Capítulo 18 - No doce embalo do amor
ANNE E GILBERT
Gilbert Blythe acordara feliz naquela sexta-feira de inverno, exatamente uma semana após a entrada do novo ano. A sua vida parecia ter entrado em um processo intenso e ao mesmo tempo tranquilo. Os negócios estavam indo bem, e ele não poderia se sentir mais orgulhoso de si mesmo. A nova livraria era o primeiro empreendimento que ele realizava sozinho sem a supervisão do pai, e embora tivesse ficado apreensivo no começo com tanta responsabilidade, ele não hesitara nem um segundo quando lhe fora oferecida a oportunidade de levar aquele projeto adiante com seus próprios esforços.
Insegurança nunca fizera parte de sua vida desde os quinze anos quando começara a sair debaixo das asas de seus pais para sentir o mundo por si mesmo. Sua mãe temia por ele, pela excessiva liberdade que ele estava conquistando sozinho em uma idade tão complicada, mas seu pai sempre o incentivara a testar os próprios limites, e ali estava ele, um empresário de vinte seis anos, bem sucedido e completamente consciente de sua capacidade intelectual para os negócios.
No campo emocional, Gilbert não podia dizer que fora tão equilibrado assim. Observar o casamento dos pais como ativo participante diário lhe deixara marcas que ele nem imaginara a princípio. A dependência emocional da mãe que cobrava de seu pai cada minuto de atenção, e a necessidade de John de fugir disso, se enterrando no trabalho e partindo em viagens longas de negócios, fez Gilbert avaliar o que realmente ele desejava em uma relação entre um homem e uma mulher. E após cuidadosamente pensar sobre as brigas intermináveis que o testemunhara nos catorze anos de casamento dos pais, ele descobrira que seu coração não estava pronto para ser abrir para ninguém dessa maneira.
Por isso, sua vida amorosa até o último ano fora apenas de conquistas passageiras, pois ele não conseguia se ver em um relacionamento no qual suas forças seriam sugadas por constantes problemas e esforços em manter sua parceira satisfeita, enquanto internamente ele se sentiria completamente infeliz. Dessa forma, ele fugira dos sentimentos que pudessem aprisioná-lo a um casamento fracassado como fizeram com seu pai. Se apaixonar nunca fora uma opção segura para ele, que preferia viver sua liberdade sem nenhum tipo de obstáculo pelo caminho. Isso até conhecer uma certa ruivinha que fez sua vida dar uma guinada de cento e oitenta graus.
Gilbert não esperava se encantar tanto por alguém como ele se encantara por Anne desde a primeira vez que a vira. Ela era diferente de qualquer garota que ele tinha conhecido até ali. Anne era cheia de vida, de amor, e alegria. Estar com ela transformava qualquer momento de sua vida em algo mágico. Ela o fazia rir até mesmo de suas tragédias pessoais, e cada dia com ela o fazia desejar explorar mais daquela garota singular.
Anne era tão jovem, mas tinha tanta maturidade em suas atitudes que o impressionava. Ela tinha uma personalidade marcante, difícil de esquecer, difícil de compreender às vezes, mas impossível não amar. Ele vinha lutando para que sua paixão por ela não se tornasse rapidamente em um sentimento forte demais com o qual não saberia lidar no momento, mas a todo instante ele se pegava pensando nela, sorrindo ao se lembrar das inúmeras sardas em seu rosto que a tornavam tão adorável, seu olhar profundo mesclado ao azul maravilhoso de sua íris brilhante, seu rosto de traços delicados e pele macia como pêssego, e sua maneira de encarar a vida por uma ótica completamente otimista.
Seu lado cínico demorara para aceitar que alguém fosse tão autêntico daquela maneira, mas observando-a cuidadosamente, ele descobriu que a alma daquela garota era tão profunda e tão sábia, talvez por ter assumido grandes responsabilidades tão cedo, e também porque tivera que cuidar de uma mãe profundamente mergulhada na dor pela morte do marido, ao mesmo tempo em que tivera que lidar com sua própria mágoa da perda.
Anne nunca lhe contara muito sobre esse período de sua vida, mas o rapaz podia imaginar como fora duro para ela assumir os negócios da família quando mal havia entrado na faculdade. Ao invés de se divertir como toda garota da sua idade, ela já se via em volta de problemas de adultos, gerenciando a livraria e pagando boletos bancários.
Era isso que o fazia admirá-la cada vez mais, e se sentia imensamente grato por ter a chance de ir aos poucos desvendando cada parte dela com cuidado, e a cada nova descoberta ele se encantava ainda mais pela pessoa que ela era, deixando seu coração perigosamente vulnerável a qualquer coisa que a envolvesse. Gilbert nunca pensara que amaria alguém, mas pela velocidade com que as coisas entre eles estavam acontecendo, ele sabia que isso estava muito perto de acontecer, e o rapaz só não sabia se estava preparado para se entregar aquele sentimento totalmente.
-Pelo seu sorriso no rosto, imagino que esteja pensando em Anne. - Jerry disse, e só naquele instante, Gilbert percebeu que ele entrara no escritório e tinha nas mãos a pasta de documentos que ele pedira.
