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Capítulo 137 - Written in the stars.

Olá, pessoal. Capítulo novinho dessa história tão inspiradora e tão cheia de emoções humanas. Agora que o fim se aproxima, eu sinto meu coração dolorido, pois foi uma jornada longa, onde sorri e chorei com cada personagem. Nunca tive a pretensão de escrever uma história tão longa, mas, os capítulos foram acontecendo em minha cabeça, assim como cada personagem me contava seus próprios  medos, sonhos e esperanças. Essa história nunca foi só minha, mas de todos vocês que a vem acompanhando com sua fidelidade incrível. Muito obrigada pela oportunidade que me deram de criar um enredo como sonhei para esse casal que caiu e se levantou tantas vezes ao longo dos capítulos, e que me deram uma verdadeira lição de vida, pois assim como muitos de vocês me contaram, eles  também me afetaram com seu amor imenso, e  me fizeram descobrir um lado meu que até então eu desconhecia . Foram esses personagens que me fizeram   perceber que sou capaz de contar uma história e emocionar pessoas com as minhas palavras. Então, deixo aqui meu agradecimento a eles e a todos vocês. Beijos e até o próximo.

ANNE

O canto de um passarinho nos galhos de sua cerejeira fez Anne olhar para cima e sorrir. Ela tinha nas mãos um diário antigo, um caderno novinho sem ter ainda sido usado, várias canetas coloridas, lápis, borracha, e um milhão de ideias para coordenar e colocar no papel, e nem sabia por onde começar.

Ela sempre fora boa com as palavras, ou pelo menos era o que todo mundo lhe dizia, mas daí a escrever as próprias memórias em formato de um livro talvez fosse ambição demais. Anne não sabia se tinha essa competência, mesmo porque perfeccionista como era ia acabar achando defeito em cada palavra que escrevesse, e não sabia se estava pronta para passar por todo esse estresse literário.

A ideia tinha partido de seu professor de literatura que a vinha elogiando demais por conta de seus trabalhos do estágio, e como todos os alunos de sua sala precisavam montar um projeto para o final do estágio, ele lhe sugerira que ela escrevesse uma história que pudesse ser apresentada depois na feira literária que se realizaria dali a seis meses. A princípio, Anne não soubera sobre o que escrever, e depois de vê-la naquela indecisão por dias, Gilbert lhe dissera:

- Posso lhe dar minha humilde opinião? – ela o olhara com seus imensos olhos azuis e dissera:

- Por favor, eu preciso tanto de uma direção, pois estou completamente perdida.- ele então se sentara ao lado dela no sofá, passara os braços ao redor de seus ombros frágeis e respondera:

- Por que não escreve sobre algo que você conhece bem?

- E sobre o que poderia ser? – ela perguntou, puxando pela memória algo que pudesse ser interesse para se montar um livro.

- Por que não escreve sobre você mesma? – Gilbert lhe disse como se aquela ideia fosse tão óbvia e fácil de ser colocada em prática.

- Ficou maluco, amor? O que pode haver de tão interessante em mim para que eu me dignasse a descrever em um livro, mesmo que seja apenas experimental? – o espanto dela pela sugestão do marido era realmente absurdo. O que poderia falar sobre si mesma? Gilbert só poderia estar brincando.

- Como pode dizer isso, Anne? Olha quanta coisa você viveu com tão pouca idade? Você poderia começar falando sobre sua vida no orfanato, depois sua vinda para a casa dos Cuthberts, sua luta para ser aceita na sociedade de Avonlea, as amizades que fez, as experiências que teve. Não acha que isso daria conteúdo suficiente para um livro?

Anne pensou na pergunta de Gilbert e ponderou. Teria coragem de se expor tanto assim? Falar do que fora sua vida dura dentro do orfanato? As pressões que sofrera quando fora mora em Green Gables pelas pessoas daquela cidade que não aceitavam por ser órfã? A perda do seu bebê e todo o trauma que a transformara na pessoa que era no momento?

- Não sei se consigo, Gilbert. Existem certos aspectos que são dolorosos demais, e eu não creio que tenho forças ainda para falar sobre eles tão abertamente.- Gilbert segurou sua mão na dele e disse:

- Você não precisa escrever na primeira pessoa, Anne. Poderia criar um diário, contando a história de uma pessoa fictícia. Ninguém precisa saber que está falando de si mesma. Além do mais, não acha que seria uma grande oportunidade de cicatrizar suas feridas de vez? Eu sei que nunca mais falamos de nada do que aconteceu no passado, mas, eu também sei que mesmo que você não me mostre como se sente as respeito de suas dores, algumas delas ainda existem bem aí dentro de você. Não acha que Walter gostaria de saber que a mãe dele consegue se lembrar de seu rosto sem sofrer mais? – Anne olhou para Gilbert com seus olhos marejados. Ele ainda se lembrava do nome do bebê deles perdido, e ela que pensara que ele tinha considerado tudo aquilo uma loucura de sua cabeça causada pelo coma.

- Você ainda se lembra do nome dele. – ela murmurou com lágrimas presas em sua linha d'água.

