Jasmim?
ARTHUR CEVERO ON
Já faz algum tempo que Thiago foi até a casa de Elizabeth e que César ligou para Joui, até agora não tenho resposta de nada de nenhum dos dois. Espero que Joui aceite o convite para jantar com César, isso seria ótimo! Assim eles resolveriam esse clima estranho entre eles e a equipe E voltaria ao normal.
Saio do banheiro já de banho tomado caminhando até meu guarda roupa, não faço ideia do que vestir. É só um jantar na casa de um dos maiores atores brasileiros de todos os tempos, qual a chance de Arnaldo Fritiz achar que sou um bandido e me expulsar da casa?
*Ele vai me achar um mostro...* Penso me encarando no espelho, a grande cicatriz sempre foi um encomodo para mim, não só por estética mas é algo que nunca vou poder esquecer, está cravado em minha face e em minha memória...
Escuto batidas na minha porta e logo em seguida Ivete a abre.
- Vai ficar ai de roupão guri? Não vai se trocar? - Pergunta a mais velha - Ei... por que está chorando Arthur? - Ela me pergunta preucupada. Noto que lágrimas estão escorrendo pelo meu rosto, as limpo rapidamente respirando fundo.
- N-nada... eu só não sei o que vestir - Comento pegando um terno que nunca havia usado antes - Que tal esse? - Pergunto esperando sua aprovação.
- Por que vai de terno? - Pergunta Ivete curiosa - Cê nem gosta de usar isso guri.
- Eu sei mas -- Paro a minha frase ao ouvir uma buzina de um carro próximo ao bar, olho pela janela de meu quarto e vejo uma jovem de cabelos curtos vestida com uma peça de vestido colado de mangas longas e cor preta,um belo corte V em sua frente destaca o visual, brincos de prata acompanhado com uma pequena corrente de prata em seu pescoço complementam o look da jovem. Encaro a mulher forçando minhas vistas, não era Elizabeth. O carro não parecia ser de Thiago além da jovem ser muito mais baixinha que a Webber,espera...
Baixinha?
Cabelos curtos?
Aghata...?
*Aghata?!* Penso boquiaberto.
- Vai babar ai guri - Comenta Ivete se aproximando da janela - Quem é aquela guria?
Abro um largo sorriso enquanto procuro apenas uma bermuda para descer e comprimentar a jovem Aghata. Saio do meu quarto e desço as escadas rapidamente, assim que a morena me vê ela adentra no Bar junto ao César que, ao contrário dela, parecia tristonho.
- Aghata! - Exclamo a abraçando, um cheiro doce adentra em mimhas narinas, como ela estava linda. - Nossa Aghata... você está - Penso em uma única palavra para descrever como a morena estava.
- Gostosa, eu sei - Comenta Aghata orgulhosa de si mesma - Eu demorei horas pra colocar esse vestido mas até valeu a pena né? - Comenta a menor sendo interrompida por um homem que bebia em uma mesa ao lado.
- Nossa, e como valeu heim - Ele comenta encarando a jovem dos pés a cabeça - Vem sempre aqui gatinha? - Ele pergunta.
- Na verdade não, eu passo a maioria do tempo na cama da tua mãe o seu arromb-- interrompo Aghata bruscamente a impedindo de terminar a frase.
- Aghata! Não pode colocar a mãe dos outros nas conversas sempre que tem oportunidade - Repreendendo a mesma que me olha indgnada.
- Esse esquisitão ai que tá fazendo pergunta idiota! - Reclama a menor - Por que quer saber? Toma conta da sua vida que cê ganha mais, ok? - A morena sobr as escadas irritada, a acompanho encarando seriamente o homem que voltou a beber sua cerveja.
- Nossa que cara escroto do caralho, nem disfarça que quer da pra mim, nossa odeio homens! - Reclama Aghta adentrando em meu quarto.
- Nossa Aghata, nem todo homem pensa com o... - Paro por um segundo - Bom, não pode generalizar toda a raça dos homens.
- Poder eu posso, já faço isso. Só há poucas excessões, como você e o Hugo. - Explica a jovem mudando de assunto logo em seguida - Bom, e essas roupas na sua cama? Qual vai vestir?
- É esse o problema, vai acontecer um jantar na casa dos Fritiz, não sei bem o que é mas --
- Eu sei, uma comemoração do namoro da Bea e o outro cara lá, aquele hétero top. - Explica a menor - Erin me chamou para acompanhá-la, ela não quer ficar de vela.
- Ah que legal que você também vai Aghatinha! Agora, pode me ajudar com qual roupa devo usar? - Peço ajuda a morena que aceita escolhendo algumas peças.
Um tempo se passa e recebo uma ligação de Thiago que informa que já está a caminho do bar novamente,graças a ajuda de Aghata eu já estou pronto! A morena disse que uma calça jeans preta acompanhado com uma camisa social de botões é uma boa escolha para um jantar formal. Confiando plenamente nas roupas escolhidas pela menor desço as escadas e logo avisto César que conversava com Ivete próximo ao balcão.
- Oi gente! Como foi o convite César?? Ele aceitou?? - Pergunto curioso.
- Ele disse que vai... - Comenta César, ele parece pensativo.
- Então por que está com essa cara? Como fez o convite?
- Não teve convite, ele já estava convidado então a gente só vai se encontrar lá mesmo - Explica César observando o gelo de seu drink derreter.
- Ah, que bom então! Toda nossa equipe reunida para um jantar, vai ser muito legal! - Exclamo animado. Minha animação aumenta ao ver Thiago adentrando no bar junto a Elizabeth que vestia um belo vestido vermelho que mostrava suas costas, havia um belo e delicado pingente de ouro em seu pescoço, seus cabelos estavam soltos o que era uma grande surpresa para todos.
- Nossa, não é que a véia sabe ser gata quando quer heim gente - Brinca Aghata escorada no balcão.
- Velha é a tua vó Aghata, e obrigada, você também está linda - Comenta Elizabeth indo até Ivete comprimenta-la.