-Estou tentando não ser óbvio, mas não consigo evitar. Acho que a maior parte dos meus pensamentos são dirigidos a ela ultimamente.- Gilbert admitiu.
-Pelo jeito, você se apaixonou de verdade dessa vez. - Jerry constatou, se sentando na cadeira em frente a Gilbert.
-Eu queria dizer que não, mas também não consigo mentir sobre isso.- Gilbert confessou mais uma vez.
-E por que você desejaria mentir sobre isso? É tão bom estar apaixonado. - Jerry respondeu, abrindo a pasta e selecionando os documentos que deveriam ser discutidos e assinados por Gilbert.
-Depende do ponto de vista. - Gilbert retrucou de forma enigmática.
-O que quer dizer? Pensei que achasse Anne fantástica. Ou pelo menos foi o que me disse semanas atrás.
-E ela é. O problema não é esse. Eu sou um pouco complicado para coisas sentimentais. Ter crescido em uma família desestruturada emocionalmente não me ajudou muito nessa questão. - Gilbert confessou com um grande suspiro.
-Está me dizendo que tem medo de amar alguém? - Jerry perguntou, lançando um olhar incrédulo ao amigo.
-Eu acho que tenho medo de toda a confusão e dor que esse sentimento pode causar. Meus pais são um ótimo exemplo do desastre que um relacionamento nem um pouco saudável pode causar na vida de alguém. - o rapaz confessou, dando-se conta pela primeira vez em como sua vida sentimental fora baseada nesse tipo de situação. Ele sabia que Anne era uma mulher incrível, e tudo o que ele desejava era aprender a confiar no que sentia, e na sua capacidade de levar aquele relacionamento adiante sem magoá-la.
-Você não pode levar isso em consideração, Gilbert. Os relacionamentos não são iguais. Não é porque seus pais não deram certo que pode acontecer o mesmo entre você e Anne. - Jerry o aconselhou.
-Acho que preciso ir com calma para que eu possa viver essa experiência com Anne da forma mais saudável possível. - Gilbert ponderou. Ele estava muito apaixonado por ela, mas seus receios ainda eram enormes, e ele queria se sentir confiante e seguro para que pudesse doar a ela seu coração livremente.
-Eu entendo, mas não permita que esse seu medo te impeça de sentir o que quer que esteja crescendo dentro de você, pois se perder isso pode ser que um dia se arrependa, e aí pode ser tarde. - Jerry o aconselhou pela última vez antes de ambos mergulharem no trabalho.
Após essa conversa com o amigo, Gilbert não conseguiu mais parar de pensar em Anne. Ele queria ir devagar como dissera para Jerry, mas sua mente não deixava que ele se desligasse da imagem dela. A toda hora alguma memória o fazia parar o que estava fazendo para contemplar, mesmo que em sua imaginação, aquela beleza gloriosa que o fazia ofegar cada vez que a via. Ela era como uma princesa de seus sonhos, quase intocável em sua torre de marfim. Às vezes, ele pensava que Anne era demais para ele, e que nunca chegaria aos pés da inteligência dela.
Quando conversavam, ele quase não conseguia esconder sua fascinação pela maneira como ela descrevia algo, ou deixava que as palavras e pensamentos saíssem com facilidade de seus lábios. Anne era tão eloquente e sabia se expressar como ninguém, principalmente quando se tratava de falar de seus sentimentos. Nessa área, Gilbert deixava muito a desejar, pois falar do que sentia não era exatamente um terreno fácil para ele, acabava ponderando demais e detestava se expor.
Assim, enquanto Anne era quase um livro aberto na área sentimental, Gilbert era mais introspectivo. Era uma parte sua que desejava mudar, pois não queria dar a Anne a impressão de que não estava por inteiro naquele relacionamento. O que precisava era de tempo para aprender a deixar que ela conhecesse seu coração assim como ele conhecia o dela.
Quando Gilbert olhou no relógio, faltavam trinta minutos para o almoço e uma ideia começou a se desenhar em sua mente. Fazia alguns dias que ele e Anne não se viam por conta do trabalho de ambos, embora se falassem todos os dias ao telefone. Assim, ele pensou que seria uma ótima ideia convidá-la para almoçar com ele no apartamento. A questão era se devia ou não ligar para ela, mas logo decidiu que iria até a livraria, pois deste modo ela não teria desculpa para recusar.
Naquele momento em sua livraria, Anne olhava os números de venda com desânimo. Eles tinham tido um ótimo retorno financeiro no final do ano anterior por conta das festas, mas com o início do novo, as coisas pareciam ter mudado para pior. Ela não queria acreditar que isso se devia à nova livraria dos Blythes, mas o que tudo indicava era que os clientes preferiam modernidade do que tradição, e isso deixava o coração dela ao mesmo tempo apreensivo e apertado.
Ela e Gilbert não falavam sobre negócios quando estavam juntos, embora isso não tivesse sido nada combinado verbalmente entre eles, parecia um acordo silencioso o que tinham feito, para que nada atrapalhasse a harmonia de seu relacionamento. Entretanto, eles tinham selado uma disputa naquela área que para Anne continuava valendo. Ela só não sabia se o rapaz ainda levava a sério o que tinham conversado sobre isso, ou se tinha declarado uma trégua por conta própria.
