Carpazinha
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Mais um dia em Carpazinha se passa, e a noite era o momento mais esperado para os Gaudérios Abutres que comemoravam no bar suvaco seco, após a derrota da gangue rival os assombrados não tinha opção a não ser nunca mais pisar naquele bar, o que era uma felicidade para mim e todos da minha família
- Um brinde a nossa gangue! - Comemora Marcelo levantando uma garrafa de tequila.
- Aos gaudérios! - Exclama Murilo já embreagado.
- VENCEMO FAMÍLIA! - Exclama Gregório no mesmo estado que Murilo.
Toda aquela conversa, a música alta se mesclando com os copos brindando fazia aquele momento único. Finalmente teríamos paz daqui pra frente, as coisas estavam se resolvendo e com Carpazinha segura eu poderia focar em outras áreas na minha vida.
Não é que eu não goste da minha gangue, eles são minha família e eu os amos. Mas as vezes eu me sinto sem ar com tudo isso...
Mesmo assim, não trocaria momentos como esse por nada nesse mundo!
- Um brinde a--opa haha! O mundo tá girando Ivete! - Exclamo voltando a me sentar novamente, talvez eu tenha me movimentado rápido demais.
- Iho guri já tá locão haha - Brinca Ivete rindo da minha situação - Haha seu filho não guenta nada hein Brulio. - Comenta a gaúcha provocando meu pai que bebia tranquilamente próximo ao balcão.
- Arthur cê já tá bêbado? Guri tu não disse que ia se encontrar com sua amiga lá, aquela terrorista estranha - Comenta Brulio virando mais um shot.
Se existe alguém que aguenta sem dúvida alguma uma noite com bebidas e mais bebidas tranquilamente esse alguém é meu pai!
Essa noite está perfeita, o melhor de tudo é que ela mal começou ainda.
- Ela não e estranha pai! Ela só e diferente, ela bem que podia entrar pra gangue né não? - Pergunto com mais uma de minhas ideias sem nexo. É claro qu eu receberia um belo:
- Claro que não Arthur - Murilo me repreende.
- É, sem garotas na gangue - Explica Marcelo - elas são muito difíceis de lidar, isso vai dar problema Arthur!
- Nós já conversamos sobre isso filho, por mais legal que sua amiga seja ela não pode entrar para os Gaudérios. - Explica meu pai seriamente - Isso é algo nosso, entende?
Apenas afirmo com a cabeça caminhando cambaleando até a porta do bar
- Esse guri tem cada ideia quando bêbado - Comenta Ivete atrás do balcão.
- E quando sóbrio também, haha - Complementa Gregório.
Saio do bar na esperança de ver algum carro ou táxi, mas nem sinal de minha amiga. Ela disse que estava nesse estado junto a seu tio a trabalho, espero que ela possa me visitar como havíamos marcado hoje.
AGHATA VOLKEMANN ON
Olho para a sacada do hotel pensando em quais a chances de eu quebrar meu pescoço se tentar descer por ela. Eu prometi que veria o Arthur essa noite, tô quase surtando de saudades daquele guitarrista maluco.
Sempre tive minha opinião muito firme sobre garotos, o quão insuportáveis todos são. Sem excessão, talvez Arthur não seja um garoto... é a única justificativa para eu não ter o odiado assim que o conheci, ele é até que legal, engradado...ah o Arthur é o Arthur. Não tem muito o que dizer...
Deslizo a tela do celular pela milésima vez esperando as horas passarem com mais rapidez, eu só queria curtir uma noite com meu amigo e sua família de motoqueiros, mas passar por esse homem e convencê-lo a me deixar sair desse hotel nem que seja por quinze minutos parece algo impossível.
*Fugir não é uma opção* Olho para a sacada do hotel desistindo de tentar sair daqui. Talvez se eu pedisse educadamente para sair o mínimo que eu escuto é um:
- Vai dormir Aghata. Já está tarde - Comenta meu tio concentrado em alguns papéis que o mesmo assinava.
