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Capítulo Quatro

Victor Decker:

Abri os meus olhos com cuidado, acolhido pela penumbra do quarto, onde apenas um fio de Luz feérica se infiltrava pela janela, banhando tudo em um azul prateado hipnotizante. O ar que preenchia o ambiente era cortante, como sempre era. "Outro sonho— murmurei para mim mesmo enquanto a névoa que turvava minha mente lentamente se dissipava, trazendo-me de volta à realidade. Com um suspiro, levantei-me da cama, sentindo o frio penetrar minha pele.

A mochila, fiel e intacta, permanecia no lugar de sempre. Com um gesto rápido, arremessei as cobertas de cima de mim e me pus de pé. O ar gelado cortava minha pele como agulhas enquanto me despi. Encaminhei-me para o banheiro, ansiando pelo calor reconfortante da banheira. Era o único local onde se podia encontrar calor na corte gélida.

Após um longo tempo de imersão, finalmente emergei da banheira, sentindo-me revigorado e pronto para enfrentar o dia. Vesti-me com jeans brancos, uma blusa preta sem mangas e um longo casaco preto. Apenas quando estava amarrando as botas, Kierran entrou no quarto, acompanhado pelo seu fiel cão.

Ele piscou, claramente surpreso por me encontrar de pé, antes de estender um sorriso caloroso e envolver-me em um abraço.

— Você finalmente está de pé! — exclamou, apertando-me com força. — Que alívio. Minha avó estava ficando preocupada depois do seu desmaio. Ela temia que você nunca mais acordasse, e aí eu teria que explicar a situação para os cortesãos Seelie, e pior ainda, para meus pais quando eles chegarem para o Exchange. Mas, pelo menos, depois disso, você poderá ir embora.

Franzi a testa diante do seu comentário, especialmente a parte sobre poder ir embora.

— O que é esse "Exchange"? — perguntei.

— É quando as cortes trocam o Cetro das Estações. O verão está terminando, e o inverno se aproxima. — explicou.

— O que é o Cetro das Estações? — perguntei, me sentando na beira da cama.

— É um talismã mágico que as cortes passam entre si com a mudança das estações. – Kierran respondeu, acariciando as orelhas do cachorro. – Durante seis meses do ano, meu avô Oberon o detém, quando a primavera e o verão estão no auge, e o inverno está enfraquecido. Em seguida, no equinócio de outono, ele é entregue à Rainha Mab, marcando a troca de poder entre as cortes. Os cortesãos do Verão logo estarão chegando, e teremos uma festa extravagante para celebrar a chegada do inverno. Todos em Tir Na Nog estão convidados, e a festa durará vários dias. Após isso, de acordo com o acordo que minha avó fez com meu pai, você poderá partir definitivamente.

— Lorde Oberon e Lady Titânia também estarão presentes? — perguntei.

— Meu avô nunca comparece a esses eventos — Kierran respondeu. — Esta também é a minha primeira vez oficialmente participando dessa festa, e mal posso esperar para ver a troca do Cetro.

Enquanto isso, eu mal podia conter minha ansiedade pela perspectiva da liberdade.

— E por falar nisso — acrescentou Kierran, olhando-me com atenção. — Qual é o nome do cachorro? Ele esteve ao seu lado o tempo todo.

— Ainda não tenho certeza, mas acho que vou chamá-lo de Bond — respondi, e o cachorro pareceu gostar do nome, latindo em aprovação.

Kierran soltou uma risada calorosa.

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A corte Summer chegou em um tumulto de música e flores, desafiando abertamente a Winter, como se a paz nunca pudesse ser uma opção entre as duas cortes feéricas. Eu me mantive de pé, com a neve alcançando minhas panturrilhas, a gola do meu casaco peludo erguida para proteger contra o frio, observando os feéricos Unseelie se aglomerarem no pátio. O evento ocorria do lado de fora, no pátio gelado, imerso em um crepúsculo eterno.

De repente, senti uma presença atrás de mim e percebi que Caleb estava ao meu lado, em silêncio.

— Estou aliviado que tenha acordado — ele disse, sua voz carregada de preocupação. — Nunca me perdoaria se algo acontecesse com você e acabasse morrendo.

— O que posso fazer por você, Vossa Alteza? Pelo que me lembro você quem me trouxe para esse lugar querendo ser aceito por essa corte — perguntei, mantendo minha voz firme e controlada. — Pode se afastar."

Ele ignorou meu pedido e se dirigiu em direção ao trono de Mab. Dois sátiros passaram suavemente pelos portões cobertos de sarças do pátio, segurando trombetas pálidas que pareciam esculpidas em ossos. Eles levaram os chifres aos lábios e soltaram um som agudo que fez a Corte Unseelie uivar em resposta. No topo de seu trono de gelo, Mab observava os acontecimentos com um leve sorriso nos lábios.

Kierran apareceu ao meu lado, e seu pai permaneceu na mesma posição. Então, a Corte Seelie fez sua entrada triunfal. Uma fileira de cavalos brancos avançou lentamente pelo pátio, seus cascos parecendo flutuar sobre o solo, seus olhos tão azuis quanto o céu de verão. Sobre as selas, adornadas com cascas, ramos e vinhas em flor, onze cavaleiros olhavam com altivez para baixo, vestidos com suas impressionantes armaduras. Logo atrás dos cavaleiros vinham os porta-estandartes, sátiros e anões portando as cores da Corte Summer. Finalmente, uma elegante carruagem parou, adornada com espinhos e roseiras, e escoltada por dois trolls de feições cruéis que rosnavam e mostravam os dentes para a multidão de feéricos Winter.

Ash engasgou, mas se recuperou e olhou para o filho e depois para mim.

— Oberon — Ash murmurou e me instruiu a ficar o mais próximo possível.

