Chào các bạn! Vì nhiều lý do từ nay Truyen2U chính thức đổi tên là Truyen247.Pro. Mong các bạn tiếp tục ủng hộ truy cập tên miền mới này nhé! Mãi yêu... ♥

Capítulo 132- O melhor lugar do mundo


Olá, desculpem a demora. Tive alguns problemas, mas, consegui finalizar o capítulo. Espero pelos comentários caso gostem dele, pois me estimulam muito. Beijos. Rosana.

ANNE

Uma brisa suave vinha da janela do trem, e beijava suavemente os fios rubros de Anne, que sorria de leve, e às vezes fechava os olhos para curtir aquela carícia natural que vinha da mãe natureza como se estivesse dando boas-vindas aquela filha da terra que estava voltando para casa.

Ela desviou seus olhos inteligentes da paisagem já sua velha conhecida, e os direcionou para sua pequena família sentada ao seu lado, e seu coração já tão apaixonado se encheu de amor.

Rilla dormia tranquilamente nos braços do pai, enquanto Gilbert acariciava os cachinhos dela. Ele a ninava e cantarolava baixinho uma canção de ninar que Anne conhecia muito bem, pois fora ela que acabara ensinando Gilbert que não tinha até então nenhum conhecimento sobre canções infantis. Ele estava aos poucos aprendendo as coisas práticas do dia a dia sobre cuidar de um bebê, contudo, por instinto ele já era um pai maravilhoso.

Gilbert sempre sabia do que Rilla precisava quando estava em seus momentos chorosos ou fazendo manha, e apaixonada pelo pai como era, a garotinha simplesmente se transformava quando estava nos braços dele como se soubesse que ali encontraria todo o amor do mundo.

E ser pai parecia algo que Gilbert não precisava se esforçar nada para aprender, pois era surpreendente como ele se encontrara também naquele papel. Assim como a medicina parecia ser seu dom inato de vida, ser pai parecia também ser outro dom que nascera com ele. Anne se admirava com a maneira com que ele lidava com Rilla, conversava com ela e cuidava da garotinha quando Anne estava ocupada com suas tarefas. Era algo que ele fazia com prazer, e não somente porque se sentia na obrigação de poupar-lhe tempo quando ela precisava estudar ou cuidar de coisas relacionadas ao apartamento. Gilbert nascera para ser pai assim como nascera para se tornar um grande médico.

Ela suspirou, sentindo-se triste por um momento ao pensar o quanto aquilo tudo era injusto. Ali estava um rapaz maravilhoso que merecia estar cercado de crianças, e seria pai biológico apenas de uma garotinha que ele amava demais. Anne já tinha se conformado com a ideia de que Rilla seria a única criança que tinha gerado, e que não poderia mais engravidar nem em um futuro próximo ou distante. Ela sabia que tinha se arriscado demais ao insistir em ter Rilla a qualquer custo, e por isso, quase morrera no parto. Mas, se tivesse desistido, não estaria vendo o rosto feliz de seu marido naquele momento que olhava encantado para sua filha que dormia com a cabecinha encostada no peito dele, tão confiante naquele rapaz tão doce que tinha um coração pleno de amor.

Anne continuou observando Gilbert e Rilla, e viu ali um encontro de almas perfeitas. Assim como um dia, seu coração o tinha escolhido por conta de uma conexão que ia além de toda compreensão, Rilla o escolhera para ser seu pai, e o sentimento que nascera desse encontro no dia em que Anne dera a luz era tão perceptível, que cada vez que a ruivinha os via juntos, ela sentia todo o seu ser se emocionar.

Um pensamento repentino passou pela sua cabeça, e a fez fixar ainda mais seus olhos em Gilbert. Na verdade, era algo que vinha ocupando bastante tempo de sua mente nos últimos dias, e embora soubesse que ainda era cedo para pensar sobre isso, era uma possibilidade que não conseguia deixar de lado.

Uma vez Gilbert lhe dissera que não se importaria de adotar, e agora que tinham Rilla, Anne achava que poderiam dar esse passo no futuro, se seu marido ainda não tivesse mudado de ideia. Eles poderiam pensar em adotar um garotinho, e que não fosse muito mais velho que Rilla, pois assim, poderiam crescer juntos e se tornarem grandes amigos como geralmente acontecia com irmãos do mesmo sangue.

Ela estava tão absorta em seus pensamentos, que não notou quando Gilbert encarou-a com seus olhos castanhos. O rapaz examinou seu rosto por alguns minutos, e depois perguntou:

- O que foi, querida? Está tão distante. - Gilbert segurou na mão dela enquanto a esperava responder.

- Não é nada. Eu estava pensando em você e Rilla, e no quanto você cuida tão bem dela. Eu sempre soube que você seria um bom pai. - Anne respondeu apertando a mão dele com carinho.