- Cê tá com sono não o velhote? - pergunto torcendo para ver um bocejo se quer, mas nada.
Por que ele ainda está acordado? Com certeza ele já cumpriu suas oito horas de trabalho.
- Você quer que eu tenha sono Aghata? -Pergunta o maior não tirando os olhos do livro, o mesmo para por alguns segundos me encarando desconfiado - Velho? Velho é seu pai.
- Eu vou lá saber quem é esse tal de pai aí que cê tá falando - Digo fazendo piada com a situação, é claro que ele não riu. Por que riria?
- Agatha, não vê que eu quero ler? Saia daqui e vá para a cama - Explica o homem já impaciente com minha presença na sala.
Eu e minha facilidade de irritar todo mundo. Talvez se ele se estressar ao ponto de sua pressão explodir eu possa sair do hotel com a desculpa de chamar a ambulância.
*Não é uma ideia tão ruim* Penso segurando minhas risadas.
- Ok ok já tô indo - Digo saindo do cômodo, volto novamente dando meu último comentário - PORÉM eu melhor que ninguém sei que uma noite de sono ruim acaba te deixando todo fudido no dia seguinte. - Explico seriamente - Ou seja, para seu próprio bem eu acho que o senhor deveria repousar em seus aposentos - Comento o aconcelhando olhando para a porta. A liberdade está tão perto, e se eu só saísse mesmo não ligando para nada?
Seria estranho se eu falasse que passaria a noite fora para beber com uma gangue de motoqueiros? Ele nunca deixaria. Isso mancharia sua bela imagem de empresário medito a besta.
- Agatha pela última vez, meu pai disse que não está com sono e outra, disse pra você ir para o quarto. - Ouço um jovem reclamar com longos cabelos negros andando em direção a sala, seu caminhar trazia um ar de arrogância com superioridade.
Gal Sal, filho único de Kian. O centro do universo, erdeiro de toda riqueza e fama de um dos mais importantes empresário do país.
*Da licença que o muleque se ouro tá passando* penso com deboche, não deveria pensar isso de meu próprio primo mas não entra na minha cabeça que pelo simples fato de ter dinheiro ele pode fazer o que quer.
E a tal noção? Ele não achou pra comprar né?
Me sento na sofá já desanimando de tentar sair do hotel, pelo visto mais uma noite fazendo absolutamente nada de interessante na vida, não era assim que eu esperava passar as férias.
Ou a vida.
- Esse já é o que? Quarto estado que visitamos só esse mês? - Pergunto me dando conta de como essas férias são tudo, menos férias. - A gente podia sair um pouco não é? Tipo, curtir de verdade em algum lugar - Comento me debruçando no acolchoado - Sabe, tem um bar aqui perto que é bem legal, um amigo me-- sou bruscamente interrompida pela resposta do homem.
- Aghata em nenhum momento eu disse que nos íamos curtir alguma coisa, deixei bem claro que eu resolveria assuntos importantes, vocês vieram porque quiseram- Ele explica respirando fundo.
- Mas o senhor havia tido que depois que resolvesse as reuniões em Minas nós iríamos sair um pouco,talvez possamos tomar um café ou algo assim por aqui perto - Explica Gal pensativo. Até o mesmo já estava cansado de ficar
- Eu disse? Bom, não lembro. - Comenta Kian não dando se quer importância para o que seu filho disse.
- Você disse sim - Afirmo já impaciente.
- Não me lembro dis--
- Mas disse! - Afirmo novamente.
- Eu disse também vá para cama Aghata, e você ainda está aqui. - Reclama Kian me encarando seriamente.
- Tô sem sono - Resmungo não saindo do sofá.
- Então vão para qualquer lugar que não seja aqui, eu quero trabalhar, entenderam? - Reclama o maior olhando para Gal que afirma com a cabeça.
- Podemos sair e comer alguma coisa? - Pergunta o jovem Gal a seu pai.
