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2. Alexandria (p.3)

Lívia continuava entretida com o livro. Leu sobre como o garoto, Arthur, retirou a espada da pedra e acabou por ser coroado o Rei da Inglaterra. Mas assim que terminou mais um capítulo, ouviu o som de chaves na porta e em seguida ela se abril, exibindo um Arthur de carne e osso, claramente aturdido.

Ele entrou e trancou a porta atrás de si.

— Tá tudo bem? — Lívia perguntou e ele assentiu sem muita convicção. — Você parece meio estranho.

— Eu só... — começou ele, mas sacudiu a cabeça como se para espantar algum pensamento. — Vou tomar um banho.

Arthur levou cerca de dez minutos para terminar seu banho, e quando saiu do banheiro, parecia mais focado.

— Não vai me contar o que aconteceu? — perguntou ela.

Mas ele não respondeu.

— Arthur?

— Não acho que seja do seu interesse – disse ele rispidamente.

Ela o encarou.

— Por que não?

— Já disse que não te interessa.

— Qual é o seu problema? — perguntou Lívia exasperada. — Sério, não dá pra te entender. Em um momento você é gentil e no seguinte é rude. E sem nenhum motivo aparente.

Arthur apenas desviou o olhar.

— Eu quero sair daqui — declarou Lívia. — Da última vez que você começou a ser babaca assim comigo foi um inferno.

Ele alarmou-se.

— O que? Não pode!

— Quem vai me impedir? – ela desafiou.

Ele abriu a boca para falar, mas a fechou em seguida.

— Me deixa sair daqui, Arthur! Você prometeu me explicar porque ninguém pode saber que eu estou aqui, mas até agora você nem me disse nada.

Isso pareceu ter sido um tapa no garoto, que nesse momento tinha uma expressão indecifrável.

— Por favor, fica — pediu enfim, deixando transparecer remorso em sua voz. — Desculpa. Eu vou te explicar, só me da um tempo pra resolver esse problema.

Isso desarmou Lívia completamente.

— O que aconteceu com você, Arthur? — perguntou de forma mais branda.

— Fiz um acordo com a pessoa que eu fui encontrar, mas talvez não tenha sido uma boa ideia... Eu só... Só não sabia o que fazer — respondeu um pouco melancólico. Ele sentou-se na cama e escondeu o rosto com as mãos.

— Qual foi o acordo?

Arthur tirou as mãos do rosto e a olhou fazendo uma careta.

— Não quero falar sobre isso — respondeu, e Lívia queria protestar, mas ele falou antes — Por favor, não vá embora, é só que se eu te disser, só vou me sentir pior.

Ela respirou fundo e tentou sorrir de forma encorajadora.

— Certo. Eu... Hum... Estive lendo seu livro, e eu estou gostando bastante.

O rosto do rapaz se iluminou.

— Sério?

Ela assentiu.

— Com certeza. Só tem um pequeno problema.

— Qual?

— Toda vez que tento imaginar o Arthur do livro eu vejo você — Lívia fez careta.

— Não vejo por que isso é um problema, minha imagem é maravilhosa — alegou presunçoso.

Lívia estava a ponto de responder quando um som começou a tocar, vindo da direção de Arthur. Ele tirou o objeto do bolso, que mais cedo havia dito que se chamava celular, e colocou no ouvido.

— Já chegou? — perguntou Arthur. — Tá bom... Vem pro meu quarto, sozinha... Não Chloé, apenas... Tá, tá bom... Ahh, traz algumas roupas suas... Sim, roupas, quando chegar aqui vai entender... Não esquece de ser discreta... Tchau.

Arthur voltou seu olhar para ela.

— Minha irmã está vindo, vai conhecer ela agora. — Arthur disse e então começou a rir. — Aposto que ela vai surtar.

— Surtar?

— É, sabe, perder a cabeça. Ela as vezes é meio estressadinha, mas no fundo é um doce — ele refletiu. – bem no fundo mesmo.

Lívia riu no mesmo momento em que ouviu-se fortes batidas na porta, e uma voz feminina chamando alto:

— Arthur?

Ele destrancou a porta e puxou-a pelo pulso para dentro violentamente, trancando a porta de novo em seguida.

— Qual a parte do "Seja discreta" você não entendeu? — sibilou ele. — Não era pra chegar aqui me gritando.

— Você me machucou — disse esfregando o pulso onde agora havia uma marca vermelha. — Qual o seu problema?

Arthur cruzou os braços e indicou Lívia com a cabeça.

— Eis meu problema.

Chloé olhou para Lívia, somente agora notando sua presença. Observando a garota, não conseguia encontrar qualquer semelhança com Arthur. Tinha um cabelo loiro escuro, muito cacheado, que batia em cima dos ombros, Seus olhos eram castanhos e os lábios eram duas linhas finas.

