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Capítulo 34 - Segunda Chance



Anne

Anne sorria satisfeita quando chegara à escola naquela quinta feira ensolarada. Tudo estava perfeito, Green Gables prosperava como a muitos anos não acontecia, e Matthew finalmente conseguira contratar novos empregados para ajudá-lo com os negócios da fazenda, e podia enfim ter o seu merecido descanso, depois de se dedicar anos a fio ao cultivo e a colheita de milho e café.

A escola era um dos seus lugares favoritos agora, sem a presença agourenta de Billy Andrews a rondar os corredores, e a mudança de Josie também contribuíra para que Anne sentisse aquele maravilhoso bem estar. Era tão bom não ter que se defender das ironias, das zombarias e das críticas gratuitas. Até o ar que ela respirava parecia mais leve, e para comprovar esse pensamento, Anne inspirou profundamente, e um aroma de flores entrou por suas narinas, fazendo-a pensar que aquele sim era o perfume da felicidade.

E além de tudo isso, o namoro com Gilbert estava cada vez melhor. Passavam todo o tempo livre juntos, estudavam juntos, passeavam, iam à praia e se amavam. Essa parte da vida de Anne era a mais importante para ela, por que estar com Gilbert daquela maneira era conhecer mais a fundo coisas sobre si mesma que nunca saberia se seu destino e o dele nunca tivessem se cruzado.Ela aprendera a ser mais paciente e entender que tudo tinha sua hora certa e lugar, e deixara de lado o medo absurdo de não ser aceita pelo que era. Com o tempo, percebera que ser órfã não era mais um problema para ela, e por isso, as outras pessoas pararam de olhá-la com pena. Ninguém mais se referia a ela como a ruiva órfã, agora ela era conhecida como Anne de Green Gables, e nunca mais teve que se defender das grosserias com as quais sofrera no passado. Tinha mais amigos do que conseguia se lembrar, e sua vida social se modificaram radicalmente. Ela e Gilbert eram frequentemente convidados para festas ou algum outro evento interessante, e a vida de ambos era cheia de novidades e alegrias.

Anne gostava muito de como as coisas estavam acontecendo, e ela com certeza estava vivendo a melhor época de todas, mas se havia algo que ela adorava mais do que ter um milhão de amigos era ser a namorada de Gilbert.

Não era somente porque Gilbert era o garoto mais bonito da escola, ou porque a inteligência dele superava à dela em quase todas as ocasiões. Era a maneira como ele cuidava dela e se importava com as pequenas coisas que a deixavam feliz que mostravam a Anne que Gilbert era uma pessoa rara.

Ele jamais criticava nada do que ela dizia ou queria fazer, e não media esforços para realizar todos os desejos de Anne, pois uma vez ele dissera que queria compensá-la por todas as privações de afeto pelos quais ela havia passado, e ele cumpria aquela promessa todos os dias com a atenção que dedicava a ela, o amor que demonstrava em cada gesto, e o apoio constante que lhe dava em todas as ocasiões.

Anne sentia um orgulho enorme dele também, principalmente pela força do caráter que Gilbert deixava aflorar em muitos momentos, e sua enorme dedicação ao que considerava realmente importante

Anne devia tanto a Gilbert, principalmente pelo seu amadurecimento como pessoa . Em poucas semanas, ela teria 17 anos, e se sentia uma mulher completa e essa satisfação pessoal ela encontrara nos braços de Gilbert, e nunca conseguiria agradecê-lo o bastante por isso.

- Anne- Diana gritou seu nome, interrompendo seus pensamentos

- Oi, Diana. – beijou a amiga no rosto.

- Onde está o Gilbert?

- Ele tem vindo mais cedo para estudar com Srta, Stacy e Muddy. Logo eles terão que prestar os exames oficiais para a bolsa da Faculdade, e ele quer estar bem preparado para o teste. -

-E como ele tem se saído nos estudos? – Diana perguntou, enquanto ambas se dirigiam para a sala de aula.

- Em minha opinião, ele está se saindo perfeitamente bem, mas você conhece o Gilbert, o bastante nunca é suficiente para ele.

- Mas nós sabemos que ele vai passar. O Gilbert sempre foi determinado assim desde criança, e nunca vi nada impedi-lo de conseguir o que quer. - Diana disse com convicção.

- Eu também tenho a mesma opinião Mas desta vez ele está determinado a passar por que não quer me decepcionar, e isso me deixa um pouco preocupada, sabe. Eu disse a ele que se não passar agora, ele poderá tentar de novo mais tarde, mas parece que isso se tornou um ponto de honra para ele. Não admite fracassar por minha causa, e isso me deixa com uma responsabilidade enorme. - o rosto de Anne demonstrava preocupação, e Diana a abraçou para dar-lhe apoio.

- Anne, essa é uma escolha de Gilbert, não sua. Você não tem que se sentir responsável por isso.

- Mas, a verdade é que me sinto, pois eu o incentivei a fazer esse teste, e embora eu tenha certeza absoluta de que ele será aprovado, tenho medo de como ele irá se sentir se isso não acontecer.

