Capítulo 3
Acordo com o anjo me chamando, isso mesmo que leram, ANJO.
− O que você está fazendo aqui no meu quarto? – pergunto assustada. – Eu não falei pra você bater na porta e perguntar se pode entrar ou não?! – falo meio irritada. É estranho ter um desconhecido em sua casa, ainda por cima se for anjo.
− Assim eu fiz. Bati na porta e perguntei. Mas como não obtive respostas, decidi entrar e te chamar. – diz o anjo com uma expressão que diz que fez o que eu disse pra fazer na noite anterior.
− Ok. Mas, o que você quer falar? – pergunto ainda sonolenta.
− Nada, só vim saber como você está. – Anjo atenciosa esse hein, parece até anjo. Ops! Ele é anjo. Sorrio com minha loucura.
Lembro que não me apresentei e nem apresentei o anjo, que cabeça essa minha. Bem, me chamo Megan Mollie, e tenho 20 anos. Novinha? Nem tanto. Moro só, não mais, agora moro com o anjo.
Até quando? Não sei. Nem sei mais o que esperar do meu futuro. Bom, não vou entrar muito em detalhes sobre meu corpo, enfim. O anjo não está como anjo tecnicamente, ele não está na sua forma original, melhor dizendo. Ele está como um mero ser humano, sem asas, só um ser humano, e que humano, hein?! Gato todo. Sorrio. Vou deixar vocês imaginarem como somos, fisicamente claro.
− Megan?! Você está bem? – O anjo pergunta preocupado. Não o culpo, fiquei ''fora'' por não sei quanto tempo.
− O....Oi. – falo gaguejando. Estou bem sim. Vamos tomar café. Me espere lá na sala ou na cozinha, vou ao banheiro. − Saio do quarto indo direto pro banheiro, tomo um banho delicioso e faço minha higiene. Já vestida e arrumada vou pra cozinha preparar o café. Enquanto estou preparando começo a conversar com o anjo.
− Mas e aí, Gabriel. Você sente fome nessa forma, quero dizer, sendo ''humano''? – digo fazendo sinal de aspas para a palavra humano.
− Não. Nem sono. – diz Gabriel como se isso fosse natural. Bom, pra ele é.
− Ah! Saquei. Vai ser estranho eu ver você na forma humana e não comer e nem dormir.
− Pra você seja, mas estou de boa com isso. – diz ele.
− Você já veio aqui alguma vez, fora aquelas vezes que você apareceu para mim?
− Já. Mas tem muitos anos, décadas na verdade. Talvez séculos.
− Interessante. – digo impressionada. – Você é velho, com todo o respeito. – Já se envolveu com alguém? Tipo, envolvimento sério, como um casal. − Não sei porque perguntei isso, foi no automático. Juro.
− Não. – diz Gabriel com uma expressão confusa, expressão de tristeza, com felicidade misturada, não sei ao certo como descrever a reação dele, pois foi bem estranha.
− Quantos anos você tem? − pergunto. Minha curiosidade está ao extremo hoje.
− Mais de milênios. − Ele diz isso. E minha reação? Olhos arregalados e boca aberta sem acreditar no que eu acabara de ouvir.
− O que houve?
− Nada não. Só a sua idade mesmo, isso não é normal.
− Nosso tempo é diferente do de vocês.
− Hum, interessante!
Assim que termino de fazer as panquecas e preparar suco de laranja, sento na de frente a Gabriel. Pego o frasco de mel em cima da bancado e coloco um pouco nas panquecas. Enquanto como, sinto olhares sobre mim. Isto está me deixando nervosa. Por que ele tem que ficar olhando assim pra mim? Ainda mais quando estou comendo. Será que ele desejaria comer um pouco, mesmo não comendo?!
− Quer um pouco? – pergunto apontando pro meu prato.
− Não, obrigado. – diz ele sorrindo. – Que sorriso lindo.
− Bom, já que você não dorme, vou lhe dá um quarto mesmo assim. – digo dando mais uma garfada na panqueca e bebendo um pouco do suco em seguida. – Ah! Mais uma coisa, hoje à noite terá uma festa na casa de uma amiga minha, e já que você está aqui quero que você vá comigo. Tudo bem pra você? – pergunto torcendo pra que a resposta dele seja sim.
− Tudo bem. Vamos então.
Levanto minhas duas mãos, com as mesmas fechadas e baixo as duas ao mesmo tempo enquanto digo. – Yes!!! – Aninada e feliz pela resposta de Gabriel? Sim, muitoo.
− Que bom que está feliz com minha decisão. – diz Gabriel sorrindo para mim. – Também estou feliz por ter concordado de ir com você na festa.
− Que bom, Gabriel. – digo sorrindo também. – Vou arrumar a casa e vamos ver depois com qual roupa e calçados vamos. – digo levantando e colocando o prato, copo e talheres na pia. – Enquanto isso, você pode assistir alguma coisa ou ler. Você quem sabe.
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