CAPÍTULO 43
SIBÉRIA
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O FRIO INCONFUNDÍVEL daquele lugar isolado no mundo os fez perceber que talvez, finalmente, estivessem próximos do fim daquele capítulo, próximos de deterem outros Super Soldados de emergirem a mando do falso psiquiatra. Steve pousou o Quinjet na plataforma de aterrissagem e então se prepararam para descer. Bucky se muniu de armas do arsenal embutido na nave, abrindo o portão de desembarque em seguida.
Os três encararam a neve densa que cobria o chão, sentindo a ventania gelada que atingiu no mesmo instante. Anelise estava entre os rapazes, não sentindo exatamente o frio que imaginava sentir apesar de sua velha saia azul. Encarou a imensidão branca em seu horizonte, lembrando-se do momento que havia perdido Bucky da primeira vez.
Era irônico, talvez até cruel, que o tinha de volta nas mesmas circunstâncias.
— Lembram de quando tentamos voltar da praia na traseira de um caminhão frigorífico? — Steve comentou e Anelise não conseguiu segurar a risada que escapou, a lembrança a atingindo com suavidade num momento tão tenso.
— Foi naquela vez que você usou o dinheiro do trem com cachorro-quente? — Bucky rebateu.
— Eu fiquei desesperada com medo de não voltarmos pra casa. — A mulher lembrou com um sorriso bonito em seu rosto, ouvindo as risadas dos rapazes diante de sua contribuição na história. — Papai brigou comigo em alemão naquele dia. — Sorriu com a memória honrosa.
— Gastou três dólares tentando ganhar aquele ursinho de pelúcia pra uma ruiva. — Steve retorquiu com bom humor.
— Qual era o nome dela? — Bucky franziu o cenho.
— Dolores. Chamava ela de Dot. — O Rogers recordou-se.
— Ela era bonitinha. Lembro de como o Bucky ficava babando por ela toda vez que saíamos. — Anelise buscou em sua memória a imagem de um passado jamais esquecido.
— Ela deve ter uns 100 anos agora. — James disse.
— Nós também, amigo. — Steve passou o braço pela cintura da noiva, sorrindo suavemente para o nada, finalmente descendo do jato.
Procuraram em meio as pedras cobertas de neve e gelo, enquanto James os guiava na direção certa. Pararam de frente a um portão recém aberto entre algumas rochas esculpidas a mão, temendo terem chegado tarde demais.
— Ele está nos provocando. Um convite. — Anelise empurrou com a ponta de seu pé coberto pela bota a porta destrancada e escancarada.
— Ele não pode ser estar aqui a mais do que algumas horas. — Steve concluiu, vendo as marcas de uso e as pegadas recentes demais para serem antigas.
— O suficiente para acordá-los. — James o lembrou, entrando na instalação secreta da HYDRA.
Havia uma única passagem para os andares inferiores, um pequeno elevador apertado que descia apenas para um único andar, o subsolo. Quando as portas se abriram, Anelise sentiu o ar úmido e gelado infestando seu olfato, o cheiro de mofo e antiguidades. Steve ergueu a grade e os três assumiram o modo sentinela, com James indo na frente por conhecer o perímetro, Anelise no meio com seu bastão unido em modo lâmina, e o Rogers por último para reforço.
Caminharam sorrateiros, quando ouviram um estalo e metal rangendo de uma passagem próxima, indicando que alguém estava se aproximando. O Capitão Rogers posicionou-se com seu escudo na frente de Anelise, que esticou seu bastão de modo a apontar para a porta, sentindo Bucky segurar firme a arma que havia pego anteriormente, preparando-se para os Super Soldados.
— Estão prontos? — Steve perguntou ao amigo.
— Sim. — Ambos foram firmes, quando a armadura de Tony Stark revelou-se atrás das portas duplas recém abertas.
O Homem de Ferro abaixou sua máscara e caminhou sem pressa até os amigos, analisando o local com pouca preocupação, os vendo não abaixarem a guarda nem por um instante diante de sua presença. Anelise estava em completo conflito por não saber as intenções de Tony, então manteve suas mãos firmes e olhos atentos.
