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Capítulo 139 - Um novo milagre

Olá,pessoal. Aqui está o penúltimo capítulo dessa nossa história como prometi. O coração está apertado, mas ao mesmo tempo feliz por tudo o que essa história me deu e alcançou. Muito obrigada por tudo. Com amor, Rosana. O clip é uma homenagem a minha amiga  @1899ANNEGIrL que ama essa música.

ANNE

Os dias após o casamento em Paris se tornaram ainda mais especiais. Era como se estivessem vivendo sua lua de mel pela primeira vez, e tudo acontecia de forma tão perfeita, que a sensação que Anne tinha era que estava vivendo um sonho.

Se Gilbert em Avonlea era apaixonado e romântico, na capital francesa ele se tornou o marido ideal de qualquer mulher. Todos os dias, ele lhe servia o café na cama, preparava banhos de espumas maravilhosos, lhe surpreendia com pequenas surpresas, fazia massagens nos seus pés quando ela reclamava que estavam doloridos por conta da maratona de passeios que vinham realizando diariamente, e a amava todas as noites como se ela fosse um cristal delicado e raro.

Tanta dedicação assim do rapaz, fez com que Anne se apaixonasse mais um pouco, e como isso fora possível, ela realmente não se importou em descobrir. Eram jovens, tinham tanto para viver e experimentar, e ela, sinceramente esperava que essa não fosse a única viagem que fariam juntos. Quem sabe em umas próximas férias, eles não pudessem conhecer a Alemanha, e em especial Munique com seus museus, arquitetura e programas culturais? Ou a Irlanda cujas paisagens eram simplesmente de tirar o fôlego, ou ainda o Egito com suas pirâmides e história milenar?

O mundo era tão cheio de possibilidades, um grande parque de diversões para quem tivesse coragem de se aventurar nele e tivesse sede de conhecimento como ela que desejava de todo coração ser capaz de desvendá-lo aos poucos com sua enorme curiosidade, com seu amor por tudo o que era cultural e pudesse ainda dessa maneira alargar seus horizontes do saber.

Rilla também parecia estar se divertindo em seu mindinho lúdico e infantil. Com uma facilidade espantosa ela se adaptara a rotina da casa de tia Josephine de quem ganhara toda a atenção e amor condicional. Anne nunca pensara que veria aquela senhora carrancuda e de tão pouca paciência se apegar aquela garotinha meiga de cachinhos ruivos, a quem chamava de princesinha o tempo todo, e para quem lia todas as tardes histórias infantis e para quem comprara uma casa de bonecas terrivelmente cara que Anne nem sabia como levariam para casa.

Anne pensava que era uma pena que tia Josephine não tivesse criado sua própria família. Ela teria sido uma excelente mãe mesmo que fosse de uma criança adotada, pois pelos meios naturais isso talvez não fosse possível pela orientação sexual que Anne sabia que ela tinha. Assim, esse dom, elã praticava com Rilla e a ruivinha só lamentava que dali a alguns dias estariam indo embora, e sua filha teria que deixar aquela amiga tão dedicada, aprendendo ainda que de forma precoce a tristeza de se afastar de alguém a quem se amava de verdade.

Com tanto tempo livre nas mãos já que Rilla tinha ganhado uma babá de peso, Anne e Gilbert aproveitavam para seus concentrar um no outro, sabendo que quando estivessem de volta para casa as responsabilidades da vida adulta estariam de novo em suas vidas, e teriam que dividir as tarefas entre faculdade, trabalho e família, e não seria assim tão tranquilo como estava sendo agora.

Não que estivesse reclamando. Amava cada segundo de seu dia a dia na fazenda, as horas que passava cuidando de Rilla, conversando com Mary e ajudando Marilla na cozinha dos Cuthberts com seus assados, mesmo não sendo a melhor cozinheira do mundo. Sem contar com a presença frequente de Diana de quem sentira tanta falta nos seus dias solitários em Nova Iorque, de Josie por quem desenvolvera uma sincera afeição, e Cole seu amigo tão querido que lhe confidenciara que estaria também voltando para Avonlea para morar definitivamente com Pierre, pois sentia necessidade de estar perto de seus pais que já não eram tão jovens e cuja saúde já não era mais a mesma .

Por isso, era extremamente grata ao seu marido por ter ouvido a voz do coração dela, e por mais vez ter entendido que era o momento certo de estarem de novo em Avonlea, mesmo que Anne não tivesse verbalizado seu desejo de deixar Nova Iorque antes do planejado e estar perto de sua família e de seus velhos amigos.

Ela também compreendia que fora um grande sacrifício o que Gilbert fizera por ela, modificando totalmente os planos que tinha cuidadosamente traçado para que ela realmente tivesse o que tanto desejava. Por um breve espaço de tempo, Anne temera que ele se ressentisse , e a olhasse com mágoa por ter desistindo do seu grande sonho e do pai dele para voltarem a viver naquela cidade da qual ele um dia fugira em um cargueiro para ganhar o mundo, para tempos depois se sentir aliviada ao ver que ele estava genuinamente feliz em reencontrar suas origens, e que voltar não fizera bem somente a ela, mas a ele também.

