Chào các bạn! Vì nhiều lý do từ nay Truyen2U chính thức đổi tên là Truyen247.Pro. Mong các bạn tiếp tục ủng hộ truy cập tên miền mới này nhé! Mãi yêu... ♥

Capítulo 12- Aquilo que cativas

Olá, pessoal. Obrigada por estarem acompanhando essa história e espero que se divirtam com mais esse capítulo, e me deixem seus comentário como incentivo. Beijos. Rosana

ANNE E GILBERT

A primeira coisa que Gilbert fez ao chegar em seu apartamento depois de deixar Anne em casa foi desabotoar a camisa. Embora o clima de outono dominasse toda a cidade de Nova Iorque, o ar fresco que deveria estar entrando pela janela parecia ainda não ter alcançado o seu andar. Ele queimava e tinha um bom motivo para isso. Quem foi que tinha lhe dito que o sangue de uma ruiva era tão quente como uma noite de verão? Talvez tivesse ouvido isso em uma das músicas que seu pai costumava escutar em sua vitrola antiga na sua adolescência, ou visto em algum filme romântico que ele acabava assistindo de madrugada quando sua insônia se tornava impossível de controlar.

A verdade era que Anne Shirley Cuthbert era um vulcão inteiro em forma de mulher. Tão sedutora que se perder naqueles olhos era vender sua alma toda para a luxúria completa. Deus! Aquela garota o deixava louco e quase não resistira a ela naquela noite. Mas não queria ceder e não iria até que ela admitisse que o queria tanto quanto ele a desejava. Como alguém podia ser tantas coisas ao mesmo tempo, ele nunca iria descobrir, mas era fascinante se aprofundar naquele sorriso, deslizar o olhar por aquelas curvas, se encantar com a voz musical dela, e imaginar dentro de sua cabeça o seria passar uma noite inteira do lado dela, de preferência em um quarto onde teria o corpo dela apenas iluminado pela luz do luar.

Era um sonho audacioso o qual Gilbert não sabia se realizaria um dia, mas ele gostava de tê-lo em sua cabeça, de acrescentar um detalhe aqui e ali, de criar todo um cenário, às vezes com luzes de vela, uma garrafa de vinho no gelo, música tocando suave ao fundo. Talvez ambos estivessem um pouco embriagados, ou apenas muito envolvidos pela paixão crescendo entre eles, um beijo ardente, roupas atiradas ao chão e uma noite de amor selvagem.

Gilbert afastou a imagem erótica de sua mente, e foi direto para o chuveiro. Um banho gelado era o que ele precisava para arrancar Anne do seu corpo em chamas.

Quanto tempo ele aguentaria permanecer na zona da amizade, Gilbert não teria como calcular, ainda mais porque tanta fantasia o estava deixando aceso demais. O maldito vestido daquela noite não saía da sua cabeça, e a vontade que tivera de tirá-lo também. Ele nunca tinha perdido o controle de suas emoções por uma mulher antes, mas desde que colocara os olhos naquela garota, Gilbert não mais se reconhecia. Sua zona se conforto fora para o espaço, e sua necessidade de ter aquela mulher a todo custo estava lhe mostrando um lado passional seu que ele nem sabia que tinha.

Ele deixou que a água gelada corresse de sua cabeça até os pés, e garantiu que se passassem pelo menos dez minutos até que decidisse que já tinha sido o suficiente e desligou o chuveiro.

O rapaz caminhou até seu quarto enrolado na toalha, e encontrou Zeus confortavelmente instalado no seu carpete. Ele o olhou com seus olhos incrivelmente inteligentes, abanando o rabo como se convidasse a seu dono a desabafar. Alguns de seus amigos riam dessa sua mania de falar com o cachorro como se o animal pudesse entendê-lo, agindo como um terapeuta silencioso.

Mas era justamente por isso que Gilbert gostava de desabafar com Zeus, pois deixava seus pensamentos correrem livres, sem ter no fim para lhe dar um conselho de amigo, ou dar palpite na maneira como estava conduzindo as coisas em sua vida. Quando precisava de outra opinião, Gilbert sempre procurava por seu pai que era a pessoa mais sábia que conhecia. Para as outras coisas, ele tinha Zeus, que por mais silencioso que pudesse ser, agia como a voz de sua consciência, e era por isso que nunca abriu mão de suas conversas terapêuticas com seu cachorro.