— Estão tão na defensiva. — Ele desdenhou dos amigos.
— Foi um longo dia. — Steve devolveu, cansado.
— Descansar, soldados. Eu não tô aqui atrás de vocês. — Disse, mas só o que fizeram foi desfazer a posição tática, se espalhando pelo ambiente ainda com suas armas a postos.
— Então por quê está aqui? — Anelise perguntou.
— Bom, pode ser porque sua história não era tão louca. Talvez. — Admitiu. — O Ross não sabe que estou aqui. Então, não conta pra ele. Senão, vou ter que prender a mim mesmo.
— É, parece que isso seria um problemão. — Steve finalmente abaixara seu escudo, Anelise fazendo o mesmo com seu bastão.
— É bom ver você, querido. — A morena disse após suspirar, o oferecendo um sorriso cansado.
— Vocês também. — Tony devolveu, quando notou Bucky ainda apontando uma arma para sua cabeça, — Ow, dá pra parar com isso aí ô... desmemoriado! Tá rolando uma trégua aqui. Abaixa isso. — Pediu gesticulando, o vendo baixar a guarda.
Juntos, seguiram caminho adiante para explorarem a base da HYDRA, mantendo-se cautelosos a cada passo. Anthony ia na frente, com sua luva propulsora a postos para qualquer ação que não estivessem esperando, quando sua armadura captou algo.
— Tem assinaturas de calor. — O Homem de Ferro disse ao entrarem num ambiente escuro.
— Quantas? — Steve perguntou.
— Uma. — Ele disse, quando de repente seis cápsulas criogênicas se ascenderam, com uma em específico ao centro sem a criogenia, de onde vinha a assinatura térmica.
Havia alguém ali, alguém vivo os esperando.
— Se serve de consolo, eles morreram enquanto dormiam. — O sotaque sokoviano do psiquiatra que caçavam era perceptível, referindo-se aos Super Soldados congelados.
O Barão Helmut Zemo falava.
Os quatro se aproximaram das cápsulas, vendo os corpos mortos dos homens e mulheres alvos dos experimentos da HYDRA. Anelise sentiu-se enjoada. Segurou com mais força seu bastão, olhando para cada uma daquelas caricaturas com algo crescendo em seu estômago, um frio repentino, um pressentimento ruim.
— Acham mesmo que eu ia querer outros iguais a vocês? — A voz voltou a perguntar.
— O que é isso? — Bucky murmurou, apontando sua arma para o que quer que estivesse em sua frente.
— Mas eu sou grato a eles. Trouxeram vocês aqui. — O farsante revelou seu rosto por uma pequena janela num bunker reforçado e todos voltaram suas miras a ele, ao mesmo tempo que Steve atirou seu escuto, que ricocheteou e voltou para o mesmo. — Por favor, Capitão. Os soviéticos construíram essa câmara para aguentar a explosão de lançamentos de foguetes UR-100. — Desdenhou da tentativa falha.
— Eu consigo atravessar. — Tony respondeu.
— Ah, com certeza consegue, sr. Stark. Com o devido tempo. Mas nunca vão saber porquê vieram. — A ameaça velada estava clara, ele tinha seu salvo conduto.
— Matou pessoas inocentes em Viena só pra nos trazer aqui? — Anelise se aproximou do bunker em passos duros, socando o metal ao ficar cara a cara com Helmut através do vidro reforçado. — Incriminou James e para quê? — Perguntou, com a voz grave em tom acusatório.
— Eu não pensei em mais nada por um ano inteiro. — Sua voz era terna, dolorida. — Eu estudei vocês... Eu segui vocês. E agora que vocês estão aqui, que você, o Anjo da Guerra, está aqui... eu acabo de perceber... que tem tem um pouco de azul no verde dos seus olhos. — Divagou, a olhando com profundidade. — Que bom encontrar uma falha.
— Você é de Sokovia. — A mulher presumiu corretamente. — Então está aqui por isso?
— Sokovia era um país falido muito antes de vocês o destruírem. — Constatou. — Não. Eu estou aqui porque fiz uma promessa.