- Eu nunca poderia esquecer o nome do nosso primeiro filho, você o descreveu para mim com tanta clareza que tenho a imagem dele presa em meu cérebro para sempre.- Gilbert disse, acariciando-lhe as bochechas.

- Acha que consigo escrever algo assim, Gilbert? São emoções muito intensas para que eu consiga descrevê-las em palavras.- Anne disse, deitando sua cabeça no ombro dele.

- Eu sei que consegue, querida. Você sempre soube me emocionar com suas palavras. Você é pura poesia, Anne. Se lembra de quantas me escreveu? – Sim. Ela se lembrava de cada uma delas, e com que intensidade as tinha escrito. Seu amor por ele sempre falara alto dentro dela como se não conseguisse manter apenas para si seus sentimentos, e Gilbert tinha guardado cada uma delas em uma caixinha de recordações que ele mantinha na gaveta da cômoda. Ele as mostra para ela uma vez, e fora a prova de amor mais linda que tinha recebido dele.

- Acho que posso tentar.- ela disse, beijando-o no rosto.

- Essa é a minha garota.- ele disse entusiasmado, e depois lhe dera um daqueles beijos que a faziam suspirar por horas seguidas. Ela ainda o amava do mesmo jeito, como o tinha amado desde o princípio, esse sentimento nunca diminuiria mesmo que vivesse cem anos ao lado daquele rapaz admirável.

Então, ali estava ela, em Green Gables, sentada embaixo de sua Rainha das Neves, onde ela pensara que teria um pouco mais de inspiração com velhos escritos seus do passado, tentando coordená-los de forma organizada para começar a pensar em escrever algo que valesse a pena.

A ideia do diário tinha sido muito boa, e de repente Anne estava começando a se animar em começar. Ela até pensara no nome fictício que Gilbert sugerira, e decidiu que seria Princesa Cordélia, porque essa personagem tão doce e querida que vivera em sua imaginação por tanto tempo, e que a salvara inúmeras vezes de um desespero infindável, merecia ser homenageada de alguma maneira.

- Anne, o café está pronto. Estamos esperando por você.- Anne ouviu a voz de Marilla a chamá-la e sorriu, sentindo-se a menina sonhadora dos primeiros anos que vivera em Green Gables, e Marilla vinha ralhar com ela por se perder tanto no mundo de suas ideias criativas que esquecia do mundo que girava seu redor.

Assim, ela reuniu todas as suas coisas, e entrou em casa indo direto para a cozinha onde Matthew a esperava junto com Marilla que acabava de colocar a mesa para o café da tarde. Rilla estava no colo do bom senhor que lhe dava a mamadeira que sua irmã havia esquentado para ela com o leite materno de Anne. A ruivinha sempre providenciava esse tipo de mamadeira quando vinha para Green Gables no caso de precisar sair, e não poder levar Rilla. Assim, o horário de amamentação dela não seria prejudicado, e a menina estaria recebendo uma nutrição saudável da qual Anne não abria mão.

- Por que não me chamou quando ela acordou, Matthew? Eu mesmo poderia amamentá-la. – Ela adorava aqueles momentos com a filha, por isso, amamentá-la em seu seio era um ritual sagrado que desenvolvera com ela desde os primeiros dias quando acordara do coma e fora liberada pelo médico. Era um elo tão forte que não pretendia quebrá-lo tão cedo, e enquanto tivesse leite, ela continuaria amamentando Rilla com seu leite materno, no que era totalmente apoiada por seu marido.

- Ah, filha, me desculpe, mas eu gosto tanto de ver essa florzinha mamar enquanto me olha com esses olhinhos castanhos lindos. Eu nunca tive essa experiência antes e peço que me perdoe se eu estiver exagerando.

- É claro que está exagerando, Matthew Cuthbert. Parece que depois que envelheceu deu para se comportar como um adolescente tolo e sentimental. A filha é de Anne, ela quem decide de que maneira vai amamentar a filha.- Marilla disse daquele seu jeito adoravelmente rabugento que Anne aprendera a amar depois de anos de convivência naquela fazenda. Ela sabia que no fundo ela era uma manteiga derretida tal qual o irmão.

- Você está com ciúmes porque Rilla gosta mais de mim do que de você.- Matthew disse, e olhando para Rilla falou com a menina como se ela pudesse entendê-lo:- Diz para ela, florzinha que o vovô Matthew é o seu favorito.

- Não seja ridículo, meu irmão. A menina sequer entende o que você diz.- Marilla ralhou com ele mais uma vez, enquanto servia Anne com um pedaço de bolo de abacaxi e uma xícara de chá de ervas.

- Ah, ela entende sim. Diz para essa minha irmã boba, Rilla, que você compreende tudo que o vovô diz.- o bom homem disse, beijando a pontinha do nariz da garotinha que lhe sorriu, mostrando sua gengiva ainda banguela.

Olhando aquelas duas pessoas que mais amava na vida, Anne riu e se sentiu como nos velhos tempos quando Marilla e Matthew discutiam o tempo todo, mas que no fundo guardavam uma afeição genuína de irmãos que passaram suas vidas juntos, e que assim permaneceriam até o fim dos seus dias.

