada o contagiou, e de mãos dadas foram em busca de sua bagagem.

Quando o olhar maravilhado de Anne caiu sobre a paisagem ao seu redor, o rosto dela todo mudou como se brilhasse ao sol, e Gilbert pensou que nunca vira algo tão bonito. Sem resistir, ele a abraçou por trás e disse:

- Aprecie o melhor de Paris, meu amor. A maior aventura de sua vida está para começar. – ficaram alguns minutos assim, olhando para a linda cidade na qual desembarcaram. Ao longe a Torre Eiffel parecia acenar para eles quando ouviram uma voz que disse:

- Srta Cuthbert? .

- Sim? – ela respondeu intrigada.

- Eu sou Peter. A Sra. Josephine me pediu para levá-los até a casa dela. Poderiam me acompanhar, por favor? – eles concordaram, e assim que se sentaram no estofado da limusine que os esperava, Gilbert olhou para Anne, e pensou feliz que mais um capítulo de sua história com Anne se iniciava, e ele mal podia esperar pelo desenrolar dos acontecimentos.

GILBERT E ANNE

Eles chegaram à casa de Tia Josephine meia hora depois de terem desembarcado. A boa senhora morava no centro de Paris, em uma vizinhança nobre onde havia muitas casas elegantes e bonitas, a própria casa de tia Josephine era enorme, as paredes eram pintadas de azul claro, as janelas em estilo colonial antigo, e um grande jardim cheio de rosas que lembravam o de Marilla enfeitavam a frente da casa.

Assim que desceram do carro, a boa senhora os esperava na porta da frente da casa. Quando ela viu Anne, ela foi logo dizendo:

- Querida, a quanto tempo não nos vemos. Você está ainda mais linda do que a última vez que nos falamos. – ela beijou Anne no rosto, e depois se virou para Gilbert:

- Você deve ser o famoso Gilbert Blythe. Realmente Anne, você tem muito bom gosto. Seu noivo é um lindo rapaz. – Gilbert ficou sem graça com o olhar de tia Josephine sobre ele, e sorriu para tentar disfarçar seu embaraço- Vamos entrar, vocês devem estar exaustos da viagem. Vou mostrar o quarto de vocês, e depois vamos tomar café para que vocês possam me contar todas as novidades de Avonlea.

Eles seguiram tia Josephine escada pareciam, seguiram por um enorme corredor e depois pararam em frente a dois quartos, um do lado do outro. Ela abriu a porta do segundo quarto e disse para Gilbert:

- Você pode se acomodar neste quarto, Gilbert. Espero que fique bem instalado.

- Muito obrigado, tia Josephine. – Gilbert disse entrando no quarto com suas malas.

- Seu quarto é esse, Anne. E vou te contar uma coisa. Existe uma porta de ligação entre seu quarto e o de Gilbert. – Anne a olhou espantada, e a boa senhora continuou. – Mesmo em uma cidade tão moderna quanto Paris é preciso ter o mínimo de descrição, mas eu não iria separá-los, então, se você abrir a porta à esquerda vai estar bem no meio do quarto dele.

- Tia Josephine...Anne começou embaraçada com aquela conversa.

- Querida, não precisa ter vergonha. Eu sou uma mulher vivida, ninguém precisou me contar para eu perceber a conexão incrível que existe entre vocês, e isso só se adquire quando se tem certa intimidade física. Você me conhece, não dou a mínima para regras, e também sei que você é uma garota séria, e seu noivo também parece ser, então, se vocês se amam de verdade, que mal há nisso? Vou deixá-la descansar e também vou deixar que conte a Gilbert o segredinho do quarto. Tenho certeza que ele vai adorar. Te espero lá 'embaixo para o café - ela deu uma piscada para Anne e saiu do quarto deixando-a com seus pensamentos. Tia Josephine era uma mulher incrível, mas não esperava que ela fosse tão direta com ela sobre aquele assunto, e nem que se preocupasse tanto com o fato de Anne e Gilbert terem tanta intimidade física que precisassem ter liberdade para se encontrarem durante a noite. Anne não podia dizer que não gostara da ideia, pois não pretendia passar todos aqueles dias de férias longe de Gilbert. Ela precisava dele tanto quanto ele precisava dela, e não tinha vergonha de admitir isso.

Ela deu uma boa olhada no quarto e se encantou com ele à primeira vista. Era grande e arejado, tinha uma cama enorme no meio dele coberta com lençóis de seda. A vista da janela dava para o jardim, e dali também podia se ver os arredores da vizinhança.

Anne guardou suas coisas no guarda roupa do quarto, e foi até o banheiro procurando por um espelho onde pudesse dar um jeito em sua aparência, quando descobriu uma enorme banheira que a deixou encantada. Ela já tinha lido que as cidades da Europa tinham aquele acessório em seus banheiros, mas em Avonlea aquela novidade ainda não tinha chegado. Esperava que mais tarde tivesse a oportunidade de testá-la, mas naquele momento precisava descer, pois esperavam por ela no andar de baixo.

