Chào các bạn! Vì nhiều lý do từ nay Truyen2U chính thức đổi tên là Truyen247.Pro. Mong các bạn tiếp tục ủng hộ truy cập tên miền mới này nhé! Mãi yêu... ♥

𝟬𝟱𝟮 | ʀᴇᴍᴇᴍʙᴇʀ ᴜꜱ

CAPÍTULO 52
LEMBREM-SE DE NÓS
5 ANOS DEPOIS
─────── ✵ ───────

MÚSICA TEMA: REMEMBER MEd4vd

O SILÊNCIO DA sala era quase ensurdecedor. A luz fraca da manhã filtrava-se pelas persianas, lançando sombras trêmulas nas paredes do quarto no Complexo dos Vingadores que Steve Rogers e Anelise Erskine, a Comandante, chamavam de lar. Para dois heróis que haviam passado a vida nos campos de batalha, enfrentando inimigos cósmicos e salvando o mundo, a quietude era um lembrete cruel daquilo que haviam perdido.

Os cinco anos desde o estalo de Thanos haviam transformado o mundo em algo irreconhecível. Metade da população desaparecida em um piscar de olhos deixava ruas vazias, rostos marcados pelo luto e um peso constante no ar. Para Steve e Anelise, o vazio era ainda mais pessoal. Não era apenas a perda de amigos e colegas – era a sensação de fracasso, o peso de não terem conseguido impedir aquilo.

Anelise, outrora uma figura imponente no campo de batalha, conhecida por sua habilidade de liderança e destreza em combate, agora caminhava com os ombros levemente curvados. O mundo que ela jurou proteger havia sido despedaçado, e mesmo seu espírito resiliente estava trincado. Ao lado de Steve, ela tentava manter o equilíbrio entre ser uma esposa, uma parceira e ainda carregar o fardo de ser uma Vingadora.

Os dois haviam se afastado do papel ativo de heróis, dedicando-se a ajudar os sobreviventes a lidar com suas perdas. Steve liderava grupos de apoio, oferecendo palavras de conforto e esperança para aqueles que tinham perdido tudo. Anelise, por sua vez, trabalhava nos bastidores, reconstruindo redes de suporte comunitário e ajudando os poucos Vingadores remanescentes a monitorar crises emergentes.

Mas, mesmo juntos, o luto parecia inescapável. As conversas no fim do dia eram mais silenciosas agora, os olhares compartilhados carregavam dores que nenhum deles conseguia verbalizar. Ambos sabiam que estavam tentando sobreviver em um mundo quebrado, mas a pergunta que os assombrava era: e se nunca conseguissem consertá-lo?

Naquele dia, enquanto Steve ajustava a cadeira no centro do salão comunitário, preparando-se para mais uma sessão de apoio, ele olhou para a aliança em seu dedo e pensou em Anelise. Ela era sua força, a âncora que o mantinha firme em meio à tempestade. Mas ele também sabia que, mesmo ao seu lado, ela carregava sua própria batalha interna.

Do outro lado da cidade, Anelise ajustava seu comunicador, pronta para participar de uma reunião com Natasha e os outros Vingadores remanescentes. Seu olhar duro refletia determinação, mas havia algo mais ali – uma tristeza que nem mesmo vestir seu uniforme vermelho e dourado conseguiria esconder.

Eles eram soldados, heróis, marido e mulher. E naquele mundo desfeito, eles precisavam, mais do que nunca, um do outro para se lembrar de quem eram – e para encontrar uma razão para seguir em frente.

A noite caía silenciosa, e o cômodo que compartilhavam parecia ainda mais vazio à luz suave do abajur. Anelise estava sentada no sofá, uma caneca de chá quente entre as mãos, enquanto os olhos percorriam distraidamente os arquivos que Natasha lhe dado pessoalmente. Steve entrou na sala, vestindo um suéter cinza simples, os passos silenciosos, mas a presença reconfortante.

Sem dizer nada, ele sentou-se ao lado dela, sua mão deslizando suavemente para pousar sobre a dela, envolvendo-a com calor. Ela suspirou, fechando os olhos por um momento, permitindo-se relaxar.

