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C A P Í T U L O 51

Pov ★ Ian

Eu estava literalmente transtornado pela raiva.

Raiva dele.
Raiva de mim.
Raiva de não ter conseguido me manter longe de qualquer sentimento por ela.

Encosto minha cabeça sobre o armário do vestiário masculino respirando fundo repetidas vezes.

Ela defendeu ele.

Era como se Anna tivesse preferido Josh a mim. Um sentimento ruim me devastou fazendo com que o autocontrole fosse quase exilado do meu corpo.

— Ei, ei. — ouço a voz de Roberto falar enquanto ele toca meu ombro.  — Ian, fica tranquilo.  Certo? Só precisa controlar. — meu amigo incentiva.
Roberto era uma das poucas pessoas conhecedoras do jeito impulsivo que ficava quando permitia que a raiva me dominasse.
Respirei fundo outra vez instigando o diafragma a fazer exercícios.

— Tudo bem? — pergunta quando finalmente tenho coragem para encará-lo.

— Não, não está nada bem. — respondo passando as mãos pelo cabelo.

— O que aconteceu?

— Tudo. Eu me sinto um completo idiota!

—Mas você é!  Eu te disse para não se envolver nessa história. Cara, você está usando ela para se vingar da Zaara. Tem noção de como é cruel apenas mencionar isso? — questiona me olhando no fundo dos olhos. 
Sabia que Roberto tinha razão, eu era cruel. Havia envolvido Anna em uma bola de neve unicamente para acabar com o teatro de Zaara Gilda, mas sentimentos não podiam estar presentes, eu literalmente a machucaria se ela soubesse a verdade.

— Eu sei disso, mas sou a porcaria de um egoísta que não quer que ela me abandone, satisfeito? — esbravejo mantendo minha ira sob controle.

— Se ela descobrir tudo, seu amor não será suficiente. — ouço suas palavras enquanto me permito sentar sobre o banco do vestiário.

— Acho que será mais fácil se ela ainda gostar do Josh.

— Acha mesmo que ela ainda goste do Mackenzie? — questiona duvidoso.

—Possivelmente.  — foi minha última palavra antes de abaixar a cabeça e suspirar.

Pov ★ Anna

Meus olhos analisavam Gina, a mulher que tanto me ajudou nos últimos meses. Ela ouvia atentamente o que eu tinha para desabafar e parecia compreender.

— Eu não sei o que pensar e nem como me sintir em relação a Ian. — digo passando as mãos pelo rosto. — Suas palavras foram duras,"você não sabe o que quer". — repito respirando fundo.

— E você sabe o quer, Anna? — pergunta me lançando um sorriso confortador.

Talvez eu soubesse o que queria e não era voltar a me afogar em minhas próprias lágrimas por alguém.  Não era ter algum tipo de crise do pânico por me sentir insegura, não era isso que eu queria.

— Eu tenho medo. — admito a encarando fixamente.

— Todos temos, mas entendo seu medo de arriscar e sair machucada novamente, porém você precisa saber que a vida real é assim, todo mundo te machuca, só que quem escolhe se vale a pena sofrer é você. Ian me parece um bom garoto,  apesar dessa ideia de namoro falso que particularmente nunca termina bem, afinal não se pode jogar com os próprios sentimentos ou decidir sobre eles.

— Então, o que devo fazer? — suplico para a moça com ótimos ouvidos a minha frente.

— Não posso lhe dizer o que fazer. —disse pegando minhas mãos sobre as suas. — Apenas aconselho que siga seu coração.  Pare de pensar que todos serão Josh Mackenzie em sua vida. — suas palavras aquecem meu peito trazendo uma paz única.

É, está na hora de dar mais ouvidos ao órgão involuntário que bombea sangue.

Nossa conversa durou mais um tempo antes de decidir dar mais um passo importante para minha trajetória de vida.
Havia pedido emprestado o carro da mamãe e a tranquilizei sobre o fato de antes do verão tirar minha carteira de motorista. 