Mas fora sim uma grande prova de amor que ela esperava retribuir no seu devido tempo, pois um dia queria fazer algo por Gilbert que talvez não fosse tão grandioso como tudo o que ele já tinha feito por ela, mas que o fizesse compreender a dimensão exata do seu amor por ele, sem saber que esse dia estava mais perto do que imaginava.

Naquela tarde em especial tinha chovido, e enquanto Anne lia em seu quarto, ela também podia ver a paisagem estonteante que tinha de sua janela. Tia Josephine havia lhe reservado o melhor quarto da casa, talvez porque soubesse o quanto ela adoraria poder ter como pano de fundo as lindas cerejeiras que enfeitavam o parque do outro lado da rua e que a lembrava imensamente de sua Rainha das Neves na fazenda dos Cuthberts.

Ela só percebeu que Gilbert havia entrado no quarto quando sentiu um forte puxão em sua cintura, indo desabar sobre o corpo do marido que ria sem parar deitado no carpete do quarto.

- O que pensa que está fazendo, Gilbert Blythe?- ela perguntou, fingindo-se de zangada, mas no fundo admirando a luz que vinha de fora e que se refletia naqueles castanhos profundo dos olhos dele.

- Eu só queria namorar um pouco minha esposa. Sabia que já estava morrendo de saudades? - ele disse, puxando o rosto dela em direção aos seu com a intenção de beijá-la, mas sendo impedido por ela no último minuto que lhe disse com um sorriso divertido.

- Passamos a manhã toda nessa cama. Como pode ainda não ter se cansado de mim?

- Não tenho culpa se Paris te deixa mais irresistível do que nunca, e já te disse milhares de vezes. Eu nunca me canso de você, não importa o quanto eu te beije ou te toque, eu sempre vou querer mais no minuto seguinte.- e antes que Anne protestante, ele a beijou, deixando claro que o que acabara de dizer era a mais pura verdade.

Quando o beijo foi interrompido, Anne permaneceu alguns segundos de olhos fechados, esperando que seu coração disparado se acalmasse e assim que abriu os olhos, ela viu Gilbert observá-la como se estivesse hipnotizado, o que a fez perguntar:

-O que foi?

- Tem uma luz diferente em você. Não sei explicar, é como se toda a sua alma brilhasse para mim.- ele disse, passando os dedos devagar pelos cabelos dela.

- Para quem sempre me disse que não era bom com as palavras, você tem se superado ultimamente.- Anne disse com ar de riso.

- Eu estou apenas descrevendo como vejo você, e está tão linda, meu amor.

- Chega de tanto elogio. Vou me derreter toda desse jeito.- Anne disse deslizando seu dedo indicador pela barba por fazer de Gilbert. Ela adorava sentir a aspereza suave em sua pele, principalmente em seus momentos íntimos.

- Você merece cada elogio que faço sobre você. Eu posso te olhar por horas e ainda assim não consigo encontrar nenhum defeito.:- aquele olhar intenso lhe causava inúmeros sentimentos. Tantos, que não saberia enumerá-los. E ouvindo Gilbert falar daquele jeito apaixonado a seu respeito, ela até acreditava que era aquela mulher maravilhosa que seu marido dizia que ela era. Por muito tempo, Anne se sentira um patinho feio, e tivera muitos problemas em relação a sua autoestima, principalmente por causa da cor do seu cabelo que odiara até descobrir que sua mãe biológica tinha o cabelo da mesma cor. Mas casada com um homem que fazia questão de elogiá-la até quando saía totalmente desarrumada da cama, qual mulher não se sentiria uma estrela de cinema?

- Você tem noção que ainda estamos deitados no carpete do quarto? - ela disse apoiando seu queixo no peito dele.

- Eu estou extremamente confortável aqui, e a visão que tenho dessa posição também é perfeita. - Gilbert disse, dando uma boa olhada nas pernas de Anne totalmente expostas, porque a barra do vestido que ela usava levantou quando Gilbert a puxou para o carpete.

- Você está cada vez mais descarado. - Anne disse, ajeitando o próprio vestido. Gilbert apenas riu do comentário que sua esposa fez e depois disse:

- Quer sair? Eu sei que você odeia o frio, mas como ainda estamos no outono a temperatura lá fora ainda é agradável.

- E a Rilla? - Anne perguntou saindo do colo de Gilbert e se sentando na cama.

- Nos brincamos bastante, agora ela está dormindo.

- Nesse caso podemos sair. Mas vamos dar apenas uma volta, pois você me deixou esgotada essa manhã.

- Está ficando velhinha, Sra. Blythe? - ele disse olhando-a com malícia.

