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Extra: Arzac

Detroit, 2015

Arthur quase caiu ao tentar enfiar a chave na fechadura. Zac, escorado nele em um intenso estado de embriaguez, não ajudava ao cambalear de um lado para o outro.

Era fato que Arthur também não estava completamente sóbrio, mas não era hora de pensar sobre quem estava mais bêbado.

Em um golpe de sorte, a chave se encaixou no buraco e ele conseguiu destrancar a porta. Devia tê-la empurrado muito forte, pois gerou um grande estrondo ao bater contra a parede.

Zac fez uma careta com o barulho e riu em seguida.

— Pensei que você fosse ficar com a moça dos cabelos vermelhos — disse ele, trocando as pernas ao tentar se desvencilhar de Arthur.

Mas Arthur o segurou firmemente pelo braço ao mesmo tempo em que fechava a porta com a outra mão.

— E te deixar beber até começar um show de strip-tease em cima da mesa? Claro que não. A primeira vez que você fez isso já foi vergonhoso o suficiente, para mim e para você.

Arthur estava procurando o interruptor, que ele não se lembrava onde ficava, e assim que ele conseguiu apertar o botão, Zac se inclinou para rir e, de alguma maneira, sem nem ao menos sair do lugar, ele tropeçou nos próprios pés, e quando ia cair, prendeu os dedos com força na camisa que Arthur usava, fazendo com que ambos fossem ao chão.

Arthur praguejou. Havia batido o joelho com força e agora tinha uma careta de dor em seu rosto. Apoiou suas mãos no chão frio e sujo, enquanto a poeira ali se agarrava em suas palmas. Pretendia levantar-se, mas foi impedido por Zac, mais uma vez puxando sua camisa. Foi pego de surpresa e desabou novamente sobre o corpo do amigo, que lançava um forte hálito de uma imensa mistura de bebidas alcoólicas em seu rosto.

Zac segurou ambas as suas bochechas com as mãos, e levou seu rosto para ainda mais próximo do dele, até que seus lábios tocassem apenas suavemente, com a sutileza e maciez de uma pena.

O que estava acontecendo? Arthur se perguntava. Ele também havia bebido, ainda que menos do que Zac, porém o suficiente para fazê-lo não raciocinar muito bem. Ainda debaixo dele, Zac sorriu, pôs a língua para fora e passou-a em sua boca, deixando um rastro gelado de saliva sobre ela.

— O que está fazendo? — Arthur perguntou, sentindo-se um pouco trêmulo.

— Eu quero te beijar — ele respondeu, e seus dedos deslizaram pelo cabelo escuro de Arthur.

Zac levantou levemente a própria cabeça até que seus lábios fossem pressionados contra os dele. E o mais incrível foi que o beijo foi correspondido. Arthur fechou os olhos e sentiu o toque quente e úmido em sua boca, enquanto sua mente girava por conta de todo álcool que havia ingerido naquela noite.

Ele não estava em condições de ponderar sobre o beijo naquele momento, mas teria pensado que não era tão diferente de beijar uma garota quanto teria pensado. Ainda assim, algo o fazia se sentir estranho.

Ele puxou a cabeça para trás, se desprendendo das mãos de Zac. Arthur sentou-se sobre os próprios calcanhares e puxou o outro consigo.

— Vem — ele disse, tentando levantar-se, com dificuldade, e trazer Zac junto. O garoto de cabelos loiros tinha as bochechas muito vermelhas agora, e um sutil brilho úmido nos lábios.

Eles ficaram de pé e andaram devagar em direção à cozinha. Zac estava cambaleando desde que desceram do táxi, o que fez Arthur se assustar quando sentiu um empurrão, no entanto, não estava caindo outra vez. Arthur estava sendo pressionado contra a parede, e seu lábio inferior foi preso e puxado entre os dentes do outro.

Zac tocava as laterais de seu corpo sob a camisa, e Arthur sentiu seu rosto queimar quando percebeu que ele parecia animado demais com a situação.

