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Capítulo Dez

Victor Decker:

As portas do elevador se deslizaram suavemente, revelando um corredor elegante. Caroline liderou o caminho até uma porta de entrada, seus dedos habilmente digitando o código de segurança. Com um clique suave, a porta se abriu, e nós adentramos o apartamento. As luzes automáticas se acenderam, revelando o assoalho de madeira clara que parecia ter sido cuidadosamente polido, as bancadas de mármore imaculadas, as cortinas luxuosas que filtravam a suave luz da tarde e a mobília que parecia tão impecável como nova. Uma poltrona de espaldar alto chamou minha atenção. Ao lado dela, um sofá de cor creme convidava para um descanso. Uma mesa de centro abrigava uma pilha meticulosamente organizada de livros.

Caroline quebrou o silêncio com instruções amigáveis.

— Podem ir tomar banho, tem dois banheiros no segundo andar — Ela apontou na direção das escadas. — Deve ter um roupão no primeiro banheiro.

Agradeci com um aceno de cabeça e subi as escadas rapidamente. No banheiro, preparei um banho relaxante, permitindo que a água quente escorresse por meu corpo, levando embora a sujeira e as preocupações acumuladas. O sabonete, com sua fragrância suave e envolvente, parecia quase mágico, fazendo com que meu corpo tenso se descontraindo. Nos tempos turbulentos que vivi recentemente, algo tão simples como sentir minha pele ser acariciada por um sabonete me trouxe uma sensação de paz que eu não experimentava há muito tempo.

Recostei-me na banheira, deixando-me envolver pela fragrância relaxante de lavanda e hortelã. Às vezes, as memórias do passado afloravam por breves instantes, revelando vislumbres de momentos que eu temia nunca mais vivenciar, ou lembranças que tornavam a dor de minhas escolhas ainda mais insuportável. Contudo, ceder a esses pensamentos seria trilhar o caminho da insanidade, algo que eu precisava aprender a evitar.

Ainda que eu estivesse temporariamente de volta ao mundo mortal, eu sabia que esse respiro seria curto, e em breve precisaria fugir da fúria das cortes feéricas, voltando a ser um prisioneiro em Nevernever.

Após secar-me, vesti um roupão de tecido macio que encontrei ali, enquanto minha mente começava a traçar os contornos de um plano para o que viria a seguir.

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Saí para fora do quarto e encontrei um conjunto de roupas cuidadosamente dobradas ao lado da porta do banheiro. Vesti-me rapidamente e, carregando minha mochila mágica, dirigi-me à espaçosa sala de estar, onde a atmosfera estava impregnada de uma tensa tranquilidade. Pauliene estava deitada em um sofá, absorta na leitura de um livro misterioso. Bruno, por sua vez, estava engajado em uma conversa com Puck, fazendo esforços visíveis para evitar qualquer contato com objetos de ferro no apartamento. Caroline, a anfitriã daquele peculiar encontro, gentilmente me estendeu uma xícara de chá quente enquanto ocupava o sofá oposto. Grim, o gato que parecia mais do que um simples felino, cochilava serenamente no parapeito da janela.

Assim que me acomodei em uma cadeira, Caroline quebrou o silêncio tenso com uma pergunta direta:

— Então, como foi sua — estadia— na Corte Winter?

Aproximando a xícara dos lábios, dei um gole no chá de camomila antes de responder:

— Bem, foi estranho. Mab me isolou em um quarto e simplesmente me deixou esperando por sua convocação para uma reunião. Alguns feéricos mostraram hostilidade e zombaria, mas não passou disso. No entanto, tudo mudou quando Ash e Kieran chegaram à corte para pedir minha libertação. Fui subitamente acometido por um distúrbio mágico e desmaiei, só recobrando a consciência no momento em que eles realizaram a troca do Cetro das Estações.

Coloquei os fragmentos do cetro sobre o balcão e todos se aproximaram, curiosos para examinar os pedaços.

— O que exatamente são esses pedaços? — Bruno indagou.

Iniciei minha explicação com cautela:

— São pedaços do Cetro das Estações.

Puck e Grim disseram isso em uníssono, enquanto Pauliene engasgava com seu chá e Bruno exibia um olhar de espanto. Caroline, por sua vez, tinha um brilho de respeito em seus olhos.

— Como diabos isso aconteceu? — Pauliene finalmente se recuperou do choque inicial.

— Eu só ataquei, e meu inimigo conseguiu se proteger. Foi quando percebi que o cetro começou a se desfazer — expliquei como se fosse um murmúrio.

Bruno me analisou com incredulidade.

— Como algo tão antigo pode quebrar nas mãos de alguém tão... fraco quanto Victor? — ele disse, e num instante, um espinho surgiu das sombras para atacá-lo por breves segundos, antes de ser detido por Puck, que o segurou com destreza.