- Também vai Aghata? - Pergunta Thiago a menor.
- Vou, Bea me convidou - Explica a mesma.
- Ah sim, legal. - O Fritz olha para César que bebia pacificamente seu drink. - Bora se arrumar então Cesinha? Só falta a gente.
- Vamos - Comenta César se levantando.
- Vambora! - Exclamo animado - Uma boa noite está a espera da equipe E!
- Tem toda razão meu querido - Comenta Thiago caminhando até o carro.
- Divirta-se criança - E não esqueça de voltar ainda hoje viu Arthur, tu precisa me ajudar com o bar depois - Comenta Ivete se despedindo de todos.
- Ok mãe! Tchauzin! - Exclamo adentrando no carro, todos e Thiago dá a partida no carro.
No caminho Aghata me perguntou curiosa sobre o que Ivete estava falando.
- Cê é curiosa heim Aghata - Reclama Elizabeth.
- Sou mesmo, agora responde ai Arthur - Comenta Aghata olhando para mim.
- Não é nada demais, vai acontecer um show daqui a alguns dias lá no bar, inclusive, todos estão convidados ok? Não faltem se não perderão o melhor show da suas vidas! - Exclamo sorridente, esperei muito para viver shows como esse que está por vir.
- Show? De quem? - Pergunta César deixando seu celular de lado um pouco.
- Um show exclusivo dos Abutres! Toda minha família vai estar lá, Gregório vai cantar e finalmente vão conhecer vocês!
- Espera sério?? - Pergunta Aghata não contendo seu sorriso - Tipo, o Brulio vai vim também??
- Claro que sim!
- Desde quando isso é nada demais Arthur! - Exclama Aghata - Sério gente, vocês não podem de forma alguma perder isso. Juro que vai ser muito foda, foda mesmo! - Explica a menor empolgada.
- Estarei lá Athur, vou beber horrores - Comenta Elizabeth.
- Novidade - Resmunga César.
- Disse algo César? - Pergunta Elizabeth se virando para o moreno.
- Falei nada não Liz - Mente o moreno não querendo levar uma surra da joven.
Alguns minutos se passam e um nervosismo paira no ar, nunca tive a oportunidade de conversar com Arnaldo Fritiz, e se ele não gostar de mim? Eu vou ter que deixar de conversar com Thiago e com Dante por isso?? Talvez isso não dê certo.
- Ei Arthur? - Ouço Aghata me chamando. Noto que o carro já está estacionado frente a casa de Thiago. - Vai ficar ai dentro?
- Hm? - Murmuro saindo de meus pensamentos, saio do carro e vejo César caminhar até sua casa. - Migo? Onde vai?
- Vou me arrumar rápidinho - Explica César - Podem ir, eu já já entro. - Comenta César entrando em sua casa.
Olho para a porta da casa de Thiago e sou recebido alegremente por Bea.
- Bem vindos! Obrigada a todos por sua presença! Podem entrar e ficar avontade - Comenta Bea animadamente.
- Tem certeza? Avontade mesmo? - Pergunta Aghata brincando com a situação,bom, talvez ela não esteja brincando tanto assim.
Entro na grande casa e assim como os outros eu em sento na sala esperando Thiago acabar de se arrumar. Um tempo se passa e vejo Erin,Tristan e Joui entrarem na casa.
- Fala ae guys! - Exclama Erin sorridente - Aghatinha cê tá um pitel heim - Comenta a ruiva abraçando a menor.
- Eu sei, eu sei, fazer o que né? Eu aguento esse fardo de ser perfeita - Brinca Aghata comprimentando Erin com um abraço.
- Oi gente - Ouço Joui nos comprimentar, o asiático está com uma camisa social e calças jeans cor preta. - Liz senpai você está linda! - Comenta o asiático sorridente.
- Valeu Joui, você também tá lindão meu querido - Comenta Elizabeth o comprimentando.
- Eu também quero abraços! - Exclamo abraçando os dois.
- Haha oi Arthur, como está? - Pergunta Joui me abraçando.
- Bem, melhor agora haha - Digo animado, vejo saindo da cozinha Dante, vestindo um blusão azul marinho com uma calça branca. O loiro olha de relance para mim e acena levemente, caminho até o mesmo para comprimenta-lo.
- Oi Dante! - Exclamo fechando o punho pronto oara fazer nosso toque especial. Vejo o loiro me encarar confuso até se lembrar do toque.
- Ah,oi Arthur - Comprimenta Dante fazendo o soquinho, não consigo evitar minha alegria ao ver que ele se lembra - Fiz certo não fiz? - Pergunta o loiro.
- Fez sim haha - Digo empolgado, vejo Arnaldo a distância caminhar até mim, fico tenso assum que noto que o mais se aproxima de mim.
- Olá Arthur, bem vindo - Comenta Arnaldo com um sorriso receptivo no rosto - Como está? Precisa de algo?
- Estou bem Senhor, obrigada mas estou bem - Digo tentando soar o mais natural possível, mas acho que era visível meu nervosismo.
- Está bem mesmo? - Pergunta o mais velho me olhando confuso. Apenas afirmo com a cabeça. - Ok então, bom fique avontade ok?
Vejo o senhor caminhar até Elizabeth, noto que o mais velho estava de pantufas e conjunto simples de moleton. Encaro a situação, vejo o nervosismo no olhar de Elizabeth, por que todos estão nervosos em conhecer Arnaldo? Bom, talvez por que sua família é extramamente importante, não em questão de dinheiro ou reconhecimento mas sim por ser pai de Thiago, não quero que ele me ache sei lá...
Estranho.
- Arthur? - Ouço Dante me tirar de meus pensamentos.
- Hãm? Ah, oi Dante. - Digo me virando para ele.
- Está nervoso? - Pergunta o loiro indo até a cozinha pegando alguns talheres e os posicionando em cima da mesa.