— Você perdeu alguém? — Steve tentou, posicionado logo atrás de Anelise.
— Perdi todos que conhecia. — Houve uma pausa. — E vocês também vão perder. — Ameaçou, apertando algumas teclas dispostas diante de si e lançando em um antigo computador soviético um arquivo de vídeo de câmeras de segurança de uma estrada vazia, datado em 16 de dezembro de 1991. — Um império derrubado por seus inimigos pode se reerguer. Mas um que desmorona de dentro pra fora? Esse não. Cai de vez.
— Conheço essa estrada. — Tony murmurou ao se aproximar, ao todos se aproximarem da tela amarelada pelo tempo. — O que é isso?! — Berrou para Zemo que não o respondeu.
A filmagem então havia sido colocada em play por Zemo, mostrando um velho mustang derrapando na pista e atingindo um poste, sendo estraçalhado pelo mesmo e definitivamente ferindo os passageiros. Por trás do carro, uma moto entrou em cena na gravação em preto e branco, mostrando o Soldado Invernal se aproximando e arrancando Howard Stark do banco do motorista.
— Ajude minha esposa... por favor, ajude. Sargento Barnes. — Ele implorou, a súplica ecoando no salão vazio onde os quatro estavam.
Howard ainda estava vivo quando resgatado, mas o Soldado finalizou seu trabalho e o deixou posicionado sem vida no banco, como se houvesse sido apenas mais um infeliz acidente de tráfego. James deu a volta no carro e encontrou a esposa do Stark, mãe de Tony, ainda viva. Naquela noite, nenhum deles havia sobrevivido ao braço de metal do soldado da HYDRA.
Anelise sentia os olhos arderem em lágrimas que não sabia se tinha o direito de derramar. Seu estômago estava gelado, embrulhado com a violência explícita daquela filmagem. A morena olhou para seu noivo, que parecia tão pálido quanto, quando sua atenção caiu sobre Anthony. O Stark estava paralisado, catatônico.
Os gritos de sua mãe chamando por Howard o atordoaram, Anelise não conseguiria imaginar tamanha dor. Tony tinha os olhos vidrados na tela, e só esboçou qualquer reação quando viu James atirando na câmera de segurança e o vídeo sendo encerrado, avançando em Bucky.
— Não, Tony. — Steve o impediu antes que a situação saísse de controle, ao mesmo tempo que Anelise entrou na frente de James para protegê-lo.
— Vocês sabiam? — Tony virou-se para o louro, olhos marejados, lábios trêmulos e incredulidade estampada em seu rosto.
— Não sabíamos que tinha sido ele. — Steve não conseguiu responder, e Anelise entendia, tinha o mesmo nó na garganta.
— Não vem de enrolação pra mim, Rogers. Você sabia? — Perguntou novamente com os dentes cerrados e olhar vidrado.
— Sim. — Tony dá um passo para trás, seu queixo se projetando para cima em descrença, decepção.
De repente, Stark recoloca o capacete do Homem de Ferro e acerta um soco em Steve e um disparo no ombro de Anelise, ambos indo ao chão. Tony desviou dos tiros de Bucky, desarmando-o ao praticamente derreter sua arma com mais um disparo de energia. Ele agarra Bucky e voa pela câmara, afundando as costas do soldado no chão, ficando de pé em seu peito pronto para qualquer coisa, cego pelo ódio. Antes que pudesse fazer algo, o escudo de Steve o atinge pelas costas, distraindo-o.
Steve o empurra com o impacto de seu escudo, mas Tony tomou impulso e o lançou para trás o levando ao chão, disparando de sua armadura discos azulados que algemaram os tornozelos do Capitão. Anelise levantou-se finalmente, tomando distância e saltando até o Homem de Ferro, posicionando os pés em seus ombros e seu bastão no pescoço do Stark, dando um mortal e o lançando longe ao soltá-lo de seu aperto.
Bucky soca o Stark, que apenas o levanta com facilidade e o bate contra uma máquina, emanando o tilintar brutal por todo o salão. O Stark levanta uma de suas luvas para aniquilar James, mas este o torce para evitar o disparo, acidentalmente atingindo uma das estruturas de sustenção do andar no subsolo, causando uma explosão.