-Eu pareço velha para você?- Anne perguntou com a mão na cintura.

- Você prefere que eu responda ou te mostre?- Gilbert disse dando um passo em sua direção.

- Eu prefiro que espere lá fora, ou não vamos sair desse quarto nunca.- Anne falou, abrindo a porta do quarto e esperando que seu marido passasse por ela, que lhe lançou um olhar divertido antes que ela a fechasse novamente. Ela precisou de apenas dez minutos para trocar de roupa e encontrar Gilbert que a esperava na sala.

De mãos dadas, eles saíram para o ar outonal de Paris, e passearam pelas ruas observando a brisa suave que soprava brincar com as folhas que ainda restavam nas árvores.

Apesar de detestar o inverno, Anne imaginava que Paris coberta de neve deveria ser um magnífico cartão postal, e até se arriscaria a visitá-la em uma época assim, apenas para presenciar de perto essa transformação notável. Era realmente incontestável a beleza daquela cidade em qualquer época ou estação, e a ruivinha até diria que um lugar como aquele que atraía pessoas do mundo inteiro estava à frente de seu tempo e sempre seria o objeto de desejo a todos os amantes de cultura e romance.

- Anne Shirley, é mesmo você? - a voz conhecida a fez congelar seus passos, enquanto seu marido olhava para onde aquele som tinha vindo e disse baixinho em um tom de desagrado:

- Só pode ser brincadeira. – Anne se virou devagar e olhou na mesma direção que Gilbert dirigia seu olhar contrariado, e viu surpresa que a pessoa que tinha causado tamanho aborrecimento em seu marido era Jean, primo de Diana.

- Meu Deus! Jean. A quanto tempo não nos vemos. - Anne disse de forma contida para não irritar ainda mais Gilbert.

- Então, você se rendeu aos encantos de minha cidade.- o rapaz disse com seu forte sotaque francês. - Quem diria que nós encontraríamos aqui? Que mundo pequeno.

- Minúsculo, você quer dizer - Gilbert comentou de má vontade.

- Gilbert Blythe, mal-humorado como sempre. - Jean disse de forma irônica.

- Jean Barry, arrogante como sempre. - Gilbert rebateu, enfrentando o rapaz com um olhar altivo.

- Vamos parar, por favor. - Anne pediu, se colocando no meio dos dois rapazes, temendo uma briga, pois seu marido quando sentia antipatia por alguém, não fazia esforço nenhum para esconder.

- Fique tranquila, minha linda. Eu estava apenas brincando. E Gilbert, mon ami, Disfaça essa cara. Eu estou noivo e vou me casar em breve.- Jean disse com humor.

- Que ótima notícia. - Gilbert disse sem entusiasmo algum.

- Onde vocês estão hospedados?- Jean perguntou, ignorando a carranca do marido de Anne.

- Na casa de tia Josephine.- Anne respondeu, sentindo Gilbert passar o braço em volta de sua cintura, ativando o modo on Blythe ciumento e possessivo.

- Ela é incrível. - Jean comentou.

- Ela é sim.- Anne concordou, enquanto olhava para seu marido que a puxou um pouco mais para si.

- Vocês vão ficar por aqui por muito tempo? Talvez eu faça uma visita à tia Josephine. - Jean disse e a carranca de Gilbert aumentou de tamanho ao ouvir essas palavras.

- Temos mais uma semana antes de voltarmos para casa.- Anne explicou, sentindo Gilbert apertar a sua mão.

- Então a gente se vê. Preciso ir andando. Até mais Anne, até mais Gilbert. - Jean disse antes de ir embora.

- Você podia ter sido mais simpático. - Anne disse, ralhando com Gilbert assim que ficaram sozinhos.

- E você podia ter sido menos amigável.- Ele respondeu olhando sério para ela.

- Você quando está com ciúmes fica impossível. - Ela comentou.

- O cara estava flertando com você. - Gilbert disse de cara empurrada.

- Eu nem percebi, porque só tenho olhos para você. - Ela disse com um sorriso, beijando Gilbert que aprofundou o beijo até que ficaram sem ar.

- Vamos aproveitar nosso passeio. - Gilbert disse, tocando-lhe o queixo com carinho.

Assim, eles se perderam entre a multidão que do mesmo modo que eles, tiravam proveito daquela tarde encantadora e por lá permaneceram até o pôr do sol.

GILBERT

Gilbert acomodou seu último item na mala, e a deixou sobre a cama junto a de Anne que arrumara a dela horas antes. Era o último dia deles em Paris, e embora tivessem vivido dias incríveis, estava na hora de voltar para casa e aproveitar o resto das férias em sua fazenda.

Anne não comentara nada, mas conhecendo-a bem, ele sentia que ela também pensava assim. Sua preocupação com Matthew Cuthbert andava rondando sua cabeça, e por diversas vezes ela falara sobre ele naquela semana, o que indicava que o chamado de Green Gables em seu coração era maior que qualquer outra necessidade que ela pudesse ter.