Quando encontrou a cozinha, Gilbert e tia Josephine já estavam envolvidos em uma conversa animada e assim que viu Anne ela perguntou:

- Tudo bem, querida? Está bem instalada?

- Está tudo ótimo, obrigada. – Anne respondeu se sentando a mesa com eles.

- O que quer comer? Temos brioche, baguete, pão caseiro, e torta de maça. – Tia Josephine ofereceu.

- Acho que prefiro só torrada e café.- Anne respondeu.

- Muito bem, sirva-se à vontade. – Tia Josephine disse, colocando uma xícara na frente de Anne, na qual ela despejou um pouco de café e lhe entregou um prato com torradas amanteigadas.

Enquanto Anne comia sua torrada e bebia seu café, ela conversava com tia Josephine e Gilbert. Em um dado momento a boa senhora interrompeu a conversa e disse:

- Querida, quase ia esquecendo. Teremos um baile à fantasia esta noite.

- Um baile? Mas eu não trouxe nada para vestir.- Anne disse preocupada.

- Não se preocupe. Já preparei tudo. Antes de vocês chegarei eu encomendei uma fantasia para vocês dois. Vou pedir para meu serviçal levar para vocês no quarto.

Eles terminaram o café e cada um foi para o seu quarto. Queriam dormir um pouco, antes da festa daquela noite. Quando Anne acordou já tinha escurecido, e sua fantasia fora deixada ao pé da cama, Anne abriu a caixa e viu que um lindo vestido de fada com asas e uma tiara. Ela foi para o chuveiro, tomou um banho rápido, e se arrumou para a festa, quando desceu Gilbert estava ao pé da escada esperando por ela. A fantasia dele era de príncipe na cor azul marinho que o deixara mais lindo ainda, e quando ele olhou para Anne ficou completamente encantado, pois aos seus olhos ela parecia um anjo vindo do céu com suas asas transparentes e o vestido lilás que lhe caíra tão bem, e a tiara de pedrinhas brilhantes que enfeitavam seu cabelo.

- Minha linda fada, quer dançar comigo? – Gilbert levou a mão dela aos lábios e a beijou.

- Claro que sim, meu gentil cavalheiro. – Anne disse segurando na mão dele.

Foram para a pista de dança, e começaram a deslizar pelo salão ao som de uma música romântica. Então, Anne começou a falar:

- Gilbert, eu queria te falar do quarto.

- Eu sei, tem uma porta de comunicação entre eles.- Gilbert riu ao ver a expressão espantada de Anne.

- Tia Josephine te contou?

- Não, eu descobri sozinho enquanto arrumava minhas coisas. Tia Josephine é uma mulher muito esperta. Ela entendeu logo que não ficaríamos um longe do outro. – Gilbert lhe disse tocando o seu rosto com carinho.

- Ela realmente me surpreendeu dessa vez. – Anne comentou rindo.

- Eu particularmente adorei a inciativa dela.

- Devo confessar que eu também.

Assim dançaram bastante, conheceram, pessoas interessantes e se divertiram como nunca. Depois de algumas horas, Anne começou bocejar e disse para Gilbert que conversava com um médico renomado e amigo de tia Josephine em Paris.

- Querido, vou para a cama. Estou muito cansada.

- Quer que eu te acompanhe? – Gilbert perguntou,

- Não, fique e se divirta mais um pouco. Nos falamos amanhã.- Anne beijou Gilbert no rosto e foi para o seu quarto.

Quando estava se despindo Anne teve a ideia de tomar banho de banheira, pois estava com os músculos doloridos da viagem, e um banho relaxante antes de ir para cama lhe faria bem. Ela encheu a banheira de água e dentro dela colocou sais perfumados, e em seguida mergulhou seu corpo dentro dela, sentindo a água massagear seu corpo, e uma calmaria gostosa foi tomando conta ela até que adormeceu. Por conta de seu cansaço, ela não ouviu Gilbert entrar no quarto minutos depois. Ele viera ver como ela estava antes de ir para cama, pois não conseguiria dormir sem falar com ela ou vê-la. Ele pensou que a encontraria adormecida , mas quando olhou para a cama viu intrigado que ela estava vazia. Logo, ele viu que uma luz suave vinha do banheiro e foi até lá sabendo por intuição que encontraria Anne se arrumando para dormir.

Quando ele entrou no banheiro levou um susto ao vê-la deitada na banheira adormecida. Santo Deus! Ela estava linda, se possível mais do que nunca. A pele do rosto estava rosada pelo calor da água cheia de espumas que a cobria até o pescoço, sendo possível para Gilbert ver-lhe somente o rosto, mas sua imaginação já lhe pregava peças, desafiando-o a pensar no que havia abaixo de todas aquelas bolhas em volta de Anne.

Ele pretendia apenas dizer-lhe boa noite se ela ainda estivesse acordada, mas nada o preparara para aquilo. Vê-la assim, sabendo que não havia mais nada sobre o corpo dela a não ser água e espuma o estava deixando louco. Gilbert travava uma batalha entre acordá-la para dizer-lhe boa noite e ir para o próprio quarto ou entrar dentro daquela banheira e partilhar com Anne aquele pequeno prazer.