Deste modo, ele se trocou, se sentou na cama e disse:

- E aí, amigão. O que acha que devo fazer para conquistar Anne de vez? Se lembra dela? Aquela ruiva linda cuja gata charmosa você me fez o favor de assustar.- Os olhos de Zeus não largavam o seu dono, e como se quisesse responder a pergunta que foi feita, ele deu um belo latido que fez Gilbert interpretar como um sim, e logo o rapaz tornou a falar:

- Ela é bonita, não é? Eu sabia que ia concordar comigo.- sua mão direita alcançou a cabeça peluda, onde ele fez um carinho suave e mais uma vez ele disse:

- Mas, ela é dura na queda e não cede fácil. Você não sabe o malabarismo que tenho que fazer para me aproximar dela. No fundo, eu sei que ela sente essa atração entre a gente, mas está com medo de se arriscar. Ela foi magoada, sabe. Um babaca do tamanho do mundo partiu o coração dela. Lembra aquela camisa que você destruiu? - Zeus latiu de novo e Gilbert explicou:- Pois é, ele era o dono daquela camisa, e você acabou me vingando sem querer, pois o que eu queria mesmo era ter quebrado a cara dele. Acha que tenho alguma chance de conquistar o coração daquela mulher incrível? - Zeus lambeu a mão de Gilbert que tinha descido até seu pescoço, e Gilbert respondeu ele mesmo a pergunta que tinha acabado de fazer:

- Eu acho que tenho boas chances se ela realmente se der a chance de me conhecer melhor, e perceber que não sou de forma nenhuma a cópia de Roy Gardner. Mas, a fim de que isso aconteça vou ser o melhor amigo que ela já teve.- Zeus o encarou como se duvidasse do que ele acabava de afirmar, e Gilbert disse:

- Você também não acredita que posso aguentar, não é? Eu também tenho minhas dúvidas, mas não custa tentar.

Gilbert encerrou sua sessão terapia canina, e ligou o computador pensando em ler alguma coisa interessante em seu site preferido, quando viu um pedido de amizade enviado do site de relacionamentos no qual se registrara no dia anterior. Por um segundo ele pensou em ignorar, pois já tinha se arrependido daquela besteira. Ele nunca tivera que recorrer a esse tipo de recurso para conseguir companhia feminina.

Contudo, a curiosidade foi maior e ele decidiu dar uma olhada em quem havia lhe enviado aquele pedido, e quando viu escrito, Ruiva Misteriosa, ele não pôde deixar de rir. Não podia ter sido uma loira ou uma morena? Por que logo uma ruiva tinha que se interessar pelo seu perfil? Será possível que ele tinha sido enfeitiçado e somente as ruivas estavam em seu destino?

Na foto de perfil, ela colocara uma gata de pelos avermelhados, o que o fez pensar que a ruiva misteriosa não era só esperta, mas também inteligente. Aceitava ou não aquela amizade virtual? Essa era a grande questão.

Mas todo aquele mistério em torno dela aguçou seu interesse, então ele resolveu arriscar, rezando para não se decepcionar ou mesmo se arrepender, e antes que mudasse de ideia Gilbert aceitou o pedido, e desligou o computador, ponderando que talvez fosse divertido fazer mais amigos mesmo que nunca viessem a se conhecer pessoalmente.

Ele se deitou na cama e fixou o olhar no teto, pensando que não estava propriamente em busca de um relacionamento homem-mulher virtual, pois naquele momento específico já estava tendo bastante trabalho com uma garota que não saía de sua cabeça, então, criar expectativas em torno de um relacionamento a distância seria loucura.

Assim, Gilbert deixou de lado o que acabara de acontecer, desligou sua luz de cabeceira, e com imagem de Anne brincando com sua mente, ele acabou adormecendo um tempo depois e sonhando com a Ruivinha.

Às nove horas da manhã da segunda feira, Anne já estava em seu escritório da loja trabalhando a todo vapor. Ela passara o domingo todo dentro de casa, frustrada e ansiosa ao mesmo tempo, e não podia culpar a ninguém a não ser a si mesma. Ela odiava admitir que a coisa mais estúpida que fizera fora estabelecer uma linha de amizade absurda com Gilbert Blythe, e agora voltar atrás no que dissera a ele na última sexta-feira era algo extremamente difícil de fazer.

Ela era orgulhosa, e isso ela puxou ao pai, e não voltava atrás em algo que tivesse dito a não ser que tivesse magoado alguém, porque ela não tinha vergonha nenhuma de pedir desculpas.

Entretanto, Anne sabia que errara em tentar afastar Gilbert, mesmo que não quisesse se envolver seriamente com alguém, após ter terminado com Roy de forma tão peculiar. Porém a companhia de Gilbert lhe fazia bem, ele era capaz de lhe arrancar o seu melhor sorriso, assim como era capaz de fazê-la sucumbir à um único olhar de desejo que em certos momentos ele lhe lançava, e ela fingia não notar.

Não era nenhum jogo que estava fazendo, e nem estava tentando fazer tipo. Ela nunca soubera como seduzir um homem como suas amigas sabiam. Sua alma era transparente assim como seu coração, e acabava sempre deixando seus sentimentos às claras, talvez por isso, Roy tivesse se aproveitado dessa sua sinceridade para enganá-la e iludi-la com seu falso amor.