- Então, você estará lá para apoiá-lo em todo o processo de recuperação. Sabe Anne. Eu tenho observado vocês dois, e é tão lindo ver como você é Gilbert estão sempre um do lado do outro, não importa a situação, e toda essa cumplicidade somente fortalece a relação de vocês. E devo dizer que a invejo minha amiga, pois embora eu e Jerry tentamos nos apoiar sempre, existem certas diferenças que ainda nos separam, mas espero que com o tempo possamos atingir o mesmo tipo de relação que você é Gilbert têm. Vocês dois são minha inspiração. – Diana disse sorrindo.

- Diana, você sabe que o Jerry te ama muito.

- Eu sei, Anne. Eu também o amo muito, por isso, tenho certeza de que tudo entre nós dará certo.

- É claro que sim, vocês serão muito felizes juntos. - Anne apertou a mão da amiga com afeição.

Assim que se viu na classe. Anne procurou por Gilbert, e ainda o encontrou estudando na sala especial da Srta. Stacy. Ele estava de costas e se inclinava sobre um livro de fórmulas de física, parecendo completamente concentrado no que estudava. Anne se posicionou atrás dele e começou a massagear os músculos dos ombros dele que estavam tensos, pelas longas horas de estudos.

Ao sentir as mãos suaves dela, Gilbert fechou os olhos e relaxou.

- Que delícia! – ele disse. Depois segurou as mãos dela, e a olhou por cima do ombro. – Esta é a melhor parte do meu dia. Quando você chega, parece que toda essa loucura começa a fazer sentido para mim. – Anne se sentou no colo dele e carinhosamente tocou-lhe o rosto.

- Você parece cansado. – Ela disse, observando-o cuidadosamente, percebendo de imediato que ele apertava os olhos parecendo incomodado. – Está com dor de cabeça?

- Um pouco. – Gilbert respondeu, acariciando o rosto dela, enquanto seus olhos se perdiam no azul dos dela.

- Quer um analgésico? Devo ter algum em minha bolsa. Marília nunca me deixa sair sem minha bolsinha de primeiros socorros.

- O único analgésico que funciona para mim é você. – então, ele procurou pelos lábios dela ansioso, os quais o recebeu com doçura e amor. Ficaram assim por longos dois segundos trocando carinhos, que Anne interrompeu antes que Gilbert ficasse animado demais com a ideia dos dois sozinhos naquela sala.

-Vamos para a aula? – Ela perguntou..

- Acho que prefiro ficar aqui com você. – Ele disse beijando-a novamente.

- Gilbert, não podemos ficar aqui, você sabe, e também não podemos matar aula. – Anne tentou impedi-lo de beijá-la no pescoço, mas sem muito sucesso, e seu corpo começou a reagir aquela carícia, sentiu-se fraquejar, mas mesmo assim, se pôs de pé, puxando Gilbert pela mão ela disse:

-Venha, Gilbert. A aula está para começar, e não quero pegar somente metade dela.

- Está bem. Eu desisto. Achei que preferia a minha companhia a estudar Geometria está manhã. – Ele fez uma cara de desgosto tão mal disfarçada que Anne teve que rir.

- Não tente usar minha aversão por Geometria, para me fazer ficar aqui com você. Por mais que essa ideia seja tentadora, nós temos mesmo que estudar. Além do mais, vamos ficar juntos mais tarde, e teremos muito tempo para namorar. – e sem esperar por mais protestos do namorado, Anne seguiu para a sala de aula em companhia de Gilbert. Sentaram-se juntos como sempre, e Anne se virou para falar com Josie, que também acabara de chegar e notou que a menina tinha a fisionomia perturbada.Anne tocou na mão da menina de leve e disse:

- Bom dia, Josie. Aconteceu alguma coisa?

- Bom dia, Anne. Não aconteceu nada de ruim de fato. Eu estou em um dilema que não sei como resolver. – Josie respondeu, arrumando seu material em cima da carteira.

-Se quiser minha ajuda, estou aqui.

- Obrigada, Anne. O problema é que Muddy me pediu em namoro e não sei o que fazer.

- Mas, que coisa boa! Por que não aceita? Muddy é um garoto tão bom. Ou será que você não gosta dele o suficiente para isso? – Anne os via sempre juntos, e por isso, pensou que estavam envolvidos, mas talvez tivesse se enganado e Josie visse Muddy apenas como amigo.

- A verdade é que gosto muito dele, e é isso que me assusta. Você se lembra de como foi minha história com o Billy. – Josie baixou a cabeça pensativa.

- Josie, o Muddy é totalmente diferente do Billy. Ele jamais faria com você o que o Billy fez. Tenho certeza de que se você aceitar namorar com ele, vocês serão muito felizes.

- Eu prefiro pensar mais um pouco antes de aceitar. Não quero que o Muddy saia magoado dessa história, pois ele não merece.

- É ele saberá respeitar seu tempo e sua decisão. – Anne disse compreensiva. Josie assentou em silêncio, e a aula enfim começou.

