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Epílogo

A livraria dos Blythes, na Quinta Avenida, estava cheia de gente naquela noite fria de janeiro.

As festas de fim de ano tinham sido um sucesso de vendas na livraria, principalmente na sessão infantil, onde Anne e seus personagens eram a principal atração.

Ela tinha por tradição se vestir de Mamãe Noel e levar seus pequenos visitantes em um trenó personalizado pelo centro de Nova Iorque. Quando tivera essa ideia, demorara um tempo para pô-la em prática por achá-la dispendiosa demais.

Entretanto, assim que contara a Gilbert, ele embarcara em sua ideia e mandara fazer o trenó mais lindo que Anne já tinha visto, com seu nome entalhado nele pelo melhor artesão de Nova Iorque.

A ruivinha chorara de emoção quando o trenó ficara pronto e agradecera seu lindo marido com muitos beijos e declarações apaixonadas, que vinha repetindo através dos anos ao lado daquele homem extraordinário.

Todavia, a quantidade de pessoas que abarrotavam a livraria em uma fila imensa nada tinha a ver com a contação de histórias que quinzenalmente Anne organizava.

Elas estavam ali por um motivo bastante especial. Era o lançamento do primeiro romance de Anne, intitulado Amor em Nova Iorque. A ruivinha se inspirara em sua história com Gilbert, sob a influência de Cole, que vivia lhe dizendo que o amor dela e do rapaz dariam uma bela trama.

Fora interessante criar os protagonistas e falar dos sentimentos que os personagens principais demonstravam ao longo da história. Anne tivera a si mesma para lhe dar respaldo, e Gilbert também lhe dera uma generosa contribuição na construção do enredo.

Quando o livro ficara pronto, seu marido fora o primeiro a ler, comentar e acrescentar algumas observações sobre a história. E fora ele também que oferecera a Anne a livraria dos Blythes para que ela lançasse o livro em uma noite glamorosa de autógrafos.

Agora, perambulando por aquele espaço encantador, Anne se sentia incrivelmente realizada. Não esperava que houvesse tantas pessoas ali, principalmente por ser seu primeiro livro.

Ela ainda era uma escritora desconhecida, caminhando a passos lentos, sem ter certeza de como sua obra seria aceita pelo mundo literário. Contudo, o que fosse, aceitaria de bom grado, pois sentia um enorme orgulho do que tinha realizado.

Gilbert a fizera ver que ela tinha talento para contar uma história e a apoiara em todo o processo, especialmente nos momentos em que pensara em desistir.

Não fora fácil romper o bloqueio criativo que desenvolvera quando ainda era noiva de Roy. Ele lhe dissera que ela nunca teria sucesso como escritora, porque ela carecia das paixões que um bom escritor deveria ter para colocar suas ideias em prática.

Mas Anne descobriu em suas noites insones, enquanto escrevia o livro, que o que lhe faltava para dar um pontapé inicial em seu sonho era um homem que a amasse de verdade, e que segurasse em sua mão, incentivando-a a seguir em frente e tudo isso, Gilbert lhe dera.

Estavam casados há cinco anos, e seu marido lhe dera tudo o que lhe prometera. Viajaram por muitos lugares, conheceram continentes diferentes e trouxeram consigo, em suas bagagens, um enorme conhecimento cultural.

Era tudo que Anne desejara, mas nunca tinha tido a oportunidade, pois quando seu pai morrera, viajar fora a última coisa que colocara em sua lista de prioridades. Porém, Gilbert preenchera esse vácuo em seu coração, e lhe apresentara aos lugares mais lindos e famosos do mundo. Paris, Londres, Milão foram algumas das cidades que conquistaram Anne, por sua beleza e cultura.

Obviamente, ainda havia muitos lugares a serem explorados no mundo, e Gilbert prometera que até ficarem velhinhos, ambos teriam um diário de viagens gigantesco para compartilhar com quem desejassem.

Anne olhou em volta do grande círculo de pessoas que entravam e saíam da livraria à procura do marido, mas ele não parecia estar em lugar algum.

Logo começaria sua sessão de autógrafos e o queria a seu lado para viverem aquele momento juntos. Ansiosa, ela continuou a procurá-lo por entre as pessoas, mas não o encontrou e ao continuar sua busca, sentiu um toque em seu ombro e se virou para encarar Bertha, que lhe disse:

—  Está nervosa?

