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Capítulo 2- Reencontro


ANNE

Anne se olhou no espelho e suspirou desanimada, seus olhos estavam vermelhos e inchados de tanto que chorara na noite anterior, o nariz também estava vermelho e os cabelos horríveis. Tivera que cortá-los curtos, depois que tivera a estúpida ideia de pintá-los de preto, acreditando que isso colaboraria para melhorar sua aparência, já que odiava ser ruiva, mas só o que conseguira foi uma tonalidade verde que não saía de jeito nenhum, não importava quantas vezes lavasse os fios.

Quando Marilla chegara em casa naquela noite, depois de ter ajudado Rachel a assar bolos para o bazar de caridade da cidade, encontrara Anne desesperada, e a única solução que encontrara foi cortar o cabelo da menina bem curto. No início, Anne resistiu um pouco, mas depois aceitou de bom grado a sugestão de Marilla como uma punição por sua vaidade excessiva. Bem que o pastor falava sobre isso na igreja aos domingos, afirmando que a vaidade era como uma fogueira que consumia o coração humano, colocando em risco a alma daqueles que se deixavam levar pelas ilusões que ela provocava. Anne se arriscara, agora estava aí o resultado, e por isso tinha que ser castigada.

De nada adiantava ficar se lamentando, pensara Anne. Como Marilla dizia, o que não tem remédio, remediado está, só lhe restava descer, tomar café e ir para a escola.

Enquanto tomava seu leite, percebeu que Marilla a observava, e disse um tanto irritada:

- O que foi, Marilla? Meu rosto está sujo?

- Anne Shirley, tenha modos. Com quem pensa que está falando? – retrucou Marilla, zangada.

- Desculpe, Marilla, é que estou nervosa em ir para a escola, tenho vontade de me trancar em meu quarto e ficar lá até meu cabelo crescer de novo. - respondeu a menina, desesperada.

- Ora, Anne. É só o seu cabelo. Você continua a mesma. Tenho certeza de que seus colegas de sala não vão tratá-la diferente por causa disso.

- Você diz isso porque não sabe como me tratam, e agora com esse cabelo curto vão caçoar de mim ainda mais. – disse Anne, quase chorando.

- Tenho certeza de que você vai lidar com isso muito bem. Agora vamos, se apresse ou chegará atrasada à escola.

Anne se levantou com relutância da mesa, pegou seu casaco, livros e sua boina de inverno, ajeitando-a da melhor forma possível para que assim escondesse seu novo corte de cabelo. No caminho para a escola, foi rezando baixinho para não encontrar ninguém conhecido, e quando chegou em frente à escola, fechou os olhos, inspirou profundamente, tomou coragem e entrou alisando o vestido nervosamente.

A primeira pessoa que encontrou foi Diana. A amiga já a tinha visto no fim de semana, quando Marilla pediu que fosse até sua casa para tentar acalmar Anne, que chorava sem parar por causa do cabelo. Então, não foi uma surpresa ver Anne com os cabelos curtos, até achava que ela tinha ficado ainda mais bonita. Embora acreditasse que Diana dissera aquilo só para que ela se sentisse melhor, Anne agradecia silenciosamente a ela por dar-lhe suporte neste momento tão difícil.

Assim que entrou, teve que tirar sua boia, e todo mundo a olhou espantado, mas para sua surpresa não disseram nada, embora pudesse ouvir algumas das meninas cochichando baixinho. Curiosamente, os meninos pareciam não ter notado sua presença, pois concentravam sua atenção em outra coisa, enquanto se juntavam em um canto da sala em um grande grupo. Para a surpresa de Anne, uma voz conhecida interrompeu seus pensamentos dizendo:

- Oi, Anne. Não me reconhece mais?

Anne não podia acreditar em seus olhos, ali no meio da sala, emergindo do grupo, estava Gilbert Blythe, se possível ainda mais bonito do que se lembrava. Não, pensou Anne, ele tinha que voltar justo hoje, quando estou com esse cabelo horrendo? Por que não esperou mais alguns meses para voltar para casa? Que ódio! Ele tinha mesmo o poder de fazê-la se sentir estúpida e de encontrá-la nas piores situações. Queria sair correndo e se esconder embaixo de sua cama, só para não ver aquele garoto olhando para ela de um jeito que ela não compreendia.