Sua esposa sempre amaria aquelas terras, independentemente de onde vivessem, e embora Nova Iorque a tivesse conquistado por certo tempo, seu primeiro amor sempre seria a fazenda dos Cuthberts. Mesmo não tendo nascido ali, Anne fincara suas raízes naquele pequeno pedaço de chão, porque fora o primeiro lugar do mundo onde ela conhecera um lar de verdade.

Ele desceu a escadas e encontrou Anne e Tia Josephine sentadas na sala de visitas tomando uma xícara de chá. Aquela era uma hora sagrada para a boa senhora que invariavelmente e diariamente se sentava à mesa para degustar uma de suas paixões, chá de ervas com uma gotinha de limão.

- Aí está você, meu rapaz. Não quer nos acompanhar? - tia Josephine perguntou, lhe apontando a cadeira em frente a ela para que ele se sentasse.

- Não, obrigado.- Gilbert disse educadamente, direcionando seu olhar para Anne que parecia séria demais, especificamente naquele momento.- Está tudo bem?

- Está sim. Eu estava falando com tia Josephine sobre o livro que querem que eu publique. - Ela respondeu, forçando um sorriso. Gilbert sabia o quanto aquele assunto mexia com ela. A seu ver o livro faria um grande sucesso, mas era Anne quem devia decidir, pois aquela era a história dela, e exibi-la ao mundo deveria ser algo que ela desejasse fazer, e por isso ele mantinha sua posição neutra, e a apoiaria no que Anne decidisse.

- Eu disse a ela que o mundo merece conhecer essa história incrível. Existe muito amor para ser partilhado ali, e é disso que a sociedade em geral precisa hoje em dia. As pessoas estão perdendo valores importantes, e o materialismo e consumismo parecem vir à frente do respeito e da família, e sua história poderia fazer uma grande diferença, Anne. Pense nisso. Ninguém mais precisa saber além das pessoas que já sabem, que você viveu tudo isso na pele, e também é uma oportunidade para que você cure de vez seu coração, porque eu sei que existe ainda muita dor aí dentro de você. - Tia Josephine concluiu.

- Ela está certa, amor. Ajudar outras pessoas nos auxilia a ajudar a nós mesmos. Não precisa fazer isso se não quiser, mas se decidir que é uma boa ideia, vou te dar todo o meu apoio. - Gilbert disse, segurando a mão dela entre as suas, recebendo um lindo sorriso de volta.

- Eu sei. Preciso pensar mais um pouco. Ainda não me decidi.

- Não quero que se sinta desconfortável ou magoada. Eu sei que tudo o que aconteceu ainda é dolorido. Eu vi como isso ainda te afeta durante o seu processo de escrita. Não quero te ver de novo com aquela sombra triste em seus olhos. Eu te amo demais para querer que se machuque assim de novo. - Gilbert acariciou o rosto dela com carinho e eles se olharam por um bom tempo. Ele conhecia cada parte de Anne por dentro e por fora, sabia de suas fragilidades, e de suas inseguranças, como também sabia do que ela era capaz por uma amizade, por sua família, e quando se empenhava em algo no qual realmente acreditava, e o que e o que ele pudesse fazer para que nenhum mal a atingisse novamente, ele faria, pois se alguém nessa vida merecia toda a glória, sucesso e consideração era Anne, pois após ter conhecido o pior lado da vida, sua esposa apenas merecia viver seus dias cheios de felicidade.

- É tão lindo ver vocês juntos. Dá até vontade de se apaixonar de novo. - Gilbert ouviu tia Josephine dizer, e no fundo de si, o rapaz duvidou daquelas palavras, pois Anne havia lhe contado a história daquela mulher incrível que desafiara a sociedade inteira da qual fazia parte para viver seu amor por outra mulher que já falecera a algum tempo. E com a perda de seu amor verdadeiro, ela nunca mais se afeiçoara a ninguém daquela maneira novamente, e o rapaz à entendia muito bem. Porque se perdesse Anne de alguma maneira nunca mais voltaria a se apaixonar. Ele quase vivera essa experiência com o nascimento de Rilla, e desejava nunca mais ter que sentir de novo todo aquele sofrimento. No entanto, o destino tinha outros planos dos quais ele sequer tinha ideia, sua fé seria testada outra vez e seu amor colocado à prova como em tantas outras ocasiões mais cedo do que ele esperava.

- Podemos sair para jantar hoje. O que acha, Anne ? E você podia vir com a gente, tia Josephine. É nossa última noite em Paris, vale a pena comemorar.