- Talvez... só um pouco... - Digo o acompanhando - O que você acha que ele acha...? Tipo, sobre mim... - Pergunto coçando minha nuca tentando parecer menos desconfortável possível.
Essa sensação é tão estranha, eu nunca me considerei o esquesito da turma, até por que minha turma sempre foi igual a mim, estilos, músicas, somos uma grande família! Eu gosto de ser quem eu sou, mas e se isso encomodar os outros?
Se encomodar o Dante?
- Athur...? Tá me ouvindo? - Pergunta Dante me encarando confuso. - Tudo bem Arthur?
- Tô, desculpa Dante, eu não ouvi o que você disse...mas não foi mal, desculpa... - Digo cabisbaixo.
- Desculpa pelo o que Arthur? Tudo bem, eu só havia perguntado de quem extramamente estávamos falando - Explica Dante calmamente, seu tom de voz nunca muda, é tão sereno...
- Do seu pai... será que ele gostou de mim? A primeira impressão que ele deve ter de mim não foi uma das melhores, com aquele lance na Nostradamus... - Explico olhando para a sala onde estava o homem de pantufas que conversava com Elizabeth e com César que havia acabado de entrar na casa.
- Está preucupado com isso Arthur? - Pergunta Dante arrumando pela segunda vez o mesmo talher de prata - Olha, não precisa se preocupar com isso, Arnaldo é um bom homem e nunca te julgaria sem conhecer--
- Então assim que ele me conhecer ele vai me julgar?! - Pergunto interrompendo Dante com certo desespero - Ai não, e se achara que eu gosto de coisas erradas? E se ele me achara um delinquente?? Um bandido?? Um mafioso?! Meus Deus e se ele chamar a polícia?! - Digo imaginando vários cenários de como esse jantar pode acabar mal.
Eu serei preso e nunca irei realizar meu sonho de ser uma estrela do rock, atrás das grades eu nunca mais vou ver meus amigos ou a Ivete....nunca mais vou tocar guitarra!
- Arthur, se acalme haha - Vejo Dante me encarar com seu sorriso meigo, o som da sua risada é como uma doce melodia...
*Espera...que comparação estranha foi essa*
- Não se preucupe com isso Arthur, você não tem que achar que vão chamar a polícia pra você, todos sabemos que você não meche com nada de errado - Comenta Dante me acalmando - Mafioso, você é engraçado haha.
- Sou é exagerado, isso sim - Digo olhando para a sala onde César comentava algo sobre os personagens de RPG.
Ainda não acredito que vamos jogar uma sessão de rpg, todos juntos jogando D&D! *O que pode dar errado?* Penso olhando para todos da sala que criavam suas fichas animados, vejo Aghata no canto da sala com um sorriso maléfico enquanto conversava literalmente, sozinha.
*Ela tá criando planos diabólicos para matar todos da mesa, aposto* dou de ombros avisando o nome do meu personagem para César anotar em minha ficha.
- Quero que seja Rafael! - Digo animado, sempre achei Rafael um nome muito bonito.
- Que nome paia - Resmunga César.
- Falou o Calango, nome paia é o seu rapaz - Comenta Elizabeth tirando sarro do nome que César havia escolhido para seu personagem.
- Calangos são legais! - Exclama César indgnado.
*Espera, pode nome de bicho? Oooww eu quero ser um guaxinim!* Penso indo até a sala.
- Eu quero ser um guaxinim então! Rafael...o guaxinim! - Digo anotando as informações sobre meu personagem em um papel, noto a presença de Dante que se senta ao meu lado que me observa enquanto eu crio meu personagem.
- Não vai jogar Dante? - Pergunto ao loiro que dá de ombros.
- Hm, acho que não. - Ele comenta.
- Por que? - Pergunto - Vai ser legal Dante! - Digo tentando o convencer de participar.
- Tu vai jogar sim, não te dei escolha de nada não querido - Brinca Thiago entregando uma ficha para seu irmão - Coloca ai um nome bacana, de preferência um normal ok? - O Fritz encara todos os outros da sala, não faço ideia de onde todos tiraram suas inspirações para os nomes mas de fato não são nada normais, mas não é por isso que não são bons!
- Qual nome tu vai colocar o loirinho? - Pergunta Aghata curiosa.
- Loirinho? - Pergunto tirando a atenção do papel.
- É, ele é loiro então... - A jovem para a frase pensando por um segundo - Espera, você é loiro de verdade não é? - Pergunta Aghata desconfiada.
- Sim. - Responde Dante escrevendo em sua ficha - Pode ser qualquer nome não é? - Ele pergunta me mostrando o papel.
- Dante? - Pergunto olhando para a ficha do loiro, era esse o nome do personagem.
- Sim?
- Não você, digo é você mas... - Fico confuso com minhas próprias palavras - Vai ser esse o nome do seu personagem?
- Posso me inspirar em outros personagens, não posso? - Pergunta o loiro. Confirmo com a cabeça e vejo o mesmo dar de ombros.
- Então vai ser esse nome mesmo, Dante. - Explica o loiro abrindo espaço para Arnaldo se sentar também no sofá.
- Dante? Do livro a Divina Comédia? - Pergunta Arnaldo.
- Sim, esse mesmo. - Afirma Dante.
- Ah esse livro é demais! - Exclama Bea - Pena que você não lê mais ele para mim - Ela resmunga fazendo uma expressão triste.
- Sem drama Bea, você já está grande demais pra histórias para dormir - Explica Dante calmamente.
- Não tô nada! - Exclama Beatrice - Você só quer saber do Arthur agora, hum.
- Eu? - Pergunta o loiro se fazendo de desentendido.
- Você mesmo, ou melhor, vocês! - Ela aponta para mim e Dante. - Você só sabe sair com o Arthur, ficar em ligação com o Arthur, e quando não estão se falando você tá pensando nele que eu sei! Hum, eu também existo Dante! - Exclama Bea de cara emburrada.
