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Capítulo Dois

Victor Decker:

Mab, a Rainha das Cortes Unseelie, esboçou um sorriso sutil, exibindo um toque de diversão em seus lábios pálidos. Com uma graça inerente, ela recostou-se em seu trono de obsidiana, seus olhos negros fixos em mim, destituídos de qualquer emoção perceptível. Um silêncio pesado pairou sobre nós por vários batimentos cardíacos, ampliando a tensão no ar.

— Então... — A voz da rainha ecoou no salão, enquanto suas unhas produziam um som rítmico de estalido contra o trono. — Aqui estamos nós. Você deve acreditar que é bastante importante para incitar lutas entre as cortes.

Eu a encarei, tentando parecer o mais inocente possível, uma façanha desafiadora no mundo dos feéricos.

— Não era minha intenção, peço desculpas — respondi com serenidade, mesmo sabendo que a palavra "desculpas" tinha um peso mortal entre os feéricos.

Mab, contudo, não aceitava minhas desculpas de bom grado. Ela continuou com um sorriso paciente, mas a aura que a rodeava se tornava progressivamente mais inumana. Ela inclinou-se para a frente, olhos estreitados e perigosos.

— Ouvi muito sobre suas "explorações", Victor Decker — proferiu com uma voz áspera. — Acha que passaria despercebido? A sua busca pelo poder quase custou a vida do meu novo filho, no meio disso tudo.

Eu sabia que ela estava prestes a lançar seu glamour, uma mágica que tingia o ar ao nosso redor com uma aura sinistra. Mab queria que eu imaginasse os piores destinos possíveis, sem precisar ameaçar diretamente. O brilho começou a se manifestar, mas eu respirei fundo e, com uma simples vontade, dissipou-se em segundos. Mab me observou atentamente, avaliando minha reação. Ela percebeu que não cederia tão facilmente quanto esperava.

Se eu me rendesse e implorasse por misericórdia, poderia ser preso em um contrato de sangue com a rainha antes que pudesse reagir. As promessas entre feéricos eram vinculativas e perigosas, e eu não permitiria que o domínio de Mab me encurralasse em uma situação da qual me arrependeria instantaneamente.

Recuperei minha compostura e esbocei uma expressão que deixaria Mab confiante em seu plano.

— Peço desculpas, Rainha Mab, nunca quis causar mal a ninguém. E o incidente em Cambridge... eu nunca pretendi que Caleb saísse ferido — disse, mantendo minha voz calma.

— Não peça desculpas por algo que já está feito — Mab respondeu com um sorriso predatório. — Você não é o meu verdadeiro inimigo neste momento. As Fadas das Sombras ainda representam uma ameaça, mesmo após a morte de seu rei.

Ao mencionar as Fadas das Sombras e seu rei, os feéricos Unseelie que me cercavam se agitaram, rosnando e olhando cautelosamente ao redor. O ódio pela paz que as cortes haviam mantido desde o nascimento de Kierran, o filho da Megan Chase, era palpável.

— Garanto que essas criaturas são mais perigosas do que se possa imaginar — continuei. — O Rei das Sombras estava determinado a destruir as cortes Summer, Iron e Winter. Ele está morto agora, mas seus seguidores anseiam por vingança.

Mab estreitou os olhos até se tornarem fendas negras.

— Mesmo que veja isso com calma, está agindo como se fosse superior aos outros por causa de uma profecia — ela disse. — Apenas um simples mortal.

Uma voz interrompeu o impasse.

— Eu acredito nele, Rainha Mab — declarou uma voz firme.

Reconheci a figura de Caleb, que emergiu da multidão e se ajoelhou diante do trono. Contive a vontade de me mover em sua direção e socá-lo.

— Príncipe Caleb — Mab ronronou, como se visse seu filho favorito. — Voltou. Conte-me sobre sua missão.

Caleb ergueu a cabeça, mas antes que pudesse responder, outra voz interrompeu.

— Rainha Mab, precisamos conversar — virei-me para ver Ash, um conhecido de longa data, olhando diretamente para ela. — Vim até seu reino para discutir a prisão de Victor Decker.