— Você está louco! — Bruno exclamou, visivelmente abalado.

Dei de ombros e continuei a beber o chá com elegância.

— Isso não deveria ser possível — Grim admitiu, virando-se para me olhar. — No entanto, lembre-se de que Victor está destinado a destruir Nevernever, e o cetro pode ser apenas o começo.

Ignorei as palavras enigmáticas de Grimalkin, que se ocupava lambendo uma de suas patas.

— O que você quer dizer com — destruir Nevernever— ? — Caroline perguntou, sua expressão denotando curiosidade e preocupação.

— Como vocês já devem ter percebido, ele está destinado a causar a ruína de tudo — Grimalkin respondeu com um tom sombrio. — As Cortes querem tê-lo sob controle para protegerem a si mesmas, e é por isso que Mab selou parte de seus poderes.

Eu me inclinei para a frente, expressando uma inquietação genuína:

— Antes de começarem a me considerar uma ameaça, há alguma maneira de consertar o cetro?

Grimalkin ponderou por um momento antes de responder com ambiguidade:

— Talvez a pessoa que o construiu possa restaurá-lo.

Minha pergunta seguinte foi direta:

— Onde essa pessoa está?

Grimalkin levantou uma sobrancelha felina, deixando claro sua relutância:

— Quem disse que vou ajudar nessa busca? Cada vez que me envolvo com humanos, sou forçado a agir contra meus princípios.

Não me deixei intimidar e retruquei com determinação:

— Então, que princípios são esses?

Antes que Grimalkin pudesse dar uma resposta completa, ele simplesmente desapareceu no ar, deixando-nos perplexos e imersos em especulações.

Enquanto as sombras na sala começavam a se agitar, reuni todos ao meu redor e mergulhei nas sombras quando o prédio inteiro começou a tremer e algo sinistro invadiu nosso apartamento.

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Saímos do outro lado da rua, com os olhos grudados no apartamento em ruínas de Caroline, enquanto as pessoas que lotavam a via registravam a destruição em seus celulares. Meu coração congelou quando avistei algumas figuras em armaduras vermelhas emergindo da multidão e avançando em nossa direção.

— Corre! — Gritei, agarrando o braço de Caroline, que parecia hipnotizada pelo caos que se desenrolava em seu andar.

À medida que corremos, encontramos o centro da cidade, que estava notavelmente vazio naquela hora. As poucas almas que estavam presentes nos lançaram olhares estranhos enquanto Puck e eu passávamos por eles, claramente sem perceberem que estávamos sendo perseguidos por essas sombrias figuras armadas com espadas.

— Eles não veem essas figuras?— perguntou Bruno, visivelmente perplexo.

— Eles devem ser invisíveis aos olhos mortais— , respondeu Puck, com uma expressão preocupada.

Joguei o pedaço do cetro para Caroline, que o recebeu com uma expressão confusa.

— Encontre o Grimalkin e faça-o dizer onde está quem construiu o cetro — ordenei com urgência. — Puck e eu vamos distrair esses cavaleiros.

Caroline assentiu e se afastou rapidamente com Pauline e Bruno, enquanto Puck e eu virávamos em uma rua lateral.

Mas, ao dobrarmos a esquina, nos deparamos com um beco sem saída. Enquanto nos virávamos, ficamos cara a cara com os cavaleiros, suas espadas brilhando ameaçadoramente.

Puck se preparou para o combate, pronto para me proteger das figuras que apontavam suas armas em nossa direção. Ele tirou uma pequena bolota do bolso de suas calças, preparando-se para lançá-la, embora eu não tivesse a menor ideia do que ela faria.

As figuras pararam a alguns metros de nós, e minha espada se materializou em minhas mãos.

— Victor Decker, viemos em nome da monarca — declarou um dos cavaleiros. — Não queremos causar-lhes sofrimento.

Parecia que estávamos condenados, até que uma repentina rajada de ar soprou atrás de mim. Vi mãos emergindo de trás de um espelho quebrado que estava encostado nas paredes do beco. Essas mãos agarraram os cavaleiros e os puxaram de volta para o vidro estilhaçado.

No final, Puck e eu ficamos perplexos no beco, próximos aos espelhos que haviam engolido os cavaleiros. Só uma pequena chave vermelha com detalhes em prata permaneceu.

— Acho que foi a luta mais rápida que já participei — comentou Puck, guardando suas bolotas. Eu me aproximei da chave e a toquei, sentindo sua textura fria contra meus dedos.

— Vamos verificar isso mais tarde — murmurei, soltando um suspiro. — Mas agora, precisamos encontrar os outros.

Puck concordou, e nós saímos do beco às pressas, ainda perplexos com o que acabara de ocorrer.

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Gostaram?

Até a próxima 😘



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