O que lhe incomodava não era seu noivado ter terminado por conta de outra mulher, e sim por ter sido ingênua a ponto de acreditar em uma relação baseada na mentira. Roy fora manipulador, e ela uma tola por pensar que os felizes para sempre fazia parte da história dos dois.

A cabeça de Cole Mackenzie no vão da sua porta a fez levantar o olhar da contabilidade a qual estava examinando para lhe dar a merecida atenção.

- Posso entrar? - a rapaz disse com toda a sua polidez.

- Sim, quer falar comigo? - Anne perguntou vendo o olhar preocupado do amigo.

- Quero sim. Eu vim te perguntar se já encontrou alguém para ser seu par masculino essa tarde na contação de histórias?

- Ainda não. Já quebrei a cabeça, mas não consegui pensar em ninguém.

- A contação de histórias começa em duas horas e temos cinquenta crianças confirmadas. Não podemos cancelar em cima da hora.- Cole disse apavorado.

Anne tinha pensado nele como João, mas, o rapaz recusou porque disse que não tinha o perfil do personagem e assim Anne ficara de encontrar outra pessoa, mas com tanta coisa acontecendo em sua vida, ela realmente tinha se esquecido, e agora pagava o preço por sua falta de concentração no trabalho daquela semana.

- Será que o Blythe bonitão não pode te ajudar ? Ele foi tão perfeito no papel de Capitão Gancho da outra vez.- Cole sugeriu, e Anne pensou se seria uma boa ideia. Não queria incomodar Gilbert com algo que não lhe dizia respeito, principalmente porque eram rivais nos negócios e aquilo envolvia diretamente a loja dela, mas ao mesmo tempo eram amigos, será que estaria agindo fora de ética se lhe pedisse ajuda só daquela vez? Anne pensou com cuidado mais um pouco sobre o assunto e respondeu:

- Vou tentar. - Cole lhe sorriu de forma radiante e a deixou sozinha no escritório para fazer a ligação que talvez salvasse o seu dia.

Anne discou o número que sabia de cor, e esperou ansiosamente que Gilbert a atendesse, tamborilando os dedos sobre a mesa. Logo, depois de dois toques, a voz profunda dele atingiu os seus ouvidos, e inesperadamente imagens do último sábado chegaram até ela como um redemoinho e foi difícil não se arrepiar toda ao se lembrar dos olhares dele sobre ela, naquela comunicação muda que ambos vinham realizando a um bom tempo.

Anne não era ingênua. Ela sabia o que vinha sentindo, mas não queria admitir, pois no minuto que o fizesse já teria caído na teia de Gilbert Blythe. Era óbvio que percebia a maneira como ele a olhava. Teria que ser cega para não ver a forma como o olhar dele deslizava por cada parte sua, mas, ele concordara em serem apenas amigos, e isso lhe dava um senso de proteção maior, porque enquanto se mantivessem em zona neutra, ela estaria protegida de si mesma. Envolver seu coração em uma nova aventura era a última coisa que desejava no momento.

- Alô, minha amiga. Qual é a honra da sua ligação?- ele disse em tom de brincadeira, fazendo Anne olhar para o telefone e fazer careta diante das palavras, minha amiga, Ele tinha mesmo que levar ao pé da letra tudo o que ela dissera da última vez em que se falaram por telefone?

- Olá. Alguma chance de você me ajudar em uma questão?- ela falou, torcendo para que ele lhe dissesse sim.

- Diga-me do que precisa, e prometo fazer de tudo para te ajudar.

- Vou contar a história de João e Maria daqui a exatamente duas horas, e preciso de alguém para fazer o papel de João. Eu sei que já está em cima da hora, mas preciso muito de sua ajuda. - Anne explicou, continuando a tamborilar os dedos sobre a mesa.

- Acho que posso resolver o seu problema.- ele disse, fazendo Anne sorrir esperançosa.- Eu tenho um amigo que é ator. Ele me deve alguns favores, e tenho certeza de que ficará feliz em participar de sua história. - O sorriso de Anne morreu. Ela estava esperando que ele se oferecesse para ser o João, pois por mais que dissesse a si mesma que não. Ela estava louca para ver Gilbert de novo.

- Obrigada. Espero que isso não lhe custe alguma coisa.- Anne disse, preocupada com a possibilidade de Gilbert usar o próprio dinheiro para pagar por algo que cabia a ela resolver.

- Não. Como disse. Ele me deve alguns favores e sou patrocinador da peça que ele está apresentando no momento, então, não precisa se preocupar com nada.- Gilbert respondeu e assim, Anne concordou.

- Está bem, então. Obrigada.

- Por nada. A gente se vê em breve.- ele respondeu e então a ligação ficou muda, enquanto Anne pensava no que aquele até breve poderia significar.

Como prometido, o rapaz que Gilbert lhe enviou chegou na loja meia hora depois, e pelo sorriso simpático dele, Anne percebeu que tinha gostado dele instantaneamente.

