Capítulo 27
Jenny
O impulso de beber mais sangue não passava, além das duas bolsas que eu já tinha tomado, eu queria mais. Sentia uma força, uma necessidade. Meu celular tocou o som ferindo meus ouvidos, era Ryan, decidi que era melhor não atender, mas algo dentro de mim, um instinto selvagem falou mais alto e resolvi atender.
Como sempre ele parecia preocupado comigo e estava exigindo me ver, a noite estava chegando e eu sentia uma certa excitação. Eu não deveria mais eu combinei de encontrar com Ryan, minha cabeça estava confusa e planos sinistros se formavam na minha cabeça. Eu sabia que não poderia sair pela porta da frente, não queria chamar a atenção de ninguém e não sabia quanto tempo eu tinha antes de Mike aparecer me procurando.
Então por impulso resolvi pular a janela, por sorte esta janela ficava para um canto mais escuro da casa e pude me mover com agilidade me esgueirando pelo muro. Passei por casas, vi gatos e cachorros que latiam e corriam com a minha presença, cheguei a perseguir um dos cachorros que fugiu ganindo.
Eu queria correr e pular estava com tanta força e energia dentro de mim que apesar da distância cheguei com facilidade à casa de Ryan. De longe eu podia sentir o cheiro dele, minha boca enchendo d'água com as possibilidades.
Me aproximei devagar da entrada da porta e apertei a campainha, aguardando pacientemente quando ouvi seus passos dentro da casa, quando ele abriu vi a surpresa em seus olhos.
– Nossa, você chegou rápido! – ele disse me olhando, ouvi seu coração acelerar e senti sua necessidade por mim.
Entrei sorrindo, tentando parecer despreocupada, mais eu sabia o que queria ali, eu podia ouvir sua pulsação, quase podia sentir na minha boca o gosto do sangue que eu queria arrancar do seu corpo. Um prazer selvagem arrepiando minha pele.
- Você parece diferente – ele falou franzindo o cenho – Você está realmente bem?
- Nunca estive melhor – respondi sorrindo e o agarrando para um beijo, senti a surpresa no seu rosto e no seu beijo, enquanto ouvia o som dos seus batimentos cardíacos e o cheiro sangue correndo por suas veias se tornava irresistível para mim. Fui terminando o beijo e jácquase alcançando sua jugular e foi como num estrondo vi Mike emAzze irrompendo pela porta.
Ryan levantou assustado e eu fiquei olhando para eles com desejo de lutar, Mike olhava para mim impassível e eu quis gritar quando o cheiro dele invadiu minhas narinas. Eu tinha raiva dele, amor e queria fugir. Tentei passar por eles para tentar escapar, mas foi como tentar atravessar uma rocha.
Mike me agarrou firmemente ao seu corpo, eu gritei de frustração e finalmente caí em mim, percebendo a coisa terrível que eu iria fazer. Comecei a chorar incontrolavelmente enquanto me apoiava nos braços de Mike sentindo o seu cheiro.
*
Nos minutos seguintes fui simplesmente arrastada para o carro de Mike, Azze veio ao lado enquanto eu me virava e via o rosto confuso de Ryan me olhando na porta da casa. Naquele momento confusão e vergonha era tudo o que eu sentia como pude fazer isso com um amigo?
Ouvi quando Azze se despediu de Mike dizendo que não iria com a gente e que nos encontraria mais tarde na casa de dele, percebi a surpresa dele.
– Porque você vai para minha casa e não para a sua, com Mark?
- Ele não me quer perto dele e eu preciso de um tempo – ela respondeu tristemente.
O carro se movia silenciosamente por Monte Carlo, não dissemos nada durante o percurso eu não ousava encará-lo e ainda sentia raiva de estar passando por toda essa situação. Quando fui perceber ele simplesmente parou o carro de frente ao belo mirante que avistava toda a cidade, um espetáculo para os olhos, mas não para mim aquela noite.
