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PARTE V

Olívia já acordou com a notícia de outra morte na televisão.
Imediatamente reconheceu Jeremy pela foto da identidade. O ex-namorado babaca da melhor amiga que costumava chantagea-la durante os últimos meses com vídeos íntimos.

Ele foi encontrado morto em uma antiga loja de ferramentas, segundo a repórter ele foi torturado e teve seus dedos mutilados, ossos dos joelhos esmigalhados e o corpo perfurado por uma furadeira.

— Meu Deus! — Olívia assistiu a reportagem chocada. Sem saber como Emilly iria reagir.
Era certo de ficar chocada, mas não se surpreenderia se a amiga se confessasse aliviada, ela mesma se sentia assim por saber que Emilly estava livre daquele embuste.

Ela desligou a televisão e decidiu ir chamar a amiga para tomar café, quando ia bater na porta se anunciando ouviu Emilly falando sozinha.

— Não. Isso eu não posso fazer. — Emilly parecia alarmada, Olívia espiou pelo buraco da fechadura e viu Emilly com um espelho na mão ao invés do celular.
Ela estava falando com o espelho?

— NÃO! ELA É MINHA AMIGA! MINHA MELHOR AMIGA!

Por algum motivo Olívia sentiu seu coração bater forte ao ouvir e assistir aquela Emilly escandalosa cita-la.

— Acabar com aquela vadia e o cretino do Jeremy foi terapia! — disse Emilly fazendo a amiga se chocar do outro lado da porta — Esse caso é diferente! Ela é minha melhor amiga, é como uma irmã. Eu a amo e não vou machuca-la. — ela arremessou o espelho na porta com fúria, Olívia se segurou para não gritar cobrindo a boca com as duas mãos. Emilly estava fitando a porta como se esperasse algo e então suas mãos foram parar no seu rosto. Ela passava as palmas das mãos no rosto e as olhava com horror, como se algo estivesse saindo ou escorrendo, mas não estava acontecendo nada.

De repente Emilly encarou a porta como se pudesse ver Olívia do outro lado.
Olívia jurou ter visto os olhos da amiga ficarem vermelhos, ela se afastou imediatamente ao ver Emilly se aproximar da porta.

Olívia correu de volta para sala e segundos depois Emilly saiu do quarto.

— Já acordou! — disse Emilly se aproximando, e a medida que ela adentrava na sala, Olívia entrava em outro cômodo disfarçadamente ainda muito assustada com a demonstração de loucura da amiga.

— Pois é. — ela forçou um sorriso.

— Alguma novidade? — Perguntou Emilly.

E Olívia balançou a cabeça de imediato. — Nenhuma!

— Nem na TV? — Perguntou Emilly — Sobre o que aconteceu lá no meu trabalho?

— Eu não liguei a televisão ainda. — Olívia deu de ombros — Cansada de tragédias.

Emilly estudou a amiga por alguns segundos, o que deixou Olívia ainda mais nervosa, pois agora percebia algo de errado na amiga. Como se sentisse uma aura sombria sobre ela.
Seu olhar era frio, obscuro.

— Eu vou tomar banho e ir comprar o pão. — disse Emilly com um sorriso e Olívia apenas assentiu da cozinha mesmo.

Emilly entrou no banheiro e Olívia correu para o quarto da amiga em busca de respostas. Agora que sabia que a melhor amiga foi responsável pelas mortes de duas pessoas. Pessoas que causaram um grande desconforto na sua vida, não sabia o que pensar. O que fazer.
Precisa de respostas, em algum momento Emilly mudou e ficou sombria, mais fria e seca. Como se não fosse ela dentro daquele corpo.

O que pode ter deixado Emilly tão estranha?
Ela olhou o celular e viu diversas mensagens de Jeremy. Isso não era nada bom.
Olívia deletou as mensagens para proteger Emilly, não queria ver a amiga presa e sim curada.
Continou olhando o celular e viu uma fotografia de um espelho e no espelho um símbolo estranho.

Ela guardou o celular no bolso para saber mais sobre esse símbolo, Emilly nunca se interessou por coisas assim. Não podia ser coincidência.

Olhando em volta ela viu algo cintilar no canto da porta, era um espelho. Olívia pegou o espelho e analisou passando os dedos pelo detalhe de madeira e havia uma frase na borda, parecia em outro idioma.
Imediatamente se lembrou de Emilly comprando esse espelho na feira e a partir daí a amiga ficou muito estranha.
As cenas do elevador e do banheiro vieram a sua mente imediatamente.
Olívia enfiou o espelho no bolso e saiu em disparada em direção a porta.

Emilly enrolada na toalha pegou a porta da frente batendo com força.

Olívia avançou vários sinais em direção a feira do estacionamento do shopping, onde Emilly havia comprado o espelho há poucos dias atrás.