- Muito obrigada pelo convite, mas prefiro ficar em casa com Rilla. Esse corpo velho não aguenta mais ficar acordado até tarde, por isso deixo para vocês jovens aqueles dizeres : a noite é uma criança. - A boa senhora disse bem humorada. Tia Josephine era uma daquelas pessoas que sabia se divertir as próprias custas, e de alguma forma, ela lhe lembrava muito Jonas, que também fazia piada até de si mesmo e nunca perdia seu lado cômico.

- Não diga isso, tia Josephine. Você parece cada vez mais jovem para mim.- Anne comentou, sorrindo para a tia de Diana que lhe respondeu:

- Diga isso para as rugas que vejo no espelho todas as noites.- ela disse cheia de humor e depois continuou:- Mas não estou reclamando. Sou grata a cada uma delas e nunca almejei ser jovem para sempre. As marcas que o tempo me deu eu acumulei em aprendizado e experiência. Com certeza sou alguém melhor agora do que fui aos vinte anos.

-Você sempre foi meu exemplo de ser humano.- Anne disse, olhando para aquela senhora altiva com admiração.

- Muito obrigada, meu amor. Você também é meu exemplo de ser humano. Mas como disse, nem sempre fui assim. Cai muitos tombos nessa vida, fui uma garota orgulhosa e cheia de si, mas o mundo lá fora se encarregou de acabar com essa arrogância, e Graças a Deus mudei meu posicionamento a respeito de muita coisa. A vida em si é uma escola Anne, e muitas das lições que aprendemos não encontramos nos livros. Mantenha sempre seu olhar atento ao que acontece à sua volta, porque aquilo que vivenciamos em nossa pele na maioria das vezes se converte em grandes ensinamentos. Mas, isso eu tenho certeza que você já sabe. - Ela concluiu voltando a tomar seu chá de ervas.

As palavras de tia Josephine acompanharam Gilbert o resto do dia, assim como pareciam acompanhar Anne também, pois ela estava mais pensativa, talvez pesando o que ouvira e comparando ao que vivera até ali. Eles eram jovens, mas às vezes quanto Gilbert voltava no tempo de suas memórias, e se recordava de cada passo que ele e Anne deram até aquele momento, o rapaz sentia como se sua vida inteira tivesse sido resumida aos últimos dois anos, mas como tia Josephine se sentia em relação aos acontecimentos que culminaram em seu amadurecimento, ele também via tudo aquilo como um aprendizado valioso. Era óbvio que se pudesse, teria absorvido cada um deles devagar, talvez a conta gotas, e não da forma tão brutalmente crua como ele fora obrigado a engolir cada um deles, sem preparo, sem experiência, e muitas vezes sozinho, pois houvera momentos em que ninguém pudera lhe mostrar o que fazer, ele tivera que descobrir por si mesmo.

Nem sempre acertara, mas observando até onde chegara, ele tivera mais pontos positivos que negativos, e o amor que carregara dentro de si por aquela garota tão singular fora o único e verdadeiro apoio que precisara, e ele sabia que sua luta para se tornar o homem que Anne precisava não acabara ali. Ele ainda tinha muito que crescer e aperfeiçoar suas qualidades, e minimizar seus defeitos, pois aos vinte e um anos seria prepotência demais pensar que não havia mais nada para aprender.

Naquela noite, ele e Anne foram até um restaurante charmoso no centro de Paris, onde pediram comida à moda da casa e vinho branco. Anne como sempre estava lindíssima em um vestido preto de seda, realçando perfeitamente seus cabelos ruivos que brilhavam intensamente à luz ambiente. Todavia, seu olhar parecia distante, e ela se mostrava muito pouco interessada na comida. Gilbert a viu mastigar devagar quase como se tivesse dificuldade em engolir o que estava em sua boca e comentou:

-Você parece que não gostou da comida.

- Gostei sim. Eu acordei me sentindo estranha hoje. Não estou com muito apetite.- ela respondeu colocando o garfo de lado e encarando o marido com seus olhos lindos.

- Está triste por que vamos embora amanhã? - ele perguntou, olhando-a preocupado. Gilbert também notara algo diferente em Anne naquele dia, mas ainda não sabia o que era.

- Não. Na verdade, eu estou louca para ir para casa. Todos esses dias aqui foram um sonho. Obrigada por tudo, meu amor. Você cumpriu sua promessa de me trazer aqui em lua de mel, realizou o meu sonho de me casar em Paris. Mas estou sentindo falta da calmaria de Green Gables, de conversar com Matthew e Marilla, do bom humor de Sebastian, dos nossos amigos e da vida que temos na fazenda com Mary, Shirley e Milk. Acho que nunca serei uma garota da cidade grande, embora eu tenha vivido em uma por um bom tempo.

- Eu sei o que quer dizer. Eu tentei fugir disso por muito tempo, mas acho que assim como meu pai eu tenho Avonlea no sangue. É o único lugar que me faz sentir parte de alguma coisa importante. Nova Iorque é incrível, mas não tem o mesmo senso familiar que sempre encontrei em minha terra natal. - Gilbert disse, tomando um gole do seu vinho branco.