Steve consegue finalmente arrebentar suas algemas, correndo com Anelise para o nível onde Tony e Bucky são jogados, enquanto as estruturas frágeis pelo tempo despencam ao seu redor, acumulando fogo e fuligem.
— Sai daqui! — Steve gritou para Bucky quando Tony fora prensado por um destroço.
Bucky fora rápido em alcançar a única maneira que agora tinham para sair dali, abrindo uma escotilha gigantesca no topo da instalação,
— Não era ele, Tony. — Anelise conseguiu alcançá-lo antes que ele chegasse em James, apontando seu bastão para o Stark. — A HYDRA controlava a mente dele!
— Prove! — Não quis aceitar o fato.
— Não era ele! — Anelise berrou, sinalizando para Steve lhe dar apoio de base com seu escudo, tomando distancia e saltando em direção a armadura já em voo, agarrando sua bota e a destruindo com golpes desferidos com seu próprio cotovelo.
Anelise tenta, com sua mão livre entrelaçada a de Steve, alcançar a escadaria para saírem dali pela escotilha, mas Tony derruba mais destroços sobre eles. A Erskine havia sido atingida, sentindo o sangue acumular-se em sua boca, sua testa rasgar-se nas rochas e muitas lesões espalhadas por todo o seu corpo, mas não podia falhar, não podia fraquejar.
— Anelise! — Steve se esforçou em sair do entulho e alcançar sua noiva, a vendo atordoada tentando retirar uma pedra de cima da sua perna.
— Ajude ele! — A mulher suplicou, e em meio segundo permitiu-se perder nos olhos azuis de Steve, encostando suas testas antes de vê-lo correr em direção a Bucky, que havia sido interceptado enquanto saltava de plataforma em plataforma para fugir.
Steve usava seu escudo para ricochetear os disparos de Tony, mas não era o suficiente. Anelise arrastou-se para uma das plataformas, sentindo sua perna antes prensada nos escombros reclamar a medida que corria para alcançá-los. A Comandante parou e mirou seu bastão em modo lâmina, atingindo em cheio uma das partes importantes do traje de Tony, comprometendo sua integridade e o derrubando alguns andares abaixo.
— Ele não vai parar. — A mulher grasnou quando chegou ao seu noivo e Bucky.
— Vai. — Steve o ajudou a levantar, sinalizando com a cabeça para que fugisse escalando as plataformas.
O Rogers então saca de seu uniforme um aparelho que o amarraria a Tony, agarrando a cintura de Anelise e pulando no vão das escadas, o arrastando sem delicadeza alguma de volta para baixo. A Comandante, ao lançar sua lança, tentava recuperá-la no andar mais baixo, dependendo apenas de sua força física.
Os três aterrizaram, e Steve tentou acertar o Stark com seu escudo, o que falhou e o levou a perder sua arma também. Tony tirou seu capacete danificado por Anelise e fechou um de seus olhos, mirando na dobradiça de abertura da escotilha. Ele dispara e atinge a peça gigante que explode, cortando a rota de fuga de Bucky.
James é alcançado, mas se joga com Anthony da passarela, quando Steve e sua noiva se juntaram a queda. Bucky pousa em uma plataforma enquanto Tony, Steve e Anelise pousam no chão de concreto, onde haviam antigos espaços para ventilação, com neve se acumulando. A mulher sentia dor por todo lado, sangue escorrendo de alguns cortes em seu rosto e corpo.
Forçou-se a ficar de pé, desarmada, ao lado de seu companheiro.
— Isso não vai mudar o que aconteceu. — Steve disse ao amigo.
— Eu não ligo. Ele matou minha mãe. — O Stark volta a atacá-los.
Enquanto lutavam, Bucky pega o escudo do Capitão América e o bastão da Comandante e salta para baixo para ajudar. Enquanto os três Super Soldados lutam com o Homem de Ferro, o escudo e o bastão mudam de mãos entre eles até que Tony consegue derrubar Steve e atingir Anelise na cabeça. Possesso, Bucky luta para manter a armadura presa a parede de concreto enquanto tenta afundar seus dedos de metal no núcleo no centro do traje, quando um feixe de energia é liberado por este o forçando a recuar, resultando no braço de metal completamente destruído e um Bucky finalmente nocauteado.