- Oi, Gilbert. Que bom que você voltou, fez boa viagem? – Ela perguntou educadamente, aliviada por sua voz não demonstrar o que lhe ia no íntimo. Estava tremendo como gelatina, o coração disparado, e ela teve o cuidado de esconder as mãos para que ele não percebesse seu nervosismo.

- Foi tudo bem. Obrigado por perguntar. Como vai Green Gables? Preciso fazer uma visita aos Cuthberts, tenho que agradecer ao Matthew por cuidar da fazenda em minha ausência. - respondeu Gilbert sorrindo.

- Tenho certeza de que eles vão adorar saber que você está de volta. Marilla, principalmente. Você sabe o quanto ela gosta de você. - disse Anne, perturbada. Por que ele tinha que ser tão bonito? Pensou. Devia ser proibido ele sorrir assim.

De repente, a professora entrou e quebrou o encanto entre os dois. Todos se sentaram em suas respectivas carteiras e a aula começou. Foi difícil para Anne se concentrar, pois a todo o momento sentia a presença de Gilbert tão próxima dela, e todas as vezes que olhara em direção a ele, percebia que Gilbert a olhava intensamente. Algumas vezes, também percebeu que Ruby olhava para ele apaixonadamente, o que não era nenhuma surpresa, já que todos sabiam de seus sentimentos por Gilbert. Talvez ela tivesse alguma chance agora que ele voltara. Diante desse pensamento, Anne sentiu um aperto no peito, não entendendo por que isso a incomodava. Ela não sentia absolutamente nada por Gilbert Blythe, especialmente porque aquele garoto parecia ter um enorme prazer em fazê-la se sentir desconfortável. Ele que se acertasse com a Ruby e a deixasse em paz.

Quando a aula terminou naquele dia, Anne mal se despediu de Diana e correu para casa, deixando a amiga sem compreender toda aquela pressa. Anne chegou a Green Gables como um furacão e se dirigiu à cozinha, onde ela sabia que Marilla estaria preparando o chá da tarde.

Quando a viu entrar toda afogueada, Marilla perguntou:

- O que aconteceu, Anne? Por que você está tão agitada?

- Ah, Marilla, você não vai acreditar no que tenho para te contar. - disse Anne, falando cada palavra com sua costumeira energia.

- Alguém zombou do seu cabelo? - Marilla quis saber.

-Na verdade, ninguém disse nada abertamente, embora eu tenha ouvido algumas meninas rirem baixinho quando olhavam para mim. Você acredita, Marilla, que Gilbert Blythe resolveu voltar para casa? Ele já estava lá na escola quando cheguei, e como sempre, monopolizando toda a atenção da sala. – contou Anne, bufando de raiva.

- Gilbert voltou? Que notícia maravilhosa! Já estava na hora de esse menino retornar. Eu passei muitas noites preocupada com seu paradeiro. Graças a Deus, ele está em Avonlea de novo. E ele está bem? – perguntou Marilla.

- Bem demais, devo dizer. Ruby passou a aula toda babando por ele. Que coisa mais estúpida ficar se derretendo por um garoto. – Anne retrucou , com certo desdém.

-Anne Shirley, você está com ciúmes?

- Ciúmes, eu, de Gilbert Blythe? Está maluca? Não sinto nada por aquele garoto, a não ser desprezo. - Anne respondeu, toda agitada.

- Não é o que parece. - disse Marilla, olhando para a menina fixamente.

- Ora, Marilla, toda essa conversa é ridícula. Vou para o meu quarto, tenho muita tarefa da escola para fazer. - disse Anne, encerrando a conversa. Quando chegou ao seu quarto, abriu os livros, mas não conseguia se concentrar. A todo momento, a imagem daquele sorriso invadia seus pensamentos, deixando-a inquieta. "Cérebro, pare!" "Ordenou ela em silêncio. Tinha coisas mais importantes para fazer do que pensar em Gilbert Blythe, e, fazendo um esforço enorme, voltou a sua atenção para os livros.

