No outro dia Jeongin chegou com um sorriso gigante, encantando todos a sua volta.

Já Hyunjin estava com os fones sentado em baixo de uma árvore, com os joelhos escolhidos e a cauda para baixo.

- Oi! Preciso te contar o que aconteceu ontem! - Falou o mais novo em disparado sem nem notar o jeito em que o Hwang se encontrava, quando percebeu, se preocupou, isso era estranho. - Hyung? Hyunjin. - Tirou os fones do ouvido do mesmo, dessa fez com calma, atraindo o olhar de Hyunjin para si.

- Oi.

- Você tá horrível!

- Nossa, valeu. - Forçou um sorriso pequeno.

- O que aconteceu? Você se importa tanto com a sua aparência, tá com umas olheiras gigantes.

- Eu sei, não dormi a noite.

- Por quê?

- Briguei com a minha mãe.

- Foi por minha causa?Se for por isso desculpa, não queria causar uma discussão entre vocês. - Se sentou em frente ao mais velho, o olhando nos olhos. Hyunjin percebeu a sinceridade.

- Não foi por sua causa. Sabe, minha mãe não é o que eu pensava.

- Não?

- Ela culpa meu pai por ser condenada ao inferno, ela falava como se odiasse os demônios. E ela falou outra coisa...

- O que? - Hyunjin o encarou.

- Nada de mais. Eu to tão confuso, merda!  - Deitou a cabeça para trás, fazendo ela bater na árvore. - Ai.

- Ain, Hyung, queria poder te ajudar.

- Tudo bem. - Voltou a encarar Jeongin. - Então, ia me contar algo, não?

- Sim, sim. Meu irmão vai pedir o apartamento hoje. Logo logo, podemos começar. - Bateu palmas. Hyunjin sorriu, a alegria de Jeongin o deixava alegre. - Você pode ir morar com a gente! Se quiser, caso esteja complicado as coisas com a sua mãe.

- Não sei, não falo com ela desde ontem. Mas vou pensar.

- Hyung.

- Hum?

- Como é ter chifres?

- Essa frase ficou estranha.

- Você entendeu.

- Ah, sei lá. Eu acho legal, é meio dolorido quando eles saem pra fora de manhã.

- Hum, posso toca?

- Nos meus?

- Não, nos meus imaginários. - Falou debochado.

- Grosso. Pode tocar.

- Tá. - Se aproximou mais de Hyunjin.

Encostou primeiro o dedo e tirou rápido, era diferente de seu anel. Fez um carinho na parte onde ligava ele com a cabeça, escutando um resmungo de Hyunjin.

- É legal. - Se afastou.

- Eu achei estranho.

- E na cauda?

- Calma ae! Na cauda não!

- Por quê?

- Como eu posso explicar. Hum, a cauda é meio que uma coisa íntima.

- Então por que andam com elas abanando de um lado pro outro?

- Eu sou um demônio, não um cachorro. Não chega a ser literalmente uma parte íntima. É só um lugar sensível.

- Querendo ou não, um dia eu vou tocar. - Deu de ombros.

- Vai?

- Sim, afinal, você vai tirar a minha pureza.

Nesse momento Hyunjin arregalo os olhos.

- Eita, eu tinha esquecido essa parte.

- Burro.

- Ah, dane-se.

- Hyung, o que acontece se a gente não fazer a última parte?

- Se eu não me engano, você fica muito sensível, e pode acabar morrendo.

- Uau, mas tudo bem. Eu to ansioso!

- Calma, Innie.

- To ansioso pra semana que vem. - Bateu palmas, fazendo Hyunjin rir.

- Também. - Encarou o mais novo que tava viajando no seu próprio mundinho. - Bom, falta pouco pro sinal bater, até o fim da aula. - Se levantou para ir para sua sala.

- Tchau, Hyung. - Se levantou e saiu pulando para própria sala.

- Você não pode se apaixonar Hyunjin.  - Continuou encarando o mais novo até ele sumir pelos corredores. - Não pode. Mas você já está.