No intervalo, Diana se juntou a ela e Josie, enquanto Gilbert jogava xadrez com Muddy.

- Anne, você ficou sabendo da Ruby? – a amiga perguntou.

- O que eu deveria saber sobre Ruby Gillis? Você sabe que não falo com ela desde o Ano Novo. - Anne estranhou a pergunta de Diana, mas não disse nada.

- Você não reparou que faz duas semanas que ela não aparece na aula?

- E o que tem isso de novidade? Já aconteceu outras vezes.

- Mas parece que dessa vez é sério. Ela está doente, e ninguém sabe o que ela tem. – Anne ficou pensativa, e se lembrou do comportamento estranho de Ruby nos últimos tempos, sempre calada e pálida, mas não imaginara que ela estivesse doente, e isso tocou o coração por um momento, mas logo reprimiu a sensação. Não queria sentir pena de uma garota que só quisera causar- lhe mal, embora desejasse que nada de ruim acontecesse com a menina.

- Bem, isso é uma pena. Espero que tudo fique bem com ela. – Anne disse e logo mudou de assunto. Mas, a imagem de Ruby doente a incomodou o dia inteiro. Até mesmo a presença de Gilbert não conseguia distraí-la daqueles pensamentos.

- O que foi Anne? Parece estar a milhares de quilômetros de distância daqui. – Gilbert perguntou intrigado.

- Não é nada. Estou apenas cansada. Essa semana está uma loucura com tudo que temos que estudar e as tarefas de Green Gables. - Ela não queria mentir para o namorado, mas sabia o que ele diria se soubesse o que era a causa de sua súbita preocupação.

- Acho que tenho o remédio perfeito para todo esse cansaço. – Gilbert disse rindo baixinho.

- É mesmo? Então, por que não me mostra? – Anne disse sabendo exatamente a que ele se referia.

Gilbert não precisou de nenhum outro incentivo para fazer o que queria. Os dois estavam sentados na varanda da casa dele, e não havia mais ninguém por perto. Assim, ele a trouxe para seus braços e a beijou com toda paixão de que foi capaz. Anne sentiu as mãos dele descerem pela sua cintura, chegar até a barra da saia que ela usava, e subi-la até suas coxas onde os dedos dele a acariciavam sem cerimônia Ela sentiu o desejo começar a consumi-la , e quando as mãos de Gilbert alcançaram seu abdômen, ela disse ofegante.

- Gilbert, acho melhor pararmos com isso agora mesmo. Estamos em sua varanda, e eu não gostaria que alguém nos visse assim. – Ele agora mordiscava sua orelha, e as mãos dele tinham subido mais um pouco, e Anne estava quase se deixando levar pelos apelos de seu corpo.

- Quer ir para o meu quarto? – Gilbert perguntou a voz tão baixa que ela quase não o ouviu. Estava mais preocupada com os arrepios que a respiração dele tão próxima ao seu ouvido provocava em seu intimo.

- Gilbert, a Mary e o Sebastian estão em casa. Não acho que isso seja uma boa ideia - Ele abaixara sua saia novamente, mas as mãos dele tinham desabotoando os primeiros botões de sua blusa, e Gilbert traçavam a curva de seu ombro com a língua. Deus! Ela estava derretendo na febre daquele desejo que ia aos poucos acabando com sua vontade de protestar. Então, ele parou. Abotoou os botões da blusa dela e disse com o olhar cheio de humor.

- Acho que consegui relaxá-la um pouco. – Ao invés de ficar brava por ele a ter provocado daquela maneira Anne apenas riu. Definitivamente sua vida íntima com Gilbert jamais seria uma rotina. Ele sabia como mantê-la interessada todo o tempo, e Anne simplesmente adorava esses momentos com ele.

Mais tarde, ele a levou para casa e se despediram com mais beijos quentes. Quando entrou em cada ainda sorrindo com as lembranças de minutos atrás, Marília veio ao seu encontro com o rosto tão sério que a assustou.

- Anne, tem uma pessoa te esperando na sala.

- Quem é? – Anne perguntou preocupada.

- Acho melhor você ver com seus próprios olhos. - Marília disse, mantendo o mistério no ar.

Anne foi para a sala de visitas apressadamente, e se espantou com quem estava a sua espera. O irmão de Ruby se levantou da poltrona onde estava sentado com uma xícara de café nas mãos.

- Oi, Anne. Desculpe vir sem avisar, mas eu precisava falar com você.

- Oi, Paul. No que posso te ajudar? – Ela estranhou a presença de Paul em Green Gables. Quando ela e Ruby eram amigas, eles conversaram muito pouco, e Anne até pensara que Paul não gostasse muito dela, pois ele parecia evitá-la sempre que possível. É agora ele estava ali e a olhava nervosamente, como se medisse as palavras antes de dizê-las.

- Eu sei que você deve estar se perguntando por que estou aqui, mas na verdade, quero apenas te fazer um pedido. – Anne ficou em silêncio por um instante, depois disse:

- Muito bem. O que deseja?