- Olá, eu sou Bob, amigo de Gilbert. Ele me disse que aqui estavam precisando de minhas habilidades como ator.

- Oi, Eu sou a Anne, estes são Diana e Cole. Sim. Vamos contar a história de João e Maria e preciso de alguém para ser o João. - Anne respondeu sorrindo.

- Onde eu posso me trocar?- o rapaz perguntou, olhando para os três amigos.

- Venha comigo. Tenho a fantasia perfeita para você

- Anne disse, levando o rapaz para o fundo da livraria, lhe entregou a roupa que separara para aquela atividade, e esperou que ele se vestisse.

Em seguida, ela mesma se arrumou e foi ao encontro de seus pequenos ouvintes que começavam a chegar, e assim aquele dia de contação de histórias foi um sucesso, e Anne só podia agradecer ao amigo de Gilbert, e ao próprio rapaz por ter lhe proporcionando um trabalho incrível naquele dia em que as crianças saíram de sua loja encantadas por tudo o que viram e ouviram.

-Muito obrigada, Bob. Por sua boa vontade em me ajudar. Você realmente me salvou de um problemão. Eu sei que foi em cima da hora, por isso eu te agradeço demais.- Anne disse apertando a mão do rapaz com todo o entusiasmo que havia dentro de si.

- Foi um prazer, Anne. Vou deixar o meu cartão, caso você precise de mim novamente para um evento literário ou apresentação de teatro. O Gilbert é um grande amigo e me falou maravilhas sobre você, e realmente você é exatamente como ele me descreveu.- Bob disse, lançando-lhe um olhar cheio de interesse, deixando Anne completamente sem graça e morta de curiosidade por saber o que Gilbert tinha dito ao amigo a seu respeito, mas era lógico que nunca teria coragem de perguntar. Por isso, apenas lhe deu um sorriso enquanto o rapaz se despedia de Cole e Diana.

- Santo Deus! Aquilo foi uma cantada ou eu entendi mal?-Diana perguntou, olhando para a ruivinha admirada.

- Ele só estava tentando ser gentil.- Anne desconversou.

- Não seja modesta, Anne. Aquilo foi uma cantada sim. Só quero saber o que o Gilbert vai dizer quando souber que o amigo que ele enviou para nos ajudar caiu de amores por você. - Cole disse com uma risada animada demais para o gosto de Anne.

- Gilbert é meu amigo, e o que acontece ou deixa de acontecer na minha vida amorosa não é da conta dele. - Ela respondeu, sabendo no fundo que o contrário não era recíproco, porque a ela lhe interessava ao extremo o que acontecia na vida amorosa de Gilbert Blythe, mas se alguém lhe afirmasse isso, ela juraria de pés juntos que aquilo era uma grande mentira.

- Isso quer dizer que o flerte de agora a pouco lhe interessa?- Cole disse para lhe dar uma cutucada, e ver como ela reagiria a sua pergunta.

- Não seja bobo, Cole. Não é porque meu noivado acabou que estou disponível para qualquer cara bonito que aparece na minha frente. Eu quero me preservar.- Deus, ela estava ficando uma mentirosa de primeira. Gilbert tinha bagunçado tanto sua vida, que ela não se sentia nem um pouco culpada por mentir descaradamente sobre seus sentimentos para seus amigos. Ela que sempre tinha se vangloriado de ser sincera até seu último fio de cabelo ruivo. Gilbert Blythe tinha uma enorme responsabilidade nessa nova característica de sua personalidade.

Ela queria tanto odiar aquele homem. Sua vida seria muito mais simples se nunca tivesse olhado para aquele rosto irresistível. O problema maior fora experimentar daqueles lábios enlouquecedores, porque depois daquele fato parecia que nunca mais outra boca lhe faria se sentir tão viva, tão pronta a experimentar qualquer outra sensação que aquele homem pudesse lhe provocar, e tão à vontade para trocar com ele quantos beijos ele quisesse lhe dar.

- Eu sei para qual cara bonito você está disponível. - Cole disse cheio de malícia, e Anne teve mais vez que contestar para não mostrar ao amigo o quanto ele estava certo.

- Pare de tentar me arrumar um namorado, Cole. Depois de três anos de uma relação que acreditei que era séria, eu pretendo curtir minha solteirice por muito tempo.

-E quem falou em namorar? O que você precisa é beijar muito na boca, trocar carinhos calientes, e com certeza provar dos pecados da carne. Você nunca pensou em como seria experimentar daquele corpinho sarado de Gilbert Blythe?

Ah, ela tinha imaginado e muito em como seria ficar em um único quarto com aquela escultura de homem, deitar na mesma cama que ele, fazer tudo o que sua imaginação super criativa quisesse, mas não ia contar isso a Cole ou Diana, porque eram pensamentos íntimos demais, e só seriam compartilhados apenas consigo mesma.