- Pensa nele? - Pergunta Thiago encarando o loiro. Um silêncio paira no ar por alguns segundos, segundos que pareciam horas, horas que pareciam dias e dias que pareciam... espera, pensa em mim? O Dante pensa em mim?
- Hm? Bea não sabe o que fala Thiago, ela mesma não pode falar nada já que desde que começou a namorar esse garoto não vive mais sem ele - Explica Dante encarando Tristan que parecia estar boiando no assunto.
- Esse garoto tem nome Dante, é Tristan o nome dele! - Comenta Bea segurando a mão do mesmo.
- O que tem eu? - Pergunta Tristan voltando a realidade ao ouvir seu nome - Eu fiz algo?
- Não, você não fez nada - Comenta Bea - É só o Dante sendo um chato mesmo.
- Ok Bea, ok. - Comenta Dante se levantando - Vou pegar água, alguém quer algo da cozinha? - Ele pergunta se virando para os outros da sala.
- Me trás um pouco de água para mim também Dante, por favor - Comenta Arnaldo jogando alguns dados na mesa - Puts, extremo de novo! Seu personagem tá ficando forte heim Aghata - Comenta o mais velho ajudando a menor a criar sua ficha.
- Hahaha serei indestrutível! - Exclama Aghata com uma risada maléfica, isso me preucupa levando em consideração que em sessões passadas ela matou todos da mesa em poucas horas.
- Lembra que a gente vai ser uma equipe no jogo, ok Aghata? - Digo tentando acalmar a menor.
- O que? Ah sim, sim. Equipe. - Comenta a mesma não tirando seu sorriso no rosto, um sorriso um tanto quanto sinistro.
- E equipes não matam uns aos outros, ok Aghata? - Digo novamente.
- Arthur, eu sei o que significa uma equipe, fica tranquilo migo.
- Ok... - Digo ainda a encarando desconfiado, me levanto indo até a cozinha onde Dante voltava com um copo com água em mãos. - Quer ajuda com algo Dante?
- Não precisa Arthur - Explica o loiro - Mas obrigada de qualquer forma. - O jovem volta a sala entregando o copo para Arnaldo que depois de beber entrega novamente para Dante.
- Sobre o que a Bea falou... - Comento interessado no assunto, Dante saiu de sua zona de conforto e escutou Guns Roses por mim, talvez eu possa fazer o mesmo e ler essa tal Divina Comédia, assim comversamos sobre isso também! É, é uma boa ideia.
- Bea não sabe o que diz Arthur, isso de pensar em você toda hora não é verdade - Explica Dante com certo nervosismo.
- Ah relaxa Dante, não é sobre isso - Digo o tranquilizando - Eu quis dizer sobre o livro, sabe? O que você lia pra ela.
- Ah... está falando da Divina Comédia? - Pergunta o loiro, afirmo com a cabeça e o jovem volta a falar - Bom, não tínhamos muitos passa tempos quando pequenos, Bea nunca teve a leitura como uma atividade favorita mas essa livro em particular ela gostava bastante então eu lia para ela - Explica Dante observando sua irmã na sala - Tempos agradáveis - Ele comenta guardando o copo.
- Hoje em dia vocês não fazem mais isso? - Pergunto para o mesmo.
- ah, não muito. - Ele responde - Ela realmente gosta muito do Tristan mas eu não consigo confiar muito nele, então prefiro ficar longe dos dois, evitar brigas é sempre uma boa ideia...
- Não confia nele? - Pergunto um pouco confuso, até onde conheço Tristan ele é um rapaz gente boa. - Ele é uma pessoa ruim?
- Não é isso, bom ele já foi no meu ponto de vista, ele sempre soube o quão Beatrice é emotiva... mesmo assim ele a machucou com sabe se lá qual garota. - Explica Dante - Eu só acho que eles não combinam tanto, Bea gosta de imaginar o futuro perfeito com a família perfeita, já Tristan gosta da sua liberdade e viver cada momento como se fosse o último, e é claro que não adianta eu dizer isso para Bea se não eu saio como o irmão super protetor. Não é proteção, bom em partes sim mas é mais realismo, esse relacionamento é um erro e no fundo ela sabe disso...
- Hmm, complicado isso - Digo tentando entender a situação - Bom, se é realmente um erro tudo isso Beatrice não parece se importar, sabe ela está feliz então é o que importa. Errar faz parte entende?
- Realmente faz parte, mas quando se tem noção da probabilidade de errar já é burrice, por que cometer o erro mesmo sabendo que é errado? Que é tolice e que futuramente só trará problemas... - Pergunta Dante caminhando até a mesa, paro por um tempo pensando em suas palavras e observando o loiro que arrumava os talheres novamente.
Não havia nada o que arrumar ali, tudo na mesa estava perfeito. *Por que ele está fazendo a mesma coisa toda hora?* Caminho até o loiro colocando minha mão em cima da mão do mesmo que organizava os pratos.
- Por que as vezes os sentimentos falam mais alto que a realidade Dante, e não a muito o que fazer...ignorar o que está sentindo o nunca é uma boa opção, a coisa mais linda que existe nas pessoas são os sentimentos... por que não se permitir senti-los? - Pergunto ao jovem que me encara por alguns segundos, seu olhar desce aos poucos para nossas mãos. - A mesa está mais do que organizada, relaxa um pouco e curte o jantar Dante - Aconcelho o jovem tirando minha mão de cima da dele.
- Talvez tenha razão... - Comenta Dante olhando para a sala. - Quer voltar para lá? - Ele pergunta se virando para mim.
- Hm, na real eu queria saber do que se trata o livro que vocês estavam falando - Digo interessado - É sobre o que exatamente?
- Bom... resumidamente existe um homem que está sendo guiado para o inferno, purgatório e o paraíso com a ajuda de um poeta. - Explica Dante com simplicidade, ou pelo menos tentando transmitir isso.