- Depende do quão longe é e quando voltam. - Comenta maior sem muito enteresse. - E leve sua prima junto, não aguento mais a voz dessa menina.
*Grosso* olho para o mais velho com amargura.
- Vamos até um restaurante aqui próximo comer algo, podemos? -Pergunta Gal pedindo permissão para seu pai
O mesmo olha para Gal por alguns segundos voltando a mexer em seus papéis.
- Volte antes das onze Gal - Comenta Kian abrindo a porta de seu escritório - Agora saiam logo daqui e me deixem trabalhar.
Saio do escritório junto a Gal, finalmente a liberdade! Ele até que não é tão inútil quanto eu pensei.
- Nossa Gal você é foda cara, sério eu estava a horas tentando o convencer e--
- Escuta Aghata, nem você nem eu vamos para o mesmo lugar. Não me importa pra onde você vai, eu só quero você daqui a três horas na praça da quadra aqui pert, entendeu? - Explica Gal seriamente não me deixando completar a frase.
- Acho que sim.- Digo dando de ombros.
- Como assim você acha Agatha? - pergunta o jovem impaciente.
- Porque tá me ajudando? - pergunto começando a sentir desconfiança. Afinal, é o Gal.
- Eu não estou de ajudando pirralha, eu tenho compromissos e sair com você foi a melhor desculpa que eu achei.
- justifica Gal teclando algo em seu telefone - Vamos logo, você vai pra onde mesmo? - Pergunta o moreno.
- Não disse que não importava pra onde eu iria? - Digo com um tom de deboche. No fundo, lá no fundo, no fundo mesmo Gal se importa comigo, assim como no fundo, lá no fundo, no fundo mesmo eu também me importo com ele.
- Você pode só fala logo pra onde você vai?
- Eu vou dar uma passada lá em Carpazinha, uma cidade vizinha daqui - Digo discando para Arthur, não acredito que vou vê-lo, finalmente os bons tempos estão de volta! - E você? pra onde vai? - Pergunto com certa curiosidade,que eu saiba os amigos de Gal moram em São Paulo, não aqui no Rio grande do Sul.
- Não importa pra você.
- Importa sim caralho! Eu te falei pra onde tô indo então fala você também! - Exclamo indgnada.
- Por mais que queira eu não vou falar nada pra voc-- o de cabelos negros e interrompido por um grande carro que se aproxima da entrada do hotel.
- AE GAL VAMBORA! - grita um jovem de cabelos avermelhados abaixando a janela do carro - O show vai começar já já vamo rápido caralho!
- Hey Gal, ela vai com agente? - pergunta uma garota de jaqueta de couro e cabelos curtos olhando para mim.
- Não, ela não vai Artemis. - Explica Gal entrando no carro - Vamos logo.
Noto que todos os jovens que estavam dentro do carro possuíam uma camiseta em comum com um símbolo de uma banda extremamente reconhecida por todo Brasil, bom pelo menos reconhecida entre os amantes do rock clássico.
- Ok então. - A jovem da de ombros comemorando animada - Bora para o show caralho!
- Shiu! Por que não gritam mais alto para meu pai me matar,ein? - Reclama Gal indgnado.
O carro se distancia aos poucos me deixando a espera de um táxi que eu havia acabado de pedir, talvez isso dê merda, talvez Kian descubra sobre isso e tire meu nome de seu testamento. Mas fazer o que, dinheiro não é grande coisa para mim mesmo.
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A
noite estava só começando no meu querido bar suvaco seco, como eu esperei por isso, finalmente teria paz, sem assombrados significa sem problemas e graças a Brulio e seus companheiros o bar finalmente estaria livre de todos os atos de vandalismo desses assombrados.
Essa música, essas risadas, está tudo perfeito...espero que continue assim pelo resto de meus dias, finalmente achei oq ue procurei pelas estradas de todo o Brasil.
Achei minha família.
*É claro que vai continuar assim, depois da surra que eles levaram esses assombrados não vão mais pisar em Carpazinha* penso satisfeita comigo mesmo.