A segunda opção venceu e ele se despiu logo e se juntou a Anne dentro daquela banheira. Ele se aproximou do rosto dela e lhe deu um beijo apaixonado, fazendo Anne acordar imediatamente e corresponder ao beijo com paixão. Em seguida, ela abriu os olhos e perguntou confusa, sem entender quando Gilbert entrara ali sem que ela percebesse.

- Gilbert, o que ...não conseguiu terminar porque ele já a estava beijando de novo, enquanto sentia as mãos dele quentes demais, deslizando pelo seu corpo molhado, deixando-a totalmente entregue àquele momento, sem vontade nenhuma de resistir. Ele chegou mais perto encaixando seus quadris nos dela , e o calor que Anne sentia aumentou quando suas peles se tocaram. Anne gemeu baixinho quando a língua dele se chocou com a sua, prendendo-a em um beijo interminável e sensual. Gilbert se sentia arrebatado por um sentimento sem igual, parecia que cada vez que se amavam uma emoção nova sobrepujava as antigas, deixando em seu lugar algo maior ainda e mais intenso. Ele nunca teria o suficiente dela, era como beber de uma fonte deliciosa sem nunca se sentir satisfeito.

Ele se levantou e a puxou com ele, levando-a até o quarto, deixando para trás um rastro de água que molhava o carpete branco do quarto. Ele pegou uma toalha grande e macia e começou a secar Anne devagar enquanto deixava um beijo em cada pedaço de pele exposta aos seus olhos. Aquilo era uma carícia torturante para Anne, que suspirava cada vez mais, até que ele terminou de secar o corpo dela e a empurrou suavemente para a cama.

Anne gemeu alto ao sentir o corpo dele quente se chocar com o dela, e o envolveu com suas pernas longas diminuindo ainda mais a distância entre eles. As carícias foram ficando mais intensas enquanto seus corpos se envolviam completamente. Ter Anne daquela maneira tão diferente de todas as outras, a pele macia e perfume de sais de banho o faziam se desconectar de si mesmo para se perder completamente nela, todos os seus sentidos concentrados em cada toque e em cada beijo deixando-o tonto com sua intensidade. Anne, por sua vez, se sentia totalmente entregue ao amor de Gilbert, sua pele ardia, sua cabeça rodava e única coisa da qual tinha certeza era que o queria naquele instante, se pensar em nada ou no que viria depois. E enquanto Gilbert unia seu corpo ao dela, ele falou em eu ouvido da maneira que ela tanto gostava:

- Você é minha mulher, Anne. Tão doce e tão completamente minha, e eu nunca vou deixá-la partir.

Dessa forma eles se entregaram um a o outro sem resistir as ondas de sensações que o carregavam para dentro de si mesmos e que depois se reencontravam para juntos explodirem em um arco-íris de energia pura. Quando seus corpos trêmulos voltaram aos poucos ao seu estado normal, Anne olhou com carinho para Gilbert pensando consigo mesma que fazer amor com Gilbert sempre seria assim, poderoso, sensual e intenso demais. Ela nunca se libertaria, como ele mesmo dissera daquele sentimento que não a aprisionava, mas a tornava livre para ser a mulher que queria ser, para ser a mulher que Gilbert amava, sem se preocupar em esconder o que estava em seu coração, pois se sentia segura para deixar Gilbert ver o seu amor por ele claramente expresso em cada fibra de seu ser, e ele merecia aquilo tudo e muito mais.

Eles não conversaram naquele momento, pois as palavras não foram necessárias, apenas ficaram abraçados curtindo a companhia um do outro. Quando por fim adormeceram com as mãos entrelaçadas, e um sorriso nos lábios, um sono tranquilo os alcançou deixando para o amanhã todas as promessas que fizeram um ao outro naquela noite, fazendo com que ficasse marcado em um canto de suas memórias mais um momento lindo e verdadeiro de amor.


Olá, queridos leitores. Estou postando esse capítulo extra, pois algumas pessoas têm me pedido, então, achei que seria legal postá-lo como um bônus extra para vocês que estão sempre acompanhando minhas história. Quero pedir desculpas por demorar quase uma semana para postar cada capítulo, mas é que além das duas histórias da Anne, eu também estou escrevendo mais duas outras histórias fora do universo Anne with an e, então tenho que me equilibrar entre as quatro histórias. Meus amigos dizem que sou louca, e perguntam como consigo ter tanta criatividade assim., mas a verdade é que nem eu mesma sei, apenas me sento em frente ao computador, penso nos personagens e começo a escrever. Tem sido um grande desafio, mas como já disse antes, nunca recuo diante de um, então eis aqui mais um capítulo. E por favor, me enviem seus comentários, gosto muito de trocar opiniões, e saber que fiz um bom trabalho é a única motivação e satisfação que preciso para continuar. Vocês são incríveis, obrigada por tudo.

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