- Eu adoro ser pai, Anne. Principalmente de Rilla. Eu nunca pensei que me sentiria assim aos vinte e um anos. Minha vida tem sido tão diferente do que planejei, mas, é infinitamente melhor do que sonhei. Encontrei a mulher da minha vida na minha adolescência, nos casamos, temos Rilla, nosso apartamento, e assim que eu me formar quero voltar para Avonlea e abrir meu próprio consultório, e então, tudo será perfeito, e eu sei que só é assim por sua causa. - Anne sorriu, sentindo aquelas antigas borboletas voando livres em seu estômago. Era incrível como depois de tanto tempo Gilbert ainda conseguia fazê-la se sentir assim.

- Nossa filha é linda, não é? - Anne disse cheia de orgulho.

- Ela é maravilhosa, tão parecida com você. Eu não me canso de olhar para ela e admirar o anjo perfeito que criamos juntos. – Gilbert disse passando o polegar de leve pelas bochechas de sua filha. Era nítido o amor que ele sentia por ela, pois seus olhos expressivos o entregavam completamente.

- Você não está triste por que não podemos ter mais filhos? - Anne perguntou de repente, e Gilbert a encarou com preocupação nos olhos.

- É obvio que eu queria mais filhos, porém, ter Rilla já é um milagre incrível, e eu não poderia desejar mais nada. Você quase deu sua vida para que ela nascesse, e eu agradeço todos os dias por ter as duas aqui. Eu nunca colocaria sua vida em risco de novo. - Gilbert disse acariciando o rosto de Anne.

Ele ainda tinha pesadelos, Anne sabia. Não eram mais tão frequentes, mas, havia noites que ela o ouvia chamar por ela como se estivesse perdido no labirinto de sua mente, em um outro plano no qual ela quase não podia alcançá-lo. Havia dor ali, e um certo receio, mas aos poucos, Gilbert estava voltando ao normal, e conseguia dormir uma noite inteira sem interrupção.

- Eu estava pensando em adoção. - Anne disse surpreendendo-o que perguntou encarando-a com seriedade:

- Está falando sério?

- Sim. É logico que não seria para agora, pois Rilla acabou de nascer, mas quero deixar as opções abertas para o futuro. - Anne disse, sentindo Gilbert puxá-la para mais perto.

- Eu não pensei que um dia ouviria você dizer isso.

- Nunca fui contra a adoção, Gilbert. Eu só queria te dar esse presente lindo que é nossa filha. – Anne disse brincando com os cachinhos de Rilla.

- Você sempre foi meu melhor presente, querida. Mas, obrigado por ter me dado esse pedacinho de céu que é Rilla. - Gilbert disse beijando-a na testa, o que fez Anne responder.

- Você também foi um presente que ganhei da vida, e Rilla, como você disse bem, é nosso pequeno milagre. Por isso, eu também penso que não posso pedir mais nada depois que o meu sonho maior se realizou. No entanto, eu acho que nossa filha pode sim ter um irmãozinho, mesmo que seja por outros meios. - o olhar carinhoso de Gilbert sobre ela fez Anne perceber que ele pensava do mesmo jeito, e que essa decisão, eles poderiam tomar mais tarde.

- Se é isso que quer, podemos pensar nessa possibilidade com carinho no futuro. Eu também acho que Rilla poderia ter mais irmãos sendo eles biológicos ou não. – Gilbert disse com um sorriso nos lábios.

- Obrigada, meu amor. Eu sabia que você iria me apoiar- Anne beijou-o de leve nos lábios, e ambos ficaram olhando para Rilla que continuava a dormir como se o colo de seu pai fosse o lugar mais confortável do mundo.

- Ansiosa para chegar em Green Gables? - Gilbert perguntou, fazendo um carinho em seus cabelos.

- Sim. Estou com saudades de Matthew e Marilla. E quero muito que Rilla conheça suas origens, embora ela ainda não tenha idade para entender isso. Ainda assim, é importante que ela tenha contato com sua terra, sua gente. Eu quero que ela saiba desde o início quem ela é e que não tenha que viver nas sombras como eu vivi por tantos anos. - Anne disse com um aperto no coração ao pensar sobre isso. Esse assunto era ainda delicado para ela. Ainda que a identidade de seus pais não fosse mais uma incógnita para ela, lembrar de tudo o que sofrera por conta disso ainda fazia doer seu coração, por isso não queria que Rilla passasse pela mesma coisa. Sua filha teria sempre o melhor de tudo, pois ela se encarregaria para que fosse assim.

- Isso ainda te incomoda, não é? - Anne olhou para aqueles olhos contemplativos que nunca deixavam de perceber qualquer detalhe seu, e respondeu.