- É claro que não. - Ela mentiu mais uma vez sentindo seu rosto queimar feito brasa, e dessa vez não teve como disfarçar, pois Diana percebeu na hora que ela não estava sendo sincera.

- Você está corada. Isso quer dizer que está mentindo.- a morena disse sendo seguida por Cole que quase gritou:

- Como ousa mentir na nossa cara, Anne Shirley? Agora vai nos contar o que foi que pensou em fazer com o Blythe sarado.

- Preciso voltar ao trabalho. - Anne disse, andando rapidamente para o escritório, enquanto ouvia Cole falando atrás de si, e Diana gargalhando sem parar.

- Volta aqui, sua safada. Eu e Diana queremos saber as fantasias que criou nessa cabecinha cada vez mais ruiva.

Ela teve o cuidado de trancar a porta, pois abusado como Cole era, Anne podia apostar que ele entraria sem bater só para cobrar uma descrição inteira de sua noite de amor com Gilbert criada em sua cabeça.

Quando o horário de ir para casa chegou, Anne saiu do escritório com sua bolsa e casaco na mão, e ainda teve que enfrentar o ar de riso de Diana e os olhares insinuantes de Cole ao se despedir e caminhar para a porta.

Enquanto andava pelas ruas que a levavam até em casa, Anne ficou imaginando o que Gilbert estaria fazendo naquele momento, pois tinha ligado para ele a fim de lhe contar sobre o sucesso de sua contagem de histórias, mas ele não atendeu, e também não respondeu as duas mensagens que ela enviou antes de encerrar o expediente, fazendo-a presumir que o rapaz não estava mesmo a fim de falar com ela, e o grau de aborrecimento que aquele fato lhe causou a deixou extremamente preocupada.

Em pouco tempo, Anne virou a esquina e já estava em sua rua, e foi nesse momento que seus olhos avistaram o carro de John estacionado a poucos metros do seu portão. Seu coração começou a bater mais forte pela possibilidade de Gilbert ter vindo com o pai, e no embalo de suas emoções, Anne andou o mais rápido que pôde já ensaiando um enorme sorriso, que morreu instantaneamente ao ver John conversando com sua mãe descontraidamente, e sem nenhum sinal de Gilbert.

- Aí está você, meu amor. John estava te esperando para te fazer um convite.- Bertha disse tão animada que Anne custou a acreditar que era sua mãe que falava com ela daquela maneira enquanto seus olhos brilhavam.

- Boa tarde, John. De que convite mamãe está falando?- Anne perguntou de testa franzida.

- Eu queria convidá-la para ir comigo, sua mãe e Gilbert a minha chácara amanhã à tarde.

- Amanhã à tarde? Não sei, tenho que trabalhar.- Anne disse, sem deixar de notar com interesse que o nome de Gilbert tinha sido mencionado.

- Ah, vamos, querida. Faz tempo que não tira um tempo só para si mesma. Cole e Diana podem tomar conta da livraria por uma tarde.- A animação de sua mãe era tanta que Anne não teve coragem de recusar. Fazia séculos que não a havia com o rosto cortado, e aceitando a possibilidade de sair de casa, por isso, não quis desapontá-la e acabou respondendo:

- Está bem, mamãe. Se faz tanta questão que eu vá, eu aceito o convite.

- Fico tão satisfeito que tenha aceitado, querida. Eu também tive que convencer Gilbert. Aquele garoto é tão viciado em trabalho quanto eu fui. Mas, ele mudou de ideia assim que soube que eu iria te convidar.- John disse, dando-lhe uma piscadela como se compartilhasse com ela um segredo bastante íntimo. Ela guardou aquela informação para si, não desejando que sua mãe ou John percebessem seu grande interesse no rapaz.

- Obrigada pelo convite, John. Sua chácara é linda.- Anne elogiou, se lembrando de como tinha amado aquele lugar maravilhoso.

- Eu gostaria muito que Gilbert se mudasse para lá comigo. Há muito espaço para nós dois. Mas, ele me disse que é muito longe do trabalho para que ele dirija ida e volta todos os dias. Então, eu acho que terei que esperar bastante tempo até que ele mude de ideia.- John disse com um sorriso triste.

- Ele é jovem. Talvez prefira a badalação de uma grande cidade.- Bertha sugeriu.

- Eu acho que a questão é mais profunda do que parece, e envolve sua lealdade com minha ex esposa. Desde que nos separamos, eu sinto meu filho dividido entre dois lados, e ele tem sofrido muito por isso. Ele tem medo de mostrar à mãe ou a mim que apoia mais um lado que outro, e isso é o inferno quando se é filho único. Eu nunca cobrei fidelidade incondicional de Gilbert, mas minha ex esposa sabe jogar bem com os sentimentos dele. Ela não é uma pessoa ruim, no entanto é carente e doida por atenção, e Gilbert tem um coração enorme, e tem medo de desapontar a mãe. Portanto, eu acredito que ele pensa que morar comigo seria uma traição à mãe.