— Está tudo bem? — Ele perguntou, a voz baixa, mas carregada de preocupação genuína.

Anelise abriu os olhos e olhou para ele, um pequeno sorriso tentando se formar em seus lábios.

— Estou tentando convencer Natasha de que não precisamos monitorar cada pequeno sinal estranho no radar. Mas ela é tão teimosa quanto você. — Steve riu suavemente, um som raro que iluminou a sala por um breve momento.

— Isso não é justo. Sou muito mais flexível do que ela. — Ela arqueou uma sobrancelha, o sorriso agora mais evidente.

— Ah, claro, Capitão. Por isso estamos casados. Sua incrível flexibilidade emocional me conquistou. — Ele balançou a cabeça, mas não conseguiu evitar o sorriso que surgiu.

— Não foi minha flexibilidade emocional que te conquistou. — Ela riu pela primeira vez em dias, um som suave que encheu o espaço vazio.

Steve aproveitou o momento para se aproximar, a mão subindo de seus dedos até tocar sua bochecha. O sorriso de Anelise diminuiu, substituído por um olhar mais suave, mais vulnerável.

— Você está cansada. — Ele disse, seus olhos azuis fixos nos verdes dela, lendo cada linha de preocupação, cada traço de exaustão que ela tentava esconder.

— Estamos todos cansados, Steve. — Ela respondeu, mas sua voz era mais baixa agora, quase um sussurro. — Eu só... às vezes parece que estamos segurando o peso de um mundo que já foi partido.

Steve inclinou a testa para tocar a dela, um gesto íntimo e reconfortante.

— Não estamos sozinhos. Você tem a mim. Sempre terá. — Anelise fechou os olhos, absorvendo aquelas palavras, a segurança que ele oferecia.

— E você tem a mim. — ela murmurou, deslizando a mão até o peito dele, onde sentia o batimento constante de seu coração. — Mesmo quando o mundo parece perdido... eu ainda tenho você.

Por um momento, o peso do luto desapareceu. Eles eram apenas Steve e Anelise, dois corações unidos em meio ao caos. Ele inclinou-se levemente e a beijou, um toque suave e cheio de amor, como uma promessa silenciosa de que, juntos, enfrentariam qualquer escuridão.

Quando os lábios se separaram, ela encostou a cabeça em seu ombro, deixando que ele a envolvesse em seus braços. Pela primeira vez em dias, o silêncio entre eles não parecia vazio.

Parecia paz.

─────── ✵ ───────

A SALA ESTAVA silenciosa, exceto pelo som sutil dos hologramas sendo ativados. Natasha Romanoff estava sentada à mesa na base dos Vingadores, uma sombra de cansaço em seus olhos enquanto fazia para si um sanduíche de manteiga de amendoim e geleia. Rocket estava jogado em uma posição relaxada, Nébula permanecia imóvel como uma estátua, e Carol Danvers tinha o semblante firme, mas impaciente, assim como James Rhodes. Okoye, sempre digna, aguardava com o mesmo olhar calculista de quem está pronta para o próximo desafio.

Rocket foi o primeiro a quebrar o silêncio. Sua voz carregava um tom de frustração mal disfarçada.

É, invadimos aquela nave de guerra altamente suspeita que a Danvers indicou. — Ele reclamou, cruzando os braços e bufando dramaticamente.

Era um transporte de lixo infeccioso. — Nébula, ao seu lado, cortou rapidamente a explicação de Rocket, sua voz soando incomodada com o ocorrido.

Então valeu pela dica. — Rocket levantou as mãos em um gesto teatral, sua expressão carregada de sarcasmo.

Ah, vocês estavam do lado. — Carol, do outro lado do holograma, arqueou levemente uma sobrancelha, sem se deixar abalar.

É, e agora estamos fedendo a lixo. — Rocket lançou-lhe um olhar irritado, as orelhas baixando ligeiramente.

— Fizeram uma leitura desses tremores? — Natasha, percebendo que o tom da conversa começava a escapar, mudou o foco para Okoye, ignorando os resmungos de Rocket.