- E como está seu projeto, Anne? – Matthew perguntou interessado. Ele gostava muito de vê-la falar com entusiasmo da faculdade, porque sentia um orgulho enorme daquela filha que a vida havia lhe presenteado,

- Bem mal. Ainda nem consegui começar.- Anne disse suspirando, comendo com prazer o bolo que Marilla lhe servira. Seu apetite tinha voltado após alguns meses do nascimento de Rilla. Embora não fosse de se alimentar muito, sua dieta era bastante saudável e balanceada, e disso tinha que dar os créditos ao seu marido que ficava de olho em tudo o que ela comia, não deixando que ela pulasse nenhuma refeição. Assim como ela, o estudante de medicina conservava alguns traumas, e o medo de vê-la doente era um deles.

- Mas, você vai conseguir. Com tanta inteligência logo fará desse projeto algo incrível.- Matthew disse aquilo com tanta certeza, que Anne desejou ter a metade da confiança que ele e Gilbert tinham a respeito de sua capacidade de realizar as coisas a qual se propunha. Nunca se considerara tão inteligente quanto todo mundo dizia que ela era. Anne atribuía seu sucesso em completar algo tão bem pela sua insistência e dedicação, e não porque pensava que era algum tipo de gênio. Esse título ela deixava para seu marido que conseguia gabaritar qualquer prova na área de medicina por mais difícil que ela fosse, e esperava que Rilla puxasse ao pai em nível de inteligência, e que não fosse tão emocional e indecisa como sua mãe.

- Assim espero. – Foi a resposta que deu a Matthew antes de ficar em silêncio para tomar sua xícara de chá saborosa.

- Não sente falta de Nova Iorque, Anne? – Marilla perguntou de repente, pegando-a de surpresa, fazendo-a analisá-la com atenção antes de responder.

Ela e Gilbert tinham ido a Nova Iorque dois meses antes para realizarem sua mudança para Avonlea. O apartamento fora alugado com todos os móveis dentro, pois tinham tudo o que precisavam na fazenda dos Blythes até que se mudassem para sua própria casa que Sebastian estava se apressando em terminar. A única coisa que trouxeram com eles fora seus objetos pessoais, e boas lembranças dos quase dois anos que viveram por lá. Eles também tinham ido até a faculdade se despedir dos amigos, prometendo que voltariam assim que pudessem para visitar, e os convidando também os visitarem nas próximas férias. E assim com tristeza no coração 'por estarem se despedindo de pessoas tão especiais, mas, ao mesmo tempo se sentindo felizes por estarem voltando definitivamente para casa, eles deram adeus aquela cidade onde conheceram as facilidades e as dificuldade de uma vida em comum, levando com eles excelentes aprendizados que os fizeram evoluir como casal e seres humanos

- Eu sinto falta dos amigos, mas não de toda aquela agitação. Minha vida está aqui, Marilla, e acho que sempre serei uma garota do campo. A cidade grande nunca combinou comigo.- ela disse, limpando os vestígios de bolo de sua boca com um guardanapo de papel.

- Fizemos mal em ter te convencido a ir embora com Gilbert? Eu sempre tive medo de ter errado no meu julgamento e condenado você a viver uma vida longe de tudo o que conhecia e amava. – Marilla confessou, e Anne cobriu a mão dela com a sua ao dizer:

- Não, Marilla. Vocês me deram ânimo para fazer o que eu precisava, naquela época eu necessitava de novos ares e ter ido para Nova Iorque foi a melhor opção. – Um dia ela ainda contaria a Marilla sobre o bebê que perdera, mas não se sentia pronta para isso naquele momento.

- Que bom saber disso, minha filha. Alivia demais o meu coração.

- Fique tranquila. Pelo tempo em que vivi lá eu fui muito feliz, mas como disse, minha vida é aqui com vocês e me sinto muito mais feliz ainda por estar de volta.- Marilla lhe sorriu e apertou sua mão de leve como se a agradecesse por sua sinceridade.

- Nos conte mais sobre o seu projeto. Eu sei que não tenho nenhum diploma universitário, mas quem sabe eu não possa te ajudar de alguma forma.- Matthew se ofereceu, e Anne começou a contar como planejava escrever o seu livro.

Depois do café , ela voltou a se sentar embaixo de sua cerejeira enquanto Rilla ficava na companhia de Matthew e Marilla, e com tanta paz ao seu redor, e deixando que suas lembranças do passado a envolvessem, Anne se sentiu finalmente pronta para começar a escrever.

GILBERT

O relógio marcava meia noite, e apertando suas têmporas doloridas, Gilbert tirou os óculos de grau que passara a usar logo que chegara em Avonlea. Ele se lembrava bem do drama todo que acontecera quando ele começara a ter fortes dores de cabeça, e em pânico Anne o fizera ver um médico quase imediatamente, que para alívio dos dois não encontrara nada de errado, e o aconselhara a consultar um oftalmologista que lhe receitara óculos de descanso, pois sua vista estava esgotada por tantas horas de estudo, e sem demora, o rapaz providenciara para que os óculos ficassem prontos em menor tempo possível, e quando começara a usá-los, suas dores de cabeça desapareceram feito mágica, e Anne pudera dormir com tranquilidade e ele ficara livre daquele incômodo para sempre, ou assim, ele esperava.