- Não tanto quanto antes, mas, confesso que ainda dói em alguns momentos me lembrar de todas as humilhações que sofri. Eu sei que não devia mais pensar nisso, e que o passado deveria ser enterrado, mas, acho que quando se trata de sentimentos não há como controlar. - Anne deitou a cabeça no ombro de Gilbert, enquanto suas mãos acariciavam os fios macios de Rilla, e então ouviu-o dizer:

- Eu sei que isso nunca foi fácil para você, e imagino o quanto deve ter sofrido em sua infância por isso, mas, vou reforçar a promessa que te fiz um dia. Vou passar minha vida inteira te fazendo feliz, e vou te fazer esquecer cada dia triste que teve em sua infância. Quero que apenas viva para o nosso amor. - Anne ouviu as palavras de Gilbert e sorriu. Seu marido era o homem mais incrível do mundo. Ele sempre a colocava acima de tudo, mesmo que ele tivesse que sacrificar as melhores coisas de sua vida para isso. Ela nunca fora amada assim. Na verdade, em sua infância a palavra amor nunca existira. Ela só foi entender o que era quando conhecera os Cuthberts e Gilbert, e ainda assim, o amor de seu marido tinha sido incondicional, e encontrara o caminho certo do seu coração.

Nunca sonhara com uma vida assim quando ainda vivia presa no orfanato. Ela quisera ser livre, experimentar muitas aventuras, as mesmas que escrevia escondida à noite em seu quarto à luz de uma vela. Mas, o amor sempre fora um item tão fora do seu mundo, que ela se contentava em vivê-lo nas heroínas de seus livros favoritos, e por fim, acabara encenando seu próprio conto de fadas, e embora nem tudo tivesse sido colorido, ela não deixaria de viver um só minuto dele. Por isso, quando olhou para aquele rapaz tão lindo ao seu lado, indo em direção à sua verdadeira casa tudo o que pôde dizer foi:

- Você já me faz muito feliz, e quanto ao meu passado, você não é responsável por mudá-lo. Eu vivi como deveria ter vivido, pois foi isso que me trouxe até você. - Gilbert a encarou com seus olhos tão brilhantes que Anne teve a impressão de estar vendo duas estrelas cadentes ali na sua frente, e então ele respondeu:

- Se não estivéssemos em um trem e com nossa filha em meu colo, eu te mostraria com meu amor o quanto sou grato por suas palavras. Muitas vezes nesse tempo em que estamos juntos, eu pensei que não era suficiente para você, muito obrigado por me mostrar que eu estava errado. - Suas testas se colaram, e isso foi o máximo que puderam fazer ali, pois logo Rilla acordou, e com seus resmungos infantis mostrou a sua mãe o que queria exatamente.

Anne começou a alimentá-la com uma mamadeira de seu leite materno, já que não poderia amamentá-la como gostaria, pois estavam em público, e isso ainda causava um certo embaraço nas pessoas, enquanto seu marido as observava como fazia todos os dias. Sempre que estava em casa, Gilbert não perdia uma mamada de Rilla, o que fazia Anne se perguntar porque depois de ter assistido aquela mesma cena tantas vezes, ele ainda achava fascinante toda aquela dinâmica entre Anne e Rilla.

O trem correu ainda alguns quilômetros sobre os trilhos, fazendo um barulho engraçado como se estivesse em uma maratona, e precisasse se mover cada vez mais rápido para chegar ao seu objetivo final. Observando o lado de fora, enquanto tudo ao redor deles passava bem rápido pela janela. Gilbert disse:

- Estamos chegando em Avonlea.

- Sim. - Anne disse, olhando para Rilla que a encarava com seus olhos castanhos, ao mesmo tempo em que sugava o bico da mamadeira com avidez:- Estamos quase em casa.- Anne disse por fim.

GILBERT

Descer na estação de Avonlea com esposa e filha, deu a Gilbert uma sensação diferente. Talvez realização fosse a palavra certa para aquele sentimento que o fazia sentir uma satisfação plena dentro de si. Ele partira daquela cidade como um garoto sonhador, e voltava daquela vez com mais sonhos realizados.

Ele tinha se casado com a garota que escolhera, tinha uma filha linda que desabrochava a cada dia, um cãozinho maroto que dessa vez viera com eles, no compartimento especial do trem, uma faculdade que o levaria a trabalhar naquilo que desejava, e assim sua vida futura se desenhava diante de seus olhos como seu pote de ouro no fim do arco-íris.

Olhando para sua pequena família, ele pensou no que Anne lhe dissera no trem sobre adoção. Era uma atitude linda a de sua esposa de querer adotar um bebê, pois havia tantas crianças no mundo precisando de amor, e ele sabia que Anne tinha muito dentro de seu coração que poderia facilmente partilhar com outra criança além de Rilla, e logo ele se pôs a pensar que se iam adotar, ele queria que fosse um menino.

Desde que Anne lhe contara sobre o bebê que perdera, e que ela vira quando estava em coma, Gilbert ficara com aquela fixação de que se pudesse, seu próximo filho com Anne seria um menino, mas com a impossibilidade de um filho biológico se concretizar, ele deixou aquele sonho de lado, pois sua esposa não manifestava nenhum vontade de adotar.