Anelise pouco enxergava com o borrão cobrindo sua visão. Tudo parecia devagar, caótico demais para acompanhar. Viu o lugar iluminar-se quando Tony disparou diretamente contra o escudo do Capitão, viu quando o Stark o havia derrubado definitivamente, e sabia que era hora de agir.
Antes que Anthony pudesse terminar o trabalho, Anelise o atingiu com um choque de alta voltagem pelas costas, agarrando o tronco metálico e, num impulso com suas pernas, o jogando com violência contra a parede de concreto. Dividiu sua lança em duas e avançou no Homem de Ferro, desferindo golpes frenéticos contra o aço de seu traje que a cada acerto era mais danificado.
Anelise não mais ouvia ou percebia algo ao seu redor, apenas sentia o tilintar dos metais se chocando loucamente. Perdera uma das metades e se livrou da outra, o atingindo só com seus punhos, sentindo o sangue escorrer dos nós de seus dedos a medida que o metal era amassado e destruído. A mulher o estava desmontando, peça por peça.
Seus dedos de marfim afundavam o aço, seus joelhos se chocavam contra o estômago de Stark protegido pela armadura, quando de repente, parecendo ler seu padrão de luta, Tony revidou. Ele agarra o punho de Anelise e a arremessa para longe, a atingindo com um disparo no abdômen e a laçando para trás. Anelise tentou manter-se pelo ou menos meio ajoelhada na frente de Steve e Bucky jogados ao chão, sangue manchando seu rosto.
— Ele é meu amigo. — Ofegou.
— E eu era. — Anthony dá um soco em Anelise e a joga de volta em direção às lacunas na parede, a vendo tossir e cuspir o líquido vermelho viscoso. — Renda-se. Aviso final.
Anelise lutou para levantar, primeiro as pernas, depois o tronco e enfim seu rosto ensanguentado para olhá-lo nos olhos, espalmando sua calça e limpando o sangue respingado da estrela em seu peito, erguendo os punhos.
— Posso fazer isso o dia todo. — A mulher enxugou o sangue que escorria por seu nariz com o dorso da mão, e antes que Tony a atingisse com mais um disparo, Steve agarra sua perna e o Stark gira, chutando-o na cara.
Anelise corre, agarra o Homem de Ferro por trás o levantando sobre a cabeça, jogando-o para baixo. Conseguiu mantê-lo no chão com um soco em seu rosto, retirando sua máscara a força e, juntando as peças de seu bastão, atingindo o núcleo de sua armadura várias e várias vezes, com a ponta plana e descontrole brilhando em seus olhos, já tendo desativado a armadura. Tony pareceu horrorizado e cintilou com medo para Anelise, que respirava pesado entredentes.
Anelise tremeu, fechando os olhos cansados e deixando seu corpo estatelar-se no chão, o bastão ainda fincado na armadura sem chegar ao corpo de Tony. Steve havia levantado com dificuldade, arrastando-se até sua noiva com desespero ardendo em seu coração, a vendo de olhos fechados com sangue escorrendo por seu rosto. A ajudou a levantar, vendo-a criar forças para arrancar seu bastão do peito do Homem de Ferro, que rolou dolorosamente para o lado.
— Esse bastão não pertence a você. Nem esse escudo! — Tony viu Steve ajudar Bucky a se levantar também, o deixando seguir sozinho já que Anelise estava mais debilitada. — Vocês não merecem isso. Meu pai fez essas armas! — Os dois pararam, se entreolharam e deixaram suas respectivas peças para trás.
Anelise fraquejou ao caminhar, deixando sangue escapar por sua boca a medida que tentava exercer qualquer função de seu corpo. Steve, mesmo fraco e machucado, a pegou em seus braços e partiram juntos.
Naquela luta não haviam vencedores.
E, finalmente, estamos chegando ao fim de Guerra Civil!
Até a próxima!
⍟ ✵
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