Anne pensou no dilema de Gilbert e imaginou que não deveria ser fácil para ele lidar com esses sentimentos de conflito. Ela também era filha única, mas nunca tivera que enfrentar uma situação como aquela. Para o bem ou para o mal seus pais resolviam seus problemas a portas fechadas, e nunca levaram qualquer discussão ou desacordo até Anne. Por isso, pelos anos que o pai fora vivo, ela nunca o viu ou sua mãe indispostos um com o outro.

John permaneceu em sua casa por mais uma hora, e como Bertha havia lhe dito, ele era tão boa companhia como Gilbert, provando a teoria de que os homens da família Blythe tinham um charme indiscutível.

Naquela mesma noite, ela ligou para Cole e Diana e perguntou se podiam tomar conta da loja no período da tarde no dia seguinte, e ambos concordaram. Cole mais ainda por saber que ela passaria uma tarde inteira com os Blythes, e lhe deu milhões de conselhos em como conquistar um homem como Gilbert. Anne achou fofa, ainda que exagerada, a preocupação de Cole com sua vida amorosa. Por mais que dissesse que não gostava que as pessoas intervieram em suas questões do coração, era reconfortante saber que tinha amigos verdadeiros em sua vida que se preocupavam com ela daquela maneira.

Deste modo, ela foi para a cama extremamente ansiosa, pensando no tempo que passaria perto de Gilbert, e se perguntando se conseguiria se manter neutra e no campo da amizade quando seu coração ansiava por algo mais, e assim adormeceu cheia de expectativas positivas.

A manhã de trabalho no dia seguinte parecia nunca acabar, e tanto Cole quanto Diana se mantiveram extremamente ocupados, e por isso mal tiveram tempo de falar com Anne, que apesar de manter uma postura tranquila, por dentro ela estava tão nervosa que conversar sobre amenidades era a última coisa que desejava fazer.

No entanto, quando estava saindo da loja ela ouviu Cole dizer:

-Vê se agarra aquele homem pelo laço, Annezinha. E depois quero detalhes quentes desse encontro.

Anne apenas balançou a cabeça, e não respondeu, acenando para os dois amigos da porta, sabendo que no dia seguinte teria que preparar um relatório completo para Cole Mackenzie, o qual ele pudesse dissecar até última letra de sua tarde com Gilbert Blythe.

John veio buscá-las depois do almoço, e medo de Anne de que sua mãe mudasse de ideia de sair de casa provou ser infundada. E assim uma Bertha toda sorridente disse ao homem galante e incrivelmente educado que a olhava coma admiração:

-Você está muito bem vestido assim. - ela apontou para as roupas esportivas de John que consistiam em um par de bermudas brancas, camisa polo também branca e um par de tênis azul marinho.- Acho que nunca te vi vestido dessa maneira antes.

- Você também está muito bonita.- John disse, admirando o chapéu de palha elegante que Bertha estava usando, o vestido florido com estampas de margaridas que combinava com suas sapatilhas brancas, e seus olhos azuis tão parecidos com os de Anne

- Obrigada, meu gentil, senhor. - Ela disse, fazendo a mensura em tom de brincadeira enquanto John beijava o dorso de sua mão direita respeitosamente. Em seguida, ele se virou para Anne e falou:

- Você também está linda, Anne. Espero que esteja levando roupa de banho, pois o tempo ainda está bastante convidativo para nadar.

- Estou levando um maiô. - Ela respondeu e em seguida continuou.- Eu pensei que Gilbert viria nos buscar.

- Ele foi direto do trabalho para a chácara. A essa hora já deve estar nos esperando.- John explicou, e Anne sentiu uma onda de alívio invadi-la, pois por um breve instante ela pensou que ele tivesse mudado seus planos, e se isso tivesse acontecido, o passeio perderia totalmente a graça.

Durante todo o caminho, ela não conseguia tirar Gilbert da cabeça, e a ansiedade de encontrá-lo a estava consumindo minuto a minuto. Assim que chegaram na chácara de John, Bertha e ele conversavam animadamente enquanto Anne os seguia logo atrás, admirando mais uma vez aquele lugar que a tinha encantado no último fim de semana, e o qual podia ver com seus próprios olhos mais a vez e durante o dia. Nenhum detalhe escapou à sua observação cuidadosa, e ela disse a si mesma que não se importaria de morar em um lugar como aquele onde teria inspiração para escrever milhares de livros. Muitas ideias a acompanharam desde que John estacionara o carro, e quando chegaram na porta de entrada da casa, ela já tinha imaginado um enredo todo em sua cabeça cujo personagem masculino tinha todas as características de Gilbert Blythe.

-Se quiser se trocar, tem um banheiro a direita, e depois vá até a piscina se refrescar enquanto levo Bertha para conhecer a casa.- John lhe disse, e ela assentiu indo na direção que ele apontara.