Anne por sua vez não pretendia perder de jeito nenhum aquela competição. Ela queria provar que a filosofia da sua livraria valia acima de qualquer coisa. O que ela levava aos seus leitores era cultura e conhecimento, enquanto para os Blythes o que importava ainda era a quantidade de livros que vendiam e o dinheiro que entrava na conta. Como ela e Gilbert iam resolver isso, a ruivinha não sabia, mas era algo bastante estimulante que a forçava sair do comodismo e dar o seu melhor para mostrar que seu ponto de vista fazia sentido dentro de todo aquele contexto.
Ela desviou por um instante o olhar de sua planilha de vendas e lucro, relaxou as costas na cadeira e deixou que seu pensamento a levasse para o único lugar onde ela sabia que encontraria o que desejava, ou seja Gilbert Blythe. Era espantoso como conseguia separar a imagem do homem de negócios, e seu rival, e a do namorado por quem estava loucamente apaixonada, porque quando estava com ele não conseguia pensar em mais nada, a não ser naquela paixão que unia os dois de forma intensa.
Gilbert era espetacular, tanto como homem quanto como namorado . Quando pensava no tempo que perdera com Roy em um relacionamento onde tinha que quase implorar por atenção e carinho, ela tinha vontade de agredir a si mesma, por ter imposto a si mesma um tipo de situação que a fazia se sentir inferior. Roy nunca se importara com seus sentimentos e suas necessidades como mulher. Ele era egocêntrico e egoísta, e fora uma pena que ela tivesse se mantido cega a isso por tanto tempo. Se não tivesse conhecido Gilbert, talvez estivesse ainda presa a um homem que não merecia o mínimo de consideração da sua parte, e até isso ela tinha que agradecer aquele rapaz incrível que se tornara em pouco tempo tão importante em sua vida.
Uma batida discreta em sua porta fez Anne deixar seus pensamentos de lado e dizer:
-Pode entrar.
-Chefinha, desculpe interromper seu trabalho, mas o deus grego acabou de chegar. - Cole disse cheio de animação.
-Quem? - Anne perguntou se sentindo confusa com a fala do amigo.
-Seu deus grego Blythe. Existe outro por acaso? - Cole disse com a mão na cintura e parecia tão ultrajado que fez Anne rir.
-Desculpe, não sabia que era assim que se referia a ele.
-Ele está aí fora. Posso mandá-lo entrar?- Cole perguntou sorrindo novamente.
-Pode sim.- Anne concordou, sentindo o familiar frio no estômago toda vez que Gilbert estava por perto.
Assim, Cole saiu apressadamente do escritório e logo voltou acompanhado de Gilbert cujos lábios se abriram em um sorriso de arrasar quando ele viu Anne, fazendo o coração dela bater mais rápido a cada segundo.
-Vou deixá-los sozinhos. Não se excedam, meu queridos, pois temos crianças no recinto do lado de fora.- Cole disse em tom malicioso, fazendo Anne se sentir constrangida enquanto Gilbert ria de leve, balançando a cabeça.
-Desculpe. Cole às vezes é inconveniente.- Anne disse ao namorado.
-Tudo bem, isso não me aborrece de forma nenhuma.- Gilbert disse, passando os olhos pelo conjunto verde de calça social e blusa de gola alta que Anne usava naquele dia. Como sempre ela estava estonteante, e ele não conseguia se focar em nada a não ser na presença dela a poucos metros de onde ele estava.
- Você não me avisou que vinha. - Anne afirmou, fugindo do olhar insistente dele sobre ela. Gilbert sempre a deixava nervosa quando parecia dissecar cada detalhe de seu corpo mesmo estando completamente vestida e dentro de seu escritório. Mas a verdade era que o problema todo não se dava pelo fato de como ele a avaliava, e sim a maneira como ele a fazia se sentir quando fazia isso. Sem perceber, ele colocava ideias na cabeça dela que não eram nem um pouco aceitáveis para o lugar onde estavam. Ela nunca tivera pensamentos ousados quando namorara Roy, mas com Gilbert cada vez que estavam próximos como naquele momento, tudo no que pensava era em corpos suados e beijos ardentes, e não conseguir controlar esse sentimento mesmo a luz do dia a deixava inquieta.
-Eu quis te fazer uma surpresa. Está chateada?- ele perguntou se aproximando dela, e admirando a linha elegante do pescoço de Anne que o cabelo preso em um rabo de cavalo deixava a mostra.
-Não, pelo contrário. Eu adoro quando vem me ver, eu só achei que estaria muito ocupado para isso. - ela se justificou.
-E estou mas não aguentava mais a vontade de estar com você. - a chama que brilhava naqueles olhos fez Anne sentir seu corpo pegando fogo. Ela se levantou da mesa e foi até a pequena geladeira que mantinha em seu escritório, e se serviu de um copo de água gelada para aliviar sua garganta que ficara subitamente seca, enquanto Gilbert observava todos os seus movimentos. Ele a deixava inquieta sem mesmo perceber, pois ela temia aquele sentimento tão forte dentro de si. Anne nunca se sentira tão sem controle, e tão vulnerável a alguém como se sentia com Gilbert, e Anne tinha medo de se entregar demais e no fim se magoar.
