~Surpresas do destino~
25° capítulo
"E nessas horas, meu sorriso é passageiro, é aí que eu percebo, a falta QUE ME FAZ VOCÊ, E NESSAS HORAS...."
E nesse clima de dor e depressão, vamos começar o capítulo de hoje, já prevejo muita dor de cabeça se aproximando para a pobre Nina, coitada, só sofre! Mas é como dizem, tudo o que vem fácil, vai fácil. Então é melhor sofrer agora, que futuramente a felicidade vem garantida. (Pelo menos é nisso que queremos acreditar!!)
🦋Lady, ou nem tanto assim, Black.
°SURPRESAS DO DESTINO°
~MARINA~
ATUALMENTE
Acordo das minhas antigas memórias, mesmo que meu pontinho de luz me lembre tudo o que eu almejo tanto esquecer.
Às vezes a vida é tão injusta. Eu passei por tantos problemas na gestação e acabou que Brianna nasceu a cara do pai.
Mas não vou ser mesquinha ao ponto de culpar a minha bebê, ela não tem culpa do pai cafajeste que tem. E apesar de tudo, foi a minha maior alegria, agora entendo a sensação que Luna sente, a inexplicável sensação de ser mãe.
Ficamos a tarde toda no parque, eu tirei tantas fotos de Brianna que ela já estava ficando irritada, seu biquinho de choro foi a única coisa que me deteve de continuar, a alimentei, e pouco tempo depois minha bebê dormiu.
Depois de muito esforço, consegui colocá-la no carrinho dela, todo rosa, meu fascínio por rosa será passado para o meu anjinho, agora que sei que é uma menina, consegui comprar todas as suas coisinhas, claro, todas rosas.
Desde que cheguei estou com a sensação de ser observada, e isso está me deixando agoniada, mesmo com o segurança que não larga do meu pé, estou com medo de que algo aconteça com a minha filha, temo por ela, acho melhor deixar o passeio para outro dia.
Assim que saímos, encontro com Edward e agora, sua esposa Alicia, ambos estão de mãos dadas e muito felizes, meu peito aperta, feliz por eles, e com inveja, por não ter mais aquele que me jurou amor eterno.
Não demora muito para que Edward me veja, e ele e Alícia caminham até mim, morro de vontade de correr, não quero ter que falar com eles, o perdoei sim, mas não o quero mais na minha vida. Nunca mais.
- Como vai, Marina? E essa princesinha?- Edward fala, a vontade de o ignorar é enorme, mas sou mais educada que isso.
- Muito bem, obrigada. Minha filha. - o respondo. Ele fica estático, e seus olhos brilham quando ele consegue vê a minha filha, um bendito vento acaba abrindo a parte de cima do carrinho, a revelando, a pequena está acordada e risonha, nem parece a mesma bebê que estava quase chorando por não aguentar mais tirar fotos.
Que bebê mais gaiata, me pergunto se ela não fingiu toda aquela cena, não consigo acreditar que uma neném de um mês seja tão esperta.
Edward parece encantado, e Alícia olha a minha filha com um brilho nos olhos, como se estivesse encantada, quero me livrar logo dos dois, por isso me despeço, antes que um deles invente de pegar a minha bebê nos braços.
Praticamente correndo, vou para fora do parque, já tivemos emoções demais por um dia, meu coração não aguenta mais surpresas, estou velha para os meus vinte e um anos, mesmo com o tempo, continuo tão dramática quanto anos atrás.
Chegando no estacionamento, um assobio familiar me para, esse assobio é o mesmo que Brayan fazia quando queria chamar a minha atenção, é uma coisa só nossa, olho em volta, com o coração acelerado e as mãos tremendo, mesmo negando, o amo desesperadamente, porém me faço de difícil.
Estou com Brianna nos meus braços, estávamos entrando no carro, quando o assobio insistente me para outra vez, olho em volta e vejo um homem de capuz. Digo para mim mesma que é coisa da minha cabeça fantasiosa, mas a maneira como ele olha fixamente para mim e minha neném, não resta dúvidas, Brayan voltou, por algum motivo, ele está nos observando, e pelo pouco tempo que me deixa vê os seus olhos, ele afirma que voltou por nós. E que não irá desistir facilmente.
Uma pena, por que eu não vou me entregar de bandeja. Como as brasileiras dizem: "Ele que lute."
•••
Chego em casa exausta, a única coisa que eu quero é tomar um banho e dormir, mas agora tenho uma filha e não posso fazer tudo o que eu quero, então, mesmo que esteja quase dormindo, dou um banho em Brianna e a visto com uma roupa mais fresquinha, a coloco no berço e ligo a babá eletrônica.