A carruagem avançou até parar, e suas portas se abriram revelando um homem alto e esguio, com cabelos prateados que caíam até a cintura e olhos verdes gélidos. Uma coroa de chifres adornava sua testa, projetando uma sombra ameaçadora quando ele pisou na neve, como garras ávidas. Um poder emanava dele, sutil como uma tempestade se formando. Era o Rei Oberon, Senhor da Corte Seelie. Os feéricos Unseelie engasgaram e recuaram diante da carruagem quando o Erlking varreu seu olhar impaciente pela multidão. Ele era imponente: esguio, antigo e poderoso, com seus cabelos prateados caindo sobre o peito e olhos como folhas pálidas. Suas vestes lembravam as cores das florestas: tons de marrom, dourado e verde.

— Vovô? O que ele está fazendo aqui? — Kierran perguntou confuso, olhando para o pai.

— Lorde Oberon — Mab disse com voz neutra, embora ficasse claro que ela já estava ciente da visita. —Isso é uma surpresa. A que devemos a honra de sua presença?"

Oberon se aproximou do trono, flanqueado por seus dois trolls guarda-costas. A multidão de feéricos Unseelie se afastou rapidamente para dar passagem a ele, até que ele parou diante do trono.

— Lady Mab — o Erlking disse, sua voz ressoando pelo pátio. — Vim aqui para levar a criança da profecia comigo, sei muito bem que meu genro a convenceu a deixar o rapaz partir de suas terras.

Dei um passo para trás e acabei esbarrando em Kierran, que estava visivelmente mais agitado do que eu.

— Pai, o que isso tudo significa?! — Kierran exclamou, irritado, enquanto os feéricos ao nosso redor reagiam ao seu grito.

— Você está certo sobre minha barganha com o Rei Regente de Ferro — Mab respondeu. — Mas por que acha que o humano teria algo a ver com você? Se ele for, terei que tomar medidas, mas deixaremos isso para ser discutido posteriormente.

Meu coração apertou com a compreensão de que eles estavam prestes a me levar contra a minha vontade, e Mab sabia disso. Oberon assentiu e dirigiu o olhar em minha direção e depois para Kierran.

Um dos trolls abriu a outra porta da carruagem com um grunhido, e uma alta feérica real saiu caminhando em direção à neve. Apesar de sua estatura, ela parecia tão delicada que poderia quebrar com a mais suave brisa. Seus membros eram feitos de ramos, mantidos unidos com tecidos de capim. Delicados brotos brancos cresciam no topo de sua cabeça, em vez de cabelo. Um esplêndido manto cobria seus ombros, feito com cada tipo de flor que o sol já conheceu: lírios, rosas, tulipas, narcisos e plantas que eu nem mesmo reconhecia. Abelhas e borboletas voavam ao seu redor, e o perfume das rosas subitamente invadiu o ar.

Ela continuou a avançar, e as hordas de feéricos Winter saltaram para trás à sua aproximação, como se ela fosse portadora de uma doença contagiosa. No entanto, não era a deslumbrante mulher que todos os olhos seguiam, mas o que ela segurava em suas mãos.

Era um cetro, semelhante aos usados por reis e rainhas, mas este não era simplesmente uma peça decorativa. Ele pulsava com um brilho âmbar suave, como se a luz do sol estivesse aprisionada na madeira viva, derretendo a neve e o gelo onde tocava. O cabo longo estava envolto em vinhas, e da cabeça talhada do cetro brotavam continuamente flores, insetos e pequenas plantas. Onde quer que a senhora passasse, deixava um rastro de folhas e pétalas, e os feéricos Winter se mantinham à distância, rosnando e sibilando.

Ao pé do trono, a senhora ajoelhou-se e ergueu o cetro com ambas as mãos, inclinando a cabeça. Por um momento, Mab não fez nada, simplesmente observando a feérica com uma expressão indecifrável em seu rosto. O restante da Corte Winter parecia prender a respiração. Então, lentamente, Mab se levantou e arrancou o cetro das mãos da mulher. Segurando-o à sua frente, a rainha o examinou antes de erguê-lo para que todos pudessem ver.

O cetro irrompeu em chamas, a aura dourada sendo consumida pelo azul gélido. As folhas e flores tremularam e caíram. Abelhas e borboletas caíram sem vida, suas leves asas cobertas de gelo. O cetro brilhou novamente e se transformou em gelo, lançando prismas cintilantes de luz pelo pátio. A feérica ajoelhada diante da rainha tremeu e começou a murchar. Suas deslumbrantes vestes secaram, as flores ficaram negras e caíram. Seu cabelo se encurvou e se tornou seco e frágil, antes de descamar de seu couro cabeludo. Ela se lançou para a frente na neve, se contraiu uma vez, e então tudo ficou silencioso. Enquanto eu observava horrorizado, perguntando-me por que ninguém se aproximava para ajudar, o cheiro de rosas desapareceu, substituído pelo odor de vegetação em decomposição que invadiu o pátio.

— Está feito — declarou Oberon. Ele ergueu a cabeça e encontrou o olhar de Mab. — O acordo está completo. Que a festa comece, e que nossa discussão sobre a criança comece.

Mab sorriu.

— O verão acabou — anunciou com sua voz áspera, erguendo o outro braço como se estivesse abraçando seus expectantes súditos. — O inverno está chegando.

Os feéricos Unseelie ficaram frenéticos, uivando, rosnando e gritando na escuridão. A música começou de algum lugar, sombria e selvagem, com tambores batendo um ritmo enlouquecedor.

Enquanto isso, minha situação de convidado relutante neste lugar estava prestes a se transformar em uma corte completamente diferente.

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Gostaram?

Até a próxima 😘













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