- Fico tão feliz em ouvir isso. Sempre te achei dividido nessa questão de pertencer a algum lugar, e tive medo quando quis voltar a viver em sua fazenda que estivesse fazendo isso apenas por mim.- Anne disse, bebendo um pouco de água e dispensando o vinho.

- No início, eu pensei que estava fazendo isso só por você, porque eu queria te ver feliz, mas quando voltamos, eu descobri que era o que eu queria também. Lá é o nosso lugar, Anne, meu e seu, e será de Rilla também. Estou feliz como nunca estive antes, e mesmo nossa vida em Nova Iorque ter sido boa, nem se compara ao que temos em Avonlea. Eu não devia ter demorado tanto tempo para entender isso.

- Você fez o que achava certo na época. Me levou para morar em Nova Iorque, porque era o que eu precisava. Eu amei o que construímos lá também, mas foi mais um ciclo que se fechou e agora estamos onde deveríamos estar. - Gilbert não respondeu, mas ele sabia reconhecer que sua esposa estava certa.

Quando foram dormir naquela noite, Gilbert estava com seu coração leve, porque finalmente admitiu para si mesmo verdades que estavam escondidas em sua mente, e as quais tinha medo de encarar. Mas fora um alívio admitir, depois de tantas vezes negar que Avonlea tudo o que havia nela, e ao redor dela era o único lugar que queria estar com sua família para sempre.

GILBERT E ANNE

Estar indo para casa era uma imensa alegria, mas também uma grande tristeza por estarem se despedindo de uma mulher sem igual

Vinte dias hospedados na casa de tia Josephine lhe deram um prisma diferente do que tivera dela em sua primeira visita. Aquela mulher extraordinária apesar de todo o conhecimento adquirido em sua linda vida, de ter conhecido o mundo em viagens que um dia Anne desejava fazer, e de todos os seus discursos sobre liberdade, lealdade e amor próprio era uma pessoa extremamente solitária.

Tão solitária que se apegara a uma garotinha de cinco meses como se fosse uma velha amiga, e cuidara dela como uma tia zelosa que lhe lembrava muito Marilla. E pensando no prestígio e todo o dinheiro que tia Josephine tinha, Anne chegara à conclusão que ela não era nem um pouco diferente da Cuthbert mais velha. A circunstâncias de sua solidão talvez fossem diferentes, porque Marilla deixar de ter sua própria família por conta de sua fidelidade aos seus deveres como a única filha mulher que deveria tomar o lugar de sua mãe na condução de uma casa, e tia Josephine não se casara por ser fiel às suas próprias ideias avançadas demais para um época, que nunca veria com olhos de normalidade uma mulher amar outra com uma paixão que as mentes preconceituosas acreditavam que deveria ser por um homem. No entanto, ambas sacrificaram uma vida inteira por algo, e foram condenadas a viverem sozinhas por isso.

Assim, vendo-a derramar lágrimas tristes ao beijar e abraçar Rilla que apenas a observava com seus olhinhos curiosos, Anne entendeu a enorme lacuna que havia na alma de tia Josephine, que tentava supri-la com seus livros, festas para amigos, e chás de caridade.

- Venha nos visitar quando puder.- Anne disse ao abraçá-la pela última vez.

- Pode apostar que irei, minha querida. Pena que essa princesinha não irá se lembrar mais de mim.- ela disse com tristeza.

- Ela vai se lembrar sim. Eu vou falar de você para ela todos os dias para que assim ela saiba que tem uma amiga maravilhosa.

- Eu posso enviar presentes para ela de vez em quando? Algo como livros, vestidos ou bichinhos de pelúcia? - Tia Josephine perguntou cheia de ansiedade.

- Claro que pode, mas não exagere. A casa de bonecas que você deu para ela é enorme. Eu nem sei como Gilbert conseguiu desmontá-la e fazer cabê-la na mala. - Anne disse com humor.

- Essas são as vantagens de se ter muito dinheiro. - A boa senhora respondeu em um tom divertido, mas Anne sentiu uma pontinha de amargura naquela resposta. - Façam uma boa viagem, e cuidado dessa bonequinha linda. Talvez eu os visite no Natal.

- Nós vamos esperá-la.- Gilbert disse antes de entrarem no carro que os levaria até a estação de trem.

O trem para o Canadá partiria dali a trinta minutos, e quando chegaram a estação restavam-lhe dez minutos antes de embarcarem. Gilbert viu Anne passar as mãos pelo rosto, e fechar os olhos por um minuto suspirando, o que o fez perguntar:

-Tudo bem, Anne?

- Sim, acho que tive uma queda de pressão. -Ela respondeu levemente pálida.

- Não se alimentou direito ontem à noite, e no café da manhã comeu muito pouco também. - Gilbert observou.

- Eu sei. Quando chegarmos em casa vou corrigir isso, está bem? Agora, você pode segurar a Rilla para mim. Quero descansar um pouco.