E de novo Anne o surpreendera com sua imensa capacidade de se adaptar a qualquer revés da vida, o que o fazia admira-la ainda mais. Ela nunca fora apenas uma garota comum, desde o início ele soubera disso. Uma garota com aquela cor incomum de cabelo não podia ser como as outras, e quando conhecera seu espírito livre e indomável, Gilbert se apaixonara instantaneamente. Anne apenas tinha a aparência de frágil, mas dentro dela havia um gigante de força e luz que contagiava qualquer um que estivesse ao seu redor. Ele ainda se admirava como ainda tinha tanta coisa a aprender com ela, principalmente agora que Rilla era a mais nova integrante daquela família. E isso não tinha a ver com as coisas do dia a dia, pois essas ele conseguia administrar até que muito bem. Porém, quando se tratava de saber como lidar com sua filha em nível de sentimentos, Anne estava anos luz a sua frente.

Ela sempre dizia que ele estava se saindo muito bem, mas o que ela não sabia era que ele a observava em todos os seus momentos com Rilla, e tentava agir da mesma forma que ela agia. Nunca pensara que seria pai tão cedo, e as novas descobertas que vinham com isso eram realmente incríveis. Ele adorava ser pai de Rilla, pois o amor filial que recebia de volta era tão estimulante, quanto o amor que recebia de Anne. Era um outro tipo de sentimento que transcendia a tudo, era um tipo de felicidade infinita, por saber que aquela garotinha linda que o conquistara desde o dia em que Anne dissera que estava grávida era uma mistura de sua personalidade e a de sua esposa.

Ela ia pouco a pouco mostrando ao mundo quem ela era, com seus cabelinhos ruivos cacheados e olhinhos castanhos tão vivos ela era uma cópia dele mesmo e de Anne, mas dentro dela havia um ser humano incrível pronto para sair para fora e encantar quem olhasse para ela.

Sua filha seria uma mulher incrível, assim como a mãe dela, e ele já podia vê-la com aquele mesmo ar de desafio que Anne tinha quando algo demandava sua atenção e esforço. Rilla ainda era muito pequena para que ele pudesse traçar seu futuro em sua imaginação, mas ele podia sentir em suas veias como o DNA que os unia, que ela sendo filha de Anne, não poderia ser diferente.

Talvez fosse precoce pensar assim, mas toda vez que tinha sua bebezinha nos braços, ele sentia em seu íntimo, que as únicas coisas que diferenciava Rilla da mãe eram a cor dos olhos e o tom de pele, pois todo o resto o fazia intuir que tinha uma segunda MiniAnne em sua vida, e isso não podia deixá-lo mais feliz.

- Acha que podemos pegar o Milk agora? - Anne perguntou com preocupação. Fora ideia dele trazer o filho peludo deles junto dessa vez, pois Gilbert não achava justo que o pobrezinho novamente ficasse para trás em casa de amigos. Por isso, ele fora até a estação de trem saber se havia uma maneira de transportar um animal como ele, e felizmente disseram que sim. Havia alguns protocolos que deviam ser seguidos para isso e Gilbert se encarregara de cuidar de todos eles, e apesar de saber que seu amiguinho seria transportado com toda segurança, Anne não parara de se preocupar desde que saíram de Nova Iorque.

- Podemos sim. Já desembarcamos todas as nossas bagagens. - Gilbert afirmou.

- Será que ele está bem?

- Amor, você já fez essa pergunta milhões de vezes durante a viagem, e mais um vez eu te respondo que não deve se preocupar. Eu me assegurei que ele tivesse tudo o que precisasse. Eu tenho certeza de que ele passou essas horas muito bem. - Gilbert disse para acalmá-la.

- Eu sei. Desculpe-me. Estou ansiosa para vê-lo.- Anne disse, beijando-o no rosto, fazendo Gilbert rir, tocando-lhe as bochechas com carinho.

- Eu imagino o quanto. Não parou de perguntar por ele a viagem inteira. Vamos buscá-lo antes que você morra de ansiedade. - Gilbert disse, olhando para Rilla que continuava dormindo nos braços de Anne. Ainda era muito cedo, e sua princesinha não parecia disposta a acordar naqueles breves instantes, principalmente porque estava aconchegada ao peito de sua mãe.

