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07 - Entre as brumas da memória

Nós caminhamos até a estação para pegar o trem-bala, num silêncio constrangedor. Eu me sentia envergonhada, às vezes eu parecia uma garotinha mimada mesmo. Logo eu fui esquecendo todos os meus problemas quando vi a cidade movimentada. Estava há tanto tempo presa naquela escola que já tinha esquecido o quanto era bom estar entre as pessoas.

Eu caminhava pelas ruas vibrantes de Shibuya, sentindo a energia pulsante ao meu redor. O famoso cruzamento estava à minha frente, com multidões atravessando de todos os lados. As luzes de néon e os enormes telões iluminavam a noite, criando um espetáculo visual deslumbrante.

Passamos pela estátua de Hachiko, onde turistas e locais tiravam fotos e faziam uma pausa, depois fomos andando pela Center Gai, uma rua repleta de lojas de moda, cafés e restaurantes. As vitrines exibiam as últimas tendências da moda, e era impossível não se sentir tentada a entrar em cada uma delas.

Ao virar na Koen Dori, notei a mudança no ambiente. A rua era mais tranquila, com árvores alinhadas e lojas mais sofisticadas. Passava pelo Parco, um shopping moderno com uma variedade de butiques e restaurantes elegantes. A atmosfera ali era mais relaxada, mas ainda assim cheia de estilo.

Finalmente, chegamos à Takeshita Street, em Harajuku. A rua era estreita e lotada, com lojas de moda alternativa, cafés temáticos e barracas de comida. O cheiro doce de crepes e algodão-doce enchia o ar, e jovens com estilos únicos e coloridos desfilavam pelas calçadas. Cada loja parecia uma descoberta nova e emocionante.

Após caminharmos pelas ruas movimentadas de Shibuya, Satoru decidiu entrar em um maid café chamado Maidreamin. A fachada do café era encantadora, com cores vibrantes e desenhos fofos que chamavam a atenção. Assim que entramos, fomos recebidos por uma garçonete vestida como uma empregada doméstica, com um uniforme adorável e um sorriso caloroso. Eu franzi o cenho e depois acabei sorrindo de volta.

Ela me cumprimentou com um animado "Okaerinasaimase, Goshujin-sama!" que quer dizer: Bem-vinda de volta, mestre, e nos conduziu até uma mesa. O interior do café era decorado com cores pasteis, luzes suaves e muitos acessórios fofos. Havia uma atmosfera mágica no ar, como se eu tivesse entrado em um mundo de fantasia. Volta e meia, Satoru olhava a tela do celular e desligava.

Sentei-me e a garçonete me entregou um menu cheio de opções deliciosas, desde pratos decorados com desenhos de animais até bebidas coloridas e sobremesas encantadoras. Escolhi um omurice, um prato de arroz coberto com omelete, que a garçonete decorou com ketchup, desenhando um coração e escrevendo "moe moe kyun", era um encantamento para tornar a comida mais deliciosa. Satoru pediu tanta comida que achei que ia levar para a escola inteira comer.

— Vai comer isso tudo sozinho? — Perguntei erguendo uma sobrancelha.

— E por que não? Eu preciso repor minhas energias.

— Se eu comer tanto assim, eu passo mal!

— Devia comer mais, acho que está muito magra. — Ele diz apontando para mim e dou uma olhada para minha camiseta que antes ficava justa em mim e naquele momento parecia que peguei emprestado de alguém.

— Eu vou tentar.

O celular dele toca de novo e ele olha a tela e depois olha para mim. — Tenho que atender.

— Tá bom, vai lá. — Eu evitava olhar para ele. Principalmente depois do recado da velha. Mas ele era muito bonito. Naquele dia ele parecia ainda mais do que de costume. Usando uma camiseta preta com uma jaqueta marrom escura por cima, uma calça jeans e uma bota chelsea de couro marrom escuro. Não dava para saber ao certo, mas parecia valer uma nota.

Enquanto esperava pela comida, observei as outras garçonetes interagindo com os clientes. Elas cantavam, dançavam e faziam pequenos shows, criando uma experiência divertida e envolvente. Quando meu prato chegou, a garçonete fez um pequeno ritual, desenhando um coração no ar e dizendo palavras mágicas para "abençoar" a comida. Algum tempo depois Satoru voltou e sentou-se diante de mim sem esboçar reação.

— A comida já chegou? — Ele perguntou pegando o refrigerante.

— Achei que ia ter que comer tudo sozinha.

A comida estava deliciosa e a experiência foi única. As garçonetes eram extremamente atenciosas e faziam de tudo para garantir que todos se sentissem especiais. O que me fez lembrar o quanto amava maids café's.

— O que você mais gosta de comer, Akira? — Ele perguntou comendo uma cereja que estava em cima da torta e fazendo isso de uma maneira extremamente sexy.

— Não tenho uma comida favorita. — Eu não tinha pensado nisso até então.

Após sairmos do Maidreamin, ele decidiu que precisava de um lugar mais tranquilo para relaxar e refletir sobre o que eu iria fazer. Caminhamos em direção ao Shoto Park, um oásis de calma no meio da agitação de Shibuya.

Ao chegar, havia uma entrada discreta que dava acesso a um parque sereno e bem cuidado. O som suave da água corrente do lago central imediatamente trouxe uma sensação de paz. O parque era adornado com árvores altas e flores coloridas, criando um ambiente natural e acolhedor.