Esse episódio o fez perceber como ele e Anne ainda estavam presos a certos demônios que não os haviam abandonado, mesmo depois de toda a calmaria que envolvia a vida dos dois naquele momento. Ele ainda tinha medo pela saúde dela emocional dela, e Anne morria de medo de perdê-lo para alguma doença mortal que vivia dentro da cabeça dela, mas, não a culpava. Ela vivera o horror do seu coma, e depois o coágulo em seu cérebro, e ele podia imaginar quanto estrago aquilo tudo fizera ao psicológico de sua esposa.

O Dr. Spencer o alertara para isso, e dissera que certas feridas emocionais levavam tempo para irem embora da alma de alguém, e levando-se em conta que ele e Anne eram muito jovens, e bastante conscientes de quais eram os seus reais temores, eles poderiam se recuperar mais rápido que a maioria, o importante era não perderem a fé um no outro, e continuarem tentando mesmo quando um obstáculo fosse difícil demais de transpor. Tudo o que eles precisavam era unirem suas almas e corações, e não deixar que nada os afastasse e os fizesse desistir.

Apesar dessas pequenas dificuldades, Anne parecia bem melhor desde que voltaram a viver em Avonlea, e ela ficara mais próxima de seus amigos e sua família. Ela parecia estar lidando melhor com seus fantasmas internos, e vivia com mais leveza, fazendo Gilbert perceber aliviado que voltar para casa tinha sido a melhor decisão, assim como a quase dois anos atrás fora melhor levar Anne para viver em Nova Iorque, mas seu ciclo na grande cidade tinha terminado, e ele não pretendia voltar para lá a não ser que fosse estritamente necessário.

Era um alívio não ter que enfrentar o trânsito caótico de manhã, ou respirar um ar tão poluído que envenenava seus pulmões diariamente, o que com certeza traria sérios danos à saúde a um determinado grupo de pessoas com o tempo. Por isso, Gilbert estava feliz de estar longe dessa estatística, e ter proporcionado a Rilla, Anne e Milk uma qualidade de vida que nunca teriam vivendo no centro de uma das cidades mais movimentadas do mundo.

Gilbert também estava extremamente satisfeito por estar de volta à fazenda dos Blythes. E pensar que a um certo tempo atrás teria dado tudo para não retornar, e agora percebia que não havia outro lugar no mundo aonde preferiria estar naquele momento. Ele continuava não tendo um pingo de talento para ser fazendeiro em seu sangue, mas viver no campo era uma de suas coisas preferidas. Sebastian estava fazendo um bom trabalho em cuidar das terras que foram de seu pai, e sempre que podia, Gilbert o ajudava com a contabilidade da fazenda, mesmo que seu tempo fosse curto por conta de seus estudos, e do trabalho de meio período que arrumara no laboratório da faculdade, e onde desempenhava o mesmo tipo de função que realizara em Nova Iorque, e isso fora possível porque Gilbert trouxera junto com sua transferência uma carta de recomendação do próprio reitor da faculdade de Nova Iorque que fizera questão de lhe arrumar esse emprego, pois sabia de sua capacidade em assumir tal posto, o que não seria justo ser admitido como mero auxiliar.

Assim, com seu emprego bem remunerado, sua esposa feliz por ter retornado para seu lugar de origem, sua filhinha saudável e seu cachorrinho satisfeito por ter mais espaço para brincar eram as coisas que lhe importavam, portanto, poderia encarar qualquer dificuldade por maior que ela fosse.

- Querido, você não vem para a cama? - ele ouviu Anne perguntar ao mesmo tento que sentia suas mãos macias em seu ombro.

- Por que ainda está acordada? Já é muito tarde.- ele ralhou com ela de leve, pois não gostava que ela perdesse horas de sono por sua causa.

- Você sabe que não consigo dormir sem você. Ainda tem muita coisa para estudar? - ela perguntou bocejando.

- Não, na verdade eu já terminei.- ele respondeu fechando o livro, se levantando da cadeira, e seguindo Anne escada acima. Antes de irem direto para seus quartos, o casal passou pelo de Rilla, e ao ver a garotinha dormindo pacificamente, Gilbert disse baixinho:

- Nossa princesinha está crescendo tão rápido,

- Sim, ela logo vai estar perdendo seu jeitinho de bebê, e vou sentir tanta falta desse período tão terno dela. Por isso, estou feliz por estarmos de volta para a fazenda, pois assim posso aproveitar cada dia com ela como eu não teria a oportunidade em Nova Iorque. – Anne disse, ajeitando o coberto rosa em volta da filha.

- Ela está cada vez mais parecida com você. – Gilbert disse acariciando os cabelos da esposa.

- Em aparência talvez, mas não em temperamento. Nesse quesito, ela é toda você. Ainda bem, porque já imaginou o trabalho que você teria em lidar com duas ruivas temperamentais? - Anne disse tocando o rosto de Gilbert com carinho.

- Eu não teria problema nenhum com isso. Você sabe que me apaixonei por você justamente por não ser um cordeirinho como as outras garotas que eu conhecia na escola, que só sabiam rir e me lançar olhares furtivos.