Foi uma subducção suave sobre a placa africana. — Okoye ajustou a postura, sua voz autoritária e sem vestígios de dúvida.

— Tem recursos visuais? Como lidar com isso? — Natasha inclinou-se ligeiramente para frente, os dedos batendo levemente na mesa, enquanto seu tom permanecia analítico.

Nat... se lida com isso não lidando com isso. Aconteceu sob o oceano. — Okoye a fitou com uma expressão que misturava paciência e compaixão.

O som da respiração de Natasha era quase audível enquanto ela processava a informação, mas antes que pudesse dizer algo, ela se virou para Carol.

— Carol, vamos ver você em breve?

Eu acho que não. — Carol descruzou os braços e inclinou a cabeça, sua voz cortante como sempre.

Rocket, é claro, não podia deixar isso passar.

Que é? Vai mudar o corte de cabelo de novo? — Carol estreitou os olhos para ele, mas manteve a calma.

Escuta, cara peluda, eu tô cobrindo muito território. As coisas que tão se passando na Terra se passam em todos os planetas. Em milhares de planetas.

Ah, tá. Faz sentido. Faz todo sentido. — Rocket bufou derrotado pelo argumento, jogando-se contra o encosto da cadeira, as patas cruzadas no peito.

Então podem não me ver por um tempo. — Carol ignorou o sarcasmo, mas sua voz ficou mais séria.

Natasha assentiu devagar, aceitando a resposta, mesmo que claramente desejasse outra.

— Tá legal. Bom, esse canal fica sempre ativo. Então, se algo der errado, se aparecer problema onde não devia, falem comigo. — Todos sabiam que o mundo, ou melhor, o universo, estava longe de ser consertado, mas aquele canal ativo, aquela conexão, era um fio tênue de esperança que eles se recusavam a perder.

O silêncio voltou à sala por um momento, com apenas o som leve dos hologramas tremulando ao se desligarem exceto o de James Rhodes, que mantivera-se em silêncio enquanto os outros conversavam. Natasha se recostou a sua cadeira, de frente para seu sanduíche intocado, se preparando para mais notícias que fariam seu coração afundar mais no peito.

— Onde você tá? — Ela perguntou a James.

— México. Os federais acharam um quarto com corpos. Parece que um bando de caras do cartel não teve nem a chance de sacar as armas.

— Acho que pode ter sido uma gangue rival, né? — Romanoff tentou, a esperança de não ser quem ela já sabia que tinha sido.

Só que não foi. Sem dúvidas o Barton. O que ele fez aqui... o que ele tem feito nos últimos anos. Eu vi a cena que ele deixou, e honestamente tem uma parte em mim que não quer nem encontrá-lo. — O tom de Rhodes era suave, escolhendo cada palavra com cautela para não machucar ainda mais a Viúva, que segurava o choro diante do holograma, sem olhá-lo diretamente.

— Consegue descobrir onde ele vai estar? — Ela perguntou, o que soou mais como um pedido desesperado.

Nat...

— Por favor. — Pediu, e o homem hesitou antes de assentir e se esvair assim como os outros hologramas, encerrando a chamada.

Natasha ainda estava sentada à mesa, os cotovelos apoiados no tampo, enquanto encarava o sanduíche de pasta de amendoim e geleia diante dela, o nó em seu estômago apertado demais para comer. A luz azulada das lâmpadas refletia no vidro do pote de geleia aberto ao lado de uma faca esquecida, mas Natasha parecia perdida, desconectada da cena ao seu redor.

Um soluço quase inaudível escapou de sua garganta, seguido pelo leve tremor em seus ombros. Ela passou a mão pelo rosto, tentando controlar as lágrimas que insistiam em cair. Não era o tipo de pessoa que se permitia fraquejar, mas ali, sozinha, a imensidão do vazio que sentia tornou-se insuportável.

— Nat? — A voz suave de Anelise Erskine quebrou o silêncio. Natasha ergueu a cabeça rapidamente, limpando o rosto com a manga do moletom. Ela tentou disfarçar, mas era tarde demais. Anelise já tinha visto.

