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Capítulo Vinte - 1ºparte

Victor Decker:

A última coisa que recordo após emergir das sombras foi meu rosto se chocando contra o chão antes de desmaiar. O ar ainda entrava nos meus pulmões, mas minha visão estava obscurecida. Um fedor nauseante de ranço invadiu minhas narinas, como se eu tivesse caído em meio a uma usina de tratamento de esgoto. Bufadas quentes de respiração envolviam meu corpo. Algo ou alguém estava me rodeando e me cheirando. Cordas apertadas envolviam meus tornozelos, arrastando-me pelo chão. Estava sendo puxado para fora do abismo, em direção aos arbustos de um cemitério no fim de um túnel.

Minha mente vagou para as palavras de Morfeu sobre um túnel próximo ao local da nossa queda, e então percebi que estávamos emergindo bem no meio do Jardim das Almas do País das Maravilhas.

Tentei usar a magia para me libertar. Concentrei-me nas correntes e cordas que me prendiam, enquanto Puck permanecia desacordado ao meu lado e o Camundongo ainda descansava no meu bolso.

Respirei profundamente, tentando desfazer as amarras.

— Estúpidos! Estúpidos, estúpidos! Eles não têm cheiro de morte!

— Mas parecem mortos, irmão.

Seu odor de decomposição queimava minha garganta. Pela voz, não deviam ser muito grandes. As cordas afrouxaram em torno dos meus tornozelos.

— Devemos trazer apenas mortos. Twids não gostará de saber que trouxemos vivos — disse uma das criaturas com voz esganiçada.

O restante da conversa se perdeu à medida que começaram a falar nervosamente, em uma língua estranha e caótica. Só consegui entender que trabalhavam para as Irmãs Twid, coletando coisas mortas, e estavam preocupados que a Irmã Dois não ficaria satisfeita ao descobrir que seres vivos foram trazidos para aquele solo sagrado. Parecia que estavam prevendo que poderiam ser punidos ou até mortos para protegerem suas próprias peles.

Sacudi as pernas para soltar as cordas. As criaturas voaram para longe de mim, não eram mais pesadas do que porquinhos-da-índia, e emitiram gritos enquanto eu me contorcia e as cordas se soltavam. Soltei a corda presa ao meu cinto e minhas asas se expandiram. Ergui-me, estendendo as pernas e me colocando de pé. Os duendes giraram ao meu redor, suas pequenas luzes de capacetes oscilando como um globo estroboscópico, me deixando tonto.

Imediatamente, os reconheci do site do País das Maravilhas. Eram como as pinturas de duendes aprisionados em gaiolas, chorando lágrimas de prata — grotescos, porém fascinantes. Suas caudas longas e rostos lembravam primatas, com exceção de seus traseiros pelados. Lodo prateado gotejava de suas peles nuas, causando o odor repulsivo que me envolvia. Seus olhos bulbosos também eram prateados, sem pupilas ou íris, brilhando como moedas molhadas — quase cintilantes, mesmo sob a luz fraca. Gotas viscosas seguiam seus passos. Ao olhar para os meus pés, percebi o mesmo resíduo escorregadio em torno de minhas botas. Eles deviam ter utilizado suas trilhas para me arrastar até ali, em vez de cordas.

Alguns dos duendes pararam aos meus pés, olhando das cordas para mim, considerando se valeria a pena me amarrar novamente. Peguei as cordas e, em seguida, agitei minhas asas em um movimento imponente para impressioná-los, batendo os pés com mais força do que o necessário. Os duendes se contorceram e se afastaram, correndo para se esconder nas moitas. Um murmúrio assustado ecoou pelas folhas, acompanhado pelo piscar intermitente das luzes de seus capacetes. Pareciam mais assustados do que eu imaginava.

Eu estava em um jardim subterrâneo, escuro e mofado. À minha esquerda, vislumbrei uma série de objetos brilhantes — braceletes, colares, joias despedaçadas e uma pilha de ossos ao lado de vários rolos do tamanho de pneus de bicicleta, cheios de fios dourados e cintilantes.

Puck abriu os olhos e me olhou com confusão.

— Por que estou amarrado? Acho que os duendes tremendo ali respondem a essa pergunta — ele disse, e eu desfiz suas amarras lentamente, deixando-o levantar-se rapidamente. — Suas asas são incríveis.

Minhas asas eram de um preto misturado com vermelho e pontilhadas de jó

ias brilhantes que piscavam, como as joias sob meus olhos. Diferentemente das asas de sombra, eram completamente reais, e ao puxar os detalhes delas, senti uma leve dor em minhas costas.