GILBERT

Estava em casa novamente, depois de todo aquele tempo. Ao chegar à fazenda com Bash, olhou ao redor e viu que tudo continuava do mesmo jeito que deixara, a não ser pela plantação que parecia tão bem cuidada, mesmo naquele tempo. Gilbert então se lembrou da promessa de Matthew Cuthbert em cuidar de tudo enquanto ele estivesse fora, e tinha cumprido o que dissera afinal. Precisava agradecê-lo por isso.

-Que frio, Gilbert. Bem que você me avisou sobre o inverno daqui. - disse Sebastian, tremendo.

-Logo você se acostuma. Vamos entrar e acender a lareira, para que você se sinta mais aquecido."

Entraram na casa e Gilbert abriu todas as janelas para que o ar gelado arejasse a casa que ficara fechada por quase um ano. Depois entrou no quarto do pai e sentiu uma saudade imensa, lembrou-se da última vez em que se falaram antes de seu falecimento, por um momento seus olhos se encheram de lágrimas, mas ele sacudiu a cabeça de leve, afastando o pensamento triste, tinha muita coisa a fazer nos próximos dias.

Como chegaram em uma sexta-feira, Gilbert e Sebastian passaram o fim de semana organizando tudo na fazenda. Na segunda-feira, Gilbert acordou cedo, preparou o café da manhã e foi direto para a escola, deixando Sebastian tomando conta de tudo.

Ao chegar à escola, percebeu que pouca coisa havia mudado, os alunos continuavam os mesmos, e quando entrou, todos os seus antigos amigos vieram correndo lhe dar boas-vindas e querendo saber de suas aventuras pelo mundo. De repente, ele sentiu o ar mudar e soube exatamente quem tinha chegado. Quando Gilbert olhou para Anne, ficou surpreso por ver que ela tinha cortado os cabelos em um estilo curto, mas isso, ao invés de desfavorecê-la, tinha realçado ainda mais seus traços delicados, suas sardas adoráveis e seus maravilhosos olhos azuis. Somente Anne Shirley Cuthbert poderia usar um penteado ousado daqueles e parecer ainda mais linda do que ele se lembrava.

Ele percebeu que, quando Anne o viu ali na sala de aula, ela levou um susto, e seu rosto corou imediatamente. Embora quisesse disfarçar, ela ficara nervosa, e ele sentiu curiosidade em saber por quê.

Conversaram por alguns minutos e todo o tempo ele desejou que estivessem sozinhos para que pudesse desfrutar melhor de sua companhia, mas aí a professora chegou e Gilbert não teve mais oportunidade de falar com Anne.

Durante toda a aula, sua atenção se concentrou em Anne, observando cada movimento e cada reação dela fascinado. Não conseguia tirar os olhos daquela figura esguia, e muitas vezes a pegara olhando para ele também, e toda vez que isso acontecia, a garota desviava o olhar constrangida. O dia passou rápido demais, e Gilbert quase lamentou quando a professora encerrou a aula. Na saída, ele queria conversar novamente com Anne e acompanhá-la até em casa, mas ela saiu tão rápido que não tivera a chance de sequer se despedir. Então, caminhou para casa sozinho e, quando chegou, Bash perguntou:

- E aí, Gilbert, como foi seu primeiro dia na escola?

- Bem. - respondeu ele, sem dar maiores detalhes.

- Você viu sua namorada? – Sebastian perguntou, divertido.

- Ela não é minha namorada. Sim, eu vi a Anne. - respondeu Gilbert, evasivo.

- Você não vai mesmo me contar como foi, não é? – Bash perguntou.

- Não há nada para contar. Nós nos falamos por alguns minutos e isso é tudo. - E se dirigiu para o seu quarto.

Deitou-se em sua cama e pensou em Anne. Ela mexia com ele de um jeito que ele não sabia explicar. Era só chegar perto que ele sentia como se milhares de borboletas estivessem em seu estômago. Mas o pior era que ela continuava o evitando, dificultando qualquer aproximação que ele tentasse fazer. Mas não ia desistir, faria com que ela falasse com ele de qualquer maneira. Não deixaria a oportunidade passar novamente.

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