— O que é isso, Arthur? — perguntou ela, ainda fitando Lívia. — Agora trás suas namoradinhas pra casa?

— Não namoro com ele! — disse Lívia de imediato.

— Não, não namora — confirmou Arthur. — Essa é Lívia, um Anjo de Água que encontrei meio perdida. — explicou para a loira e virou-se para ela. — Lívia, essa é Chloé, minha irmã.

Lívia apenas assentiu, mas Chloé olhou de cara feia pro irmão.

— Diria "muito prazer", mas a sensação de que você tá aprontando alguma coisa não permite que eu fique feliz em conhece-la.

— Por que todo mundo acha que eu tô aprontando alguma coisa? — perguntou Arthur exasperado.

— Talvez seja porque você sempre está aprontando.

Arthur passou as mãos pelo cabelo.

— Tudo bem, você trouxe as roupas que eu pedi?

— Trouxe — respondeu Chloé de mau humor, tirando uma mochila das costas e entregando ao irmão. — Ela está péssima com suas roupas, mas magrela do jeito que é, as minhas também vão ficar largas.

Arthur pegou a mochila enquanto Lívia observava em silêncio. Ele entregou-lhe as roupas e ela foi trocar no banheiro, sem a menor pressa. Deixou as roupas de Arthur de lado e desdobrou as roupas de Chloé. Uma calça jeans desbotada e uma camiseta preta de manga, estampada com a frase "KEEP CALM AND AVADA KEDAVRA" em letras verdes na frente. Cheiravam como uma estranha mistura de odores de ervas.

Ao vestir-se com as roupas, Lívia viu que Chloé tinha razão. Ficaram largas, mas ainda assim, caiam-lhe melhor do que as roupas de Arthur. Tirou o cinto que usava na calça de Arthur e pôs na cintura. Ainda iria precisar dele.

Ela se olhou no espelho e puxou os cabelos para cima, amarrando-os em um coque no topo da cabeça. Em seguida saiu do banheiro.

Arthur e Chloé conversavam em voz baixa, sentados na cama, porém interromperam a conversa assim que Lívia voltou. Olhos castanhos a examinaram dos pés a cabeça.

— Ficou ridícula assim. — disse Chloé — depois te trago um tênis, acho que você tem o pé quase do mesmo tamanho que o meu.

Lívia apenas assentiu e sentou um uma beirada livre da cama, próxima de Arthur.

— Você tá bem? — ele perguntou suavemente.

— Acho que sim, mas eu sinto que você está me prendendo aqui — respondeu Lívia.

— Desculpa... Eu vou fazer o que eu puder pra logo tirar você daqui.

Lívia assentiu. Chloé, que assistia a conversa, revirou os olhos.

— Eu tenho mais o que fazer do que ficar aqui assistindo melação. — Ela levantou-se, andou até a porta e a destrancou. — Se algo acontecer, me liga, Arthur. Fui.

Ele levantou-se, foi até a porta e trancou-a novamente.

— O que vocês estavam conversando? — perguntou Lívia.

— O que? — Arthur parecia confuso.

— Quando eu sai do banheiro, vocês pararam de conversar, do que estavam falando.

— Nada de importante — disse Arthur desviando os olhos para o criado mudo. Andou até ele e pegou seu celular, que ali estava repousado.

— Vocês não parecem irmãos — comentou Lívia, deitando-se na cama.

— Nós somos — disse sentando-se ao lado de Lívia, com o telefone na mão —, mas não biológicos. Os pais dela me criaram depois que os meus morreram.

— Seus pais morreram? Eu sinto muito.

Ele abaixou a cabeça e a balançou. Os cabelos escuros caíram sobre a testa e ele passou a mão, jogando-os para trás.

— Quantos anos você tinha? — ela perguntou, começado a mexer distraidamente em uma mecha solta do próprio cabelo.

— Doze. Fazem onze anos.

— Você tem vinte e três anos?

Arthur sorriu sem olha-la.

— É o que parece. Quantos você tem?

— Dezessete. Quantos anos Chloé tem?

— Dezenove. Ela é mais nova que eu. Temos mais um irmão também. O nome dele é Dean. Quando fui morar com Lúcio e Mírian ele ainda não tinha nascido, mas agora ele tem onze anos.

— Lúcio e Mírian são seus pais adotivos?

Arthur assentiu.

— Pode-se dizer que sim.

Nesse instante, o celular de Arthur começou a tocar. E ele pôs no ouvido.

— Oi, aconteceu alguma coisa? — Lívia o observava enquanto ele ouvia. — Ok, não demoro.

Arthur desligou e a olhou.

— Vou ter que sair de novo, se importa...

— De ficar sozinha? De forma alguma, pode ir.

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