— Anelise. — Natasha murmurou, tentando soar firme, mas sua voz saiu rouca. — O que você está fazendo aqui?

Anelise entrou na sala com passos hesitantes, seus tênis surrados fazendo um som quase imperceptível contra o chão. Ela vestia um dos suéteres de Steve, que nela ficavam largos, e uma legging simples, por estar no conforto do complexo vazio. Ela não respondeu imediatamente, inclinando a cabeça para observar Natasha antes de se sentar ao lado dela.

— Eu poderia perguntar o mesmo. — Disse Anelise, pousando os cotovelos sobre a mesa. Ela lançou um olhar breve ao sanduíche intocado. — Parece que você teve um jantar... complicado.

Natasha soltou um riso fraco e sem humor, baixando o olhar para o prato.

— É ridículo, não é? Com tudo o que está acontecendo, aqui estou eu, chorando depois de uma reunião.

— Não acho ridículo. — Respondeu Anelise, sua voz suave, mas cheia de convicção. —Eu acho humano.

Natasha abriu a boca para responder, mas a força das emoções tomou conta dela antes que pudesse dizer qualquer coisa. Outra lágrima escorreu por seu rosto, e ela balançou a cabeça, frustrada consigo mesma.

— Eu deveria estar cuidando deles, sabe? Mantendo tudo sob controle. Mas eu... eu não sei se consigo, Anelise. Tudo está despedaçado. Todo mundo está indo embora, lidando com seus próprios problemas, e eu... eu estou aqui, presa.

Anelise respirou fundo, inclinando-se mais perto.

— Natasha, você está fazendo mais do que qualquer um de nós pode ver. Você está segurando os pedaços enquanto todos tentam descobrir como seguir em frente. Mas você não precisa carregar isso sozinha.

Por um momento, Natasha não disse nada. Apenas abaixou a cabeça, deixando as lágrimas caírem silenciosamente. Anelise colocou uma mão no ombro dela, um gesto simples, mas cheio de compreensão.

— Você não está sozinha. — Anelise continuou. — Eu estou aqui. Nós vamos encontrar uma saída para isso, juntas.

Natasha ergueu o olhar para ela, os olhos vermelhos, mas com um lampejo de gratidão. Ela assentiu, respirando fundo, como se estivesse tentando absorver a força que Anelise oferecia.

— Obrigada. — Natasha murmurou, sua voz ainda quebrada, mas um pouco mais estável.

Anelise sorriu suavemente.

— Agora, que tal comer esse sanduíche? Você precisa de forças, mesmo que seja só com pasta de amendoim e geleia.

Natasha riu novamente, desta vez com mais sinceridade, enquanto pegava o sanduíche. O peso do momento ainda estava lá, mas, com Anelise ao seu lado, parecia um pouco mais suportável. De repente, um aviso surgiu diante das mulheres, um holograma tátil avisando que havia alguém do lado de fora tentando se comunicar com o lado de dentro.

Anelise, num gesto simples, arrastou as informações para o lado e abriu a câmera de segurança para verem o que estava havendo, enquanto acionava Steve para ir até lá e ver também, esse que estava lendo no quarto do casal.

Ah, oi! Tem alguém em casa? — Um homem parado diante de uma vã perguntou, parecendo agitado. — Aqui é o Scott Lang. A gente se conheceu há alguns anos, no aeroporto! — E então, houve um estalo na mente de todos, incluindo Steve, que chegava na sala apressado.

— Não pode ser... ele... — Anelise balbuciou, erguendo seu corpo para frente ao de levantar, apoiando as mãos no peito pelo choque.

— É antiga essa mensagem? — Steve perguntou, confusamente curioso.

— É o interfone da entrada. — Natasha se levantou, seu semblante se iluminando a medido que um sentimento perigoso tomava conta de seu ser.

A esperança.

ESPERANÇA, MEUS AMIGOS!

Até a próxima!

Bạn đang đọc truyện trên: Truyen247.Pro