Eles caminharam até o desembarque de animais, e logo encontraram Milk com seus olhinhos caramelos que começou a latir feliz assim que encontrou seus donos. Gilbert o soltou, e ele começou a pular ao redor deles, mostrando quanta falta tinha sentido e como estava satisfeito por se ver livre do seu confinamento. Anne entregou Rilla para Gilbert com cuidado, e depois se abaixou para falar com seu filho peludo:

- Como você está meu amor? Logo vamos chegar em casa, e você vai se divertir muito. - ela prendeu a coleira que trouxera na bolsa no colar que ele tinha no pescoço com seu nome, e depois de muitos afagos para acalmar seu amiguinho, eles começaram a procurar por Sebastian que ficara de vir buscá-los naquela manhã, e logo o avistaram a alguns metros dali com seu sorriso característico que nunca fora esquecido por nenhum dos dois. Às vezes, Gilbert se perguntava se ele já não tinha nascido daquele jeito, pois pelos anos que se conheciam, a única vez que não o vira sorrir fora quando Mary estava no hospital. Ambos caminharam até ele, e seu sorriso simpático se alargou.

- Como vocês estão? – ele perguntou apertando a mão de Gilbert e Anne com satisfação.

- Estamos bem. - Gilbert respondeu retribuindo o gesto do amigo, que desviou o olhar para a garotinha que tinha acabado de abrir os olhinhos castanhos para encarar o homem estranho e sorridente a sua frente.

- E essa garotinha linda? Quem é? – ele disse apertando as bochechas de Rilla de leve, fazendo seu rostinho de bebê se abrir em um sorriso lindo. - Meu Deus, Blythe. Ela é uma cópia sua e de Anne. Como pode isso? - Sebastian disse pensativo.

- Ela é a melhor parte de nós dois. - Gilbert disse com um sorriso cheio de orgulho. - Ela é linda, não acha?

- Ela é maravilhosa. Ainda estou tentando me recuperar do susto de ver aquele garoto marrento que viajava comigo no navio no papel de pai, mas, juro que me acostumo. - Em seguida, ele se virou para Anne e perguntou:

- Como você está, Anne? Se recuperou bem? - Sebastian sabia do que tinha acontecido por Cole que enviara um telegrama para ele contando sobre toda a situação.

- Sim. Estou muito bem. Obrigada, Sebastian. Ninguém contou a Marilla ou Matthew sobre o que aconteceu comigo, não é? - essa era uma preocupação frequente de Anne, pois ela sabia que Matthew tinha um coração fraco, e por isso, se preocupava imensamente com seu velho amigo.

- Fique tranquila, fizemos como Gilbert pediu, e ninguém sabe de nada a não ser seus amigos, e todos combinaram de ficar em silêncio sobre o ocorrido. O que importa é que você está bem e de volta à sua casa. - Sebastian disse com carinho.

-Obrigada. – Anne respondeu.

- Eu sinto não ter estado lá com você, Blythe. Depois de tudo o que fez por mim na época em que Mary esteve no hospital, tudo o que eu queria era retribuir seu gesto. - Sebastian disse colocando uma mão no ombro de Gilbert.

- Tudo bem, Sebastian. Estávamos distantes um do outro, e entendo que você realmente não podia estar lá. Mas, acabou tudo bem, e estamos juntos de novo. - Gilbert respondeu, lançando um olhar de afeição para o amigo que sempre compartilhara tudo com ele desde que se conheceram.

- Parece que temos um outro integrante na família. – Sebastian disse, se abaixando para falar com Milk.- Ei amiguinho, veio de tão longe para conhecer nossas terras. Aposto que nunca viu uma fazenda como a nossa. - Milk o olhava como se entendesse tudo o que Sebastian dizia, e quando o rapaz o afagou na cabeça peluda, ele o presenteou com uma enorme lambida no rosto, o que fez todos rirem com gosto. - Quem vai gostar de você é Shirley, só não deixa ela te cavalgar como se fosse um pônei. - ele disse bem humorado. Depois, ele se levantou e disse.:- Vamos todos para casa.

E assim, com a ajuda de seu velho amigo, Gilbert acomodou todas as suas bagagens no porta mala do carro, depois ajudou Anne a se sentar no banco do passageiro com Rilla e Milk, e logo estavam todos a caminho da fazenda dos Blythes.

Mary os esperava à porta acompanhada de Shirley, e logo que saíram do carro, e caminharam em sua direção, ela sorriu, e esperou que chegassem mais perto para dizer:

- Anne e Gilbert. Que prazer tê-los conosco. E me deixa ver essa pequena. - ela estendeu os braços e Anne entregou sua filha para que Mary pudesse vê-la mais de perto. - Meu Deus! Como ela é linda. Cole não mentiu em seu último telegrama. Ela é muito parecida com vocês dois. Já estou apaixonada por esse pinguinho de gente – Mary disse, acariciando o rosto de Rilla que assim como fizera para Sebastian, sorriu largamente, Deixando Mary ainda mais encantada. Em seguida, ela entregou a bebê para Gilbert e disse com os olhos cheios de emoção voltados para Anne. - Que bom te ver tão bem, minha amiga. Fiquei tão preocupada.

