Capítulo 7
Abro meus olhos e vejo Gabriel me olhando e me segurando. Percebo que estou entre os braços de Gabriel e o chão.
− Porque estou no chão, Gabriel? – pergunto colocando uma das mãos na cabeça por impulso.
− Você desmaiou, Megan. – diz Gabriel desviando o olhar. Você está bem?
− Ah. Estou bem.
− O que você lembra, Megan? – pergunta Gabriel me ajudando a levantar.
− Obrigada. Bom, lembro que estávamos conversando sobre o convite de Lissandra, sobre o bar e sobre meu sim do convite. E você, vai? – pergunto.
− Vou. Não vou deixar você ir sozinha, Megan.
− Não vou ir ou ficar sozinha, Gabriel. – digo sorrindo pra ele.
− Não mesmo.
− Você está estranho, Gabriel. O que houve?
− Nada. Não estou estranho.
− Hum, sei. Eu te conheço, Gabriel. Mesmo que por pouco tempo.
− É que eu não quero que nada aconteça com você. – diz ele com um olhar cabisbaixo.
− Ei, não fique assim. Não vai acontecer nada comigo, eu prometo. – digo colocando uma das minhas mãos em seu rosto.
− Não prometa o que não pode cumprir, Megan. – Gabriel tira minha mão do seu rosto.
− Vou cumprir. Custe o que custar. – digo com convicção.
− Não se preocupe, Megan. Eu te protegerei, mesmo custando a minha existência. – Gabriel se vira e sai, me deixando sozinha no cômodo. Vou pra sala e vejo Gabriel sentado no sofá, olhando para o nada. Melhor dizendo, para o teto.
− Gabriel? Você está bem? – pergunto me aproximando dele.
− Oi, Megan. Estou sim, só estou pensando.
− Ah, legal. Não sabia que anjo ficava pensando assim. Achava que não precisasse pensar.
− Nem tudo é do jeito que parece ser.
− Filosofou, hein?! Daria um ótimo filósofo, é claro, se não fosse um guardião. Mas, e aí, no que estava pensando? – pergunto. Minha curiosidade está gritando.
− Sobre minha missão.
− E qual é esta missão? – pergunto sentando-me ao seu lado.
− Vim aqui pra terra proteger alguém.
− E quem seria esse alguém? Proteger de quê? Porque esta pessoa precisaria de proteção? – Disparo nas perguntas. Será que esse alguém sou eu? Acho que não. Não sei. Se fosse, ele teria dito meu nome ou falado que sou eu, certo?
− Não quero falar disso. Não agora. – diz Gabriel se virando para mim e me olhando. Abraço ele no impulso, ficando minutos, talvez horas assim e ali.
**
Estou no meu quarto, lendo um livro de um dos gêneros que mais gosto de ler, um livro com textos e frases motivacionais. Comprei há alguns meses atrás, só que nunca tive tempo de lê-lo, pois estava uma correria por causa do trabalho. E por falar em trabalho, estou de férias por uns 5 meses. 5 meses? Sim, pois trabalhei durante o tempo que eu deveria estar de férias, durante dois anos e meio.
Voltando a leitura ...
− Lute! Lute para viver, e não apenas para existir! – Leio em voz alta. Amei esta frase. Parando pra pensar, eu estava apenas existindo e não vivendo minha vida, eu estava negligenciando minha vida. Mas agora, não mais. Esta será minha frase daqui pra frente e que colocarei em prática, custe o que custar.
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