— Elas são incríveis — falei e ouvi um murmúrio do Camundongo. — O que você disse?

— Vamos sair daqui, lembre-se de que estamos sendo perseguidos — o Camundongo disse. — Continue à frente, sei para onde esses túneis nos levam.

Estalei os dedos para iluminar o caminho à nossa frente, enquanto os duendes ficavam para trás.

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Um túnel sinuoso se estendia à nossa frente, coberto por teias de aranha maciças, pontilhado por pontos de luz âmbar. O Camundongo pulou do meu bolso e correu à frente, agindo com uma empolgação incontrolável.

— Espere, seu Camundongo idiota — Puck chamou.

— Oh, ele só veio visitar uma velha amiga — uma voz feminina cantarolou à nossa frente. Seus dedos longos e pálidos ergueram o Camundongo, que parecia estar realmente animado. — Já faz muito tempo, velho amigo.

Olhei para o rosto dela, seus olhos eram da cor de um azul luminoso, e seus lábios tinham um tom de lavanda. Sua pele era tão translúcida quanto um pedaço de papel prestes a brilhar e se desfazer, e seu cabelo tinha a tonalidade de madeira clara. Ela usava um vestido listrado vermelho e branco, que era justo no peito, mas com uma saia fluida que se alargava, dando a impressão de pertencer à realeza. Tinha oito membros articulados, negros e brilhantes como os de uma aranha, que cintilavam sob seu vestido.

— Irmã Um — murmurei.

— Como tem passado? — Ela estendeu a palma da mão aberta para mim. Eu a cumprimentei com delicadeza, e ela sorriu, abaixando a mão. O Camundongo entregou a ela o pó roxo. — Parece que ele finalmente decidiu agir. Mas por que enviou um rapaz mestiço, e ainda por cima, um feérico sem alma?

— Você está falando de Morfeu? Por que diz que ele finalmente decidiu agir? — perguntei, curioso. — E por que você também precisa desse pó?

— A Rainha já atacou apenas os amigos do Camundongo, mas minha querida e tola irmã — ela disse, apontando para que a seguíssemos.

Puck e eu seguimos lado a lado, e senti ele entrelaçar nossas mãos, como se quisesse me dar força. Passamos por entre algumas flores, e, para minha surpresa, parecia que elas estavam suspirando ou até mesmo dormindo pacificamente.

Havia uma flor roxa isolada das demais, e eu podia ouvir seu lamento.

— O que são essas flores? — Puck perguntou.

— São as almas que encontraram a paz e não estão mais presas em pesadelos — explicou a irmã Um. — Algumas delas eu retirei às pressas do domínio da minha irmã. — Ela apontou para uma parede que parecia ser a entrada de um covil, e percebi que estava selada com magia. — Quando a Rainha Vermelha roubou parte do poder da minha irmã, ela conseguiu invadir este lugar, e eu tive que lacrá-lo rapidamente com magia.

Parei e olhei para a flor roxa, cujos lamentos estavam se tornando mais altos.

— O que está acontecendo? — Puck perguntou, virando-se na minha direção.

— Você não ouve esses lamentos? — perguntei, confuso, e a irmã Um soltou uma risada.

— Somente os habitantes do País das Maravilhas conseguem ouvir os sussurros das flores e insetos — explicou a irmã Um. — Parece que havia um feitiço poderoso em você para que você nunca ouvisse.

Olhei para a flor, e uma voz ecoou na minha mente, lamentando que desejava estar com Edward e seus filhos.

A irmã Um então nos chamou para que a seguíssemos.

— Quem era aquela flor isolada? — perguntei, enquanto os lamentos da flor se tornavam mais intensos.

— Bem, era a alma de uma feérica que irritou a Rainha Vermelha. Ela foi morta quando estava no mundo mortal — explicou a irmã Um. — Só sei disso porque um dos aliados de Morfeu trouxe a alma até mim e pediu para que a plantasse aqui, isolada das outras. Dizem que foi aquele cretino do Morfeu que a ajudou a escapar e ainda roubou a Espada Vorpal, mas acabou sendo capturado, e a espada retornou para sua verdadeira dona.

Parei novamente, sentindo os dedos de Puck me puxaram com força.

Se todas as peças estivessem se encaixando corretamente, aquela flor, ou melhor, a alma dentro dela, pertencia a Mirna, ou, para ser mais preciso, à minha avó.

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Gostaram?

Até a próxima 😘








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