Kierran estava logo atrás dele, acenando discretamente para mim. Meu coração aliviou-se ao vê-los, questionando como eles sabiam que eu estava aqui, com a suspeita de que Ash estava agindo em nome da Rainha de Ferro.

Outro nome cruzou minha mente, mas nunca tive notícias de Robin Goodfellow.

O murmúrio cresceu com a súbita chegada do rei e príncipe de Ferro, e os olhares se voltaram para eles.

— Kierran, você pode acompanhar Victor enquanto converso com sua avó — Ash disse com frieza.

Kierran pegou minha mão e fez uma reverência à Rainha Mab.

— Peço desculpas, Vossa Majestade. — Ele disse. — Iremos nos retirar neste momento.

Mab concordou. Virei-me e saí da sala do trono com a cabeça erguida, segurando minha mão com delicadeza, enquanto o imenso cão nos seguia pelo corredor.

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Enquanto nos afastávamos do suntuoso salão, Kierran lançou um sorriso reconfortante na minha direção, iluminando seu rosto.

— Não se preocupe, meu pai é incrível. Ele vai dar um jeito de te tirar daqui — afirmou Kierran, com confiança em sua voz.

— Como vocês descobriram que eu estava aqui? — perguntei, curioso.

Kierran explicou rapidamente: — Recebemos uma mensagem de uma garota que conseguiu entrar em contato com minha mãe. Viemos correndo assim que soubemos.

— Acho que já sei quem são essas pessoas — respondi, aliviado por saber que as meninas haviam conseguido transmitir a mensagem. — Espero que seu pai possa realmente me ajudar a sair deste lugar.

— Ele vai conseguir, pode ter certeza — assegurou Kierran. No entanto, parei no meio do corredor, uma sensação estranha me invadindo. Um pressentimento me dizia para ficar atento.

— Depois da minha mãe, ele é a pessoa mais sábia que conheço — acrescentou Kierran, antes de seguir adiante. — Só não espere que seja fácil lidar com a Rainha Mab.

Suspirei profundamente, soltando um peso de incerteza que carregava. — Não quero me iludir com esperanças aqui.

Kierran me olhou com estranheza, parecendo surpreso com minha falta de fé no momento. Talvez, após tudo o que eu havia enfrentado recentemente, uma parte de mim havia perdido a crença nas capacidades humanas.

O cão que nos acompanhava latiu animado e deu um lambeijo no meu rosto, trazendo-me de volta à realidade. Acariciei sua cabeça e ele abanou o rabo, contente com a atenção.

— Parece que você está tão desanimado que nem acredita mais na possibilidade de ser salvo — comentou Kierran, expressando sua preocupação.

Dei de ombros, evitando prolongar o assunto. Mesmo que houvesse uma parte de mim disposta a confiar em Kierran e Ash, a solidão dessas terras sombrias parecia sufocante.

Continuamos a percorrer os corredores do palácio, Kierran tentando iniciar conversas para amenizar o silêncio que pairava entre nós.

Os corredores do Palácio Winter se estendiam como um labirinto sinistro diante de nós, suas sombras dançando de maneira inquietante à luz das tochas fracas que iluminavam nosso caminho. Kierran persistia em sua tentativa de manter uma conversa, talvez como uma forma de nos distrairmos das trevas que nos cercavam.

Kierran, com um olhar compreensivo e um sorriso gentil, tentou quebrar o gelo que havia se formado no quarto sombrio.

— Sabe, você tem um poder incrível, e nós vamos te tirar daqui — disse ele, mantendo o tom suave e tranquilizador. — E o melhor de tudo é que você poderá voltar para sua casa e reunir-se com sua família.

Meus olhos se encheram de emoção diante da oferta de libertação, mas uma sensação de desamparo o manteve em silêncio. minhas palavras estavam congeladas na garganta, incapazes de encontrar voz diante da esperança que se infiltra lentamente em meu coração.

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Até a próxima 😘

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