- Isso você nunca me contou.- Anne disse rindo da descrição do marido.

- Você não sabe o quanto era enfadonho ser visto por todas a garotas como um pretendente a casamento em potencial. Você era uma raridade naquela escola.- Gilbert disse, abraçando Anne pela cintura.

- Que pena de você, meu amor. Acabou se casando com a garota menos atraente e graciosa da escola.

- Não, eu me casei com a garota mais linda, mais inteligente, e mais fantástica de todas.- Gilbert respondeu, beijando-a na testa.

- Você faz um bem enorme ao meu ego, querido. – Ela disse, pegando na mão de Gilbert, puxando-o em direção ao quarto de casal, e em seguida fechando a porta.

- E assim que quero ver você, sempre. Feliz e satisfeita ao meu lado. – Gilbert afirmou, enquanto ambos deitavam na cama.

- Feliz ao seu lado eu sempre fui, e satisfeita nem se fala.- Anne confirmou, se aconchegando ao peito do marido.

- Você está cada vez mais ousada, minha esposa. Você se lembra como ficava vermelha quando eu elogiava cada parte de seu corpo? – ele perguntou, deslizando as mãos pelas costas dela sobre a camisola.

- Sim, mas você me ensinou que eu não tinha que me envergonhar de nada.- ela respondeu de olhos fechados.

- Você nunca teve que se envergonhar de nada, pois sempre foi tão naturalmente linda que nunca consegui tirar meus olhos de você. – Ele a puxou para si, e beijou-lhe os cabelos, e quando ia avançar para seus lábios, ele percebeu que ela tinha adormecido.

Com cuidado, Gilbert a envolveu em seus braços, e observou seu leve ressonar por alguns minutos, pensava em algo que queria fazer para presenteá-la no dia seguinte. Animado por esse pensamento, o rapaz desligou o abajur, e com a suave respiração de Anne a embalar o seu sono, em cinco minutos ele já estava dormindo.

GILBERT E ANNE

Era tarde de sexta-feira, e Anne chegou da faculdade com os braços cheios de livros. Ela teria muito trabalho nos próximos dias além do projeto no qual teria que desenvolver e quando pisou em casa, a ruivinha colocou seus livros sobre a mesa da sala, arrancou os sapatos e suspirou de alivio, notando com certo desprazer que havia uma bolha no calcanhar de cada um de seus pés. Isso era para ela aprender a nunca mais usar sapatos desconfortáveis para ir a faculdade e caminhar por mais de uma hora pelo campus em um tour até a biblioteca onde uma apresentação de literatura seria feito por uma turma um semestre adiantado da sua. Da próxima vez, usaria um par de tênis que além de mais confortável era muito mais apropriado para caminhar longas distâncias.

Milk veio cumprimentá-la, e Anne se abaixou para acariciar seu pelo macio enquanto o cachorrinho lhe lambia as mãos com toda a devoção à sua dona.

- Como você está, meu amiguinho? Você encontrou seu verdadeiro paraíso nessa fazenda, não é? – ela disse, vendo os olhos caramelados brilharem como se a entendessem.

- Oi, tia Anne. Que bom que chegou.- Shirley disse com sua dicção de garotinha de quatro anos quase perfeita. Ela ainda tinha um pouco de dificuldade em pronunciar algumas palavras, mas, Anne já percebera que ela era bastante inteligente e tinha também uma memória primorosa, e com sua pouca idade conseguia lembrar de muitos detalhes de uma história que Anne teria lhe contado antes de dormir. Agora que estava morando definitivamente na fazenda, ela aproveitava para passar bastante tempo com Shirley e lhe ensinar coisas que sua cabecinha ainda infantil conseguia assimilar e aprender. Ela até já sabia algumas letras do alfabeto e conseguia soletrar as que formavam seu primeiro nome com perfeição. Mary estava bastante orgulhos pelo desenvolvimento da filha e grata a Anne por dispor de seu tempo precioso para começar alfabetizá-la aos pouquinhos.

- Olá, meu amor. Como você está linda. – Anne disse, beijando-a na bochecha e segurando em sua mãozinha delicada.- Onde está sua mamãe?

- Na cozinha.- a garotinha respondeu com um sorriso, apontando com o indicador onde Mary estava naquele momento.

- Rilla está lá também?- Anne tornou a perguntar passando as mãos pelos cachinhos da menina que assentiu com a cabecinha balançando em afirmativa. – Vamos até lá então. – Anne disse, seguindo para a cozinha com a garotinha a seu lado.

- Boa tarde, Mary.- Anne cumprimentou a mulher de Sebastian que estava trabalhando em uma receita de pão caseiro naquele momento.

- Boa tarde, Anne. Se estiver com fome, tem comida no forno. – Mary respondeu, dando-lhe um de seus sorrisos largos.

- Eu comi na faculdade, obrigada.- Anne respondeu, pegando Rilla que estava em seu bercinho no colo, beijando-a na testa logo em seguida, enquanto a garotinha segurava uma mecha de seus cabelos nas mãos.- E como está minha garotinha? Ela deu muito trabalho, Mary?