O confronto não foi fácil, mas foi necessário. O que importa é que estamos todos bem e seguros.
- Ivete! Desce mais uma minha querida - Exclama Marcelo sorridente - O Murilão vai ter que pagar um shot para o vencedor haha!
- Se liga Marcelo,eu deixei você vencer na queda de braço - Resmunga Murilo pegando mais uma garrafa.
- Aham, sei - Digo o provocando, vejo Arthur passar pela porta novamente, sua tal amiga ainda não havia chegado, o que eta um grande azar para ela já que se depender desses caras a bebida acaba rapidamente - Eae guri? Ela vem? - pergunto para Arthur que se senta no balcão novamente.
- Ela vem sim, disse que viria...ela já deve estar a caminho - Explica o gaudério se servindo um pouco.
- Ela vem sim, relaxa - Digo o tranquilizando. Mesmo sabendo que a tal Aghata estando ou não ali a noite seria incrível, mas Arthur está animado com a nova amizade que ele havia conseguido finalmente fazer.
Ainda não entendo como os jovens de hoje em dia podem ser tão esnobe ao ponto de não precisar conhecer alguém para julgar e apontar, se soubesse como Arthur é educado e simpático não o trataria de forma tão diferente.
Não importa o que digam, Arthur é o que quer ser, e isso é ótimo, meu pequeno é perfeito assim.
No fundo se ouviu um som de arcorde de guitarra e leves batuques de bateria, um homem de cabelos grandes e grisalhos sorrindo de aproximou de Arthur, pegando um microfone com uma mão e estendendo a outra pra o jovem.
- Ei Arthur, bora aquecer esse palco? Mostrar pro teu pai aí como é um show estilo gaudério abutre!
- Claro! Em homenagem a nossa vitória - Exclama o menor animado com a ideia de tocar e cantar um pouco, era notável o quanto a música o acolhia de uma forma tão única.
- Um show vip só para nós, tamo chique hein! - Brinca Murilo virando mais um shot
- Um,dois, três vai! - dizem todos em sincronia fazendo um show clássico dos gaudérios,todos estavam se divertindo bebendo e dançando, Brulio era o mais bêbado porém o mais animado, dançando e cantando junto a seu filho...
Mais uma noite agradável se iniciava, saio do bar para tragar meu charuto. Vejo um carro se aproximar a distância estacionando próximo a estrada.
*Alguém por essas bandas?* Encaro o carro curiosa já que a esse horário não é seguro haver carros por essas bandas, bom pelo menos não era por conta dos assombrados e sua gangue de ladrões.
- Senhora,pode me informar se eu tô no lugar certo? Aqui é o bar suva--
Interrompo a jovem rapidamente deixando claro que para alguém da minha idade não sou considerável uma senhora.
Eu sou até bem conservada.
- Quem é senhora aqui? - Pergunto com certa indgnação.
- Ah perdão, eu não quis ofendela senhor-- digo bela dama - A jovem comenta tentando não ser tão irônica, apesar que era visível em sua entonação de voz.
*De onde saiu essa criança debochada?* Penso a encarando seriamente.
- Gosta de usar ironia,né garota? O que você tá procurando por essas bandas?-Pergunto olhando para a estrada mal iluminada e deserta .
- Um amigo me chamou pra comemorar em um tal suvaco seco, é aqui né? - Pergunta a jovem olhando para a placa - Só pra confirmar mesmo.
- É esse mesmo guria, mais acho que chegou muito tarde,Arthur e o resto já estão bêbados - Explico dando minha última tragada - Digamos que a comemoração já acabou, mas um show acabou de começar então se quiser entrar, avontade.
- É Agatha meu nome - A jovem me explica se apresentando.
- Sei quem você é - Digo para a menor - Arthur me disse algumas coisas sobre ti.