—  Um pouco. A senhora viu o Gilbert? —  Anne perguntou, esticando a cabeça para conseguir enxergar por entre a massa de cabeças humanas que atrapalhavam sua visão da porta.

— Ele recebeu um telefonema e saiu cerca de vinte minutos atrás. —  Bertha explicou, enquanto Anne suspirava, aborrecida por seu marido não estar ali.

—  Pensei que o teria a meu lado durante a sessão de autógrafos. — Anne disse, apertando as mãos com nervosismo.

— Ele já deve estar voltando. Gilbert não perderia esse momento por nada no mundo. — Bertha falou, tentando animá-la.

Anne não podia contradizê-la, pois Gilbert fora a pessoa que mais lhe dera força nos últimos meses. A vida de ambos estava uma tremenda correria, mas o rapaz sempre encontrava um jeito de arrumar tempo e discutir com ela a história do livro. Estava imensamente grata e também muito apaixonada por aquele homem que, há cinco anos, era a razão de todos os seus sorrisos.

— Anne, está na hora. —  Cole disse, se aproximando da amiga.

Naqueles cinco anos, ambos continuavam grandes amigos e colegas de trabalho. Cole tinha finalmente dado início à sua carreira nos palcos e estava construindo seu legado como o grande ator que era.

Anne se sentia tão privilegiada por tê-lo como amigo, assim como Diana, que acabara de ter seu segundo bebê. Ela e Jerry não tinham se casado de papel passado, mas continuavam juntos e apaixonados.

A morena continuava a trabalhar com Anne também, além de ser sua empresária na área de literatura. Gilbert tinha se oferecido para aquele cargo, mas Anne optara por Diana, porque seu marido já estava bastante ocupado com a presidência da livraria. John tinha se aposentado e Gilbert tinha ocupado o cargo definitivamente.

O Blythe mais velho e sua mãe não tinham se casado, mas continuavam como namorados eternos. Faziam um lindo casal e o carinho que tinham um pelo outro era impressionante. Anne sabia, lá no fundo, que Bertha jamais esqueceria seu pai, mas estava feliz por ela ter encontrado alguém para dividir sua solidão.

—  Não podemos esperar mais um pouco? Gilbert teve que sair e não quero começar sem ele. —  Anne disse, um pouco mais aborrecida por aquele inconveniente.

— Posso tentar ligar para ele. — Bertha se ofereceu. —  Eu também estou esperando por John. —  Ela completou.

— Faça isso, por favor, mamãe. —  Anne disse, deixando que a mãe percebesse o tom ansioso em sua voz.

— Pode deixar, querida. Agora vá atender seus futuros leitores. — Bertha disse com um sorriso, enquanto Anne balançava a cabeça, concordando, mas não se sentindo tão confiante assim.

Cole lhe deu a mão e Anne a segurou como um bote-salva vidas. Ela queria Gilbert ali, mas na falta dele, seu amigo seria seu suporte naquele momento importante.

Anne se sentou na cadeira que lhe foi oferecida por Diana e lançou um olhar para a fila quilométrica de pessoas esperando por seu exemplar autografado. Pela primeira vez, desde que o livro fora aceito por uma editora e todos os preparativos para seu lançamento foram feitos, Anne entendeu com assombro, o que tinha alcançado.

Seus olhos marejaram ao pensar que estava finalmente realizando seu maior sonho. Nunca acreditara em si mesma o suficiente para tentar algo tão grandioso, e de novo, ela tinha que agradecer a Gilbert pelo seu apoio incondicional.

—  Anne, está tudo bem? — Diana perguntou, observando a expressão estranha da amiga.

— Está sim. — Anne respondeu, engolindo em seco para conter a emoção que quase a fazia explodir em lágrimas. — Vou começar a autografar os livros agora. —  Ela avisou, sorrindo para a primeira pessoa da fila.

Para cada pessoa que lhe entendia seu exemplar, Anne colocava uma nota de agradecimento na primeira página do livro. Ela estava se sentindo uma daquelas celebridades que via na televisão.

Nunca pensara que um dia teria uma noite assim. Saber que seu talento, se pudesse chamar assim, sua paixão por escrever, estava sendo reconhecido por tantas pessoas, a deixava imensamente feliz.

Quando estava autografando o décimo exemplar, ela ouviu alguém dizer:

—  Será que essa autora maravilhosa pode colocar uma dedicatória para suas duas fãs especiais.