- Eu vim lhe pedir para visitar minha irmã. Na verdade, foi ela quem me pediu para vir até aqui. Ela precisa muito falar com você.

- Paul, não acho que seja uma boa ideia. Você sabe que não estamos nos falando já faz tempo.

- Anne, por favor. – Ele se aproximou dela e pegou em suas mãos, como se implorasse.- Eu sei que você tem todos os motivos do mundo para não querer falar com a Ruby, mas ela está muito doente e quer muito falar com você – Anne sentiu o desespero na voz dele e seu coração se apertou.

- Ela está tão mal assim?

- Sim, não sabemos ainda qual é o problema, mas os médicos não nos deram muitas esperanças. Vamos levá-la para Nova Iorque, onde existem mais recursos que aqui. - depois olhou para ela e perguntou cheio de uma expectativa nervosa - Você irá vê-la?

Anne pensou em recusar, mas sua boa índole e alma caridosa não permitiram. Às vezes Anne gostaria de ser mais dura, porém, sabia que nunca seria assim, por isso, respondeu:.

- Irei amanhã depois da escola.

- Muito obrigado, Anne. Vamos ficar te esperando então. – ele disse visivelmente aliviado. Anne foi acompanhá-lo até a porta, e inesperadamente ele a abraçou e a beijou no rosto.

-  Não sei como te agradecer por isso. Você não vai se arrepender por falar com minha irmã neste momento.

Ele se foi, e enquanto fechava a porta Anne pensou que não tinha tanta certeza disso.

GILBERT

Fazia exatamente uma hora que Gilbert estava estudando fórmulas de física e se sentia exausto.

Suas semanas agora eram sempre assim. Acordava bem cedo, tomava café antes de Mary ou Sebastian se levantarem, e corria para a escola, pois a Srta. Stacy o esperava para as aulas extras. Não estava reclamando. Na verdade, se sentia grato pela oportunidade, pois uma bolsa de estudos o aproximava muito de seu sonho de ser médico, e o apoio que vinha recebendo de todos o deixava muito feliz, por isso, dedicava todo o tempo que podia aos estudos.

Anne o ajudava muito nisso, pois estudava com ele todas as tardes, não permitindo que ele se distraísse ou perdesse a concentração, embora ele às vezes caísse em tentação e tentasse beijá-la entre uma questão ou outra de matemática.

E como ele a amava! Essa verdade o atingia todas às vezes estavam juntos, ou quando inconscientemente procurava pelos olhos dela por entre as páginas de um livro de biologia que estava estudando, e encontrava toda força que precisava para seguir em frente com seus ideais.

Gilbert não conseguia ver Anne como uma parte separada de sua vida. Ela já era tão essencial em seu cotidiano, que até mesmo em seu quarto ela já se tomara uma figura permanente.

Quando Anne não estava lá com ele, parecia que tudo ficava diferente, como se fosse sufocantemente vazio. Ela trazia cor para tudo o que tocava, e todas as coisas eram melhores por causa dela.

Anne sabia sempre o que dizer quando ele precisava desesperadamente de uma palavra que o ajudasse a prosseguir, ela sempre tinha um conselho valioso par dar quando tufo aquilo não fazia sentido, e ele se perdia em dúvidas enormes acerca do futuro, e ela era incrivelmente paciente com os ataques de mau-humor que ele às vezes tinha por conta do estresse de estar estudando sem parar. Anne preparava-lhe chás que tinham o poder de acalmar-lhe o ânimo, sempre lhe trazia lanches deliciosos quando ele se esquecia de se alimentar direito e lhe dava todo o carinho do mundo quando ele parecia cair em um estado completo de inércia que prejudicava sua concentração. Mas o que ele mais gostava em Anne nestes momentos era que ela nunca facilitava as coisas para ele, e também não deixava de falar o que pensava somente para agradá-lo. Sua percepção sobre tudo era sempre precisa e a inteligência de Anne ia além da área acadêmica.

Ela possuía um conhecimento nato sobre a vida que o deixava surpreso na maior parte do tempo, e sabia entender a personalidade de uma pessoa sem conhecê-la a fundo. Anne também era uma grande observadora do mundo, e talvez por isso, conseguia ver coisas que outras pessoas que não tinham a mesma destreza que ela sobre o fator humano não percebessem. Todo dia havia uma coisa nova a aprender com Anne, e todos os dias Gilbert tinha certeza que tinha muito ainda a aprender.

A cabeça começou a doer terrivelmente, e inconscientemente ele massageou as têmporas, Olhou para as fórmulas complexas de física à sua frente. Estava tentando resolvê-las, quando sentiu mãos macias femininas massageando seus ombros. Anne tinha mãos divinas que o faziam relaxar completamente, e esse era um hábito que ela tinha adquirido nas últimas semanas para ajudá-lo a melhorar de sua tensão nervosa e no qual ele estava ficando completamente viciado.