- E-eu? Olha não sei o que ele falou mas é mentira ok? - Explica Aghata com certo nervosismo - Quero dizer, se for algo relativamente perigoso ou ilegal eu com certeza não fiz - a mesma desvia o olhar com uma risada frouxa.
Não vou julgar as amizades de Arthur, já tive piores.
- Vai entrar? - Pergunto caminhando novamente para o bar, adentro no lugar e vejo Murilo e Marcelo em outra queda de braço, pra variar.
Enquanto Brulio torcia para Marcelo e Gregório para Murilo Arthur colocava sua alma para fora no canto de meu bar.
- ARTHUR NO CHÃO NÃO MANO! - Corro rapidamente em direção ao menor.
*Puta merda*
Eu nem havia encerado o chão desse lugar a dias atrás mesmo.Olho para trás procurando por Brulio que como pai deveria cuidar dessa criança.
- Sua cria tá morrendo aqui o Brulio! - Grito indgnada, o maior apenas gargalha da situação.
Noto que na porta do bar a jovem Aghata permanecia parada observando todos lá dentro bêbados porém felizes pra caramba, cantando e dançando horrores. Murilo e Gregório brigavam por uma garrafa de tequila que foi roubada por Arthur que pegou e saiu correndo em direção a porta, abraçando a jovem fortemente.
- AGHATAAAAA! Conseguiu fugir do hotel? Como saiu de lá? Precisou matar alguém? Ateou fogo em algo? - Pergunta Arthur energicamente.
- Mano cê bebeu? - Aghata pergunta parando pra pensar na resposta que era óbvia - ah esquece,já saquei hahaha.
- Por que você demorou tanto? Pergunta Arthur abraçando de novo a menor - demorou tanto pra se arrumar meu bem? Cê sabe que fica linda de qualquer forma.
*Vish começou os flertes sem sentido* Penso observando a situação, esse é o terceiro estágio de embreagues do gaudério. Amanhã ele não vai se lembrar de nada.
- Ah eu sei, acho que sei, enfim tava arrumando uma desculpa pra aquele broxa me deixar sair daquela casa .
- Ah seu tio né? Aquele tal de Kian? - Pergunta Arthur curioso.
- Esse mesmo, broxa do caralho - a menor e interrompida por um comentário totalmente desnecessário de Gregório.
- Ei!Como sabe que ele é broxa? - Pergunta o mais velho fazendo todos ali rirem .
- Sua mãe me disse - Retruca Agatha com sua ousadia.
O Bar fica em silêncio por um tempo e todos ali esperando uma briga acontecer, mais Gregório não bateria numa criança, até achou graça mas a respeito de sua mãe não riu apenas virou a garrafa e lançou uma na direção da jovem que tirou extremo na agilidade (hehe) e pegou a garrafa.
- Não devia falar tanta merda sóbria sabia? Bebe um pouco - Comenta o mais velho a convidando para beber um pouco.
- ah Gregório você que começou com graça haha - Digo rindo junto a todos - Sem falar que essa guria e assim mesmo, parece que curte se meter em briga. - Comento já entendendo o perfil dessa jovem.
- Parece? Haha não só parece, quer mostrar pra eles Aghatinha? - Pergunta Arthur para a menor que da de ombros tirando sua jaqueta vermelha mostrando um de seus braço repletos de cicatrizes, olho atentamente para os cortes profundos. Me preucupo um pouco com essa situação, não faço ideia da idade dessa jovem e nem de onde é. Mas a mesma não parecia dar importância para as próprias cicatrizes então talvez não seja nada sério.
Assim espero.
- Caralho, dormiu em cima de uma cerca de arames foi? - Pergunta Murilo descontraindo o clima, olho para Brulio que se levanta mostrando sua marca de guerra também.
É claro que ele também iria se exibir.
- Isso não e nada comparado a isso - O líder dos gaudérios exclama mostrando uma grande cicatriz na costela .
- Olha só essa!- Brinca Gregório tirando seu tapa olho esquerdo - Haha a minha é a mais foda!