— Zac... — disse Arthur, usando as mãos para afasta-lo gentilmente. — Zac, eu...

— Me desculpa — ele disse, dando vários passos pra trás. — Eu não queria... AAAH!

Zac recuou até bater no braço do sofá verde escuro no meio da sala e cair de costas sobre ele. Arthur o escutou choramingar, mas não conseguiu se mover.

Somente quando achou que Zac estava quieto demais, ele se preocupou.

— Zac? — chamou, aproximando-se do outro, porém o garoto já havia dormido ali mesmo.

Sabendo que acorda-lo poderia gerar mais uma situação estranha, Arthur preferiu ir direto para o quarto. O chão parecia longe demais, como se ele de repente tivesse ficado muito alto. Apoiava-se nas paredes que encontrava pelo caminho, mas de nada adiantou quando um de seus pés se embolou no tapete e ele caiu de cara no chão.

Arthur gemeu e resmungou baixinho, mas não teve mais coragem para se levantar, e adormeceu estirado onde havia caído, ao lado da cama.

***

Quando o dia amanheceu, Arthur abriu os olhos. Seu corpo inteiro doía como se acabasse de ser atropelado, enquanto a cabeça parecia ter sido atingida por um tijolo. Encostou-se na beirada na cama, tentando entender se ele havia caído dela, mas o fato de que ela não estava desfeita deixou-o confuso.

Curou a ele mesmo na ordem de prioridades: o que doía mais, primeiro. No caso, a cabeça, as costas, seu braço direito e todo o resto...

Quando terminou, sentiu nojo de si. Sua pele estava grudenta de suor e o gosto amargo em sua boca parecia-se com o de alguém que nunca havia visto uma escova de dentes na vida.

Olhou para o lado e encontrou sua mochila sobre a cama. Apoiou-se na beirada do colchão para se levantar. Abriu o zíper e pegou uma roupa e uma toalha. Precisava de um banho.

Andou para fora do quarto encontrou Zac dormindo no sofá, em uma posição aparentemente desconfortável: a cabeça estava no assento, mas suas pernas pendiam apoiadas no braço do móvel. Um braço torto encontrava-se sobre o peito e o outro pendurado, com as pontas dos dedos roçando no chão. Decidiu não acorda-lo e foi direto ao banheiro.

Tirou as roupas sujas e deixou no canto. Pareciam estranhamente empoeiradas, e Arthur imaginou que deveria se lembrar de alguma coisa que estava esquecendo. Ele entrou para o box e girou o registro do chuveiro, entrando debaixo do jato de água morna e sentindo-a relaxar seu corpo.

Mas mal teve tempo de aproveitar a sensação. Batidas insistentes na porta foram acompanhadas pela voz de Zac com urgência do outro lado:

— Eu preciso usar o banheiro!

Arthur desligou o chuveiro e se enrolou na toalha antes de abrir a porta. Zac passou por ele como um furacão e o empurrou para fora, fazendo-o molhar todo o chão.

Arthur pode ouvir ele tossir e vomitar lá dentro, começando a se sentir também um pouco nauseado, mas dentro de pouco tempo ele saiu de lá, com uma cara terrível, e Arthur pode terminar seu banho.

Encontrou Zac novamente na cozinha. Lutando com a cafeteira.

— Parece que você bebeu mais do que eu ontem — disse Arthur. Não era motivo de orgulho, era só uma constatação.

— Eu nunca mais quero beber coisas que estranhos me oferecem — ele fez uma careta, como se tivesse chupado algo muito azedo. — Eu lembro de ter visto você com uma garota ruiva, depois eu bebi um negócio com gosto de tequila com... Xixi! E não me lembro de mais nada. Você saiu com ela? Como eu voltei pra casa?

Arthur forçou-se a lembrar, mas apenas tinha vagas lembranças de Zac fora de si cantarolando em um carro, devia ter sido um táxi, e mais alguma coisa... Um beijo? Não, claro que não, ele certamente sonhou essa parte.

Arthur deu de ombros e balançou a cabeça. Não se lembrava de nada concreto.

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