Quando encontrou o banheiro, Anne tirou seu vestido larguinho que colocara sobre o maiô antes de sair de casa, e com o protetor solar na mão, e uma toalha, ela caminhou descalça até a área da piscina, sonhando com um bom mergulho naquele dia de outono que apesar de não estar tão quente, estava agradável o bastante para que ela se refrescasse na piscina gigante que vira quando chegara ali.

No momento em que estava nas proximidades da piscina, ela parou para admirar um canteiro de acácias, quando ouviu a voz rouca de Gilbert que dizia:

- Que espetáculo de mulher!- Anne parou um segundo para respirar e acalmar seu coração que acelerou de maneira assustadora. Ela virou-se devagar quando ela se sentiu pronta, mas a visão de Gilbert de sunga preta minúscula, abdômen definido sem uma grama de gordura que pudesse deixar menos perfeito aquele corpo fenomenal fez seu coração se acelerar de novo, e ela ficou temerosa que ele percebesse que seu interesse por ele estava ultrapassando o limite que impusera entre os dois.

Mas aqueles cabelos molhados com seus cachinhos nas pontas, caindo lhe pela testa que lhe davam um ar de garotinho levado provocavam lhe a imaginação, fazendo seus olhos irem além ao encararem a pele morena, descobrindo extasiada que cada parte de Gilbert era toda daquela cor como pensara, o que lhe causara outro pensamento ousado. Será que em algum momento, ele tomava sol completamente nu, pois não via nenhuma marca no corpo dele que comprovasse o contrário?

Sentindo-se terrivelmente envergonhada pelo que acabara de pensar, Anne respondeu:

- Pensei que ainda não tinha chegado.

- Faz meia hora que cheguei. Eu é que não acreditei que meu pai conseguiria te trazer para cá em plena terça-feira à tarde.- ele disse, se aproximando devagar quase como se estudasse o terreno, enquanto seus olhos também admiravam o corpo dela vestindo um maiô verde de decote profundo na frente, e que deixava a pele acetinada das costas dela descoberta. O traje de banho não era cavado demais nas laterais, mais alongava a figura de Anne dando destaque ao seu belo par de pernas de forma sedutora. Aquela garota ia pirar sua cabeça mais rápido do que ele esperava.

- Eu não quis frustrar os planos de minha mãe. Ela ficou tão animada com o convite de seu pai. Essa é a primeira vez em três anos que ela sai de casa de boa vontade.

- Então, vamos transformar essa oportunidade em muitas outras.- Gilbert disse, olhando-a de um jeito tão penetrante que Anne sentiu aquele frio no estômago que ao invés de desencorajá-la, a impulsionava ao aproximar do perigo que aquele homem representava para o seu coração.

- O clima está uma delícia hoje, não acha? - Anne disse mudando de assunto, antes que ficasse quente demais entre eles para que conseguisse escapar dele.

- Sim, quer que eu te ajude com o protetor solar? Sua pele é muito clara para que fique embaixo desse sol sem proteção.

- Tem razão. Você poderia passar o creme nas minhas costas? - ela pediu meio hesitante.

- Sim. Vire-se, por favor. - Anne entregou o tubo do protetor na mão dele, e logo ela sentiu as mãos dele deslizando por sua pele quente. Ele começou pelos seus ombros, e assim foi avançando até chegar no meio das costas e quando ele estava em sua lombar, Anne mordeu os lábios com força, tentado afastar imagens proibidas de sua cabeça. Céus! A sua convivência com Cole Mackenzie a estava tornando uma garota promíscua. Não conseguia ficar perto de Gilbert sem pensar em algo inapropriado.

- Pronto. - Ele disse, devolvendo a Anne o protetor solar, e esperou que ela mesma passasse mais creme no resto do corpo para dizer:

- Vamos nadar?

- Acho que quero esperar mais um pouco.- ele respondeu sem olhá-lo. Tinha medo do que ia ver naquele rosto.

- Está bem. - Gilbert disse, se afastando dela e pulando na piscina para começar a nadar em um sincronismo perfeito.- Anne se sentou na borda da piscina para observá-lo, enquanto molhava seus pés bem feitos dentro da água.

Após algumas braçadas, Gilbert se aproximou dela e perguntou:

-Não vai mesmo entrar?

- Daqui a pouco.- Anne respondeu tentando fugir de qualquer contato, mas sem que sequer o imaginasse, e por um minuto de distração sua, Gilbert segurou em sua mão e a puxou para dentro da piscina. O contato da água fria em sua pele a fez dar um pequeno grito, e dizer para Gilbert fingindo-se de zangada:

-- Você provocou a mulher errada, Blythe.- e assim começou uma guerra de água, como duas crianças se divertindo juntas em sua hora de lazer .

