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8. Fantasmas do Passado (p.3)

— Você quer sair pra Nova York agora? — Chloé perguntou com as sobrancelhas erguidas, sentando-se ereta.

Estavam no quarto dela, sentados na cama. Aparentemente, Chloé havia sido preguiçosa e ficado na cama ate tarde. Sua camiseta cinza larga dizia "Eu sei seu IP".

— Você disse que iria comigo — disse Arthur. — Além do mais, não é tão divertido ficar naquele apartamento quando não tenho companhia.

— Amanhã eu posso ir — disse ela se recostando na cabeceira da cama. — Hoje eu tenho um compromisso.

— Que compromisso? — perguntou Arthur curioso.

— Prometi sair com Miguel hoje a noite.

Arthur franziu a testa. Seus cabelos desceram, pinicando seus olhos. Ele passou a mão por eles jogando para trás.

— Você vai trocar uma noite divertida com seu irmão mais velho em Nova York pra ficar com Miguel? Você vive com ele e não fica mais comigo! — acusou Arthur.

— Você precisa cortar o cabelo — apontou ela.

— Não mude de assunto.

— Ok, Arthur, eu tenho uma proposta então — disse ela estalando as mãos nas coxas.

— Qual?

— Miguel vai com a gente pra...

— De jeito nenhum — interrompeu Arthur. — Não, não mesmo.

— Então eu não vou — disse ela cruzando os braços feito uma criança.

— Esqueceu o que a gente vai fazer lá?

— Não, e fala baixo antes que algum curioso escute — disse Chloé brandamente fazendo Arthur perceber que realmente estava quase falando de Lívia alto demais. — É uma pesquisa pelo celular, ele não vai ficar atrás da gente nos vigiando.

— Não sei não...

— Por favor, Arthur. Vai ser legal.

— Não, não vai ser legal, e eu não quero fazer isso.
Chloé riu.

— Vai lá arrumar suas coisas, vou ligar pra Miguel e arrumar as minhas.

Arthur assentiu derrotado.

— Como quiser — disse Arthur se levantando. Chloé já tinha tirado o celular debaixo do travesseiro e estava discando os números. — Só uma coisa...

Chloé levantou os olhos para o irmão.

— É inverno no Hemisfério Norte, leve roupas quentes.

* * *

A sensação de sair da água em Nova York em pleno inverno foi como ter todos os ossos transformados em gelo.

Eles emergiram do Rio East, em uma área menos movimentada, se é que havia algum lugar que não fosse movimentado em Nova York. Ao longe podiam ver a Brooklyn Bridge, mas o cenário no geral parecia estar inteiro coberto de neve.

Arthur, Chloé e Miguel se apressaram em colocar casacos sobre a roupa molhada. Viajar por canais de água era o transporte mais rápido que Arthur conhecia, mas a desvantagem era com certeza o fato de ficar molhado ate os ossos.

Ele sabia que havia um ponto de taxi bem próximo, então guiou os outros dois até lá, correndo um pouco para tentar aquecer.

Quando embarcaram em um carro, o taxista não pareceu muito feliz com o grupinho úmido, e resmungou baixinho por todo o caminho ate Geenpoint.

Taxistas de Nova York, sempre tão adoráveis.

Quando a vizinhança começou a se tornar uma sequencia de armazéns e fábricas, Arthur sabia que já estavam próximos. Pouco a frente vinha a parte mais residencial, onde a maioria dos prédios pareciam todos  iguais, com suas paredes de tijolo vermelho.

O apartamento de Arthur era mais um entre esses. Na verdade, ele tinha que admitir, o lugar parecia mais um armazém.

Os três entraram. A escada era iluminada por uma lâmpada pendurada que balançava com o vento.

— Não toquem no corrimão — alertou Arthur já subindo os primeiros degraus. — É nojento e nada seguro.

— Lugar muito agradável — comentou Miguel.

Arthur ficava no terceiro andar, o que garantia uma razoável quantidade de degraus. Quando estavam lá pelo segundo andar, encontraram com um pequeno gato branco, com listras brancas e orelhas cor-de-rosa, que descia as escadas majestosamente.

O gato se desviou do caminho pra se esfregar nos tornozelos de Arthur, que sorriu e o pegou no colo.

— Oi amiguinho. — falou Arthur coçando atrás das orelhas.

— Isso é um gato? — perguntou Miguel encarando. — É quase do tamanho de um rato.

— É um gato pequeno, Miguel — disse Chloé impaciente. — Que gato é esse, Arthur?

— É do cara do segundo andar — respondeu pondo o gato de volta no chão, que voltou a descer a escada e sumiu pela porta de sua casa. — Um cara maluco que gosta de dar festas pra uma gente esquisita. — Arthur voltou a subir as escadas e os outros dois o acompanharam. — Acho que o gato não gosta muito das festas do dono, e sempre acaba escapando pro meu apartamento.

Arthur caçou as chaves dentro da mochila e abriu a porta. Como o esperado, o lugar estava em perfeita ordem. Larissa, a guardiã com quem dividia o apartamento gostava de tudo limpo e organizado, o que obrigava Arthur a fazer um dia de faxina no fim de cada mês antes dela voltar para o lugar.

— Pelo menos aqui é melhor que nas escadas. — disse Miguel, e Arthur resolveu considerar como um elogio.

— A fachada espanta os inquilinos — disse Arthur —, mas aqui dentro é agradável.