- Não, Rilla é um dos bebês mais calmos que já conheci. Desde que acordou está aí nesse bercinho, brincando com seu chocalho.- Mary disse, misturando mais farinha em sua receita.

- Ela definitivamente puxou ao pai.- Anne disse, olhando com carinho para sua bebê de quase quatro meses.

Rilla crescia a olhos vistos, e seu cabelo ruivo cacheado já tinha crescido mais um pouco para alegria de Gilbert que amava brincar com os cachinhos da filha. O amor entre os dois era lindo de se ver. Seu marido tinha encontrado em Rilla seu verdadeiro papel de pai, e a garotinha tinha desenvolvido por ele uma devotada adoração. Anne adoraria dar mais filhos a Gilbert, mas, como seu médico havia desaconselhado que ela voltasse a conceber depois do período difícil pelo qual ela passara em sua primeira gestação, ela vinha se cuidando com extrema atenção. Talvez quando Rilla estivesse um pouco maior, ela e Gilbert pudessem pensar em adoção, pois assim como seu marido, Anne não tinha desistido de ter mais filhos, e se não poderia ser por meios naturais, eles tentariam uma segunda opção.

- Você nunca pensou em ter mais filhos, Mary? – Anne perguntou, se lembrando perfeitamente que esposa de Sebastian tivera o mesmo problema que o seu, mas, ao contrário da ruivinha, nada a impediria de ter uma segunda gestação se assim o desejasse.

- Na verdade sim, mas Sebastian não abraçou essa ideia por medo do que aconteceu na gestação de Shirley. Nós chegamos a conversar com o médico sobre a possibilidade de uma nova gravidez por insistência minha, e mesmo o médico assegurando que eu não corria risco nenhum, ele não se convenceu, e para não angustiá-lo eu desisti da ideia.

- Não se sente frustrada? – Anne perguntou, beijando uma das mãozinhas de Rilla.

- Nada verdade não. Shirley ocupa muito do meu tempo, e se eu tivesse um segundo filho talvez eu não conseguisse dar a ela a atenção que necessita. Hoje em dia eu estou satisfeita com minha vida e minha única filha. Acho que era para ser assim afinal.- Mary respondeu, começando a sovar a massa com todo o cuidado, como Anne vira Marilla fazer tantas vezes na cozinha de Green Gables.

- Eu e Gilbert pensamos em ter mais filhos. Porém, como o médico me disse que seria melhor que eu não engravidasse mais, nós temos discutido a possibilidade de adotar uma criança quando Rilla estiver maior.- Anne comentou, enquanto tentava desemaranhar a mecha de seu cabelo dos dedinhos de Rilla.

- Essa é uma atitude linda. Eu conheço um orfanato aqui perto se um dia quiser visitar.- Mary se ofereceu, e Anne respondeu animada.

- Eu gostaria muito. Quem sabe eu não possa fazer algum tipo de serviço social por lá como ensinar assim que eu terminar a faculdade? Eu sempre quis fazer algo assim, e um orfanato me parece uma ótima forma de começar.

- Seria muito bom, Anne. Você sabe por experiência que nesses lugares falta quase tudo, e não falo só de comida ou roupas, mas, também de carinho, amor e atenção.- Mary acrescentou, enrolando um dos seis pães que pensava em fazer com aquela massa.

- Sim, a vida dentro de um orfanato é muito triste, mas, tem suas compensações quando você encontra amigos verdadeiros, o que não foi o meu caso infelizmente.- Anne detestava se lembrar do quanto fora molestada psicologicamente dentro do orfanato onde morara por tantos anos, mas, também não podia esquecer de seus pequenos irmãozinhos de alma a quem cuidara e recebera amor em dobro. Fora uma época difícil, mas que lhe rendera preciosos aprendizados que levaria para a vida toda, e os quais iria repassar para sua filha quando ela tivesse idade para entendê-los.

- Você tem uma alma muito nobre, Anne, e também é muito forte por dentro. – Mary disse com toda a admiração que tinha por aquela garota franzina por fora, mas uma fortaleza por dentro.

- Eu tento ser, embora eu tenha um alicerce enorme e apoio que é Gilbert. Eu não seria o que sou sem ele. Passamos por tanta coisa que é quase impossível acreditar que estamos juntos a apenas quase cinco anos. A vida nos deu muitos presentes, mas nos derrubou muitas vezes também.- Anne respondeu, olhando para o seu melhor e maior presente que era sua filha.

- Eu tenho uma admiração enorme pelo que vocês construíram juntos como casal, e nunca consegui enxergar Gilbert com outra garota que não fosse você.

- Ele lutou por mim e eu por ele, e essa junção de forças nos fez criar elos indestrutíveis entre nós dois. Eu espero que minha filha possa um dia viver o mesmo tipo de amor que eu vivo com o pai dela.- Anne comentou, pensando no quanto era maravilhoso estar viva e compartilhar todos os seus sonhos com o melhor e mais amoroso homem do mundo.

- Nós duas nos casamos com homens íntegros e fortes de caráter, e somente por isso somos eternamente abençoadas.- Mary lhe disse sorrindo de um jeito que Anne compartilhou, pensando em quanta verdade havia nas palavras de Mary. Gilbert fora a melhor coisa que poderia ter lhe acontecido além de sua filha, e ela nunca saberia agradecer aos céus o bastante pela dádiva de viver ao lado dele uma vida inteira de amor e cumplicidade.