A barraca dos espelhos ainda estava lá, então Olívia correu e entrou em busca da vendedora.
Ela encontrou uma mulher atrás do balcão. Uma mulher de meia idade, com o estilo de uma cigana. Bandana na cabeça, pedra na testa e cheia de colares e brincos enormes.

Olívia colocou o espelho no balcão e o celular com a foto.

— O que significa isso? — Perguntou em um tom agressivo, ela estava ofegante por causa da corrida até a barraca.

A mulher franziu a testa e olhou a jovem moça sem entender e olhou para a imagem no celular.

— É um selo de almas... — Sussurrou ela olhando para o espelho e depois olhou para Olívia — Não deveria brincar com rituais mocinha, vai atrair coisas ruins.

— Você vendeu um espelho que deixou a minha amiga estranha! — ela virou o espelho deixando os detalhes para a mulher.

Rapidamente ela tomou aquele espelho nas mãos, com os olhos arregalados e então olhou para Olívia e devolveu imediatamente arrastando na direção dele — Não comprou aqui.

— É claro que foi! — Olívia empurrou o espelho em direção a mulher — O que você fez com ela?

— Não vendo artigos amaldiçoados, garota! — ela lançou um olhar duro para Olívia — Alguém se livrou da maldição entregando o espelho para a sua amiga. E essa pessoa não fui eu, não peco a vaidade. — ela olhou para o espelho novamente — Uma idosa tentou me vender isso. Conheço antiguidades e senti energias malignas emanarem dela e do espelho.

Olívia sentiu a respiração ficar mais pesada. — Amaldiçoado?

A cigana olhou para o espelho e tomou em suas mãos e começou a ler as escrituras talhadas na madeira que Olívia não conseguiu traduzir — Vanitas est maledicere. O speculum anima flectere. — recitou a cigana e em seguida traduziu — Vaidade é uma Maldição. O espelho é a alma refletida. — ela olhou para Olívia que aparentemente estava confusa. — Essa é a maldição do espelho. Ela reflete o lado mais sombrio da alma. A entidade do espelho, como se fosse o demônio da vaidade, um ser maligno chamado Vanitas absorve a alma do ser vaidoso em cada etapa do ritual de passagem. São três portas, e três sacrifícios para a entidade sair do espelho e possuir o corpo do proprietário espelho.

— Três sacrifícios? — questionou Olívia sentindo suas pernas tremerem.

— Uma pessoa que o proprietário do espelho odeia, uma pessoa o fez sofrer e uma pessoa que ele ama. Os sentimentos precisam ser intensos e a cada passagem aberta Vanitas fica mais poderoso e presente e capaz de possuir o corpo do proprietário e terminar o ritual tomando posse total do corpo.

Olívia fechou os olhos ao encaixar todas aquelas mortes, a ordem delas.

— E se ela se recusar a matar?

— Geralmente acontece na primeira vítima, a entidade ataca onde mais dói. Ameaça tirar a beleza...

Olívia lembrou de Emilly tocando no rosto e cabelos desesperadas.

— No final a vaidade sempre vence e o amaldiçoado cede e mata. — contou a mulher.

— Emilly não vai me machucar... — Sussurrou Olívia ofegante.

— Vanitas te escolheu para morrer? — a cigana a olhou com espanto — Fique longe da sua amiga...

— Não existe uma maneira de acabar com a maldição? — Perguntou Olívia.

— O proprietário precisa passar o espelho para alguém mais ou tão vaidoso quanto ele. — respondeu a cigana. — A maldição não tem fim, a não ser que o último proprietário morra e o espelho desapareça, mas assim que alguém tomar sua posse, a maldição se reinicia.

— Não tem como destruir o espel... — Olívia foi interrompida quando simultaneamente alguns espelhos implodiram jogando estilhaços para todos os lados.
Olívia se jogou para debaixo do balcão tendo alguns estilhaços cravados na sua pele e assistiu a cigana cair em câmera lenta como um pedaço de vidro cravado no rosto, ela gritou apavorada com a cena e se rastejou para longe do corpo, encostando nas pernas de Olívia.

Imediatamente o instinto de sobrevivência mandou Olívia correr antes mesmo de entrar em contato com os olhos demoníacos da amiga.
Apesar de ser o corpo de Emilly, ela sabia que a amiga não estava ali e sim a entidade maligna da vaidade. Vanitas estava em posse do corpo de Emilly e veio atrás dela para concluir o ritual.

O peito de Olívia subia e descia rapidamente, sua expressão era medo puro. E Vanitas se aproximava com um sorriso cruel.