Agora sim posso tomar um banho e dormir enquanto a minha preguiçosa dorme. Como não conseguia ficar longe dela por muito tempo, pedi para colocarem o berço dela ao lado da minha cama, não tinha necessidade de decorar dois quartos, sendo que meus planos eram ficar só até conseguir um trabalho, ou seja, daqui a alguns meses.
Tomo um banho rápido, me visto e me jogo na cama. Me acordo com a sensação de está sendo vigiada, estranho o fato de já ter passado horas e Brianna ainda não acordou resmungando, ela sempre quer atenção quando está acordada, mesmo com vários brinquedos no berço, ela ainda exige que fiquem olhando para ela.
Tinha que ser filha do Brayan mesmo.
Me levanto e vejo que não estamos sozinhas, o mesmo homem de capuz está dentro do quarto e com a minha bebê nos braços, o estranho é que ela não está chorando, como deveria, considerando que ele é um estranho, mas Brianna está rindo e se divertindo com os beijos e carinhos que o maldito homem faz.
- Eu deveria imaginar que você entraria aqui como um marginal!
- Boa noite, mi amor. Dormiu bem?
- Me dê a minha filha! E eu não sou o seu amor, saia daqui e desapareça das nossas vidas!
- Nossa filha, mi amor.
- Não pode aparecer aqui e exigir algo que não é seu!
- Esse não é o melhor momento, amor. Nossa menina não pode vê nossa discussão. Isso é prejudicial para os bebês.
- E desde quando você sabe algo sobre bebês? - pergunto com uma careta.
- Eu estudei, amor.
- Eu já falei para você parar de me chamar de "amor", inferno!
- Não fale palavrões na frente da nossa filha, amor. Isso é muito feio.
Não aguento toda essa sua ironia e jogo o que vejo pela frente nele, a sorte é que Brayan já tinha colocado Brianna no berço, e ela só olha a nossa discussão e rir.
Brayan consegue desviar do abajur que eu joguei nele, o cara de pau tem a falta de noção de rir, o que leva a minha filha a rir junto.
Os dois parecem que se conhecem a vida inteira, é mesmo uma pequena traidora, mal conheceu o pai e já está toda caidinha por ele. Alguém tem que ser forte de nós duas e resistir ao charme do maldito, parece que esse alguém sou eu.
Brianna começa a resmungar, e eu a pego, minha neném está com fome, ignorando completamente o palerma do meu ex, dou o meu seio para ela mamar, e só então percebo que estou sendo encarada fixamente. O olhar de Brayan queima a minha pele.
- Será que você pode virar de costas? Estou me sentindo assediada
- É que é uma cena linda demais, como posso resistir?
- Eu acho melhor você virar de costas antes que eu te acerte com uma faca. Seu abusado. - resmungo.
- Você sabe que eu já vi cada pedacinho desse seu corpo gostoso não é?
- Eu imagino que você tenha visto a Nina de antes, agora, eu tenho certeza que você não viu, e se depender de mim, nunca verá.
Posso jurar que o ouvi rosnar.
Depois que amamento Brianna, a coloco para arrotar, o que sempre não demora muito, e logo ela está dormindo novamente. A deito na cama, os raios de sol na janela, me mostram que eu dormi demais, meu quarto rosa parece infantil demais com a presença de Brayan, uma parte minha quer que ele vá embora, a outra, patética, quer que ele fique, que me explique o que diabos aconteceu.
- Amor...
- Brayan, por favor! - o interrompo.
- Tudo bem, eu sei que tenho muitas coisas para explicar, mas agora eu não posso...
- Vá embora. Eu não tenho mais estrutura para passar o que eu passei, então, faça que nem fez há um ano atrás, e suma da minha frente!
Ele parece arrasado, eu pouco me importo, o tanto que fiquei triste e sozinha, me perguntando o que eu fiz para ele me abandonasse com uma criança, eu não posso simplesmente me compadecer e esquecer tudo num passe de mágica.
Existe muita mágoa dentro de mim, e esse "não posso explicar agora" não ajudou muito. Me deito na cama, esgotada demais para continuar brigando, o observo dá um beijo na testa de Brianna e depois a levar para o berço, não falo nada, pois sei que essa é a atitude correta, não estou bem e a última coisa que eu quero é machucar a minha filha.
Ele faz o que sempre fez comigo, encosta o seu nariz, no narizinho dela. Vejo minha bebê suspirar no seu sonho, pelo menos algum de nós está feliz.
Ele vem até mim e beija minha testa, mal percebo quando adormeço.
Só sinto quando ele vai embora, e mais uma vez leva meu coração com ele.
✨✨✨✨✨✨✨✨✨✨✨✨✨
Não esqueçam de curtir, gentee🥺💓
E comentar o que vocês acharam❤️
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