— Sem blá blá blá, Arthur, onde fica o banheiro? — perguntou Chloé. — Eu não sei os senhores, mas meu sangue deve ter congelado.

Isso provavelmente se aplicava aos três, que correram pra se trocar por roupas quentes e secas. Chloé preparou chá, e os três estavam bebendo em canecas, sentados na sala.

— Você deveria ser inglesa — disse Miguel para Chloé. Ele parecia estar em um humor melhor. — Na Inglaterra eles tem toda aquela coisa de chá das cinco.

— E a gente tomando chá na hora do almoço. — disse Arthur levantando a própria caneca para acentuar sua frase. — Porque a boa alimentação é a chave para uma vida saudável.

Miguel e Chloé riram disso.

— Pode não ser adequado pro almoço, mas chá é bastante saudável. — justificou Chloé.

— E o que vamos almoçar realmente? — perguntou Miguel e bebeu um pouco do chá.

— Pizza! — respondeu Arthur. — A não ser que algum de vocês esteja com disposição pra sair nesse frio e ir a um restaurante.

— Definitivamente, nenhum problema em almoçar pizza — disse Miguel.

— Eu não vou sair nesse frio nem se me arrastarem — disse Chloé.

— Resolvido! — disse Arthur bebendo o restante do seu chá e pegando o telefone pra ligar pro número da pizzaria da qual ele gostava. Não que não houvessem opções, já que parecia ter uma pizzaria em cada esquina de Nova York.

Mais tarde preparou-se para sair de casa, vestindo-se para se manter aquecido.

Antes de sair, Chloé olhou para ele confusa.

— Onde você vai? — perguntou ela.

Arthur deu de ombros.

— Dar uma volta, cortar o cabelo. — Ele passou a mão pelos cabelos, bagunçando-os. — Aproveite o tempo sozinha com Miguel — brincou ele. — Eu volto daqui a pouco.

Chloé pareceu um pouco constrangida, mas não retrucou.

Arthur saiu de casa e pegou o metrô na estação ate o centro da cidade.

Comprou logo o que Diana havia lhe encomendado e foi a um barbeiro em seguida. Era muito mais agradável quando os cabelos paravam de cair sobre seus olhos. E muito mais bonito também, é claro.

Parou para tomar um café e usou o Wi-Fi do estabelecimento pra fazer pesquisas no celular sobre Delacroix longe dos olhos de Miguel.

O café quente amenizava o frio, e o ambiente era agradável, mas Arthur estava desinquieto. Não conseguia encontrar nada no Google que fosse diferente do que havia encontrado com Chloé na Biblioteca.

Desanimado, ele terminou seu café e foi embora, fazendo uma pausa em um supermercado no caminho apenas para comprar algumas coisas para o jantar.

Pegou o metrô e em pouco tempo estava de volta ao Brooklyn. Quando chegou a porta do prédio, já estava escurecendo.

Um vento frio vinha do Rio Hudson e o tempo parecia ter esfriado ainda mais. O inverno nunca foi a estação favorita de Arthur, ainda mais em lugares de clima temperado, como os Estados Unidos.

Ao subir as escadas, ainda fora do apartamento, notou o som de musica, e logo imaginou que seu vizinho estaria dando mais uma de suas festas, mas ao entrar em casa, acabou descobrindo que Chloé e Miguel haviam ligado o vídeo-game e estavam jogando Guitar Hero.

— Desista, Miguel — disse Arthur ao entrar, tirando um dos casacos. — Chloé é imbatível.

— Estou percebendo isso. — respondeu ele sobre a música, sem tirar os olhos da tela da TV.

Chloé riu.

— Eu desafio você — disse ela ao irmão.

— E eu aceito o desafio. — disse ele colocando a mochila em um canto e se juntando aos outros dois no sofá.

* * *

— Desnecessário — disse Chloé entrando no quarto e trancando a porta.

— Na verdade, eu acho absolutamente necessário — disse Arthur sentado na cama, levantando os olhos do celular para ela. — E é justo também. Emprestei você pra Miguel a tarde inteira, agora a noite você dorme comigo.

— Agora sou um objeto? — ela perguntou erguendo as sobrancelhas.

— Não, mas não foi só por isso. Eu pesquisei um pouco a tarde sobre Delacroix no Google e estava pesquisando de novo agora. Não encontro nada que a gente já não tenha visto.

Chloé se sentou ao lado dele na cama, com uma perna dobrada e a outra pendurada com o pé ainda no chão. Ela tirou um elástico do braço e começou a prender o cabelo.

— Eu já imaginava isso. Eu te disse, seria difícil encontrar algo no Google que não encontramos na Biblioteca.

Arthur assentiu.

— Mas foi bom — continuou ela. — passar o dia, nós três, sem confusão. Não foi?

Arthur deu um sorriso torto e não respondeu, apenas voltou a rolar a página da Wikipédia no celular.

Chloé lhe deu um soco no ombro.

— Aaaai!

— Por que você nunca dá o braço a torcer? — perguntou ela exasperada, mas sorriu em seguida. — Vocês dois já foram amigos.

— Éramos crianças — justificou ele.

— Mas vocês... — começou Chloé.

Mas Arthur interrompeu.

— Não quero falar sobre isso — disse ele bloqueando o celular e colocando no criado mudo. Deitou-se e puxou o edredom sobre si. — Boa noite.

Ele a ouviu suspirar e Chloé deitou-se ao lado dele.

— Boa noite, Arthur.

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