Ele desceu do carro e me puxou para fora, até que ficamos lado a lado admirando a vista quando ele finalmente falou, foi sem me encarar olhando para frente.
– Me perdoe,eu nunca deveria ter feito o que fiz com você, eu fui egoísta e só pensei em mim, foram muitos séculos te amando e naquele momento eu fui fraco, como não tinha sido das outras vezes. Eu compreendo se você não quiser ficar perto de mim, mas eu espero que você entenda que como uma vampira recém-nascida. Você precisa de proteção e cuidados, eu vou cuidar de você até que esteja pronta para se cuidar. Apesar de que eu duvido que vá conseguir me afastar totalmente, mesmo agora isso exige um autocontrole grande para simplesmente não te agarrar e ter você aqui mesmo – ele concluiu seu discurso com um suspiro exasperado, colocando as mãos naquele cabelo magnífico e finalmente olhando para mim.
Ficamos uns longos minutos em silêncio enquanto eu digeria tudo o que ele disse.
– Eu queria ficar longe de você – parando ao ver sua expressão chocada – Ser vampira não era o que eu queria, mas eu entendo que seria a única forma que eu poderia estar com você para sempre e eu fico feliz que isso tenha acontecido. Do jeito que te amo, eventualmente, eu pediria para você fazer isso –finalmente o encarei.
Ficamos nos olhando, senti como ele conseguia com um simples olhar modificar a atmosfera ao nosso redor, com um gesto rápido ele me empurrou sobre o capô do carro e disse sorrindo.
– Eu te disse que a gente faria isso de novo não é? – me beijou do jeito dele, me dominando com sua língua, mordendo, explorando, me tornando ofegante.
- Como eu me sinto forte e ainda me sinto fraca perto de você? – perguntei ofegando entre beijos.
- Eu sou seu alfa, você nunca vai ser mais forte do que eu ou na minha presença – ele disse enquanto ia descendo as alças do meu vestido.
- As pessoas vem aqui, alguém pode nos ver – tentei protestar, mas suspirando de prazer enquanto ele expunha meus seios ao ar da noite.
- Eu sei, eles vão ter uma bela vista além do mirante você não acha? – Mike falou sorrindo e continuando a me chupar os seios de forma faminta. Depois disso apenas comecei a sentir as sensações que estavam ainda mais fortes do que quando eu era uma mortal
Como vampira eu sentia duas vezes mais a força de seus beijos e de suas carícias. Quando ele me levou a um orgasmo chupando meu clitóris, eu gritei como uma louca, foi o maior orgasmo que eu tive na vida, todas as sensações eram maiores e mais fortes. E apesar de ser vampira eu ainda me sentia um brinquedinho em suas mãos, ele me pôs de joelhos em frente à bela vista do mirante e com seu jeito dominador de sempre.
– Será que uma vampira recém-nascida chupa melhor do que uma mortal? Estou louco para descobrir.
Sem dizer mais, forçou a entrada da minha boca com seu enorme pênis. Enquanto ele segurava meus cabelo, deslizei minha boca pelo seu pênis e pude, satisfeita, ouvir os sons maravilhosos que ele fazia enquanto gemia. Era delicioso saber que eu provocava esses gemidos.
Não aguentando mais, ele me sentou no capô do carro, como fez da última vez e me penetrou, sem aviso, com força e me segurando pelos cabelos. Mas em nenhum momento largava o meu olhar.
– Diga o que eu quero ouvir Jennifer... – sua voz estava rouca. Eu ofeguei mais não quis entregar o jogo tão facilmente.
– Eu não sei o que você quer que eu diga – dessa vez o puxão no meu cabelo foi ainda mais forte, não provocava dor, me dava ainda mais prazer.
- Não brinque comigo vampirinha – ele falou zombeteiramente – Apenas diga, porque você vai passar a eternidade me dizendo isso e eu nunca vou me cansar de ouvir - agora ele bombeava duro dentro de mim, mas nunca afastando o olhar – Diga!