-Eu também senti sua falta, mas essa semana tem sido complicada. - Anne respondeu, pensando mais uma vez na queda das vendas da livraria, mas logo afastou esse problema da mente. Não queria que nada atrapalhasse seu momento com Gilbert depois de dias sem vê-lo.
-Então, por que ainda não está em meus braços?- a pergunta foi tão direta que ela não conseguiu pensar em nada para responder. Tudo o que conseguiu falar foi:
-Eu...- Gilbert se aproximou dela, a puxou pela cintura, trazendo-a para tão perto que Anne prendeu a respiração ao ter os lábios dele quase tocando os seus.
-Você o que?- ele sussurrou, fazendo-a fechar os olhos, respirar fundo e abrir os olhos novamente e dizer:
-Por que exatamente veio até aqui? Só queria me ver ou tem um motivo especial?
-Quero que almoce comigo. Aceita meu convite? - ele perguntou, desejando beijá-la, porque aquela boca rosada era sua perdição.
-Não sei, Gilbert. Estou cheia de trabalho. - ela respondeu, sentindo seu coração falhar uma batida ao ouvir a voz dele perto do seu ouvido:
-Vamos, querida. Pense no quanto será incrível almoçarmos no meu apartamento, só nós dois, depois de todos esses dias apenas nos falando por telefone.- Anne ainda pensou em recusar, mas logo desistiu, pois a quem queria enganar? No final, ia ceder de qualquer maneira, por isso não perdeu tempo e respondeu:
-Está bem, mas não posso demorar muito.
-Tudo bem. Eu também preciso voltar para o escritório, mas juro que você vai adorar nosso almoço. - Gilbert disse sorrindo.
-Eu não duvido. - ela afirmou, sorrindo também. O que poderia ser ruim ao lado daquele homem incrível?
-Podemos ir agora mesmo, ou você ainda tem assuntos para tratar aqui? - ele perguntou, apertando-a de leve contra seu corpo.
Anne pensou na pilha de trabalho que tinha pela frente, e normalmente em dias assim nem saía para almoçar, mas naquele dia ela resolveu deixar tudo para mais tarde, pois não era sempre que recebia um convite tão tentador.
-Podemos ir. O trabalho que tenho a fazer pode esperar. - ela respondeu, encarando os olhos castanhos esverdeados do rapaz que lhe sorriu e disse:
-Ótimo. Estou ansioso para termos alguns momentos sozinhos.
-Eu também. - Anne respondeu, sentindo a respiração morna dele em seus cabelos. - Vou pegar a minha bolsa. - ela fez menção de se afastar, mas o rapaz a impediu dizendo:
-Espere, falta uma coisa. - quando Anne ia perguntar o que faltava para saírem para o almoço, ele capturou seus lábios em um daqueles beijos que não a deixavam pensar direito, e ela se rendeu a ele completamente.
Gilbert não sabia o quanto sentia falta e precisava de Anne até tê-la nos braços naquele dia, e enquanto o beijo prosseguia, o rapaz se perguntava como aguentara todos aqueles dias sem ter estado com ela fisicamente. Era insana essa sua necessidade por ela, mas ao mesmo tempo que lhe causava medo, também lhe causava milhares de sensações diferentes das quais ele queria experimentar cada vez mais.Nunca sentira aquela conexão com ninguém antes, era como se tivesse encontrado a parte de sua vida que faltava para ser feliz.
Quando a falta de ar os separou, Gilbert acariciou o rosto de Anne com carinho e perguntou:
-Pronta para ir?
-Sim. - Anne respondeu com a voz trêmula. Aquela altura, ela iria com Gilbert onde eu quisesse. Estava completamente rendida aquele homem lindo, sexy e completamente dono do seu coração.
Gilbert lhe sorriu mais uma vez, entrelaçou seus dedos nos dela, e saíram de mãos dadas do escritório. Ao passarem por Cole e Diana que lhes lançaram um olhar significativo ao verem os dois tão abertamente calorosos um com o outro, Anne disse:
-Vou sair para almoçar com o Gilbert. Volto mais tarde.
-Vá tranquila. Nós tomamos conta de tudo por aqui. - Diana disse sorrindo.
-Divirtam-se crianças, mas não exagerem nas brincadeiras. - Cole disse com aquele tom malicioso que Anne conhecia bem. Ela não respondeu e tentou ignorar, pois não se sentia muito confortável quando o amigo insinuava abertamente as coisas que ela e Gilbert faziam na intimidade. Ela olhou para Gilbert tentando se desculpar com o olhar, e o rapaz entendendo seu embaraço, riu descontraidamente, e colocou o braço ao redor do ombro dela, indicando com esse gesto que estava tudo bem.
Eles entraram no carro dele, e minutos depois, Anne se surpreendeu ao notar que ele tinha parado na frente do edifício do apartamento dele, e perguntou:
-Vamos almoçar em seu flat?
-Sim, alguma objeção? Eu fiz os pedidos antes de ir à sua livraria, mas se quiser podemos ir a um restaurante - ele sugeriu.
-Não, eu gostei da sua ideia. Dessa maneira fica mais íntimo e casual do que em um restaurante cheio de gente. - Anne respondeu.
