Chào các bạn! Vì nhiều lý do từ nay Truyen2U chính thức đổi tên là Truyen247.Pro. Mong các bạn tiếp tục ủng hộ truy cập tên miền mới này nhé! Mãi yêu... ♥

Capítulo Quinze

Victor Decker:

Faço um esforço consciente para não deixar minha curiosidade sobre meus avós me dominar enquanto o rapaz direciona seu olhar para Puck.

— Vejo que trouxe seu pequeno mascote de Nevernever — o rapaz diz, e Puck rosna em resposta.

— Ele não é meu mascote — eu respondo, minha voz soando firme.

— Ele deveria estar grato por ter alguém como você ao seu lado — o rapaz diz, a fala dele saí em baforadas de uma fumaça acinzentada. Sua atenção volta-se para Puck. — Você, por outro lado, deve se curvar diante dele para mostrar respeito.

A fumaça voa em direção a Puck e se transforma em uma rede no ar, envolvendo-o. O peso faz Puck cair de joelhos, enquanto ele se debate violentamente e tenta se transformar, mas nada parece funcionar.

— Por que está fazendo isso com ele? Liberte-o agora — digo, com um tom áspero.

— Mas ele é apenas um feérico sujo e sem alma — o rapaz diz, como se tivesse feito uma descoberta extraordinária.

— Um homem sem alma! — As fadas nas paredes guincham, com vozes tão doces quanto sinos tilintantes. Elas mergulham dos seus poleiros como radiantes flocos de neve, enxameando em volta de Puck enquanto ele tenta se livrar da sua prisão de fumaça. As fadas tiram a adaga de suas mãos e depois entram pela rede, cobrindo-o por completo.

Dou um salto, empunhando a espada com firmeza.

— Saiam daqui! — grito.

— Oh, não estraguem a diversão — sussurra o rapaz na minha direção. — Não vamos quebrar seu soldadinho de brinquedo.

A raiva me consome, e a magia das sombras começa a tomar forma sobre meus dedos. Os espinhos surgem, e as cordas desaparecem com um simples toque, liberando Puck, que solta um enorme suspiro de alívio enquanto as fadas fogem assustadas.

— Estou admirando como você controla bem seus poderes — diz o rapaz, e me viro na sua direção. Ele veste um terno preto de couro com botas utilitárias, e segura elegantemente a mangueira do narguilé entre dois dedos enquanto descansa sobre o chapéu de cogumelo. Calças desgastadas cobrem suas pernas. Seu casaco, aberto até quase o abdômen, revela um peito liso e alvo, assim como sua pele recém-barbeada.

As fadas nos abandonam, correndo para se reunir ao redor do rapaz. Elas adornam seu cabelo e alisam suas roupas, arrulhando e rindo.

— Ainda vejo que você é alguém muito raivoso — ele diz, balançando o dedo na minha direção com um certo desapontamento. — Imagino como sua avó ficaria ao ver você se misturando com essas criaturas sem alma. Imagino como ela reagiria ao presenciar uma cena dessas.

Puck rosna e se move na direção dele.

— Ele está apenas provocando você, sabendo que não pode retaliar com magia, especialmente quando ele é mais rápido em atacar — eu digo, e o rapaz sorri.

Ele se senta novamente, olhando-me com perspicácia, com um certo toque de orgulho.

— Parece que você consegue ver as coisas do jeito que elas realmente são. No entanto, não vou elogiar sua inteligência neste momento. Meu nome é Morfeu — ele diz, pulando do cogumelo e flutuando na nossa direção.

O nome ecoa nas minhas memórias como se algo dentro da minha mente tivesse sido desbloqueado. Lembranças da minha infância inundam a minha mente, com a voz do meu avô mencionando esse nome com raiva e desgosto.

Permaneço alerta aos movimentos de Morfeu. Alguém que fez o meu avô demonstrar tanta raiva e tristeza todas as noites era alguém que eu deveria observar com cautela.

O demônio alado mostra os seus dentes brancos em um sorriso, e eu seguro a espada firmemente, colocando-me na frente de Puck com cuidado.

— Hum — ele murmura, movendo a mão ao longo da mangueira do narguilé como se fosse um violino. — Parece que você ainda desconfia de mim, apesar de já ter mostrado que sou um aliado em quem você pode confiar. Se quiser ter uma chance de recuperar aquela parte do cetro e salvar as pessoas que você se importa...

— Como posso ter certeza de que sua ajuda será genuína? — pergunto.

Morfeu bufou, e suas asas tremeram, fazendo a mistura de neblina e fumaça fluir em volta de suas asas escuras, tornando-o quase como um anjo da morte descendo dos céus.

— Eu não minto — ele responde, mas eu permaneço firme. — Apesar do que você pensa de mim agora, eu ainda sou um feérico, e nenhum feérico é capaz de dizer uma mentira.