- Que delícia!- ele exclamara deixando transparecer todo o prazer que sentia com o toque dela, e depois, olhando-a nos olhos ele continuou. -

– Esta é a melhor parte do meu dia. Quando você chega, parece que toda essa loucura começa a fazer sentido para mim. – Nesse momento,, Anne se acomodou em seu colo e acariciando o rosto dele ela disse que ele parecia cansado , e em seguida perguntou com preocupação:

– Está com dor de cabeça?- e ele respondera:

- Um pouco. – naquele momento ele quase tinha se esquecido da dor latejante que o incomodara minutos antes. Anne estava com ele e era tudo o que importava. Segundos depois, ela lhe oferecera analgésicos para aliviar a dor, mas ele somente conseguia pensar em uma coisa que o faria se sentir melhor.

- O único analgésico que funciona para mim é você. – ele tomou os lábios dela sob os seus com tanta vontade, que parecia que não a beijava havia semanas. Ela era seu combustível para que ele pudesse suportar as muitas horas de estudo, e também era seu antídoto contra qualquer coisa que lhe fizesse mal. Precisava do beijo dela várias vezes ao dia, em doses generosas, para lembrá-lo que ela estaria com ele em todos os passos do caminho. Anne se afastou dele para convidá-lo para irem para a sala de aula, e ele respondera:

- Acho que prefiro ficar aqui com você. – não resistiu aos lábios dela tão convidativos próximos do seu, e tentou beijá-la novamente.. Mas, Anne, se afastou e disse;

- Gilbert, não podemos ficar aqui, você sabe, e também não podemos matar aula. – Gilbert teimosamente se recusava a desistir, sabia qual era o ponto fraco dela, por isso, alcançou-lhe o pescoço, traçando com a língua toda a extensão da pele alva e macia. Sentiu Anne estremecer e percebeu o desejo dela crescer conforme ela tentava não ofegar com a insistência dos lábios dele em sua pele. Ela por fim se levantou e disse com a voz um tanto trêmula:

-Venha, Gilbert. A aula está para começar, e não quero pegar somente metade dela. - ele resolveu ceder, percebendo que ela insistia em ir para a sala de aula naquele momento.

- Está bem. Eu desisto. Achei que preferia a minha companhia a estudar Geometria está manhã. – Ele sabia que era um golpe baixo, fazê-la se lembrar de matéria que detestava só. para té-la mais um pouco para si. Más ela não caiu na conversa dele, e o arrastou para a sala de aula.

Quando se sentaram, ele ouviu a conversa de Anne e Josie, e não ficara surpreso de saber que Muddy a tinha pedido em namoro, pois nos últimos tempos os via cada vez mais juntos, e o amigo sempre mencionava o nome da menina em suas rodas de conversa. Queria muito que o amigo fosse feliz, e esperava que ele não estivesse enganado desta vez.

Aproveitou o horário de intervalo no qual estavam jogando xadrez para abordar o assunto, pois Muddy parecia um pouco pensativo e sem muita concentração para o jogo.

- Muddy, eu ouvi a Josie conversar com a Anne hoje, e soube por ela que você a pediu em namoro. Não quero me intrometer, mas você acha prudente? Eu sei que a Josie aparentemente mudou seu comportamento detestável para outro bem melhor, mas não tenho certeza se essa mudança é permanente, conhecendo histórico dela do passado. - Muddy levantou o olhar do tabuleiro e disse olhando nos olhos de Gilbert.

- Eu sei que você tem boas razões para desconfiar dê Josie, mas posso te garantir que ela realmente mudou. Gosto muito da companhia dela e ela parece gostar da minha, e também descobri que temos muitas coisas em comum. Temos nos dado muito bem e não posso dizer que estou apaixonado por ela, mas gosto da maneira como me sinto com Josie, e espero sinceramente que ela aceite meu pedido, por que acredito que podemos ser felizes juntos.

- Vem, neste caso, somente posso desejar que vocês sejam tão felizes quanto eu e Anne somos. - Gilbert disse apertando a mão do amigo, e continuaram a jogar até o final do intervalo.

Horas mais tarde, estavam em sua varanda com Anne, e os dois tinham encerrado mais uma sessão de estudos e namoravam tranquilamente.

Gilbert percebeu que Anne estava distraída, e não prestava a menor atenção no que ele estava dizendo. Pegou no queixo dela e a virou para si perguntando:

O que foi Anne? Parece estar a milhares de quilómetros de distância daqui.

- Não é nada. Estou apenas cansada. Essa semana está uma loucura com tudo que temos que estudar e as tarefas de Green Gables. - Enquanto ouvia Anne falar, uma ideia maliciosa tomou conta da mente de Gilbert e resolveu colocá-la em prática naquele instante.

- Acho que tenho o remédio perfeito para todo esse cansaço. – Anne se mostrou curiosa e ele atendeu aos seus desejos.