-Foi o que pensei também. - Gilbert afirmou, apertando a mão dela de leve.
Dentro do elevador, eles trocaram alguns carinhos, e Anne aproveitou para ficar nos braços de Gilbert, sentindo o aroma almiscarado da loção pós barba dele. Ela adorava tudo o que vinha dele, desde a maneira como ele se vestia até o jeito que ele gostava de dormir agarrado com ela quando passavam a noite juntos. Para quem lhe dissera que não tinha experiência nenhuma em namorar, Gilbert estava se saindo o melhor namorado do mundo, e esse era um outro talento que estava aprendendo a admirar nele.
Ela não estava acostumada a ter alguém tão carinhoso do seu lado e preocupado com seu bem-estar. Seu ex-noivo nunca se importara em saber como seu dia fora, se ela tinha algum problema ou precisava desabafar. Anne estava imensamente grata por Gilbert ser tão diferente de Roy, pois graças a ele, estava descobrindo como era ser apreciada e cuidada por alguém, e estava amando a experiência.
Assim que o elevador chegou no andar desejado, eles caminharam em direção ao apartamento de Gilbert cuja porta foi aberta pela empregada que vinha diariamente cuidar das coisas do rapaz. Era a primeira vez que Anne a via, e a moça lhe pareceu bastante simpática. O que a deixou satisfeita era que ela aparentava ser bem mais velha que Gilbert, o que contribuía e muito para que não se sentisse insegura a respeito disso. Quando tal pensamento cruzou sua mente, Anne se sentiu horrorizada por ele. Ela nunca fora do tipo ciumenta ou possessiva, e de repente estava fazendo exatamente esse papel mesmo que fosse apenas mentalmente.
De repente ela se deu conta do quanto estava envolvida por Gilbert, e de como sua paixão por ele em pouco tempo se tornara um amor tão forte a ponto de fazê-la desejar tê-lo apenas para si. O que sentira por Roy não chegava nem perto do que estava sentindo agora, o que lhe provou que nunca fora apaixonada por seu ex noivo e nem sabia nomear que tipo de emoção ele um dia lhe provocara. Talvez ela no fundo de si mesma sempre tivesse sabido disso, mas nunca quisera comprovar por medo do que iria encontrar, e descobrir que perdera três anos de sua vida sendo enganada por si mesma.
-Bom dia. - a funcionária de Gilbert disse aos dois, e depois se dirigindo ao rapaz, ela disse: - O almoço que me pediu para encomendar já chegou e será servido assim que desejarem.
-Obrigada, Rose. Vamos nos acomodar na sala de jantar, e você pode nos servir logo em seguida. - Gilbert respondeu, e a moça assentiu, voltando para a cozinha.
Logo ambos estavam sentados na sala de jantar de Gilbert saboreando uma deliciosa comida chinesa, a preferida de Anne, e enquanto comiam, eles iam colocando a conversa em dia, atualizando um ao outro sobre seus dias naquele semana que mal tiveram tempo de se falarem de verdade . Quando terminaram a sobremesa, Gilbert levou Anne para outra sala e se sentou no sofá de couro macio com ela em seu colo, e a cabeça dela deitada em seu ombro.
-Queria passar o dia todo com você. - Gilbert confessou, acariciando o ombro dela devagar.
-Eu também, mas preciso voltar ao trabalho.- Anne lamentou. Como desejava deixar tudo de lado e ficar com Gilbert naquele mundo deles onde ninguém mais tinha acesso. Mas ela tinha que se lembrar que era uma mulher adulta, com responsabilidade adultas, e um negócio que dependia quase totalmente dela, portanto aquele idílio iria terminar na hora seguinte, pois esse era o tempo que teriam juntos naquele dia.
-Então vamos aproveitar bem o tempo que nos resta. - Gilbert disse, puxando o rosto dela em sua direção e se beijaram como naquela manhã no escritório de Anhe, porém com mais calor.
As mãos dele correram pelo corpo dela sem cerimônia, e mesmo sob as roupas, Anne conseguia sentir uma chama se acendendo em sua pele. Aquela sensação ia crescer de tal maneira que em poucos segundos tomaria conta dos dois, e isso era tudo o que ela queria. Sentir cada músculo dele contra o seu, os dedos longos e fortes marcando sua pele com o amor dele, enquanto ela o tocaria também.
Sua mente trabalhava fervorosamente nessa cena, antecipando cada movimento dos dois, fazendo-a pensar no quanto desejava estar com ele na intimidade do quarto, seus corpos unidos e seus suspiros pelo ar. ela tentou reprimir um gemido quando os lábios dele tocaram a região do seu pescoço, fazendo-a jogar a cabeça de lado, dando a Gilbert mais acesso aquele lugar específico onde ela era tão sensível. Logo ele tornou a beijá-la ardentemente, e as mãos dela inquietas desabotoaram a camisa dele, e deslizaram pelo peito nu e quente, fazendo a respiração de Gilbert se tornar mais rápida.
Ele queria aquela garota de um jeito que o deixava maluco. Em poucos minutos de troca de carinho, ele estava completamente entregue a ela e as sensações que ela lhe causava. Gilbert não conseguia pensar em outra coisa a não ser em fazer amor com ela apaixonadamente. Mais um beijo, e ambos estavam fervendo, em uma paixão inexplicável, mas quando Gilbert se levantou com Anne em seu colo, pensando em levá-la para seu quarto, a campainha do apartamento tocou, deixando ambos paralisados por um instante.