- Hm, pro inferno? Por que ele vai pra lá? Por que não para o paraíso de uma vez? - Pergunto tentando entender o por que primeiro a viagem ao inferno, sme dúvida alguma se eu tivesse três dessas escolhas o inferno não seria a minha decisão.
- Porque antes de alcançar o paraíso todos precisamos enfrentar os sete infernos de Dante, faz parte da vida, se paramos para pensar nisso. - Explica Dante calmamente caminhando até um corredor próximo de onde estávamos.
- É mesmo? - Pergunto o seguindo.
- Ninguém alcança a paz absoluta antes de alguns tormentos não é? Para alcançar o paraíso é preciso atravessar o purgatório e até o inferno - Explica Dante subindo as escadas - Vem comigo Arthur. - Ele me olha sorrindo para mim, não pensei duas vezes e o acompanhei.
- Mas ele conseguiu atravessar tudo? - Pergunto curioso - Como ele foi até o paraíso? Tipo, isso é possível? - Pergunto tentando imaginar uma maneira lógica para isso.
- Quando se tem uma musa consigo tudo se torna mais fácil Arthur - Comenta Dante subindo as escadas e caminhando por um longo corredor.
- Musa?? - Faço novamente outra pergunta.
Vejo o jovem abrir uma porta e adentrando no cômodo, paro na porta observando de fora o local. Era o quarto dele, bem organizado com cores claras, uma grande estantes de livros cobria metade da parede deixando a outra parte com espaço para uma poltrona com uma mesinha servindo de apoio para um pequeno vaso com aparentemente, uma orquídea.
No centro do cômodo havia um grande tapete acompanhado com uma cama também nada pequena. Tudo era espaçoso e organizado, vejo alguns discos de vinil pendurados na parede e ao lado de sua cama um antigo porém bem conservado toca-discos. Tudo estava em ordem, parecia perfeitamente alinhado, era até um pouco estranho na verdade.
- Esses são os livros - Explica Dante me mostrando três livros. - A Divina Comédia é uma grande história dividida em três partes, Inferno, Purgatório e Paraíso.
- Espera, o cara literalmente faz uma mega viagem atravessando o inferno só com seu Brother? - Pergunto perplexo, apesar se César me chamasse para dar um rolê aleatório super perigoso eu iria também.
- Haha eles não são bem Brothers, Virgílio é um poeta muito sábio e conhece muito bem a terra, ele ajudou Dante o acompanhando em toda trajetória até a chegada ao paraíso - Explica Dante me mostrando um livro relativamente grosso com uma capa vermelha - Essa é a primeira edição, os sete infernos de Dante.
- Pera oi? SETE infernos?! - Pergunto indgnado, que brisa é essa meu Deus?
- Hahaha está surpreso com isso? Na terceira edição ele enfrenta nove céus para chegar finalmente ao paraíso. - Explica Dante.
- Caramba... sete infernos de - Paro com minha frase o encarando - Infernos de Dante? - Olho para o loiro confuso que apenas sorri de forma meiga para mim dando de ombros.
- Hm, eu preciso saber de mais alguma coisa antes de ler esse livro? - Pergunto ao loiro.
- Acho que já te dei spoiler demais sobre o livro não é? - Comenta Dante caminhando até a instante - Talvez você não entende algumas palavras ou a simetria dos versos mas qualquer coisas e só me falar que eu tiro suas dúvidas.
- Simetria dos versos? -Pergunto não fazendo a menor ideia do que o mesmo está falando.
- Ah é como a história está escrita, épocas passadas as coisas eram diferentes entende?
- Uhum, saquei.
- A escrita vive mudando, novas gírias, correções de gramáticas, ela vai se adaptando conforme o tempo, é um meio de comunicação que nunca para de crescer e evoluir... - Explica o jovem foleando um livro de capa vermelha com detalhes em dourado.
- Você escreve Dante? - Pergunto notando a firmeza com que o loiro falava.
- Um pouco, mas é coisa boba mesmo - Comenta o loiro com timidez - Quem sou eu perto dos maiores escritores do mundo...
- Oras, talvez você seja um! Se eu vou ser uma super estrela no futuro por que você não seria um super escritor? - Pergunto com determinação - Se você quer, você faz! E se não der, pelo menos tentou fazer algo, entende o que digo Dante?
- Entendo...em partes. - Ele explica - Todo adolescente quer seguir seu sonho, ganhar muito dinheiro e orgulhar a família...mas normalmente esse sonho além de gastar tempo gasta muita energia o que acaba resultando em um fracasso. Um jovem sem emprego, sem dinheiro, sem família.
Encaro o mesmo por algum tempo que ao notar que eu estava o observando se pronuncia novamente:
- Não estou dizendo para não sonhar Arthur, não me leve a mal por favor, eu só estou comentando sobre as probabilidade de um sonho adolescente dar errado, porque geralmente eles dão. Entende?
- Não entendo, qual o problema de sonhar? E qual o problema de lutar para realizar um sonho? Olha, antes um adolescente frustado por não conseguir realizar seu sonho DE primeira. - Destaco esse ponto já que sinceramente, todos não temos apenas uma chance na vida, podemos tentar mais vezes se quisermos! - Antes isso do que um jovem formado em administração que claramente não queria ser formado em administração, já reparou que a maioria dos jovens que não sabe o que quer da vida escolhem a primeira faculdade que vêem na frente? Talvez até por pressão dos pais eles escolhem algo que não querem ser! - Digo indgnado.
- Isso acontece bastante, mais do que imagina Arthur - Explica Dante.
- É verdade, e isso é uma droga! Poxa, trabalhar já não é lá a coisa mais divertida do mundo, principalmente aqui nesse país, agora imagina trabalhar em algo que você não gosta, em algo que você nem se quer teve escolha de dizer sim ou não por que as circunstâncias não te deram escolha! Não tem coisa mais triste do que um mecânico que tinha um sonho que ser artista, mas acabou tendo que virar a porra de um mecânico! Cadê a graça de trabalhar em algo totalmente diferente da espectativas que você criou desde jovem poxa... - Comento suspirando pesadamente, tenho tanto medo de não me esforçar o suficiente ou só ter o azar de não dar certo na música e acabar assim, trabalhando em algo que eu não goste sem escolha alguma de querer ou não.