Um nervosismo absurdo surgiu no meu corpo enquanto minhas mãos se mantinham no volante.
Busquei minha calma interna e tentei normalizar meus batimentos acelerados.

Enquanto dirigia em direção a casa de Ian pensava de diferentes formas em tudo que talvez fosse sair pela minha boca. Ele estava com raiva e eu era uma das poucas corajosas que conseguia ficar no mesmo ambiente com o mesmo.

Estaciono o carro na frente da garagem de casa percebendo que não havia ninguém ali. Travo tudo e saio caminhando para o outro lado da rua.
Quando pretendia tocar a campainha a porta foi aberta revelando madeixas loiras.

— Olá Anna. — cumprimenta Jess Lewis simpática.

— Oi. Ah... o Ian está?  — antes de ouvir uma resposta seus braços me prendem em seu corpo em um abraço apertado.

— Irritado em seu quarto. — responde depois de finalmente me deixar respirar. — Está tudo bem entre vocês?

— Já tivemos dias melhores. — respondo colocando uma mecha de cabelo atrás da orelha.

— Espero realmente que se resolvam, mas agora estou de saída, diga a Ian que volto em algumas horas. — falou abrindo mais a porta  para que eu pudesse entrar e ela sair. Antes mesmo que percebesse Jess já caminhava para seu SUV na garagem.

Fiquei surpresa parada no mesmo lugar que estava nos últimos minutos. Respirei fundo fechando a porta e olhando a casa moderna e bem decorada, já havia vindo aqui tantas vezes que já tinha até me acostumado com a foto de Ian criança na banheira.

Decido por fim subir as escadas em direção ao segundo andar com um extenso corredor de portas. Sabia qual era a dele e por acaso estava entreaberta.
Pensei em bater, mas desisti. Enquanto pensava em uma abordagem incapaz de fazê-lo fugir apertei o longo cardigã cinza sobre meu corpo.
Tentei dar meia volta e sair, mas uma coragem apareceu fazendo com que meus pés caminhassem para dentro, seu quarto era grande e se fundia em apenas três cores; o cinza,  o preto e o branco. Mas meus olhos foram ao garoto loiro trajando uma calça moletom e uma camisa preta sobre sua cama com fones de ouvidos em um volume mais alto que o apropriado.

Bati na porta mesmo do lado de dentro com o objetivo de chamar sua atenção, porém sem sucesso.  Frustrada vou em sua direção e tiro um de seus fones fazendo com que finalmente me olhe. Sorri sem mostrar os dentes e me sentei em sua cama ainda o encarando. Ele franziu a testa e tirou o outro fone também me observando.

— Eu não gosto do Josh da forma que acha que gosto. — explico evitando que saia qualquer palavra de seus lábios. 

— E como acha que eu acho que goste? — questiona com a tranquilidade pairando novamente.

— Como antes, mas muita coisa mudou. Ian, eu mudei. — respiro fundo para poder continuar. — E nessa mudança eu me apaixonei por você, seu idiota. — finalmente digo aquilo em um bom tom.

Um sorriso iluminado estampou seu rosto enquanto a vermelhidão assolou o meu.

— Não quero que diga isso só por se sentir obrigada ou coisa do tipo. — seus dedos tocam meu rosto como se desenhassem cada mínimo detalhe.

— Não, sei o que quero. — digo convicta das minhas próprias palavras.  — Quero você! — as palavras fluíram tão naturalmente que não senti nenhuma dúvida sobre o que queria.

No jeito Anna que costumava raciocinar era uma total loucura o que estava fazendo, a lentidão em que meu cardigã foi tirado me fez perceber que eu sentia confiança em Ian, era ele quem eu realmente queria, eram seus lábios aos meus que faziam as borboletas no estômago se manifestarem ou o tom de azul escuro em que seus olhos se mantiveram durante aquela noite. Não foi apenas eu que me entreguei fielmente a ele, houve reciprocidade.
Naquela noite comprendi sobre o que realmente queria e era engraçado saber que tinha um nome e sobrenome. 

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