Em um dado momento, Anne tentou escapar de Gilbert que buscava agarrar em sua cintura, mas escorregou e quase caiu, mas os reflexos do rapaz foram mais rápidos, e para impedir que Anne tivesse uma queda séria, ele a puxou para si, e por instinto a ruivinha se agarrou em seu pescoço e ambos ficaram grudados, com a respiração no mesmo ritmo e o coração na mesma linguagem, enquanto Anne tentava ignorar o fato de que ambos estavam molhados e seus corpos em contato direto.

Gilbert por sua vez, tentava se manter no controle, levando seu pensamento até um nível totalmente neutro, pois se concentrasse demais na garota agarrada a seu pescoço, a situação ia ficar bem complicada ali debaixo d'água.

Anne se afastou um pouco para encarar Gilbert que lhe perguntou:

-Você está bem?

- Sim. - Ela respondeu enquanto olhava para aqueles lábios vermelhos e pensava que estaria bem melhor se estivesse provando daquela maravilha toda.

Gilbert percebeu o seu olhar, o qual ele não deixou de retribuir. E assim desejos ocultos os consumiam debaixo de suas peles, ao mesmo tempo em que a palavra amigos soava em seus ouvidos, e nenhum dos dois tinha coragem de quebrar aquele elo que os levaria a exatamente onde desejavam. Anne, porque achava muito cedo para dar esse passo com alguém com quem não tivesse um compromisso sério, e Gilbert, porque não queria mudar seu planos naquele momento, banalizando seus sentimentos por aquela garota estavam quase criando vida própria, saindo do seu controle e o arrastando de encontro a paixão da qual ainda não provara, mas estava louco por mergulhar totalmente nela.

Eles se afastaram quase ao mesmo tempo como se tivessem combinado aquilo previamente, e assim ficaram dentro da piscina um bom tempo conversando como os bons amigos que eram, mesmo que a ironia do momento zombasse dos dois, e que dissesse dentro deles como forma de alerta que um amigo não sabia o sabor que o outro tinha, e que era uma besteira imensa tentarem ignorar o óbvio.

Um pouco mais tarde eles se reuniram aos pais para tomarem um lanche que a cozinheira da casa havia preparado, e acabaram iniciando um jogo de cartas que além de divertido, os levara ao um empate de ambas as duplas, de Anne com Gilbert e sua mãe com John Blythe.

Já estava anoitecendo quando Gilbert foi levar Anne e Bertha para casa, encerrando assim aquele dia que fora de todas as formas incrível, principalmente para Anne que tivera a companhia de Gilbert por uma tarde inteira, e para sua mãe que parecia ter voltado à vida naquele dia graças a generosidade de um homem que a fizera ver que estava na hora de sair da casca e continuar sua história de onde havia parado .

Ao se despedirem em frente da casa delas, Gilbert disse:

- Essa tarde foi maravilhosa. Espero que possamos repeti-las mais vezes.

- Basta que nos convide, Gilbert. Boa noite - Bertha disse, antes de beijá-lo no rosto e entrar em casa, deixando Anne sozinha com ele.

- Obrigada por ter nos trazido.

- Sempre às ordens, Chapeuzinho ruivo. - Ele respondeu, colocando uma mecha de cabelo atrás da orelha de Anne, que engoliu em seco ao sentir a proximidade de seus rostos.- O que acha de fazermos algo no fim de semana próximo?

- O que tem em mente? - ela perguntou ansiosa.

- Vou pensar em alguma coisa e te ligo, pode ser? - ele perguntou, com seus lábios tão perto dos dela que Anne pensou que ele ia beijá-la.

- Sim. Vou ficar esperando. - Ela respondeu, pronta para colar seus lábios na boca masculina a qual desejara a tarde toda, mas Gilbert a frustrou mais uma vez, deixando um beijo suave em seu rosto.

- Até logo.- ele disse.

- Até logo. - Ela forçou-se a dizer
, enquanto saía do carro e entrava em sua própria casa sentindo-se uma tola completa. Quando ia parar de fantasiar as coisas daquela maneira, quando tudo o que Gilbert parecia desejar era não ultrapassar a zona da amizade que ela mesma sugeriu?

Desejando arrancar os pensamentos negativos que estavam levando todo o bem-estar daquela tarde embora, Anne foi para o chuveiro e tomou o banho mais longo que conseguiu.

Assim que voltou para o quarto, ela ligou o computador para verificar sua caixa de e-mail, e imediatamente viu que havia chegado uma mensagem de Peter Pan no site de relacionamentos, e decidiu abri-la mesmo não estando muito interessada no momento.

Curiosamente havia uma pergunta que a fez rir mesmo sem estar com humor para isso que dizia:

Minha cara Ruiva Misteriosa, vamos permitir que o mistério continue e mantenha-me interessado se for capaz, descrevendo a si mesma em apenas dez palavras.

Anne encarou o desafio à sua frente e pensou em como faria o que a pergunta lhe pedia sem se expor demais, foi então que uma ideia lhe ocorreu e assim, ela começou a escrever.

.

Bạn đang đọc truyện trên: Truyen247.Pro