- Talvez um dos muitos problemas que temos e criar espectativas demais sobre tudo, querendo ou não a realidade vem um dia - Comentar Dante se sentando em sua cama. - Eu não crio mais espectativas de nada, apenas existo.
- Não tem sonhos para a vida adulta? - Pergunto ao loiro.
- Não,talvez eu nem chegue a vida adulta Arthur. - Explica o loiro me fazendo preucupar com que ele mesmo disse.
- Não fala isso Dante! É claro que você vai chegar a vida adulta, a gente vai fazer faculdade e cumprir metas de vidas, como... - Penso em uma boa meta de vida - Ir em um show dos dragões metálicos e fazer ele autografar em nossas testas!
- Haha isso é uma meta? - Pergunta Dante.
- Ah vai dizer que não quer? - Pergunto o provocando, vejo o jovem reprimir os lábios olhando para o nada pensativo.
- É, quero sim. - Ele afirma - É uma ótima meta de vida. - Comenta Dante concluindo.
- Então vai ser a nossa meta! Vamos a um show dos dragões metálicos! - Exclamo feliz em finalmente ter mudado de assunto, eu e Dante temos definitivamente visões diferentes do futuro mas isso não é ruim, é até interessante ver o ponto de vista de outra pessoa.
- Vamos sim - Afirma o loiro me entregando livro Divina Comédia - Certeza que vai entender sobre o livro? Temo que ache desenteressante por causa simetria dos versos. - Explica Dante - Mas é um ótimo livro na minha opinião.
- Se você falou tá falado haha - Digo pegando o livro de suas mãos - Qualquer coisa eu te ligo se não entender sobre o livro, possivelmente sim já que sou meio burro haha.
- Você não é burro Arthur, o livro e realmente complexo - Explica o loiro tocando em minhas mãos, olho para o livro de capa avermelhada com nossas mãos sobre eles, as brancas e delicadas mãos de Dante, eram frias,eram macias, eram...
*O que está pensando Arthur?*
Tiro minhas mãos deixando apenas a do loiro segurando o livro, a cada dia que passo com Dante as coisas vem ficando mais estranhas dentro de mim mas por algum motivo essa estranheza que só cresce não me emcomoda de fato, talvez isso seja bom então...?
- Por que não fazemos assim, nos dias vagos você me espera no parque próximo ao fliperama e nós lemos juntos o livro, o que acha? - Pergunta Dante para mim.
- Tipo, como você fazia com a Bea...? - Pergunto o encarando, seus olhos profundos com a cor da escuridão encarvam os meus bicolores...essa sensação...de ser observado...isso me emcomodava tanto, por que com ele também não é assim?
- Sim, mas só se quiser é claro - Explica o loiro colocando uma de suas mechas loiras para trás de sua orelha.
- Claro que quero! Hamm digo, pode ser, pode ser. - Comento tentando conter minha empolgação.
- Haha está marcado então.
- Está sim!
Tive a sorte de ter um pequeno tur pelo quarto de Dante, seus discos de vinil eram de músicas clássicas, a maioria Jazz. Sua enorme estante de livros repleta de vários gêneros, havia uma prateleira apenas para poesias.
*Fofo* penso observando o loiro colocando um pouco de água para sua orquídea, a planta era cumprida e tinha pétalas brancas, de acordo com o mesmo era uma orquídea Garça Branca. O loiro comentou que era um presente dado de uma conhecida, pude imaginar que a conhecida era uma jovem que se encontrava em um porta retrato próximo de sua cama. Longos cabelos escuros, olhos semtilantes acompanhado de um lindo e radiante sorriso, Dante parecia feliz na foto, nunca o imaginaria em uma praia mas lá estava ele com a jovem garota.
*Ele namora...* Afirmo comigo mesmo observando a foto.
- Esse dia foi um tanto agradável - Ouço Dante comentar - Tínhamos saido do hotel escondido de nossos pais para respirar ar puro na praia, ainda não acredito que deixei ela me enterrar até o pescoço.
- Haha até o pescoço? Caramba Dante! - Tento segurar a vontade que eu estava de rir.
- Pode rir, foi bem engraçado - Explica o loiro pegando o porta retrato - Nessa época eu podia tirar foto sem camisa sem que parecesse um traficante aos olhos dos outros - Ele explica - Não entendo por que pessoas tatuadas são tão julgadas.
- Ah esse povo é muito careta, não sabem o que é ter bom gosto haha - Digo ao loiro - Eu tenho tatuagens por todo o corpo, nunca passei por situações complicadas por isso.
- Sorte sua, eu já - Explica Dante - Lembro quando fui com Bea ao veterinário, Orpheu estava doente, quando entrei na recepção acharam que eu ia assaltar aquele lugar e que Bea era minha comparsa no crime.
- Sério Dante?
- Uhum, as pessoas são estranhas, se gostam de julgar pela aparência por que não viu meu porte físico primeiro? Eu claramente não tenho forças para machucar ninguém - Explica Dante descendo as escadas.
- Ah mas a sua cara é de gente perigosa - Digo o provocando.
- Perigosa? Eu nem enxergo nada sem esses óculos Arthur - Explica Dante na inocência - Não sou perigoso.
- Isso é exatamente o que uma pessoa perigosa diria! - Exclamo fazendo o loiro rir.
- Hahaha ok, talvez eu seja realmente perigoso.
- Haha eu sabia! É melhor eu ter cuidado ao andar contigo - Digo o acompanhando até a sala, no cômodo já não havia ninguém, todos estavam na cozinha sentados próximo a mesa de jantar. Caminho junto com o loiri e me sento em uma cadeira.