-Você está esperando alguma visita?- Anne perguntou assim que Gilbert a colocou no chão.
-Não. - Gilbert respondeu com a testa franzida.
-Então, acho melhor você atender. - Anne disse ajeitando os cabelos.
Gilbert foi até a porta, sentindo-se contrariado, mas quando a abriu, ele ficou surpreso ao ver sua mãe parada no corredor e se preparando para tocar a campainha mais uma vez.
-Mamãe?
-Isso é tudo o que tem a me dizer depois de todos esses dias sem me visitar?- ela disse, franzindo a testa e mostrando toda a sua indignação pelo comportamento do filho.
-Desculpe, mamãe. - Gilbert respondeu, beijando-a no rosto.
-Pensei que tivesse se esquecido de que tem mãe. Sequer me ligou essa semana.
-Tenho estado ocupado. - Gilbert se justificou, se sentindo culpado por não ter tido nenhum contato com ela antes.- Vamos entrar.- ele disse, e assim que a mãe dele pôs os pés dentro do apartamento, ela viu Anne e disse:
-Agora entendo com o que anda tão ocupado que ignorou sua mãe sem nenhum tipo de preocupação pelo meu bem-estar. Ela está morando aqui também?- a mulher mais velha perguntou, sem se importar em ser simpática com Anne.
-Mamãe. Não seja tão desagradável. Anne é minha namorada e ela tem todo o direito de estar aqui quando quiser e como quiser. - Gilbert disse, irritado com o comportamento da mulher mais velha..
-Não fale assim comigo, Gilbert. Eu sou a sua mãe. Não vê que me magoa?- e em seguida começou a chorar, deixando Anne constrangida e Gilbert aflito. Ele se aproximou dela, a abraçou e disse:
-Me desculpe. Eu não queria te tratar assim. Perdi a cabeça.- a mãe dele o abraçou forte e chorou mais alto ainda, enquanto Gilbert Gilbert tentava acalmá-la.
Observando a cena, Anne compreendeu o que John dissera sobre sua ex-esposa. Ela jogava com os sentimentos de Gilbert, fazia-o se sentir culpado até o ponto de ceder ao que ela queria. O único e principal problema era que o rapaz não enxergava o que aquela mulher era capaz de fazer para ter sua atenção. Ocorreu a Anne naquele momento, que sua rival naquele relacionamento não era uma mulher jovem, bonita e que disputaria com ela o coração de Gilbert, e sim a mãe dele que queria atenção do rapaz toda para si.
Sentindo-se incomodada com aquele pensamento e a cena que se desenrolava à sua frente, ela disse:
-Preciso voltar ao trabalho.
-Eu te levo, Anne.- Gilbert respondeu, se afastando da mãe por um segundo.
-Não precisa. Eu pego um táxi. É melhor você ficar com sua mãe. - ela disse, não dando chance para o rapaz retrucar, pegou sua bolsa e caminhou para a porta, mas não sem antes ver o olhar de triunfo que a mulher mais velha lhe lançou.
Quando chegou no trabalho, Anne foi direto para o escritório e trancou a porta. Não estava em condições de falar com ninguém, e felizmente tanto Cole quanto Diana perceberam seu estado de humor e não fizeram nenhuma pergunta inconveniente. Ao fim do expediente, ela foi para casa, mas não encontrou Bertha por lá. Ela deixou-lhe um recado avisando que tinha saído com John, e que passaria o fim de semana fora, por isso, Anne tomou banho, preparou para si mesma chocolate quente e ficou em seu quarto assistindo um filme na televisão em companhia de Morgana. Perto da meia noite, ela recebeu uma ligação de Gilbert, mas a ignorou, assim como ignorou todas as outras três que se seguiram.
Ela estava brava com ele, mesmo sabendo que ele não tivera culpa por sua mãe ter aparecido e estragado o almoço dos dois. Sua raiva era mais por ele ser tão cego e não conseguir ver que aquela mulher usava de chantagem emocional para conseguir dele o que queria, e assim ela o manipulava como queria.
Ao ir para a cama naquela noite, Anne estava se sentindo, frustrada, irritada e carente, e decidiu que não iria trabalhar no dia seguinte, pois seu humor estava péssimo. Assim, logo que amanheceu, ela mandou uma mensagem para Diana e Cole explicando que iria resolver algumas coisas pessoais naquela manhã, e que por essa razão, eles deveriam fechar a livraria sem ela.
No meio da tarde, ela recebeu outra ligação de Gilbert, e dessa vez resolveu atender. Quando o rapaz ouviu a voz dela do outro lado da linha , ele disse:
-Graças a Deus. Pensei que não iria mais falar comigo.
-Não seja dramático, Blythe. Por qual motivo eu não falaria com você?- ela respondeu em um tom mais ácido do que desejava.
-Porque ter te deixado ir embora sozinha ontem, e ter permitido que minha mãe estragasse um almoço que tinha tudo para ser perfeito. - Anne podia sentir a frustração na voz dele e respondeu:
-Está tudo bem. Você precisava dar atenção a ela.
