Chào các bạn! Vì nhiều lý do từ nay Truyen2U chính thức đổi tên là Truyen247.Pro. Mong các bạn tiếp tục ủng hộ truy cập tên miền mới này nhé! Mãi yêu... ♥

C A P Í T U L O 47

Pov ★ Anna

Coloquei a meia calça preta por baixo da saia colada marrom ouvindo a conversa aleatória de Maya, namorada de Luke, com Maggie.

— O banheiro daqui é do tamanho do meu quarto,  literalmente.  — esbraveja Maya admirada sentada na poltrona perto da janela. Seus cachos estavam soltos valorizando suas bochechas redondas, ela usava um vestido tubinho verde musgo.

— Isso se chama exagero Lawrence.  — explica Maggie passando blush em seu nariz. Tentei não rir, mas falhei. Elas me olharam como se eu fosse uma maluca.

Calcei minhas botas pretas de cano curto andando em direção ao espelho em seguida. Sorri satisfeita com minha produção para o jantar de ação de graças.
Iríamos para um restaurante no centro de Los Angeles que ficava supostamente próximo.

Maggie se maquiava querendo ficar natural,  não entendi esse desejo quando a vi passar uma sombra brilhante e escura.
Dobrei um pouco o tecido mais pesado da minha blusa preta de manga longa observando o puxado fino em minhas pálpebras e gostando do meu experimento.

Maya sorriu me olhando.

— Faz quanto tempo que namora com o Ian? — pergunta a sorridente garota.

—Alguns meses.  — respondo me sentindo um pouco nervosa com o assunto. — E você com o Luke?

— Estamos juntos há dois anos. — seu sorriso cresceu. — Ele me faz feliz, está perto dele significa me sentir bem. Eu o amo tanto, Anna.

Aquele olhar brilhante quando se fala sobre alguém importante,  aquele olhar que parece transparecer todos os sentimentos do seu íntimo. "Os olhos são a janela da alma".

— Credo! Ficamos cafonas assim quando estamos apaixonados? — reclama Maggie finalmente terminando sua maquiagem.

— É. — concorda Maya.

Um toque na porta é ouvido e  Ember rapidamente entra.

— Já está na hora de irmos.  — afirma mordendo uma maçã. Respiro fundo passando as mãos pelo cabelo.

★ ★ ★

O restaurante francês era silencioso e chique,  eu gostava de culinária estrangeira, mas dificilmente fui além da comida chinesa ou japonesa.

Meus pés caminhavam em um ritmo lento acompanhando a família Lawrence. Ian estava ao meu lado com uma expressão fechada, a camiseta social branca delineava seu corpo com a ajuda de um colete social preto e uma gravata cinza e também preta.

Assim que chegamos a mesa nos sentamos e Kate permaneceu de pé sorridente.

A família me parecia unida, quase todos os filhos com suas famílias estavam presentes, isso deixava a mesa farta de gente.  Era bonito de se admirar.
Kate ergueu uma taça recém enchida de vinho branco com o mesmo sorriso no rosto.

— Esses momentos sempre são inesquecíveis para mim. Momentos em família. Fico orgulhosa de tê-los aqui, comigo. Meu coração sempre dói quando nos separamos ou ficamos sem contato.  Nesse dia de ação de graças, sou grata por tudo que tenho e principalmente por estarmos todos juntos...

— Nem todos. — uma voz grave fez Kate parar de dar seu discurso e olhar em direção ao homem que se aproximava. O silêncio se instalou me deixando confusa, mas logo reparei na semelhança de Scott Lawrence com o pai e os filhos. O mesmo cabelo de Ian e Steven, os olhos azuis brilhantes e o arquear de sobrancelhas. Kate e Martin pareciam surpresos e com os olhos marejados, os irmãos pareciam não acreditar na presença do homem. Já Steven sorriu e correu em direção ao abraço do pai que o recebeu com um sorriso genuíno.
Tudo parecia girar em câmera lenta, olhei rapidamente para Ian que encarava a cena, seus músculos estavam rígidos e sua respiração tensa. O único capaz de tirar Ian do autocontrole era o próprio pai, ele carregava tantos sentimentos confusos e diferentes que tudo dentro de si parecia em tumulto.
Coloquei minha mão sobre a sua tentando tranquilizá-lo.

— É bom estar em família.  — Scott diz segurando a mão do filho e se aproximando mais ainda. Seus olhos pousaram em Ian. — Você fazia isso quando era criança.  — o loiro pai diz ao loiro filho.

— É. — Ian responde com um olhar perfurante. Ele estava sério. — Quando eu tinha dez anos, acho que você parou no tempo por mais de cinco anos. — esbraveja não desviando seu olhar.

— Eu sei, você está crescido e eu orgulhoso.  — os olhos azuis de Ian tinham um brilho pelas lágrimas que ele impediu de sair.

— Você foi embora por cinco anos e acha que esse será o máximo que conseguirá falar? — todos acompanhavam calados o desabafo.

— Eu ainda sou seu pai, Ian.

— Infelizmente, mas eu aprendi a viver sem chamar ninguém assim, então é como se eu não tivesse um. — esbravejou se levantando da cadeira.  — Por quê voltou?

— Ian! — Sr. Martin o repreende.

— Algo deu errado onde estava? Pois não encontro outra desculpa plausível.

— Eu fui por Steven e você. — responde o homem com os olhos marejados.