- Quer ajuda com essa massa?- ela perguntou assim que o momento de emoção entre as duas passou.

- Claro. - Mary respondeu, votando a trabalhar na receita.

Quando horas mais tarde, Gilbert chegou do trabalho, Anne estava no quarto do casal dedicando um pouco de seu tempo ao livro que finalmente começara a escrever. Ainda estava no início, mas, esperava que com o passar dos dias , ela pudesse desenvolvê-lo com mais criatividade e rapidez, e estava até pensando eu falar com Cole para ajudá-la com a ilustração.

- Boa noite, meu amor. Desculpa o atraso. – Gilbert lhe disse, beijando-a na testa.

- É uma pena que tenha perdido nosso jantar em família. Mary deixou seu prato pronto no forno.- Anne disse, colocando seu projeto de lado para dar sua atenção ao marido.

- Estou sem fome agora, por isso, vou deixar para mais tarde. Tudo o que preciso é de um banho.- Gilbert respondeu, se sentando na cama, e tirando seus sapatos e meias, e começando a desabotoar sua camisa social azul marinho.

- Dia difícil? - Anne perguntou, observando com admiração seu dorso nu.

- Bastante. Achei que não fosse terminar nunca.- ele respondeu, tirando a calça jeans e ficando apenas de cueca boxer em frente da esposa.

- E como foi seu teste na faculdade?- Anne perguntou enquanto dava uma boa olhada em seu marido de corpo inteiro. Ela ainda tinha dificuldades de acreditar que aquele homem magnifico fosse todo seu.

- Foi tudo bem. Vou saber da nota na próxima sexta.- Gilbert disse, se inclinando e beijando-a nos lábios. – Vou tomar banho e já volto, pois preciso conversar com você.- ele disse aquilo de forma tão solene, que Anne sentiu seu coração dar um pulo, e logo em seguida ficou apreensiva.

- Algo grave? – ela perguntou com preocupação.

- Não, você vai gostar. Não se preocupe.- Gilbert disse caminhando para o banheiro e deixando Anne em todo aquele suspense. Ela detestava quando ele fazia isso, pois sua imaginação fértil já começara a criar mil teorias, e até ele lhe contar o que realmente era verdade, ela já teria enlouquecido de preocupação.

Felizmente, ele não demorou a voltar, e com um sorriso no rosto, ele pegou em sua mão e disse:

- Venha comigo.- Anne resolveu não perguntar para onde ele a estava levando, porque só retardaria o que ele precisava lhe dizer. E ela não estava mais conseguindo segurar sua ansiedade.

Eles foram até do lado de fora da casa da fazenda, e subiram por uma escada lateral que levava até o telhado da casa. Era o lugar especial da fazenda onde Gilbert a levava para namorar em noites como aquela no passado, e Anne só não conseguia entender porque ele escolhera aquele local para revelar o assunto de sua conversa com ela, já que não pisavam ali a mais de dois anos.

Olhando para cima, dava para se ter uma visão privilegiada da enorme quantidade de estrelas que salpicavam o céu naquela noite.

- Isso aqui é lindo. – Gilbert disse admirando o cenário acima de suas cabeças.

- Eu concordo, mas, amor, eu creio que não me trouxe até aqui em cima apenas para admirar as estelas. O que tem de tão importante para me dizer?- Anne perguntou, sentindo sua ansiedade chegar no auge.

- É que eu queria testemunhas para a proposta que vou te fazer.- ele disse, segurando sua mão e lhe dando aquele sorriso maroto que o fazia se parecer um garotinho e que encantava ainda mais o coração dela.

- Que proposta? – Anne perguntou desconfiada.

- Uma vez eu te fiz uma promessa e quero muito cumpri-la agora que nada me impede de realizá-la. - ele disse ainda fazendo mistério e quase deixando Anne histérica na demora em lhe dizer o que estava tramando.

- Que proposta? - Gilbert levou a mão no bolso, tirou um envelope e perguntou:

- Aceita ir a Paris comigo em nossa segunda lua de mel em nossas próximas férias?- Anne olhou para o envelope na mão do marido, depois encarou aqueles maravilhosos olhos castanhos e respondeu:

- Você é o melhor marido do mundo. É claro que aceito, seu bobo. Como poderia recusar uma viagem maravilhosa dessa? Mas, e Rilla?- ela perguntou coma testa franzida enquanto enroscava seus braços no pescoço de Gilbert.

- Ela vai conosco, é claro.- ele respondeu, acariciando o rosto de pêssego de Anne e admirava seus olhos azuis que brilhavam tanto quanto cada estrela no céu. Ela era seu paraíso, seu pote de ouro no fim do arco-íris e toda a felicidade que pudesse ter naquela vida. Inspirado pelo cenário, ele beijou e Anne retribuiu colando seu corpo no dele.

- Acho melhor irmos para o nosso quarto e ter uma comemoração mais íntima.- ele cochichou em seu ouvido assim que se separaram.