-Sim, mas eu não devia ter permitido que você fosse embora daquele jeito.
-Eu já disse que está tudo bem. - Anne disse, suavizando a voz.
-Minha mãe é complicada, Anne. Ela tem altos e baixos. Foi diagnosticada há alguns anos com bipolaridade, e eu nunca sei como vou encontrá-la. Eu sei que ela foi rude com você ontem, mas ela estava em uma de suas crises e nunca percebe quando age assim. Diz que me perdoa, Chapéuzinho.- a maneira carinhosa dele chamá-la a fez sorrir, e ela sentiu seu coração se apertar ao ver o quanto o problema da mãe afetava o rapaz, embora Anne tivesse a impressão que a ex Sra. Blythe usava aquele problema para controlar o rapaz.
-Está perdoado. - ela respondeu ainda sorrindo.
-Janta comigo hoje a noite? Eu prometo que será apenas nós dois, sem interrupções e sem nada que possa estragar nosso momento.
-Aceito. - Anne disse sem pensar muito. Queria estar com ele, por isso não fazia sentido recusar. Sua raiva tinha passado no momento em que ouvira a voz dele.
-Passo para te pegar às 7. - Gilbert disse com a voz animada
-Perfeito.- Anne disse com a cabeça cheia de planos para aquela noite.
-Até mais tarde.- Gilbert disse.
-Até .- Anne respondeu antes de desligar, sentindo uma alegria enorme dentro de si. Nunca conseguia ficar brava com Gilbert muito tempo, foi assim desde o começo e isso nunca ia mudar.
O dia pareceu ficar mais leve depois que Anne falou com Gilbert e tirou toda a carga negativa que estava sentindo de dentro de si. Assim, quando ela ouviu a campainha tocar as sete horas em ponto, ela se sentiu mais feliz do que nunca por saber que passaria as melhores horas daquela noite ao lado de Gilbert. Seus encontros com ele sempre eram incríveis, sem necessidade de dizer que a companhia dele era a melhor de todas. Aquele homem sabia conversar de tudo, sua cultura em livros e filmes era imensa, e ela acabava aprendendo coisas novas todas as vezes em que se envolviam em um daqueles assuntos intelectuais que lhe agradavam demais.
-Você está linda como sempre. - ele disse todo galante, ao ver Anne vestida em calça jeans apertada, um top preto que deixava sua barriga à mostra, e um casaco de lã creme que combinava perfeitamente com a roupa que estava usando, e a manteria aquecida até chegarem ao apartamento de Gilbert.
-Obrigada. - ela disse sem deixar de notar a aparência impecável dele em calça jeans desbotada, camisa Polo cinza e uma jaqueta de couro preta que lhe dava um ar casual chique.
Logo eles estavam no apartamento de Gilbert, e ao contrário do dia anterior, não havia ninguém a espera dos dois, fazendo Anne entender que ele cumprira o que prometera, pois seria apenas eles e nem mesmo Zeus parecia estar por perto naquela noite
O jantar estava delicioso, e foi regado a vinho tinto exatamente como Anne gostava. Outra coisa que admirava em Gilbert era sua memória para detalhes. Ele nunca esquecia de nada que ela gostasse, e ser observada profundamente lhe dava uma sensação boa de cuidado por parte dele. Gilbert parecia estar sempre disposto a agradá-la, e não importava o que tivesse que fazer para conseguir esse feito.
O jantar terminou, e ele a levou para a sala, colocou uma música suave, diminuiu a luz ambiente e a puxou para dançar, e enquanto a envolvia em seus braços, Gilbert disse quase sussurrando:
-Pensei em você o dia todo.
-Eu também pensei em você. - Anne respondeu, deitando a cabeça no ombro dele.
-Fiquei com medo que você não quisesse mais me ver. - ele confessou.
-Achou que eu ia terminar o nosso namoro por causa de ontem?- Anne perguntou, espantada por ele ter pensado naquela possibilidade.
-Sim. Você parecia tão zangada.
-Vamos deixar esse assunto para trás. Quero apenas curtir essa noite com você. - Anne disse, pouco disposta a trazer a presença da mãe dele entre os dois naquela noite.
-Eu também. - Gilbert concordou, e em seguida ele a olhou nos olhos, pegou na mão de Anne, colocou a palma dela na sua e disse: Vê como se encaixam? Tudo entre nós dois combina, sua boca na minha, nossos beijos perfeitos, seu corpo e o meu, a maneira como me toca, o jeito que toco você. Temos uma perfeita conexão, Anne, e não quero que isso termine nunca.
-É tudo o que desejo também. - ela respondeu , hipnotizada pelo olhar dele sobre ela.
-Vem comigo.- ele pediu sorrindo, e ela assentiu, tentando descobrir o que ele tinha em mente.
Gilbert a levou direto para o quarto dele, e quando o rapaz abriu a porta, Anne não escondeu a expressão maravilhada de seu rosto. Ele tinha espalhado pétalas de rosas vermelhas pela cama e o chão do quarto, e havia também um balde de gelo onde uma garrafa com champanhe esperava pelos dois.