Olívia se levantou e começou a correr o máximo que conseguia, pois sabia que se ficasse seria o seu fim.
Ela estava desesperada fugindo da entidade que a seguia e não a perdia de vista em uma corrida pelo estacionamento. Olívia já estava ofegante e se cansando naquela fuga.
Entrando na parte subterrânea do estacionamento a escuridão começou a tomar conta quando as luzes estouraram pela presença da aparição assustando ainda mais a Olívia,
foi quando ela tropeçou enroscando suas próprias pernas e caiu no chão rolando e ralando as pernas e os braços.
Ela tentou se esconder atrás de uma pilastra.

— Está pronta para morrer, querida amiga? — Perguntou a entidade Vanitas se aproximando lentamente com seus olhos vermelhos brilhando no escuro.

— Você não a minha amiga! — disse Olívia mudando indo para atrás de um carro. Seus olhos já estavam acostumados na escuridão e ela só ouvia os passos pesados da entidade cada vez mais próximos — Deixe o corpo da Emilly em paz!

— Só estou fazendo o que já deveria ter sido feito.

— Transformando a minha amiga em uma assassina? — questionou Olívia com a voz embargada e ao mesmo tempo com um quê de irritação.

Olívia conseguiu ver um sorriso de dentes brancos e afiados se estender pelo rosto de Emilly.

— Emilly fez suas escolhas. Ela preferiu a matar a perder a beleza.

— VOCÊ A MANIPULOU!

— Vaidade é mais importante para Emilly. Mais importante que você.

— MENTIRA!

— Está vendo como vaidade é uma iniquidade? — disse Vanitas — As pessoas são capazes de tudo para ficar bonitas. Para manter as aparências.
Vaidade é um pecado e Emilly é uma grande pecadora.

Vanitas encurralou Olívia entre a parede e um carro enquanto se aproximava.

— Emilly sempre teve inveja desses olhos verdes. — Vanitas agora estava muito perto de Olívia que estava prestes a gritar. — É como você sempre dizia. Espelho, espelho meu. Existe alguém mais bela do que eu? — Vanitas tomou o rosto de Olívia com as mãos de forma rude e com uma voz demoniaca, a voz da entidade, ela mesma se respondeu — Existe. Olívia Lins! E ela precisa morrer.

Olívia estava se debatendo desesperada, mas a força da entidade que tomava o corpo de Emilly era absurda.

— Por favor, Emilly... — suplicou Olívia entre lágrimas. — Não faça isso.

— Precisamos destruir a beleza, Emmy. — era a voz rouca e demoníaca que ecoava pelo estacionamento do shopping.

Como os polegares Vanitas pressionou os dedos sob os olhos de Olívia com força a fazendo gritar de dor.

— Sempre invejou esses olhos. — disse Vanitas — Sempre quis que fosse um pouco mais feia, para sempre, sempre ser a mais bela. Sempre de sobressair. — Com as mãos cheias de sangue afundando os olhos de Olívia que rugia de dor, Vanitas parou observando o rosto de Olívia coberto do próprio sangue.

— Ainda tão bela... — acariciou o rosto de Olívia antes de deixa-la desabar no chão. — Me pergunte Emilly.

Olívia agora sem a visão e sentindo sua cabeça explodir estava ainda mais desesperada, tateando o chão querendo fugir.

Apenas ouviu os passos de Emilly atrás de si.

— Quer se despedir da sua aparência atual? — perguntou Vanitas e como Olívia não lhe respondeu ele avançou puxando a moça do chão e quebrou seus braços os contorcendo e fazendo Olívia gritar — Assim você não pode me atrapalhar. — ele puxou uma faca e segurou o seu rosto — Eu só estou fazendo a vontade de Emilly — Transformando em a mais bela.

Como a faca Vanitas começou a descascar a pele de Olívia lentamente saboreando-se com os gritos de dor e desespero que a moça soltava.
Quando terminou de desfigurar o rosto de Olívia que já nem conseguia gritar deixou seu corpo cair no chão pesadamente.

— A vaidade sempre vence. — disse Vanitas com a faca  — Emilly no fundo sempre quis ser mais bonita e agora é.

— Eu te amo, Emilly. — Sussurrou Olívia, quase sem forças.

Os olhos vermelhos se apagaram e Emilly se abaixou horrorizada vendo o estado da melhor amiga.

— Olívia?

Reconhecendo a voz verdadeira da amiga, Olívia conseguiu erguer a mão e Emilly a segurou.

— Desculpa amiga... — Olívia sentiu a voz da amiga diferente, indiferente na verdade. Mais seca e distante, como se aquela desculpa não fosse verdadeira.

Nos seus últimos  suspiros, Olívia sentiu Emilly soltar a sua mão. — Sempre serei a mais bonita. — E com toda a força enterrou a faca no peito de Olívia.

Fim.

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