Abraçou-a com carinho e começou a beijá-la, ao mesmo em que suas mãos corriam soltas pelo corpo dela até alcançar as pernas e subir lentamente pelas coxas macias de Anne, acariciando-a por todo caminho até tocar o abdómen dela. Gilbert sentiu Anne vibrar em seus braços, as bochechas ficaram coradas, e seus olhos azuis brilhavam com o princípio da paixão que ela tentava esconder dele. Sua voz soou suplicante quando tentou fazê-lo desistir do que estava fazendo.

- Gilbert, acho melhor pararmos com isso agora mesmo. Estamos em sua varanda, e eu não gostaria que alguém nos visse assim. – Os lábios dele estavam em uma das orelhas dela agora, arrancando suspiros que ela involuntariamente deixava escapar, e suas mãos continuavam subindo sem parar. Ele fez então o convite e esperou ardentemente que ela aceitasse.

- Quer ir para o meu quarto? – Mas, Anne frustrou seus planos com seus argumentos tão convincentes, enquanto as mãos deles abandonaram as pernas dela e começaram a trabalhar nos botões da blusa que ela usava, seu olhar sendo atraído pela curva do ombro de Anne tão deliciosamente exposto por suas mãos. Não resistindo, ele começou a explorar aquela área tão sensível do corpo dela, sentindo-a no limite de sua resistência.

- Gilbert, a Mary e o Sebastian estão em casa. Não acho que isso seja uma boa ideia. - Assim, ele a libertou da tortura e abotoou-lhe a blusa com segurança. Viu o rosto dela ainda um pouco transtornado pelo desejo não satisfeito, e sorriu consigo mesmo. Adorava provocá-la daquela maneira, pois queria ver até onde ia o limite que ela impunha a si mesma de resistir a ele. Era um jogo que jogavam um com o outro em algumas ocasiões, e sabia que ela o faria pagar por isso tão logo ela tivesse uma oportunidade, e no fundo de seu ser ele esperaria ansiosamente por isso.

Então ele disse sorrindo:

- Acho que consegui relaxá-la um pouco. – Anne riu divertida de suas palavras. Ele sabia que como ele, ela adorava ser provocada daquela maneira, O que tornava o namoro dos dois muito mais excitante a cada dia que passava.

Ficaram mais um tempo juntos, e quando Gilbert a levou para casa, Anne parecia muito mais relaxada e feliz.

Ao voltar para sua fazenda, Gilbert decidiu que descansaria o resto do dia. Deixaria os estudos para o dia seguinte. Agora queria apenas desfrutar de uma boa noite de sono, onde teria Anne como companhia em seu mundo de sonhos, e onde estar com ela era um enorme prazer.

GILBERT E ANNE

Anne chegara na escola no dia seguinte um tanto preocupada. Passara a noite toda pensando na conversa que tivera com o irmão de Ruby, e as palavras dele de que os médicos não deram muitas esperanças para o caso dela martelavam em sua cabeça sem cessar.

Qual seria o problema de Ruby? Era inconcebível para Anne que alguém tão jovem pudesse morrer assim, sem esperanças de cura. Quando vivia no orfanato, vira crianças morrerem por diversas razões. Algumas por desnutrição e pneumonia, outras por sarampo ou influenza, mas no caso delas isso acontecia justamente pelo fato de o orfanato não ter tantos recursos, e pela má vontade de algumas freiras que achavam perda de tempo se importar com crianças que eram abandonadas pelos pais, e chegavam a dizer que se morriam, era por vontade de Deus. Nunca lhes passou pela cabeça que a falta de amor ao próximo matava mais do que a doença em si.

Mas, Ruby tinha uma família que se importava com ela, e que tinha recursos para levá-la aos melhores médicos. O irmão dela tinha mencionado Nova Iorque, e Anne sempre ouvira maravilhas sobre os médicos de lá. Esperava que Ruby encontrasse a cura para sua enfermidade, e voltasse a ter uma vida normal.

Anne não tinha mais raiva dela. Embora não a quisesse mais como amiga, não desejava mal nenhum a menina, e uma vez que Anne resolvera os conflitos que tinha em relação a tudo o que se passara entre as duas, ela simplesmente deixara de pensar nisso, e a presença de Ruby tinha quase passado despercebida a ela, salvo as vezes que se encontraram pelos corredores da escola, nunca mais teve qualquer tipo de pensamento a respeito de Ruby Gillis.

E agora a menina queria falar com ela e Anne se perguntava o que mais poderia ser dito entre as duas, que já não fora discutido por elas no dia seguinte ao Ano Novo.

Para falar a verdade, Anne não queria falar com Ruby, e quase se arrependera de ter aceitado fazê-lo, mas as palavras de Paul a tinham deixado encurralada, e não tivera como negar a ele aquele pedido. E também ficou pensando que se algo acontecesse algo com a menina, e esperava ardentemente que nada acontecesse, ela se sentiria culpada pelo resto da vida por não ter falado com ela naquela ocasião.

Não contou para Diana ou Gilbert o que faria depois da aula, pois sabia que nenhum dos dois aprovaria. Por isso, teve que pensar em uma desculpa plausível, para o caso de eles insistirem em saber.