- Eu. . . Sou. . . Sua. . . – eu disse finalmente já não aguentando o prazer violento que se formava dentro de mim.
E como por instinto o prazer foi me levando até seu pescoço e eu não resisti, o mordi. Isso foi desencadeando dentro de nós um orgasmo violento como nunca eu pensei que poderia existir. Assim que terminei de beber um pouco do seu sangue, ele, imediatamente, se aproximou do meu seio repetindo o gesto que fez tantas vezes nos levando a mais outro orgasmo violento, nós gritamos alto e por sorte naquele momento só a lua testemunhou o nosso prazer.
Azze
Eu estava em pé na varanda com vista para o mar da casa do Mike onde reencontrei Mark nesta existência, eu queria reviver aquele momento, mas confesso que na realidade fez a tristeza apertar ainda mais.
De repente meus instintos todos ficaram em alerta quando senti a presença de Carlos no ambiente. Me virei e dei de cara com ele que me encurralou contra as grades da varanda.
– O que você quer Carlos? – eu falei com muita raiva o que fez meus caninos aparecerem me colocando pronta para a luta.
- Você me pergunta o que eu quero? Eric, Azze, vocês mataram o meu melhor amigo, o único que passou séculos dividindo comigo a grande tristeza de ser apaixonado por você! – ele gritava.
- Isso é loucura Carlos! Vocês sempre souberam que eu amo Mark, eu sempre pensei que nós éramos amigos, mas agora não importa mais. Se você veio atrás de mais luta, vamos lutar, está tudo realmente destruído agora para mim.
- Eu não quero lutar mais Azze, eu quero uma chance, você me deve isso! – dizendo isso ele conseguiu num gesto inesperado alcançar minha boca e me beijar, eu não correspondi ao beijo ficando parada quando senti o cheiro da presença de Mark, empurrei Carlos com toda força que quebrou uma das mesas da varanda caindo atordoado, enquanto eu me virava para Mark que olhava para tudo com uma expressão severa no rosto, ficamos nos encarando quando ele se virou e saiu, Carlos se aproveitando desse momento de vacilo entrou em luta comigo.
– Se você não vai ficar comigo também não irá ficar com esse mortal imundo! – a luta se arrastou até que consegui me desvencilhar dele, no momento em que Mike entra na casa e a luta fica mais feroz, deixei Mike em combate enquanto encontrava uma Jennifer atordoada do lado de fora da casa.
– O que está acontecendo? – Ela me perguntou aflita.
- Onde está Mark? – Eu perguntei a ela, sem responder sua pergunta.
- Nós vimos ele indo embora quando chegamos, não parou parou falar com a gente. O que houve Azze? – ela perguntou preocupada.
- Não entre agora, espere Mike vim te buscar, eu preciso ir... – saí em disparada na noite de Monte Carlo atrás de Mark.
Mark
Eu a amo demais e a dor que eu estava sentindo era profunda.
Se já não bastava saber que eles tiveram um relacionamento no passado, eu ainda tinha que ver agora. Eu estava na casa de Mike a procurando, eu finalmente achei que nós devíamos conversar, eu precisava saber o que realmente estava acontecendo, mas não há mais nada para descobrir, eu sou apenas um divertimento para Azze sempre fui.
Estava na autoestrada a mais de 230km/h o que para mim é muito pouco, a velocidade está no meu sangue, eu precisava correr e correr muito. Eu sou um piloto profissional e a velocidade me acalma, eu me sentia no controle, eu me orgulhava de ser um piloto que poucas vezes me envolvia em acidentes, extremamente confiável e emocionalmente inabalável até hoje.
Não percebi quando o carro começou a patinar na pista, com o meu preparo apenas relaxei os músculos quando percebi que o carro iria capotar na pista, deve ter sido uma coisa realmente espetacular de se ver porque o barulho de dentro do carro foi realmente impressionante até que tudo escureceu.
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