Satoru seguiu andando e sentou-se num banco de madeira perto do lago e eu o acompanhei, tirei a mochila das costas e me sentei, observando os patos nadando tranquilamente. O parque estava relativamente vazio, com apenas algumas pessoas passeando ou sentadas em silêncio, aproveitando a tranquilidade. A brisa suave balançava as folhas das árvores e completava a atmosfera serena. Enquanto estava ali, pensei sobre a minha vida. Sobre tudo que havia vivido até ali. Minha vida parecia tão perfeita.

— Já tinha vindo no Shoto Park? — Satoru disse com a voz baixa, algo que combinava com a tranquilidade daquele lugar.

— Não. Aqui é bem bonito. Nem parece que estamos em Shibuya. — Disse sem muita certeza.

— É. Às vezes até Shibuya precisa de sossego. Gostou do passeio?

— Sim, eu gostei muito. O maid café é divertido. Tem maids café em Hokkaido, mas é um pouco diferente. O Chocoto Maid, era meu favorito. Fica em Sapporo, e tem uma temática de chocolate com decoração fofa e opções de bebidas à vontade, meu pai me levava lá. Tem também o Ribbon Maid Café RoselriTa, que fica em Susukino, que tem um tema um pouco mais adulto, com funcionárias vestidas em trajes de empregada. Tem até uma história legal, e engraçada, que eu e meu irmão fomos lá escondido da nossa mãe. A gente matou aula. Mas... tivemos a falta de sorte dela descobrir! Ficamos um mês de castigo e ela ligava para a escola todos os dias para saber se a gente estava indo.

— Valeu a pena o castigo?

— Valeu sim! Eu faria tudo de novo! — Ele estava me olhando com um sorriso amistoso no rosto. Era indescritível para falar a verdade. — Que foi?

— É a primeira vez que você sorri. Parece feliz.

— Ah... eu... era uma garota normal. Antes de tudo isso.

— O que é uma garota normal para você?

— Ah, sei lá. Eu tinha amigos, momentos bons com a minha família... eu tinha um namorado.

— E onde está seu namorado?

— Eu tinha um namorado. Quando entrei em coma, ele e minha melhor amiga começaram a namorar. Aqueles dois ridículos.

— Hum. Tem gente que é meio babaca mesmo.

— Ele até que era legal, pelo menos eu achava naquela época. Até isso acontecer. Ele nem teve a decência de falar comigo depois. Eu soube pelo meu irmão. Enquanto eu lutava para voltar a andar normalmente.

— Tem coisas que estão além do nosso alcance. Talvez se você estivesse bem, ele teria feito o mesmo.

— É... tem isso também.

Ele se ajeitou no banco e cruzou as pernas olhando a água do lago. — Quer me falar sobre a sua família?

— Eles te ligaram? — Perguntei encolhendo os ombros.

— Ligaram, sua mãe na verdade, mas eu não atendi. Eu retornei depois. Ela está preocupada.

— Maneira estranha de se preocuparem. Brigando comigo, me isolando. Ótimo... Vou ficar bem melhor agora. — Disse revirando os olhos.

— Não fala assim. Ela se importa mesmo com você.

— Eu já nem sei. Eu tenho me sentido tão sozinha.

— Olha, eu sou suspeito de falar, mas no fim todos nós deixaremos este mundo sozinhos.

— Você faz parecer tudo tão simples.

— A gente que complica demais.

— Eu gosto de complicar.

— As pessoas complicadas são as melhores. — Ele disse sorrindo.

Ele era perfeito. Eu tentava não pensar nisso, mas toda vez que ele sorria era como se o mundo inteiro ao redor dele ganhasse mais cor.

— Gostei de ouvir isso.

— Que bom. E então? — Satoru me perguntou algo que eu estava evitando pensar. — Já se decidiu? A estação não fica muito longe daqui. Talvez dê para você ir para Hokkaido hoje mesmo.

— Tenho mesmo que decidir isso agora?

— Você é livre para decidir. Se acha que não precisa controlar o que está acontecendo com você, eu não posso te obrigar ao contrário. Mas deve se lembrar de tudo que aconteceu enquanto estava lá. A quantidade de pessoas que se machucaram. Eu acredito que você não se sinta bem sabendo disso.

— Não. Eu me sinto um lixo. Eu queria que tudo voltasse como era antes.

— E como era antes?

— Era... — Ele me fez essa pergunta que parecia tão simples de responder e eu fiquei buscando uma resposta. Como era antes? Forçando a memória, tudo parecia tão vago naquele momento. Apenas alguns flashes fora de ordem. Parecia que as memórias tinham desaparecido e haviam ficado apenas os sentimentos. Tudo que vinha na minha mente eram incidentes isolados, como o Maid Café, que fui com meu irmão.

— Não precisa responder se não quiser.

— Eu não consigo responder essa pergunta. Parece até que...

— Apagaram sua memória?

— É... parece bizarro ouvindo isso em voz alta.

— Deve ser devido a todo stress que você passou.

— É. — Eu não tinha tanta certeza disso e o que ele me disse depois só aumentou ainda mais minha dúvida.

— Akira, o que você gosta de fazer? Tem algum hobby específico?

— Eu gosto de temáticas da galáxia e de bandas de rock. Eu também gosto de... — Eu apenas descrevi o que tinha no meu quarto. O que eu gostava? Qual minha comida favorita? Mangá favorito?

— Legal. Você e seu namorado estavam juntos há muito tempo?

— Eu... — Estávamos? Quando tinha sido meu primeiro beijo? Eu era virgem? A gente se conheceu onde? Eu sabia que ele era meu namorado, que a Kirishima era minha melhor amiga, mas eu não fazia ideia de quando. — Satoru?

— Sim?

— Eu não me lembro de nada.

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