Por sorte naquele dia, Gilbert teria que ficar um pouco mais na escola, e Diana iria para a casa de Jerry passar a tarde com os pais dele, por isso, não precisou mentir sobre o que iria fazer depois da aula.

Às três horas ela se despediu de Gilbert com um beijo, e foi em direção a casa de Ruby. A única pessoa que ela avisara sobre onde iria era Marília, que a incentivou a visitar Ruby como uma obrigação cristã, já que a menina estava enferma.

Durante todo o caminho, Anne se perguntou o que diria a Ruby. Ambas estavam a tanto tempo longe uma da outra que a antiga camaradagem que um dia existira entre elas tinha se extinguido completamente. Era difícil para Anne encontrar a coisa certa a dizer naquela situação, e rezou para manter a calma e a serenidade enquanto estivesse na casa da menina. Lembrar das coisas que Ruby lhe dissera na última vez que se falaram ainda tirava Anne do sério, mas na maior parte do tempo ela procurava esquecer a acidez do que fora dito por Ruby e somente se lembrar do que um dia fora bom na amizade delas, Com esse pensamento em mente, ela bateu na porta e foi atendida pela mãe da menina que a abraçou com lágrimas nos olhos.

- Que bom que você veio querida. Ruby tem esperado tanto para falar-lhe. Eu sei que você deve estar magoada com tudo que aconteceu, e em nome da minha filha lhe peço perdão. Sempre gostei de você, Anne. Seu coração sempre foi tão generoso, e agora posso comprovar que não me enganei. Venha comigo. Ruby a espera. – Enquanto a mãe de Ruby falava, Anne não disse uma palavra. Sentia-se constrangida demais naquela situação, e não sabia o que fazer.

Entraram no quarto de Ruby que estava com as janelas fechadas Somente uma luz fraca do abajur iluminava o rosto da menina, que parecia adormecida, mas ela abriu os olhos assim que elas entraram.

Anne ficou chocada com o que viu. Ruby estava tão pálida e o rosto encovado que lhe dava um aspecto de moribunda. Não sobrara nada daquela menina vaidosa, tão cheia de si. Seu cabelo loiro que Anne sempre admirara, estava sem viço e oleoso, e apesar da pouca luz, Anne percebera que ela perdera muito peso, e sua fisionomia frágil a fazia parecer uma garotinha de dez anos.

- Oi, Anne. Quem bom que veio. – Ruby disse assim que a mãe as deixou sozinhas. – Na verdade, eu quis te falar na escola, mas não sabia por onde começar. - Ela fez uma pausa, esperando que Anne dissesse alguma coisa, e como Anne permaneceu calada, ela continuou.

- Quero muito te pedir perdão pelas coisas que te disse, e também por tudo que te fiz passar por causa do Gilbert. Eu estava tão cega pelo amor que pensava sentir por ele, que magoei a única pessoa no mundo que realmente admirei na vida.

Anne olhou-a surpresa ao ouvir essas palavras, mas ficou calada esperando pelo que ainda viria.

- Eu quis tanto ser como você. Inteligente, sincera e tão linda. Você é uma das pessoas mais incríveis que conheci, e lamento tanto que nossa amizade tenha acabado por minha causa. Eu fui orgulhosa demais, e olha onde isso me levou. - Anne pode ver os olhos de Ruby se entristecerem e lágrimas silenciosas começarem a escorrer. Seu coração se apertou com o sofrimento da menina, pegou em sua mão e disse sorrindo.

- Não pense assim, Ruby. Você vai se curar e logo voltará a ser a menina bonita que sempre foi.

- Você é tão boa Anne. Não foi a toa que Gilbert a escolheu. Vocês foram feitos um para o outro, posso ver isso com clareza agora. Será que pode ver perdoar, Anne? Sei que não mereço, mas eu preciso que me perdoe, pois nunca terei paz em meu coração se você não puder me perdoar. – Ruby parecia desesperada, e Anne sentiu sua velha compaixão tomar conta de seu espírito e disse com toda verdade que conseguiu.

- Está tudo bem, Ruby. Águas passadas não movem moinhos. Vamos viver o presente, e deixar todo pesado para trás. Concentre-se apenas em ficar bem e em se curar. Quando você voltar de Nova Iorque, prometo que virei te visitar de novo.

- Você promete mesmo, Anne?

- É claro que sim. Agora vou deixá-la descansar. – deu um beijo no rosto da menina, e antes de sair lhe lançou um último olhar, a expressão fragilizada no rosto de Ruby deu-lhe a impressão de que era a última vez que via a menina. .Balançou a cabeça para afastar o pensamento fúnebre e a angústia que a envolveu.

A mãe de Ruby a acompanhou até a saída deu-lhe um último abraço e disse;

-Você foi um anjo vindo até aqui. Significou muito para a Ruby.

- Se precisar de mais alguma coisa, por favor, me procure. - Anne disse, segurando a mão da mãe de Ruby com carinho.

- Você já ajudou muito, minha filha. Agora vamos esperar que ela fique boa logo.