- Eu também estou feliz em vê-la, Mary. Eu estava com saudades. - as duas se abraçaram e depois de alguns minutos de emoção e palavras carinhosas trocadas, Gilbert se abaixou para falar com Shirley que o olhava com seus olhinhos pretos muito abertos e sorria.

- E você, bonequinha do tio Gilbert. Como está querida?

- Oi, tio. - ela disse pronunciando cada sílaba perfeitamente, e logo deu um beijo molhado na bochecha de Gilbert, e ele repetiu o gesto da garotinha, que em seguida foi cumprimentada por Anne do mesmo jeito.

Era uma sensação tão reconfortante estar em sua fazenda e no meio de sua família, que Gilbert não podia deixar de sorrir, e quando Mary os convidou para entrar e tomar café com ela e Sebastian foi que ele realmente sentiu que finalmente estava em casa.

GILBERT E ANNE

Acordar em seu antigo quarto trouxe milhares de recordações a Gilbert. Quando abriu os olhos naquela manhã e olhou para Anne ao seu lado, ele imediatamente se lembrou de quando eram namorados, e se refugiavam ali sempre que podiam, dando vazão ao amor e a paixão tão latentes dentro deles naquela época. Ele e Anne eram dois adolescentes ávidos por partilharem cada segundo de novas descobertas, mas se pensasse bem, apesar de já terem se casado, amadurecido os seus sentimento, o amor e a paixão que sentiam ainda eram os mesmos.

Anne ainda estava adormecida, e observá-la dormindo ainda era um de seus passatempos favoritos. Aos vinte anos, sua esposa era linda, muito mais do que fora na adolescência, pois ela tinha um ar de mulher que ainda enlouquecia seus sentidos. Nada se comparava a fazer amor com ela, nem em olhar naqueles olhos azuis e saber que ali encontraria tudo o que precisava.

Após o parto de Rilla, Anne parecia mais tranquila, e Gilbert dificilmente a via em algum momento depressivo. Era como se o sol morasse dentro dela agora, e aquela escuridão que costumava consumi-la a tivesse abandonado para sempre. Gilbert ainda morria de medo de perdê-la. Havia noites que ainda sonhava com aqueles dias em que ficara preso no hospital esperando que ela acordasse, se sentindo impotente por não conseguir tirá-la daquele estado vegetativo. Ele ainda se pegava no meio da noite respirando rápido demais, o coração disparado, e tinha que se certificar de que ela estava mesmo ali do seu lado.

Anne vinha sendo incrivelmente paciente com ele. Ela sempre o abraçava quando ele acordava no meio a um pesadelo e o ajudava a voltar a dormir com tranquilidade novamente. Eles sempre foram o apoio um do outro, e saber que ela estava lhe dando todo o suporte do mundo, o ajudava a se sentir melhor em suas noites mais críticas.

Ela se virou de lado e Gilbert fixou o olhar naqueles lábios macios, e mesmo não querendo acordá-la, ele não resistiu. Em segundos sua boca estava sobre a dela, e logo a sentiu retribuir. Suas mãos desceram a alça da camisola que ela usava, enquanto seus lábios beijavam os ombros dela, descendo bem devagar até os seios, os quais ele tocou até ouvi-la gemer baixinho em seu ouvido. As unhas dela se cravaram nos músculos das costas dele, ao mesmo tempo em que Gilbert a ia despindo até deixá-la completamente nua em seus braços. Ele se livrou da calça do pijama junto com sua roupa íntima, e entrelaçou suas pernas nas de Anne. Agora ela estava completamente desperta, e arfava conforme a respiração dele se tornava mais rápida, e ele sentia o fogo da paixão queimá-los como antes, como sempre seria entre eles. Anne era sua assim com e ele era dela, e essa verdade nunca ninguém iria contestar.

Eles rolaram pela cama, e logo Anne estava sobre seu corpo, e o tocava como ela mais gostava e o fazia delirar. Os lábios dela eram doces, assim como seu toque, e Gilbert amava as carícias dela mais do que amava qualquer outra coisa. As mãos dele encontraram as curvas dela, agora uma pouco mais cheias que antes, o corpo todo dele implorava por ela, e ele precisava tê-la, pois já estava meio louco pelo seu desejo. Assim, ele a tomou como sua mulher mais uma vez, sentindo-lhe o interior quente, movimentando-se dentro dela, perdendo-se cada vez mais naquele corpo de mulher que se entregava a ele mais uma vez. Alcançar o ápice não demorou muito tempo, e logo ele e Anne estavam completamente entregues a uma doce letargia que os acompanhou depois do amor.

- Bom dia. - Anne disse com um sorriso lindo.

- Bom dia, meu amor. Dormiu bem? – Gilbert perguntou acariciando-lhe os cabelos.

- Sim, e acordei melhor ainda. - ela disse olhando-o com malícia.

- Desculpe-me, eu estava sentindo sua falta e não consegui resistir. Não planejei te acordar dessa maneira.