- Você está sempre tentando me levar para a cama.- Anne disse com um enorme sorriso no rosto.

- E você está sempre fingindo que não é o que deseja também.- ele disse, vendo o sorriso de Anne se ampliar.

- Como você me conhece, meu marido. – Anne respondeu, tornando a beijá-lo.

Como dois adolescentes apaixonados, eles foram para seu quarto, e assim que trancaram a porta, Gilbert voltou a beijá-la, empurrando-a em direção a cama até que as pernas de Anne se encostaram nela. Devagar, e observando cada reação de sua esposa, Gilbert retirou a roupa dela uma a uma, deixando-a deliciosamente nua em seus braços, sentindo as mãos de Anne correrem pelo seu peito nu até chegarem a calça de moletom que era o único empecilho que ainda os separava de terem suas peles grudadas como se fossem apenas uma. Sem hesitar, o rapaz se livrou dela junto com sua roupa íntima, e deitou com Anne sobre os lençóis enquanto suas mãos fortes traçavam cada curva dela, ouvindo o suspiro suave de sua esposa cada vez que ele intensificava uma carícia em um lugar mais sensível. Rolando pela cama com seu marido, Anne se deitou sobre o corpo dele, e deixou que seus cabelos ruivos caíssem sobre ele como uma cascata de fios rubros, fazendo com que o rapaz aspirasse o seu perfume, e se embriagasse mais uma vez com a fragrância única de sua esposa de quem ele nunca teria o bastante. Era sempre uma grata surpresa estar com Anne naquele quarto e naquela cama, pois ela lhe provava todas as vezes porque ela era a mulher perfeita para ele. Nunca seu corpo responderia tão rápido a um toque que não fosse daqueles dedos de fada, e nunca um beijo o deixaria em brasas se não fossem daqueles lábios sedutores. Ela amadurecera através dos anos assim como ele, e partilhar seus corpos daquela maneira era uma celebração constante. Sexo nunca foi o mais importante entre eles, mas, Gilbert adorava essa conexão que os aproximava ainda mais todas vezes que se deixavam levar por sua paixão. Eles trocaram de posição, e ficaram deitados lado a lado. Anne jogou uma perna sobre o quadril de Gilbert de forma que suas intimidades ficassem ainda mais próximas. Ele podia sentir o calor dela invadindo o seu sistema, assim como Anne podia sentir o toque intenso dele na base de sua coluna que ia desenhando com perfeição todas as linhas de seu corpo, chegando em seu bumbum, o qual ele apertou com força contra si, deixando-a sentir o membro rígido dele pronto para lhe dar mais uma noite de prazer e luxúria.

Eles entrelaçaram suas mãos de modo a intensificar sua conexão, enquanto suas peles queimavam naquela energia intensa que emanava de um corpo para outro. Gilbert dedicou o momento seguinte a explorar o pescoço de Anne que lhe deu livre acesso ao local, enquanto as mãos dela iam apertando cada másculo que encontrava pelo caminho conforme o desejo aumentava a cada toque mais ousado dele. Ali estava seu homem no sentido completo da palavra. Nenhum outro lhe causaria aquela sensação de querer se perder naquele corpo masculino e rígido para sempre, e nenhum outro lhe mostraria com tanta clareza como era intensa a maneira como faziam amor. Gilbert lhe abrira as portas daquele universo a tanto tempo atrás, e ainda a fazia se sentir totalmente elevada e tomada por uma paixão que não conhecia nenhum limite ou inibição. Ela era uma mulher completa nas mãos daquele rapaz que lhe ensinara tudo como ser uma amante totalmente segura de si, por isso, quando estavam se amando, ela não poupava nada e doava tudo de si para que ele sempre soubesse que ele seria o único a quem ela se entregaria daquela maneira.

Assim, ele se posicionou acima dela, e a encarou por alguns minutos, antes de possui-la. E quando o fez, Anne foi tomada por um arrepio de prazer tão intenso ao senti-lo dentro de si que fechou os olhos com força, mas, logo Gilbert a fez abri-los dizendo;

- Olha para mim, meu amor. Me deixe ver os seus olhos lindos enquanto eu te faço minha.- e assim, ela o obedeceu, e enquanto se movimentavam juntos em busca de sua conexão perfeita, Anne não desviou seu olhar do dele, observando atentamente os olhos castanhos se tornarem tão negros quanto a noite por conta da paixão, ao mesmo tempo que Gilbert observava os olhos azuis dela escurecerem e alcançarem um tipo de azul que mais pareciam um mar bravio anunciando uma tormenta. E o prazer chegou de forma tão violenta, que foi impossível manterem seus olhos abertos quando mergulharam na gloriosa sensação de seus corpos, que claramente cansados descansaram um contra o outro.

Horas mais tarde, uma Anne totalmente satisfeita e ainda mais apaixonada, caminhou pelo quarto e foi até a janela observar mais uma vez o céu estrelado daquela noite, e não demorou muito para que Gilbert se juntasse a ela, e abraçados, eles deixaram que seus olhos admirassem aquela perfeição divina, comprovando mais uma vez como a muito tempo atrás Gilbert o imaginara que o amor de ambos estava mesmo escrito nas estrelas.

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