Anne se despediu com o coração tão pesado, que nem prestava atenção na paisagem a sua volta. Não queria ir para Green Gables, onde Marilla a encheria de perguntas, e ela não saberia o que dizer. Então, resolveu ir até a cada de Gilbert, pois somente ele a faria se sentir bem novamente.

Assim, durante todo o percurso, ela foi se lembrando de todos os momentos de sua amizade com Ruby, as alegrias partilhadas, as tristezas divididas, até o momento em que culminou na ruptura de algo que tinha sido tão bonito e verdadeiro para Anne, e ela chorou por tudo que ambas perderam, e chorou ainda mais por não saber se teriam tempo de recuperar tudo de novo.

Chegou à fazenda de Gilbert e bateu na porta soluçando. Assim que ele abriu-a, ela se atirou nos braços dele, molhando-o com suas lágrimas.

- O que foi Anne? Por que está chorando desse jeito? Está machucada? Está sentindo alguma coisa?- Gilbert não sabia o que fazer, pois quanto mais perguntava, mais Anne chorava. Depois de algum tempo, Anne conseguiu falar, e contou a Gilbert tudo o que tinha acontecido. Enquanto ela falava, Gilbert ficou em silêncio, e Anne notando-lhe o olhar ela disse :

- Gilbert, eu sei que você está zangado comigo porque fui visitar a Ruby, mas diante das circunstâncias eu não podia me negar.

- Quem te disse que estou zangado? Eu estou tão orgulhoso de minha namorada incrível. Quando penso que não existe mais nada que você possa fazer que vá me surpreender, aí você me prova que estou enganado. - Ele tocou o rosto dela com suavidade e a beijou, sentindo o gosto das lágrimas dela em seus lábios, - Não, fique assim amor, a Ruby vai melhorar.

Anne continuou em silêncio, olhando para Gilbert e seu coração ainda doía e ela precisava tanto dele para fazer ir embora aquela agonia.

Levada por esse pensamento, Anne se agarrou a Gilbert, e colou seus lábios no dele faminta por seus beijos. Afastou-se dele por um instante, e sem tirar os olhos dos deles, ela disse baixinho

- Me ame Gilbert agora.

- Anne, eu... - ele ia dizer que ela precisava se acalmar, mas não conseguiu resistir ao apelo daqueles olhos azuis tão lindos.

Pegou na mão dela e juntos subiram a escada em direção ao quarto de Gilbert. Quando chegaram lá, ele a despiu completamente e Anne o ajudou a tirar as próprias roupas. Ela então, o empurrou para a cama deitando-se sobre ele, enquanto seus lábios desciam pelo corpo de Gilbert e seus cabelos a seguiam naquela viagem, deslizando sobre ele como se fossem seda pura. Anne o deixou maluco com sua impetuosidade, e Gilbert disse a si mesmo que nunca a vira tão intensa como naquele momento. Embora ela fosse sempre ardente quando se amavam jamais ela mostrara claramente o quanto o queria como agora. Inverteram as posições e foi a vez de Gilbert de deixar a pele de Anne marcada por sua paixão. Ele a excitou além do impossível, seus corpos eram como duas chamas se queimando mutuamente, e o desejo de ambos nunca fora tão imenso como ali naquele quarto e naquela cama que se tornaram um ninho de amor perfeito para os dois. A satisfação dos sentidos os alcançou em uma cadência perfeita, e ficaram por alguns minutos abraçados, pele contra pele, lábios contra lábios, como se recusassem a se separar.

Gilbert rolou para o lado, olhando para Anne de um jeito tão intenso que ela o beijou novamente, e quando se separaram ela disse com o queixo encostado no peito de Gilbert.

-Prometa- me que nosso amor será sempre assim.

- Anne, eu nunca vou amar ninguém do jeito que te amo. Você me completa de uma maneira que mais ninguém nessa vida seria capaz. E nada mais faz sentido se você não estiver comigo. Eu existo por você, eu respiro só por você, e eu não seria nada se você não fizesse parte da minha vida.

- Gilbert, você é a razão de eu ser tão feliz e de ser a mulher completa que sou hoje. Sinto que você é tão parte de mim que eu não sei onde o meu coração termina e o seu começa.

Eles se olharam por um segundo sem fim, e Anne percebeu que a dor que a feria tinha ido embora, e ela sentia que a primavera estava em sua vida novamente. E quando os lábios de Gilbert descerem sobre o seus mais uma vez, e seus corpos reiniciaram sua dança de prazer, Anne deixou que Gilbert provasse cada palavra do que dissera e que ficariam para sempre gravada em seu coração. 


Olá queridos, leitores. este capítulo fala de segunda chances. A quem vocês dariam uma segunda chance se tivessem a oportunidade? Ás vezes é difícil perdoar, principalmente quando a pessoa que nos magoou é importante para nós. Falo isso, por experiência própria. Mas, quando conseguimos perdoar, é uma libertação.

Espero que apreciem mais este capítulo, e por favor, me digam o que acharam.

Beijos, Rosana.

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