- Claro. - Gilbert respondeu, e assim que se ajeitaram em seus assentos, Anne adormeceu. Fato incomum para alguém como ela que adorava essa parte da viagem onde podia ver as passagens mais incríveis de sua janela. Porém, Gilbert decidiu não levar esse fato tão a sério não se preocupar com alguém que não deveria de forma nenhuma acordar as paranoias dentro dele. Deste modo, ele foi deixado sozinho para cuidar de sua filhinha que ao contrário da mãe passara a viagem toda acordada.

Quando chegaram à estação de Avonlea no dia seguinte, Sebastian os esperava com um enorme sorriso de boas-vindas, e ao finalmente alcançarem seu destino na fazenda, Mary como sempre os esperava com um excelente café da manhã, e dessa vez, cumprindo a promessa que fizera para Gilbert no trem, Anne comera tudo o que Mary preparara para eles com gosto, o que acabou com a preocupação do rapaz imediatamente.

Os dias que se seguiram ao regresso deles de Paris foram regados de paz e tranquilidade. Adaptar-se de novo a vida da fazenda e ao fuso horário não demorou a acontecer, e apenas Rilla sofrera um pouco mais com a mudança de sua rotina, mas com os mimos de Matthew e Marilla, e os cuidados de seu pais logo ela estava totalmente integrada naquele lar onde Milk se tornou de novo sua sombra.

Anne esperava que quando ela fosse maior, e conseguisse entender melhor sobre as coisas, eles pudessem levá-la em uma viagem assim de novo, se não fosse a Paris, talvez outro lugar que desse a Rilla a dimensão exata de como o mundo era grande, e que ela nunca precisaria ficar condicionada a um só lugar. Um lar para voltar era muito importante, mas isso não queria dizer que ela deveria ficar confinada a um só destino. Sua filha teria as oportunidades que ela não tivera, e tinha certeza que Gilbert concordaria com ela nesse quesito.

Após uma semana a contar do retorno deles à fazenda. Diana apareceu para uma visita. Ela entrou no quarto de Anne quando a ruivinha tinha acabado de dar banho e amamentado Rilla, e se jogou de costas na cama da amiga, parecendo exausta.

- Anne, da próxima vez que eu inventar fazer uma festa de aniversário para o Brian, você me tranca no armário e me faça mudar de ideia. - Ela disse em um tom dramático que lhe lembrava muito a morena aos quinze anos, quando tudo ela transformava em uma tempestade principalmente se tivesse alguma coisa a ver com sua apresentação à sociedade de Avonlea.

- O que aconteceu?- Anne perguntou, se sentando ao lado da amiga.

- Adivinha? Minha mãe, Dona Elisa, resolveu transformar a festa do meu filho em um circo.

- Como assim?- Anne perguntou, franzindo a testa ao ver a agitação da amiga.

- Eu e Jerry já tínhamos decidido fazer uma festa familiar apenas para os amigos mais próximos, pois Brian vai fazer apenas dois anos, e não é necessário nada mais além disso, mas minha mãe decidiu que quer dar a festa para seu único neto, e por isso ela deseja alugar um salão, contratar um palhaço, música infantil ao vivo, e uma companhia de teatro para animar a festa. O resultado foi que o Jerry brigou com ela, e me pediu com toda a gentileza para que eu controle a louca da minha mãe, e Dona Elisa quer que eu convença o bronco do meu marido a entender que ela é a avó e tem o direito de presentear o neto dela como quiser. Estou no meio de um fogo cruzado que não sei como resolver, e a festa é no próximo domingo.- Diana contou tudo aquilo em um fôlego só e quando terminou, Anne lhe entregou um copo de água que ela tomou com sofreguidão. Quando a amiga parecia ter se acalmado o suficiente para ouvi-la, ela disse:

- O que você quer fazer? É isso que deve contar. Não deixe que sua mãe decida as coisas por você. É a sua família, Diana. Você não é mais aquela garota que vivia embaixo das saias dela, e que precisava da aprovação dela para tudo. Faça você sua escolha ,e deixe que ela saiba que você está no comando e não ela.

- Eu sei de tudo isso, e acho que só precisava ouvir de alguém em voz alta. Eu não quero desagradar ao Jerry, e também não quero magoar minha mãe. Demorou para que eu entendesse que essa é a maneira dela me mostrar que se importa e quer participar da minha vida. Ser mãe mudou minha maneira de enxergar certas coisas e passei a compreender a complexa personalidade de Dona Elisa. - Diana explicou, encarando Anne com seus olhos negros e bondosos.

- Isso é bom, mas você precisa impor limites. Talvez se conversasse com ela e expusesse seu ponto de vista, as coisas se resolvessem com mais facilidade.- Anne sugeriu.

- Eu posso tentar, mas não sei se o resultado será muito favorável.- ela disse com ar de dúvida.