— Vai ser sempre essa justificativa? "Eu fui por Steven e você". Sabe, você só pensa em si mesmo e nos seus interesses. O menino de treze anos esperaria esse momento para correr e abraçar o pai  como sempre fazia, mas o de dezoito não queria nem sentir sua presença. Emails não foram suficientes para mim. Eu queria ter crescido com você,  queria que tivéssemos comprado meu primeiro carro juntos, queria que os planos da faculdade fossem com você, não me importaria em vê-lo só aos fins de semana, não foi a separação que doeu, foi o seu abandono. — o loiro tinha a vista embaçada. — Aproveita seu tempo com Steven e não o decepcione, ele ainda tem esperança em você, algo que não tenho. — Ian sai abalado. Kate se senta com lágrimas pelo rosto e eu me levanto, Ember assente como se dissesse para o seguir.

Com os saltos da bota batendo sobre o chão corro atrás do quarterback. Eu sabia o quanto ele era a favor de ficar sozinho quando não estivesse bem, mas eu não poderia o deixar. Ian sempre estava lá quando nada parecia bem. Ele é aquela pessoa que mesmo em silêncio conforta seu coração.

Saio do restaurante olhando para todos os lados da cidade movimentada, até olhar para um banco do outro lado da rua.
Caminhei silenciosa até ele e respirei aliviada me aproximando.

— Não faz isso, Anna. Agora não é uma boa hora, eu realmente quero ficar sozinho, então por favor volta para lá.  — suplica com lágrimas caindo como uma cachoeira.

— Não. — digo me sentando ao seu lado. — Eu não gosto de te deixar sozinho quando não está bem. — acaricio suas bochechas limpando suas lágrimas. Seus olhos se fecham e mais gotas surgem.

— Eu odeio me sentir assim! — reclama passando as mãos pelo cabelo. O puxei para um abraço e senti seus braços me rodarem com força como se dependesse disso. — Eu queria tanto ter tido a presença dele na minha vida. — admite depois de um tempo.  — Ian Martin é em homenagem aos meus dois avôs,  Ian Lewis e Martin Lawrence. Minha mãe amava o vô Martin e Scott o vô Ian e eu era fascinado por ter o nome dos dois.  — um soluço. Voltei a o envolver com meus braços querendo de alguma forma o confortar.

— Eu estou aqui com você. — acaricio suas costas.  — Até quando quiser.

Não sei quanto tempo passamos abraçados sentindo o calor humano um do outro. Mas depois que as lágrimas cessaram, nossos olhares deram atenção ao céu escuro pela noite. 
Os pensamentos dele pareciam menos bagunçados, seus olhos ainda pareciam tristes e irritados e os músculos estavam menos tensos.

— Acho melhor irmos para casa dos meus avós.  — me olhou. — Está ficando tarde. — concordo levantando meu corpo hibernado no banco.

Começamos a caminhar em silêncio pelas ruas de Los Angeles agradecendo mentalmente por a casa ser próxima.

— Acho que estraguei a noite dos meus avós. — diz com um sorriso curto. — Eles amam dias de ação de graças.

—Eles vão entender. — o conforto sentindo o silêncio pairar novamente.

— Você nunca pensou em reencontrar seu pai? — sua pergunta chama minha atenção.

— Não. — sou sincera. — Eu não cresci com ele, você cresceu com o seu. Jam é meu pai. — suspiro fundo.  — Sei que ele é importante para você, Ian. Ele assente e volta a expressão séria.

O caminho até a casa foi em silêncio, não sabia que horas eram, mas percebi já ser tarde. A quietude da casa foi suficiente para saber que já estavam todos deitados, exceto Martin sentado no grande sofá branco com seu pijama de dormir.

— Não quero conversar agora, vô. — Ian disse frustado passando a mão pelo rosto.

— Ótimo, assim só eu falo. — questionou irredutível em relação ao neto. Essa foi a minha deixa para pedir licença e sair para o quarto.

Aquela conversa era pessoal. Pensei fechando a porta do quarto atrás de mim e ouvindo um ronco na cama.
Maggie estava esticada no seu lado da divisória que havíamos feito. Sorrir admitindo internamente que ela roncava alto.

Pouco a pouco no box fui tirando as peças de roupa e me jogando debaixo do chuveiro em seguida. Meu corpo relaxou e tentei demorar o máximo possível, mas não fiz assim. Supirei me enxugando na toalha e vestido meu pijama de bolinhas.

Saí do banheiro com um grande cocó na cabeça e um cansaço sobre as costas. 

— Ian? — verifico surpresa quando vejo o loiro sentado na ponta da cama sem Maggie.

— Eu pedi para Maggie dormir no meu quarto, precisava ficar perto de você. — seus olhos estavam inchados. Sorrir me aproximando da cama.

— Tudo bem. — evitei perguntar sobre a conversa com seu avô, sabia que ele só queria descansar.

Me deitei na cama e o observei fazer o mesmo, nossos rostos ficaram próximos o suficiente para nossos narizes se tocarem.

— Obrigado. — agradece tocando meu rosto. — Obrigado por estar aqui.

— Eu sempre vou estar.

— Me promete? — seu olhar suplica. — Promete que não importa o que aconteça não irá me deixar.

— Eu prometo. — afirmo olhando no fundo de seus olhos e vendo um pequeno sorriso surgir e como eu era apaixonada pelo seu sorriso. 

Bjs♥

Bạn đang đọc truyện trên: Truyen247.Pro