- Mais foda?! Haha nunca meu querido Gregório! Nunca chega perto da minha! - Comenta Arthur mostrando um braço que apontava para onde deveria ter outro - isso sim é foda, vocês são só bebês comparado a mim hahaha!
Observo a tosca competição de cicatriz mais foda que todos começaram a criar.
* eu só não mostro a minha se não vocês choram* penso comigo mesma bebendo mais um pouco.
Então assim todos os guerreiros começaram a contar como conseguiram suas devidas cicatrizes ,todos ali viram sua vida passar pelos olhos, e isso que fizeram todos ali aproveitar a vida como nunca, lembrando para sempre de seu passado e orgulhando das histórias, Arthur não se sentia um herói, se sentia mais como um sobrevivente mais mesmo assim,apesar da perda nunca se sentiu sozinho graças a sua gangue: - AOS GAUDÉRIOS! - grita Arthur levantando uma garrafa,todos olham para ele e fazem o mesmo exceto Agatha e Ivete que se olham e brindam também:
- As gurias ! - Digo nos incluindo no brinde, podemos não fazer parte da gangue Gaudério Abutre já que é algo da família de Brulio mas isso não noa torna menos importantes.
E assim se passa a madrugada em Carpazinha, todos felizes e bêbados comemorando sua vitória.
Algumas horas depois os membros da gangue voltaram a suas casas e outros decidiram dormir ali mesmo, Arthur e Aghata ficaram sentados no telhado de um posto velho ao lado do bar. Não sei pra que tanto fogo no nariz mas os deixei ficarem lá conversando sobre variados assunto, um deles era faculdade , Agatha assim como Arthur estavam ansiosos para entrarem no 1°ano no colégio Nostradamus , Arthur iria para o 3° ano.
- Não acho que esse lance de escola e pra mim tutu - Comenta Agatha com seu amigo.
- Ah que nada Agatha, vai dar tudo certo - Comenta Arthur motivando a menor - É normal o nervosismo mais no fim tudo acaba dando certo! Sem falar que eu vou tá lá com você para qualquer coisa- Explica o guitarrista.
- Não sei não Arthur, todo mundo me acha meio sei lá ... Estranha ... Sem falar que--
- Nananinanão - diz Arthur balançando seu indicador para a jovem - Nem vem com essa de estranha Agatha, você sabe que você não é, e se for desde quando você se importa com o que os outros pensam?
Agatha você é incrível! Qualquer um gostaria de ser seu amigo, é só questão de tempo até todos te conhecerem de verdade e te acharem incrível! - Exclama Arthur olhando pra garota que encarava a estrada escura e deserta.
- Talvez esteja certo Arthur, eu sei que não vai ser tão ruim assim ... e se você vai estar lá, é o que importa.
- Claro que eu vou Agatha! Bom demorou pra eu convencer meu pai deixar eu ir pra São Paulo mais ele deixou, Ivete vai até comigo pra me fazer companhia! - Exclama Arthur animado - Agente vai virar aquele colégio Agatha! Ninguém vai impedir nossa dupla caótica.
- VAMO SIM - Exclama a garota mais do que empolgada - Veríssimo que nos ature!
- eeh! Pera quem? - pergunta Arthur
- Saim do meu telhado pirralhos! - grita um velho olhando para cima furioso como se não fosse a primeira vez que os jovens faziam isso.
- Ivete eu já te disse para controlar esses motoqueiros dos infernos! Olha só, olha lá eles no meu telhado! - O senhor indgnado reclama comigo.
- Deixa as cria se divertir haha!
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Opa rapaziada do watpedd! bão?
Bom eu queria que o capítulo fosse maior porém meus dedos doem kkjk
Espero que tenham gostado desse capítulo e agradeço a quem tá lendo
:3
Bebam água e um beeejo!
Capítulo: revisado (eu acho)
Total de palavras: 3.751
Baey baey!
⚠️✒️ Capítulo revisado mas pode conter erros de escrita!
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