Quando levantou a cabeça, Anne sorriu para Gilbert e quase chorou de verdade ao ver seu marido com as filhas gêmeas de ambos nos braços.

— Você as trouxe. — Anne disse, tentando segurar as lágrimas que ameaçavam cair naquele instante.

Lara e Angel eram tão parecidas, que Anne sabia que teria problemas para identificá-las se não fosse a mãe delas. Seus cabelos eram ruivos e encaracolados nas pontas, enquanto os olhos eram de um castanho profundo e amendoados, realçados por cílios longos e também ruivos.

Eram lindas como pequenos querubins, com sua pele branquinha e traços delicados.

— Pensei que tínhamos combinado de não trazê-las aqui, por conta do aglomerado de gente.— Anne lembrou-o, olhando para suas pequenas princesas com admiração.

—  Eu sei, mas tive um bom motivo para isso. Depois eu te explico. — Gilbert disse, beijando-a no rosto.

—  Mamãe...- Angel disse, em sua dicção de garotinha de dois anos, esticando os bracinhos gorduchos para Anne.

Ela pegou a menina nos braços, sentindo seu corpinho roliço e o aroma de bebê misturado com talco perfumado, e deixou um beijo carinhoso em sua testa lisa.

Devagar, Anne tornou a se sentar na mesa para continuar a autografar os livros que restavam, com Angel confortavelmente, acomodada em seu colo.

Ao seu lado, Gilbert a olhava orgulhoso, enquanto Bertha e John, que também tinham acabado de chegar, registravam aquele momento incrível com as câmeras de seus celulares.

Uma hora depois, Anne autografou o último livro, enquanto Bertha segurava Angel nos braços, que assim como Lara, tinha adormecido nos braços dos avós.

—  Quero que venha comigo. — Gilbert pediu, segurando Anne pela cintura.

Anne seguiu-o sem protestar, mas estava achando o comportamento do marido estranho desde o começo da noite, por isso, quando percebeu que ele a estava levando para o escritório dele, perguntou:

— Por que me trouxe até aqui?

—  Por minha causa. — Uma voz vindo da porta chamou sua atenção.

—  Olga Blythe. — Anne disse, quase se virando para sair dali. Só não o fez por respeito à Gilbert, mas em seu coração não queria nada que tivesse a ver com aquela mulher.

— O que significa isso, Gil? —  Ela perguntou, encarando o marido com certo desgosto.

— Dê uma chance a ela, amor. Escute o que minha mãe tem a dizer. Você me perguntou porque eu trouxe nossas meninas até aqui. E é essa a razão. Minha mãe pediu para vê-las lá em casa, e eu não podia permitir isso se você não autorizasse. Quando ela me ligou, fui até nosso apartamento e peguei as meninas com a babá, pois não sabia quais eram as intenções de minha mãe. Eu expliquei que ela só poderia vê-las com sua autorização. Por isso, ela está aqui.

Gilbert disse todas aquelas palavras na frente de Olga, e Anne ficou surpresa por ela não surtar e dar ao filho uma de suas respostas ferinas. Mas a verdade era que Olga até baixou o olhar, como se estivesse envergonhada de estar perante Anne naquela situação.

— Diga o que quer, Olga. Não disponho de muito tempo. — Anne respondeu, sem paciência para ficar ali com uma mulher que nunca fizera o menor esforço para se aproximar dela e conhecê-la melhor.

—  Eu queria te pedir desculpas pelo meu comportamento quando você começou a namorar Gilbert e também por não ter ido ao casamento de vocês. Mas quero que saiba que estou muito arrependida, principalmente agora que sou avó. — Olga disse, enxugando os olhos com um lencinho de renda.

— As meninas nasceram dois anos atrás e só agora se lembrou que tem netas? —  Anne perguntou com secura.

Quando ela dera à luz as gêmeas, Gilbert deixara um recado para a mãe no celular dela, mas Olga sequer se dignara a responder. Anne achava muito estranho que, após dois anos, ela se interessasse em conhecer as netas.

—  Naquela época, eu ainda estava ressentida. Foi só no ano passado que me dei conta de que estava definitivamente sozinha, sem marido, sem amigas e o pior de tudo, sem meu único filho. Por influência de uma conhecida, eu procurei terapia e finalmente, descobri o que o problema sempre foi eu. Afastei todos de mim e tudo o que quero e preciso é me aproximar do meu filho de novo e, se você permitir, me aproximar das minhas netas. Estou velha, Anne. Não sei quanto tempo me resta nessa vida e não quero deixar esse mundo sem estar perto daqueles que amo.