O jantar começa e todos conversam tranquilamente, Arnaldo e Cristopher contaram suas grandes histórias de carreiro de ator,eles sempre tiveram esse sonho e conseguiram realizar! Por que eu não conseguiria realizar o meu? Tudo é possível, eu sei disso!
Estávamos todos comendo tranquilamente até Aghata fazer um trocadilho tão, mais tão ruim que eu quase morri engasgado com a carne do jantar. O trocadilho foi desnecessário, mas fez todos da mesa caírem na gargalhada, nunca tinha reparado no quão doce era a risada de Dante.
* Por que cê tá pensando nisso de novo Arthur?!* Bebo um pouco de água tentando voltar ao normal, Arnaldo estava já estava vermelho de tanto rir. É claro que Elizabeth não riu já que a piada era com seu nome.
*Liz-cença, ok essa foi boa e ruim ao mesmo tempo* penso voltando a rir novamente, César tentava conter seus risos mas ao olhar para minha cara caiu na risada, depois de um tempo recuperando o fôlego voltamos a comer, o jantar já estava quase terminando e finalmente jogariamos RPG! Tô ansioso para isso.
Depois de alguns minutos ouço Erin comentar sobre a roupa de César, não sei exatamente o porque a ruiva fez isso masfoi tão desnecessário o que ela disse que era visível o encomodo no semblante do Cohen, o mesmo levanta e caminha até a varanda junto a Thiago, Liz que já havia acabado de jantar também se levanta e caminha junto com os rapazes.
Um silêncio estranho paira no ar, decido também ficar quieto pensando o por que de Erin ter feito aquilo, talvez não tenha sido proposital.
- Então Dante, por que a Jasmim não veio? - Ouço Beatrice perguntar ao irmão quebrando aquele clima estranho.
Olho de realance para Dante que encarava seu patro pensativo, o loiro não responde a pergunta de sua irmã que olha para Arnaldo confusa. O Fritiz respira fundo e antes que falar qualquer coisa é interrompido por Dante.
- Bom Bea, a Jasmim --
- Ela não pode vim. - Comenta Dante voltando a comer.
- Por que não? - Pergunta Bea - Você disse que a convidaria Dante.
- Eu disse que veria isso depois. - Comenta Dante de forma seca, se o clima havia ficado estranho antes sinto que ele acabou de piorar.
*Jasmim?* Penso curioso, já ouvi esse nome algumas vezes mais nada que a defina de fato, ela é um parente? Uma namorada? Uma amiga de longa data?
- Depois quando? Por que ela não está aqui - Pergunta Bea novamente.
- Porque não Bea. - Responde Dante a encarando seriamente.
- Mas por que não?
- Bea, não deu pra ela vim, vamos encerrar esse assunto, sim? - Explica Arnaldo tomando um pouco de vinho.
Olho para a mesa que permanecia em silêncio, Trsitan encarava Erin que encarava Cristopher que me encarava, espera eu?
*Por que estão me encarando??*
- Mas como assim, só por que não não é uma resposta - Comenta Bea novamente - Você deixou a timidez de lado e pelo menos chegou a convidá-la Dante? Por que do jeito que você é eu aposto que --
- Bea chega! - Me assusto ao ver Dante se levantando, ele parecia bravo e triste ao mesmo tempo - Dá pra ficar quieta e mudar de assunto?
- Claro que não dá, eu me preocupo com ela, se ela estivesse aqui--
- Mas ela não está, ela não veio porque não quis vim e pronto. - Reclama Dante seriamente.
- E por que você tá mentindo pra mim Dante? - Pergunta Bea se levantando também, olho para Arnaldo que massageava sua testa.
- Meus queridos acalme se, vamos resolver isso depois, ok? - Comenta Arnaldo tentando aliviar a situação.
- Mas ele claramente está mentindo? O que aconteceu Dante? Você brigou com ela? Por que ela não vem mais aqui a meses? - Pergunta Bea novamente.
Vejo Dante suspirar impacientemente, o loiro se vira e caminha de volta as escadas.
- Dante aonde vai? Por que está indo embora? - Pergunta Bea preucupada.
- Porque você não sabe quando calar a boca - Reclama Dante subindo as escadas deixando para trás sua irmã que secava saus próprias lágrimas.
- O que falei de errado? Por que ele está mentindo? - Ela pergunta preucupada.
- Você não fez nada de errado Bea, a culpa não é sua - Comenta Tristan confortando a jovem.
- Tristan tem razão Bea, não fica assim - Comenta Erin tentando aliviar a situação.
- O que aconteceu aqui? - Pergunta Thiago voltando junto a César.
- O que o Dante tem? - Pergunta César confuso.
- Cê não prestou atenção não cara, tá surdo é? - Comenta Elizabeth.
- Tava prestando atenção em dicas de moda, dicas que inclusive, eu não pedi - Reclama César encarando seriamente Erin.
*Meu Deus por que todo mundo tá brigando entre si? * Olho para todos, subo as escadas tentando entender o que aconteceu. Então Dante brigou com essa tal de Jasmim e por isso ela não veio hoje. *Ok Arthur, é só tentar acalmar seu amigo e resolver esse problema, você consegue lidar com isso, já lidou com terminos várias vezes. É fácil* penso comigo mesmo, não é fácil. Nada fácil, mas não é impossível então não custa nada tentar.
Paro em frente a porta do loiro, penso se devo ou não bater na porta, talvez eu não deva o encomodar...deixar ele ter o tempo dele...
*O que eu estou fazendo? Eu não passo de um amigo e olhe lá dele, não posso simplesmente invadir sua vida achando que eu tenho intimidade o suficiente para isso...* Penso desistindo de bater na porta * Por mais que eu em importe com ele, é melhor eu deixar isso quieto, briga de família é algo da família*
Dou alguns passos para trás, me virando de volta para as escadas, ouço barulhos de vidro se quebrando vindo do quarto de Dante me fazendo voltar correndo para o cômodo.