- Mas, eu adorei. Amo fazer amor com você de manhã, principalmente aqui. Eu tenho tantas lembranças. - Anne disse sonhadora.

- Eu também. Me lembro de todas as vezes que nos amamos aqui. Esse quarto tem tantas histórias nossas para contar, principalmente de nossa primeira vez. - Gilbert disse puxando-a para seus braços. - Eu ainda te amo como antes, e vou continuar te amando até o fim da minha vida.

- Você é meu mundo todinho, Dr. Blythe. E quero te dizer que amo ser sua esposa e mãe de sua filha. - ela espalmou as mãos no peito dele.

- Eu também quero que saiba que amo ser seu marido e pai da sua filha: - ele disse com um sorriso, que logo desapareceu assim que sua boca encontrou a dela em um beijo apaixonado.

- Que acha de terminarmos nossa sessão de recordações no chuveiro? - ele disse totalmente com segundas intenções, enquanto suas mãos passeavam pelas costas nuas de Anne.

- Ideia totalmente aprovada. - ela disse, enrolando suas mãos no pescoço dele assim que ele a pegou no colo e a levou com ele para o chuveiro.

Um tempo depois, eles estavam na cozinha tomando café com Sebastian, Shirley e Mary. Àquela altura Anne já tinha amamentado Rilla, e ela estava deitada confortavelmente em seu carrinho, brincando com um chocalho que Mary lhe deu. Ela estava uma princesinha usando um vestido cor de pêssego, nos cabelos dela, Anne colocara uma tiara da mesma cor, pois logo estariam indo até Green Gables visitar Matthew e Marilla, e Anne queria sua filha impecável para aquela visita. Milk também iria e naquele momento estava deitado perto do carrinho de Rilla com seu fiel guardião, assim como fazia em Nova Iorque no apartamento deles.

- Nós vamos visitar os Cuthberts. Vocês não querem ir conosco? - Anne convidou.

- Hoje não podemos, querida. Temos muita coisa para fazermos na fazenda, mas, iremos em uma próxima oportunidade. - Mary disse apertando a mão de Anne com carinho.

- Que pena. Marilla gosta tanto de você. - a ruivinha disse, terminando de tomar seu café com leite.

- Eu também gosto muito dela. Dê minha lembranças a Matthew.- Mary disse, vendo Anne se levantar junto com Gilbert pegar Rilla no colo e irem para o carro acompanhados de Milk.

O caminho até Green Gables foi feito entre muitos risos, música tocando dentro do carro, e Milk latindo por todo o caminho, principalmente quando passavam por alguma vaca ou esquilo silvestre. Anne não podia deixar de rir da agitação de seu pequeno amigo peludo, pois ali tudo era novo para ele que até poucos dias só conhecia as quatro paredes do apartamento. Fora uma decisão acertada trazê-lo para Green Gables onde ele teria uma liberdade que nunca experimentara na cidade grande. Ali ele aprenderia a ser uma cachorrinho de fazenda com mais regalais ainda do que tinha em Nova Iorque,

Depois que Gilbert tinha dirigido alguns quilômetros, Green Gables já podia ser vista. Quanto mais chegavam perto, mais o coração de Anne se acelerava, e seus olhos se enchiam de lágrimas. Notando sua agitação, Gilbert segurou a mão dela e perguntou:

- Anne, tudo bem?

- Sim. Eu só estou com saudades de casa. Não se preocupe. - ela disse com um sorriso, e assim ele voltou sua atenção para a estrada.

Assim que adentraram os portões de Green Gables, uma avalanche de lembranças tomara conta de Anne. Não pisava ali desde seu casamento, e depois de quase ter morrido no parto de Rilla, aquelas terras tinham adquirido um valor ainda maior para ela. Ela estava ansiosa por encontrar Matthew e Marilla, pois parecia que fazia anos que não os via, e estar ali era incrivelmente importante para ela depois de tudo.

No momento em que Gilbert estacionou o carro, abriu a porta para Anne que carregava Rilla, Milk pulou para fora e começou a correr fazendo festa e latindo sem parar. Tanto barulho atraiu a atenção de Matthew e Marilla que apareceram na porta para ver quem tinha chegado, e quando Matthew viu Anne se aproximar com Rilla em seus braços, ele colocou a mão na boca, olhando rapidamente para Marilla que retribuiu-lhe o olhar emocionado. Sem se conter ele caminhou em direção a Gilbert e Anne, e quando se aproximou deles, seus olhos se encheram de lágrimas, e ele disse:

- Minha netinha. - Anne lhe entregou Rilla tão emocionada quanto aquele homem que um dia a tinha recebido naquela fazenda como filha. Marilla vinha logo atrás, e ao olhar para a garotinha nos braços do irmão, ela acariciou seu rostinho rosado e disse:

- Ela é tão linda quanto você.