-Era assim que eu tinha imaginado nossa primeira vez. - Gilbert falou, mergulhando os olhos castanhos nos dela. Havia tantos sentimentos ali que Anne se sentiu afogar na intensidade deles.
-Isso é lindo.- ela murmurou, incapaz de desviar os olhos do rosto dele.
-Nossa primeira vez foi perfeita, apesar de não ter sido como eu idealizei. Mas agora eu quero partilhar essa fantasia com você. Passe a noite comigo. - ele pediu e ela sorriu, balançando a cabeça em sinal de afirmativa.
E assim seus lábios se colaram e a profundidade das sensações que os envolveu pegou a ambos de surpresa, fazendo com que o beijo se tornasse mais necessitado e tão ardente que nenhum dos dois ousou recuar, se separando apenas quando não havia mais oxigênio para continuarem. Com cuidado, Gilbert a fez levantar os braços e tirou-que o top pela cabeça com toda delicadeza, ficando deliciosamente surpreso ao ver que ela não usava sutiã. Depois de deixar um beijo suave no ombro dela, ele desabotoou a calça jeans que Anne usava, e a desceu por suas pernas, até tirá-la completamente do corpo dela.
Em seguida, foi a vez de Anne despi-lo. A primeira coisa que fez foi ajudá-lo a se livrar da camisa Polo, e assim que teve acesso ao peitoral esculpido dele, Anne o abraçou, permitindo que sua pele se grudasse na de Gilbert para absorver-lhe o calor, enquanto as mãos do rapaz rodearam-lhe a cintura, sem ousar fazer-lhe um carinho mais ousado. Então, os dedos dela escorregaram pelo tronco dele até alcançar o zíper da calça que ele usava, e com extrema facilidade Anne fez com que a peça de roupa fosse eliminada sem nenhuma dificuldade.
A ruivinha deu um passo para trás e admirou o homem à sua frente apenas vestindo uma cueca boxer preta, quase perdendo o fôlego ao observar os músculos firmes, o abdômen trincado e as pernas fortes. Seu olhar encontrou com o dele, e Anne engoliu em seco ao ver o poço de luxúria que havia dentro deles. Aquele homem a queria e não escondia dela o quanto.
Gilbert se aproximou dela, enquanto seus olhos eram atraídos pelo brilho de madrepérola da pele de Anne. Ele a segurou pela cintura e com um giro a fez se deitar na cama, se acomodando no meio das pernas dela, enquanto suas mãos e lábios a acariciavam intensamente, fazendo Anne gemer sem parar, e enterrar seus dedos na massa de cachos escuros de Gilbert. Ele tirou a calcinha dela devagar, e distribuiu beijos pela parte interna das coxas de Anne, roubando dela todo o ar de seus pulmões com a ousadia dos lábios dele. Logo, ele tornou a beijá-la de forma intensa, seus corpos queimando um pelo outro, suas respirações se tornando cada vez mais descompassadas
Anne fez Gilbert mudar de posição, e se sentou sobre ele, abaixando o rosto até próximo do dele, deixando uma trilha de beijos molhados pelo maxilar perfeito, no queixo onde havia uma covinha adorável, chegando aos lábios onde mordiscou a parte inferior, depois a superior e por fim o beijou lentamente, aumentando o ritmo e diminuindo até que o ar mais uma vez acabou, e ela se dedicou a venerar aquele corpo masculino que a enlouquecia apenas ao olhar para ele. Quando o tinha completamente entregue em suas mãos, ela pegou a proteção que ele deixava na gaveta do criado mudo ao lado da cama, a colocou nele e depois o guiou para dentro de si, sentindo-se completamente preenchida e suspirando alto antes de começar a se movimentar, cavalgando-o devagar, pois queria que aquele momento entre os dois durasse mais que poucos minutos.
Observando Anne tomar controle da situação, ditando o ritmo de como faziam.amor excitava a imaginação de Gilbert de forma louca. Era uma tortura a maneira lenta como ela conduzia cada movimento, mas ao mesmo tempo tão prazerosa aquela sensação de sentir o desejo crescer até quase explodir dentro dele como dinamite puro. Nunca antes ele tivera aquele tipo de experiência com ninguém, e estava aproveitando cada segundo para se deixar viver aquele momento incrível. Anne era linda, inteligente, e tão sensual que lhe virava a cabeça com um sorriso, e naquele instante tendo-a sobre ele, levando-o a um estado de excitação enlouquecedora, Gilbert não conseguia pensar em mais nada a não ser alcançar o paraíso com aquela deusa ruiva em seus braços.
Assim, ela aumentou a velocidade de sua cavalgada, fazendo Gilbert acompanhá-la a cada novo degrau alcançado naquela dança de desejo e prazer, quando por fim chegaram ao seu limite, seus corpos explodiram juntos em uma sensação de plenitude tão poderosa, que ambos jazeram sobre a cama completamente esgotados.
Horas mais tarde, depois de terem brindado aquele momento com uma deliciosa champanhe, Anne e Gilbert adormeceram juntos no doce embalo do amor ainda não confessado, mas totalmente vibrante dentro de seus corações.
Olá, pessoal. Mais um capítulo dessa fic postado. Muito obrigada por a seguirem até aqui. Se desejarem, né deixem seus comentários e votos. Beijos.
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