*Dante!* Abro a porta rapidamente e vejo estilhaços de vidros por toda parte, a orquídea estava no chão junto com os restos do vaso de vidro. Dante estava no chão segurando a planta em meio a algumas lágrimas que caíam se misturando com a água que havia dentro do vaso, agora estava escorrendo no chão.
- Dante saía da daí! - Digo correndo em sua direção tirando o mesmo do estilhaços de vidro,o loiro não parecia se importar com os pequenos cortes em suas mãos feitos pelos cacos do vaso,seguro em suas mãos e levando para trás, encaro o loiro nos olhos preucupado. Aqueles olhos...
Aqueles olhos que me traziam tanta calmaria e leveza agora estavam avermelhados transmitindo dor e arrependimento. Essa cena não era só dolorosa de se ver, me deixava mal...me fazia querer abraça-lo e protegê-lo de toda dor que o rodeava naquela momento.
- Dante o que aconteceu...? - Pergunto preucupado.
O loiro nada disse, seus olhos estavam vidrados na orquídea branca que aos poucos se despedassava. Dante solta a orquídea deixando ela sobre o tapete do quarto, sem dizer nada o jovem me abraça fortemente.
Não tenho reação para isso, apenas o abraço de volta me permitindo sentir seu cheiro, ouvir seus murmurios, não quero vê-lo triste dessa forma nunca mais.
Ouço meu celular tocar fazendo o loiro se afastar de mim, olho para a ligação e vejo que era meu pai, encaro o aparelho por alguns segundos pensando se poderia ser algo urgente.
- Tudo bem, atende... - Ouço Dante comentar comigo secando suas lágrimas.
- Alô? Pai? - Digo atendendo o celular - Espera, hoje? Hamm...ok então, te vejo lá - Digo desligando o celular. Meu pai estava a caminho de São Paulo hoje mesmo, estava marcado para esse fim de semana mas alguns imprevistos fizeram ele e sua gangue partir hoje mesmo para cá.
- Hamm, Dante...quer conversar sobre isso...? - Pergunto receoso - Olha, nos conhecemos a pouco tempo mas qualquer coisa que quiser falar comigo vai ficar comigo ok? Pode confiar em mim, no que eu puder eu vou te ajudar...tudo bem? - Digo me aproximando do loiro.
- Tudo bem Arthur...me desculpa por--
- Não peça desculpas, está tudo bem... - Digo o confortando. - Hmm sei que pode parecer repentino mas... tá afim de sair? Conhecer novas pessoas e destrair a cabeça?
- Novas pessoas...? - Ele pergunta.
- Bom, eu conheci sua família... quer conhecer a minha? Eles estão vindo para cá, saíram do aeroporto agora mesmo. - Explico coçando minha nuca - Olha se não quiser tudo bem, eu entendo se quiser um tempo só pra você e tudo mais.
- Um tempo pra mim...o que eu mais quero agora e beber até não poder mais - Fico surpreso com o comentário do loiro.
- Isso é bom...? - Pergunto confuso.
- É. - Comenta Dante pegando uma peça de roupa - Pode avisar meu pai que eu vou sair com você enquanto me troco? - Pergunta Dante caminhando até o banheiro.
- Claro Dante, te espero lá embaixo então - Comento descendo as escadas rapidamente.
Aviso não só para Arnaldo mas a todos que vou voltar para o bar e receber minha família lá, é claro que convido todos mas Arnaldo e Cristopher decidem ficar na casa para mais uma sessão de rpg.
*Espera mais uma? Puts eu perdi a sessão! *
- Não acredito que a Aghata matou todos nós - Reclama Bea - Poxa eu tava na minha e fui a segunda a morrer!
- Meu sacrifício foi em vão - Resmunga Trsitan.
- Eu disse que ela era estranha meninow! - Comenta Cristopher olhando torto para a miniatura do boneco de Aghata.
- Não me culpem, culpem o Celbit - Explica Aghata.
- Maldito Celbit! - Reclama Elizabeth - Sabia que não dava pra confiar em alguém com o cabelo perfeito!
- Maldito cabelo! - Exclama Thiago.
- Apesar de tudo foi uma boa sessão, obrigada pela participação de todos! - Exclama Arnaldo sorridente.
- MUAHAHAHAHA, o caos é inevitável! -Exclama Aghata com sua risada maléfica.
- Aos agentes do caos! - Exclama Erin levantando o punho.
- Agentes do caos! - Exclama Aghata fazendo o mesmo que a ruiva.
*Não entendi foi nada* penso olhando as mensagens em meu celular, vejo Dante descer as escadas com um moletom preto e calças jeans da mesma cor, seus cabelos amarrados para trás em um rabo de cavalo bem feito.
*Lind-- ARTHUR SE CONTROLE*
- Arthur..? - Ouço Dante me chamar.
- Arthur! - Elizabeth grita em meus ouvidos.
- Que? Oi? Onde? Quem foi??? - Pergunto olhando aos arredores, vejo toda equipe dar risadas das minhas perguntas.
Voltei a realidade.
- Vamos então família? - Pergunta Thiago olhando para todos os jovens da sala.
- Divirtam-se! Não voltei tarde heim! - Comenta Arnaldo acenando para todos.
- Papai te ama filho! - Exclama Cristopher para César que envergonhado apenas faz estende o polegar para o mais velho.
Não acredito que finalmente vou ver minha gangue novamente! Meu pai, mei tio Gregório, meus amigoa Marcelo e Murilo. Todos juntos novamente para um show único estilo Gaudérios Abutres!
_____
Oi família do watpedd!
Tudo bem contigo? Espero que sim! Não esqueça da sua estrela!
Comente se gostou e aguardem o próximo capítulo!
Nem preciso de te lembrar de beber água, preciso?
⚠️ CAPÍTULO REVISADO MAS PODE CONTER ERROS NA ESCRITA ⚠️
OBS- Esse eu literalmente só passei o olho porque o soninho já tava batendo kskkk.
Total de palavras - 7.398.
Baey baey!
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