Pisco e olho para Puck.

— Mesmo que isso seja verdade, você ainda pode tentar nos enganar com suas palavras — digo, olhando para Puck, que assente. — Só porque você não pode mentir não significa que não pode manipular. Aprendi muito entre os feéricos de Nevernever. Robin Goodfellow é um mestre em contornar a verdade.

— Basicamente, Victor está certo. — Puck diz, lançando um olhar zombeteiro a Morfeu. — Acho que é muito chato ouvir esse demônio alado.

Morfeu bufa, e suas asas tremem. A neblina e a fumaça ao seu redor o fazem parecer uma figura sombria, como um anjo das trevas.

— Chega. O tempo está passando. Não temos tempo para discutir — digo.

Ninguém se atreve a falar, todos concordando enquanto eu desfaço as sombras que os cercavam. Não havia tempo a perder, e a missão estava apenas começando. Era hora de confiar em Morfeu, apesar das desconfianças e dos conflitos. O destino de Nevernever e das pessoas que amávamos dependia disso.

*******************************

Morfeu sorriu amplamente, depois soprou anéis de fumaça na minha direção.

— Você tomou uma decisão sábia — ele disse, dirigindo-se a mim. Em seguida, virou-se para Puck. — Agora, ouça bem, desalmado. Eu não gosto da sua influência sobre Victor e de como o está corrompendo com suas artimanhas. Não é digno dele e você só vai acabar perdendo.

Morfeu se aproximou gentilmente, tocando meu ombro com um gesto tranquilo.

— Como aquele que sua avó lhe instruiu a proteger, é meu dever zelar por quem se aproxima dele — Morfeu disse enquanto um estalo ecoava. As algemas que ainda prendiam Puck aos tornozelos, pescoço e pulsos soltaram-se, lançando-se em direção a Morfeu. Ambos os homens entraram em uma luta emaranhada, com as asas de Morfeu retorcidas e inúteis debaixo dele.

As fadas nas paredes choramingavam, reunindo-se nos galhos acima de nós. Era evidente que elas nunca haviam visto seu mestre ser desafiado antes. Morfeu esticou os joelhos para tentar desvencilhar Puck de cima dele, e os dois giraram pela grama que brilhava em tons fluorescentes, deixando um rastro caótico.

A situação parecia piorar quando a adaga de Puck avançou em direção ao abdômen de Morfeu.

Com um movimento rápido, intervenho, usando a magia das sombras para separá-los. Era óbvio que eles não tinham a intenção de parar a briga por conta própria.

— Ambos, parem! — exclamo. — Isso não é importante agora. Irei confiar em você, Morfeu — Puck solta um resmungo. — Estamos em um lugar que é diferente de tudo o que você conhece, e você está sem sua magia. Mesmo que isso me custe dizer, precisamos de um aliado.

Morfeu sorriu amplamente novamente, então soprou anéis de fumaça em minha direção.

— Você é bondoso igual sua avó — Ele disse e se aproximou gentilmente, tocando meu ombro com um gesto tranquilo. — Como aquele que sua avó lhe instruiu a proteger, é meu dever zelar por quem se aproxima dele — Morfeu disse enquanto um estalo ecoava.

********************************

As fadas, claramente contrariadas, nos guiaram até um pequeno quarto, enquanto Puck mantinha um semblante emburrado, lamentando não ter tido a oportunidade de lidar com nossos oponentes de forma mais drástica.

Eu estava exausto demais para proferir palavras, desejando apenas evitar um confronto com Puck sobre seu desejo de vingança contra Morfeu. Com cuidado, me aproximei da abertura nas árvores que nos conduzira até ali e, com um movimento suave, empurrei a porta do quarto para entrar, com Puck seguindo logo atrás.

Algumas das fadas rapidamente carregaram Morfeu para uma cama próxima, onde ele poderia se recuperar de seus ferimentos. Enquanto ele murmurava uma série de xingamentos dirigidos a Puck, pude perceber o ressentimento no olhar dele.

Puck, com o peso das circunstâncias pesando sobre seus ombros, desabou na cama mais próxima. Eu estava tão tenso e esgotado pelos acontecimentos recentes que senti um alívio profundo ao saber que finalmente tinha alguém com quem compartilhar o fardo. Com um gesto suave, inclinei-me para beijar sua testa e, depois, me deitei ao seu lado.

Fiquei imerso em um cansaço profundo, meus músculos relaxando lentamente enquanto eu afundava no colchão macio. Tudo o que lembro foi da sensação calorosa e reconfortante dos braços de Puck ao redor da minha cintura, um abraço que parecia oferecer segurança e consolo em meio à turbulência de nosso mundo feérico.

.

____________________________

Até a próxima 😘







Bạn đang đọc truyện trên: Truyen247.Pro