- Converse com ela, não custa nada. - Anne a encorajou.

- Você vai me ajudar com a decoração.? Diga que sim, por favor.- Diana implorou com as mãos juntas em forma de oração.

- É claro. Eu sou madrinha dele. - Anne disse com um sorriso.

- Obrigada, querida. Eu te aviso o que foi decidido até sexta. - Diana disse, beijando Anne no rosto. - Agora preciso ir, eu tenho duas feras para amansar. Me deseje sorte.

- Boa sorte. - Anne disse, vendo sua amiga sair apressadamente pela porta assim como entrou.

Na sexta-feira, Diana avisou Anne que a festa seria na casa dela, e que a mãe concordara em dar apenas o bolo de aniversário, assim a festa seria como Diana e Jerry idealizaram. Por esta razão, no sábado de manhã, Anne foi para a casa da amiga para ajudá-la com os preparativos, enquanto Gilbert ficava na fazenda cuidando de Rilla.

Estavam no meio da tarde, quase tudo estava pronto, e quando Anne estava cuidando de alguns arranjos de flores, sua vista escureceu e ela desmaiou. No momento em que voltou a si, ela estava deitada no quarto de Diana que segurava em sua mão com uma expressão aflita no rosto, e ao tentar se levantar, ela disse:

- Fique deitada, eu mandei chamar o Gilbert, e ele já deve estar chegando.

Alguns minutos depois, Gilbert entrou no quarto acompanhado de Jerry e completamente transtornado. Mil coisas haviam se passado por sua cabeça naquele breve percurso entre a fazenda e a casa dos Baynards, e tentou não deixar que o desespero tomasse conta do seu cérebro, impedindo-o de raciocinar com clareza.

Ele se sentou ao lado dela na cama, e perguntou tentando não parecer angustiado demais.

- Amor, o que aconteceu? O Jerry disse que você estava ajudando a Diana e desmaiou. Está sentindo alguma dor? Ainda está com tontura? Meu Deus! Isso não pode estar acontecendo. Vamos, meu amor. Eu te ajudo. Vou te levar para o hospital - Gilbert falava tão rápido que Anne pensou que ia desmaiar de novo, e quando percebeu que ele não ia parar, ela segurou a mão dele e disse:

- Gilbert, por favor, me escute. - Como ia contar para ele algo que já sabia a alguns dias? Teria que ir ao médico para ter certeza, mas seu instinto lhe dizia que estava certa. Ela só não sabia como Gilbert reagiria. Tinha medo que ele não aceitasse bem ou ficasse zangado, mas era algo que não podia esconder dele, pois seu marido descobriria de qualquer maneira. Assim, ela tomou coragem e disse: - Eu não preciso ir para o hospital. Eu sei exatamente o que aconteceu comigo.

- O que está escondendo de mim, Anne?- o rapaz perguntou, sentindo seu coração tão pesado que mal podia respirar. Anne levou a mão dele que estava segurando até seu ventre e disse: - Eu estou grávida, amor.

- O que? - ele disse sem compreender, como se o que ela dissera fosse apenas uma fantasia sua.

- Você vai ser pai. - O rapaz pareceu paralisado por aquela revelação e assim Anne continuou.- Eu sei que o Dr. Miller nos disse para evitarmos outra gravidez, e juro a você que esse bebê não estava nos meus planos. Eu não sei o que aconteceu, se em nossos dias em Paris eu me descuidei, mas a verdade é que tem um bebezinho crescendo aqui dentro e estou muito feliz por isso

- Você tem certeza? - Gilbert perguntou sem ainda acreditar que um segundo milagre estava acontecendo.

- Eu ainda não fui ao médico, mas uma mulher sabe quando isso acontece. - Ela fez uma pausa, e então disse o que andara pensando naquele tempo em que desconfiara de sua gravidez. - Eu sei que não tenho o direito de te pedir que passe tudo aquilo comigo de novo, mas é o nosso filho, Gil. É o nosso Walter que voltou para a gente.

- Você acha que vai ser um menino?- ele sorriu de leve acariciando a barriga dela devagar.

- Eu tenho certeza.- ela respondeu e então ele a abraçou, chorando feito criança e depois beijando a barriga dela como se não pudesse mais parar. Ele sabia dos riscos assim como Anne, mas não era hora de pensar naquilo naquele momento, e sim de mostrar toda a sua adoração por aquela garota corajosa que ia lhe dar um segundo filho como ambos sempre sonharam.

- Eu te amo. - Gilbert disse, encarando-a com todo o amor que conseguia demonstrar por meio de seu olhar

- Eu também.- Anne respondeu, se sentindo a mulher mais feliz e sortuda do mundo.

E assim eles se beijaram em meio as lágrimas de felicidade que escorriam pelo rosto de ambos, sentindo dentro de si que estavam sendo mais uma vez abençoados pelo sentimento sublime de seus corações.

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