Anne não respondeu imediatamente, pois não conseguia acreditar na sinceridade de Olga. Mas quando olhou para o marido, viu a expressão ansiosa dele e percebeu que Gilbert desejava que ela desse uma oportunidade para a mãe, embora não tentasse influenciá-la por isso. Por amor a ele ela disse:

— Certo, Olga. Vou deixar que conheça nossas filhas, mas espero que entenda que essa é a única oportunidade que te darei. Se de alguma forma, você tentar atrapalhar minha vida e a de Gilbert, nunca mais permitirei que chegue perto da minha família.

—  É justo. — Olga respondeu, e  depois pediu: —  Será que posso te dar um abraço?

— Acho que por hora, um aperto de mão é o suficiente. — Anne falou, e viu um brilho de respeito passar pelos olhos da mulher mais velha, que estendeu sua mão e Anne fez o mesmo, apertando-a e selando assim aquele acordo.

Eles voltaram para a loja onde um coquetel estava sendo realizado para os amigos mais íntimos. E quando John viu Olga surgir atrás deles, ele perguntou:

—  O que faz aqui, Olga? Veio destilar seu veneno mais uma vez?

—  Tudo bem, John. Ela quer conhecer as meninas. —.Anne disse, lançando um olhar para Olga para que ela se aproximasse.

— Como são lindas! — Olga disse emocionada, olhando para as garotinhas adormecidas nos braços de John e Bertha.

— Gostaria de segurá-las? — Anne perguntou.

—. Eu posso? — Olga perguntou com certo receio.

—  Claro. Você é a avó delas. — Anne respondeu e viu com satisfação Olga pegar Angel no colo com todo o cuidado do mundo.

Enquanto Bertha e John respondiam as perguntas de Olga sobre as gêmeas, Gilbert disse:

— Vamos circular por aí.

— Certo. — Anne respondeu.

Eles andaram pelos convidados por alguns instantes, agradecendo a presença de todos e dando algumas informações sobre o livro de Anne, que estaria à venda em todas as livrarias da cidade na semana seguinte.

Quando finalmente puderam ficar sozinhos de novo, Gilbert levou Anne para a sacada da livraria e disse:

—  Obrigado por ter dado uma chance para minha mãe.

— Espero não me arrepender.— Anne respondeu.

—  Não vai. Antes de trazê-la para cá, tivemos uma longa conversa, e percebi que ela realmente estava sendo sincera. — Gilbert afirmou.

—  Eu fiz isso por você. Eu te amo, Gil, e você tem sido um marido e um pai maravilhoso. Achei que merecia esse presente, por tudo que tem feito por mim nesses cinco anos juntos.

—  Tudo o que faço por você e as meninas é porque as amo mais que tudo. Afinal, somos uma familia, não é? — Gilbert falou sorrindo.

— Somos sim. — Anne confirmou, deitando cabeça no ombro do marido, enquanto seus olhos vagavam por todo o salão, passando por Cole e Diana, que conversavam animadamente em companhia de Jerry e Billy. Depois, seu olhar alcançou Bertha e John, que continuavam a conversar com Olga, que parecia estar completamente apaixonada pelas netas.

Um sentimento de plenitude tomou conta de seu coração, pois nem em seus melhores sonhos, ela pudera criar um cenário tão perfeito como aquele, onde o conceito de família ia além de parentesco ou laços de sangue.

Sua família era constituída de todos aqueles que faziam parte de sua vida, direta ou indiretamente.

A felicidade que alcançara ao lado de pessoas tão especiais era o presente mais precioso que já ganhara, e esperava conservá-las em sua vida para sempre, especialmente ao lado do homem que fazia de seus dias um eterno conto de fadas, cheio de amor e paixão, os quais. estariam para sempre gravados nas entrelinhas do seu coração.

E chegamos ao fim de mais uma fic do nosso lindo casal Anne e Gilbert. Essa foi uma das histórias mais deliciosas de escrever e assim, como todas as outras que escrevi e escrevo, sou completamente apaixonada pelos personagens e seu enredo pessoal. Espero que eu tenha conseguido tocar seus corações com cada capítulo postado, e que vocês tenham sentido as emoções que tentei passar a cada linha escrita. Muito obrigada por tudo, e prometo que virão mais histórias. Beijos e até a próxima.



























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