- Obrigada. Marilla. - Anne disse enxugando o rosto com o dorso das mãos enquanto segurava a de Gilbert com força

- Quantos meses ela tem? - Matthew perguntou, sem deixar que seus olhos abandonassem o rostinho da garotinha que o fitava fixamente.

- Quase três. - Anne respondeu com um sorriso ao ver como Rilla tinha se adaptado ao colo de Matthew tão bem. Afinal, não podia ser diferente, já que aquele homem tão bondoso transbordava amor, e por isso, recebia amor de volta daquela garotinha que podia percebê-lo tão bem.

- Por que não nos avisou, querida? Poderíamos ter estado lá com você. - Marilla disse, e Anne olhando para Gilbert significantemente respondeu:

- Ela nasceu de oito meses, e foi tão rápido que não tive tempo de avisar ninguém.

- Ela é perfeita. Olha os dedinhos Matthew. Eu tenho que tricotar sapatinhos para que ela possa usar no inverno. E também vou fazer milhares de vestidinhos, nos quais ela vai ficar mais graciosa ainda. - Anne sorriu aliviada ao ouvir Marilla mudar de assunto satisfeita com sua explicação. Ela não saberia esconder por muito tempo o que lhe acontecera se ela insistisse naquela conversa.

- Você me deu uma netinha. Anne. Como eu pedi. Muito obrigado. - Matthew disse com um sorriso no rosto enquanto lágrimas escorriam por sua face cansada. Ele estava mais velho, e isso tocou o coração de Anne de tal jeito que ela quase chorou. Precisava voltar para casa mais vezes para ficar mais perto de Matthew e Marilla, pois eles não viveriam para sempre, e Anne não sabia o que faria se algo acontecesse a um dos dois enquanto estivesse em Nova Iorque.

- Ela gostou de você. - Gilbert disse olhando para sua filha que parecia encantada por Matthew, pois tocava o rosto dele com seus dedinhos delicados. Uma onda de ciúme o acometeu, mas, ele tratou de abafá-la. Rilla tinha o direito de amar outras pessoas além dele, e ele tinha certeza que só se sentia assim porque era a primeira vez que a via transferir o afeto que sentia por ele para outra pessoa.

- Ela é maravilhosa, e como se chama essa florzinha linda? - ele perguntou,

- Rilla. - Anne respondeu, e logo Matthew disse:

- É quase uma abreviação de Marilla.

- É mesmo, eu não tinha pensado nisso. - Anne disse encantada com a descoberta.

- Agora me sinto homenageada. - Marilla disse com humor.

- Então, se sinta, pois você merece. - Anne disse, olhando para Marilla com afeição.

- Vamos entrar, assim vocês podem nos contar tudo sobre esse anjinho que é o novo membro da família Blythe e Cuthbert. - Marilla os convidou, e eles assentiram.

Assim eles passaram um ótimo dia em família, e Anne se sentia mais feliz do que havia se sentido em anos. Sem dúvida, Avonlea era seu lugar e de Gilbert, e especialmente Green Gables onde tivera uma vida maravilhosa. E ela queria tudo aquilo para sua filha, a calma, a beleza o carinho, e especialmente muito amor.

Eles deixaram a casa dos Cuthberts no fim da tarde, prometendo que voltariam em breve. E enquanto Gilbert dirigia o carro, Anne notou que ele tinha tomado uma direção diferente, e espantada perguntou:

- Não estamos indo para casa, querido?

- Sim. Antes quero passar em um lugar.

Não demorou muito tempo para Anne perceber onde ele os estava levando, e ao avistar sua praia favorita, ela sorriu com seus olhos muito brilhantes e disse:

- Por que você quis vir até aqui hoje?

- Você me disse que queria que Rilla conhecesse suas origens, então vamos começar pelo lugar que é muito especial para nós dois. - ele respondeu, tocando-lhe os cabelos amorosamente.

Assim que ele parou o carro, eles desceram. Àquela hora, apesar de ser ainda verão, a praia estava deserta exatamente como Anne adorava, pois tinha a impressão que aquele lugar idílico era apenas seu e de Gilbert. Logo, ele caminharam pela faixa branca de areia que levava para próximo do mar, e pararam a pouca distância da margem. Eles arrancaram os sapatos enquanto as ondas vinham lamber seus pés de vez em quando, e olhando para sua filha que ainda pouca coisa entendia, Gilbert disse com a voz transbordando de ternura:

- Aqui é onde sua história começa, Rilla.

E assim, enquanto o sol se punha no horizonte, aquela pequena família construída com muito amor olhava o mar extasiada com tanta beleza. Até Milk que corria de um a lado para outro parou para contemplar aquele instante, onde sol e lua se encontravam em um céu cujo azul que ia lentamente se mesclando com o cinza, dando início a mais uma noite adorável em Avonlea.

Bạn đang đọc truyện trên: Truyen247.Pro