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Quatro


[Paris]

A situação não estava nem um pouco boa, Congélateur, como se chamava o homem que atacava a cidade, já havia paralisado metade das pessoas que se encontravam na praça, ele transformou o lugar á poucos segundos atrás tranquilo em um verdadeiro caos.

- O que vamos fazer? Não podemos deixar que ele faça mal a mais pessoas! – Adrien coçou a nuca nervoso, tentava de todas maneiras se lembrar do que os Kwamis lhe disseram sobre as joias, mas nada lhe vinha a mente.

- Não sei! Se ao menos a porra da minha cabeça funcionasse como deveria não estaríamos sentados esperando o furacão de gelo decidir tirar férias!

- Vamos ter que agir sem eles então – Ela começou a andar mas foi segurada pelo loiro.

- Tá maluca?! Se vai se matar toda a vez que reviver então não se dê o trabalho – Ela parou adquirindo uma expressão triste – Na verdade se dê o trabalho sim, idiota – Bagunçou as mechas escuras – Só não quero que você se jogue nas garras daquele filho da puta que não tinha o que fazer e veio infernizar nosso encontro! – Ela riu – Se eu pudesse quebraria a cara dele em menos de um segundo!

- Espera... Adrien repete! – Ele pareceu confuso – Repete o que disse!

- Que eu quebraria a cara dele?

- Não! Antes!

- Qu ele é um filho da puta?

- Claro que não! Não pediria pra você repetir uma ofensa dessas!

- ENTÃO SEJA MAIS CLARA PORRA! Acha Que sou adivinho?! – Pisou no pé do rapaz com força – A-AI!

- Garras... É isso! Lembrei!

- Lembrou...?

- Tikki disse que precisávamos pronunciar frases lembra? – Ele demorou alguns segundos para entender mas assentiu para a menor assim que recobrou a memória – Se não me engano eram "mostrar as garras' e "transformar"!

- Onde estão as joias? – Ela tirou-as do bolso e entregou o anel para o loiro, logo em seguida colocando os brincos – Ok, quem fala o quê?

- Bem...

- Não sabe?!

- Vou tentar a primeira e você a segunda – Ele suspirou – Mostrar as garras!

- Transformar!

. . .

- POR QUE DIABOS NADA ACONTECEU?!

- B-Bom, talvez devêssemos falar ao contrário? Ou mais devagar?

- Não acha que teria mais sentido se trocássemos as frases? – Ela pareceu surpresa, o que o fez rir. Como ela podia ser tão inteligente e ao mesmo tempo tão lenta?

- Vamos tentar! – Trocaram olhares – Transformar!

- Mostrar garras! – Em questões de segundos seus corpos iluminaram-se, o momento foi rápido, assim que a luz cessou os dois abriram os olhos devagar acostumando-se com a claridade – Sempre tem que ter algum pirlim-pim-pim nessa merda né Ma – As palavras escaparam de sua boca quando seus olhos encontraram a azulada, imediatamente suas bochechas coraram. Ela usava um tipo de macacão com estampa de joaninha, poderia até dizer que era fofo se não fosse extremamente colado! O tecido valorizava todas as curvas que ela possuía dando-lhe de algum jeito um ar mais maduro e principalmente sexy, os cabelos presos em maria chiquinhas pareciam ser cúmplices do visual, junto de uma máscara com a mesma estampa da roupa.

- Gato...

- G-Gato? – Ele repetiu como um idiota. Surpreendeu-se quando a viu pular em cima de si – E-Ei Mari! Q-Que merda você tá fazendo?! – Se ele estava corado? Como uma pimenta! O corpo da garota imprensado contra o seu era algo tentador, a maciez, o cheiro, sabia que não aguentaria por mais tempo.

- Que fofinho Adrien! – Ela começou a passar a mão pelo corpo do rapaz, arrancando-lhe sons nem um pouco inocentes da boca – Tem até um rabo! – O sentimento perverso esvaziou-se rapidamente dando lugar a confusão.

- Rabo?! – Afastou a menor e se olhou no reflexo de um carro – QUE PORRA É ESSA?!?! – A mestiça apenas observava tudo rindo – Essa coisa é muito apertada! – Puxou o tecido – Mas o que.... TEM UMA ORELHA DE GATO NA MINHA CABEÇA!!

- E um rabo também – Completou a joaninha.

- M-Mari isso não tem graça! Essa fantasia é ridícula! Não posso sair assim na rua! – Ela parecia ocupada demais mexendo em seu Yiô-Yiô para escutá-lo – SERÁ QUE DÁ PRA PRESTAR ATENÇÃO NO MEU DRAMA?!

- Ok – Esticou a corda do brinquedo o prendendo em um edifício – Parece que os trajes nos dão mais flexibilidade e agilidade, não tanto quanto antes claro, aqui meu poder é relacionar objetos com soluções para os problemas, precisamos encontrar onde o akuma está para eu poder purifica-lo, se quiser mais informações procure no seu bastão. – Ela preparava-se para sair do lugar.

- Espera, não vai ter que beijar ninguém não é? – A joaninha apenas riu e saiu voando – MARINETTE! Puta merda, como me irrita! – Procurou pelo objeto em sua roupa e assim que encontrou e checou as informações que precisava apressou-se para encontrar sua princesa.

- LADYBUG, CHAT NOIR! Finamente resolveram aparecer! – A azulada revirou os olhos bocejou antes de partir para cima do homem – Mas o que – Ela o derrubou no chão facilmente.

- OE MARINETTE! Assim não vale! Não Vai deixar e dar nem um soco na cara dele? – Ela sorriu – Assim não tem graça Bugboo!

- Desculpe gatinho – Ele pareceu bravo com o apelido.

- Não me chame assim pelo amor que tem por mim.

- De quê gatinho? – O loiro bufou desistindo.

- NÃO ME IGNOREM! – O Akumatizado partiu para cima de Chat Noir, que desviou facilmente logo em seguida deferindo um soco no rosto dele.

- Vê se cala a boca seu desgraçado – Disse friamente – Sabe quantos anos eu não tomo um sorvete? – O homem levantou com dificuldade – Agora sim – Sorriu perverso – Vamos ver pra que serve essa coisa – Pegou seu pequeno bastão.

- Você vai congelar!! – Antes que ele pudesse acrescentar mais alguma coisa a frase o loiro apertou um botão fazendo com que a barra de metal aumentasse de tamanho, consequentemente dando na cara do akumatizado.

- Que foda! – Riu irônico – Esse troço até que é bem útil! – O velho levantou rapidamente massageando o lugar batido, logo em seguida lançou um raio em direção aos pés do loiro que não teve tempo de desviar, prendendo-se ao chão.

- Você vai pagar por isso! – Aproximou-se do gatuno, estava prestes a tocá-lo quando foi surpreendido por um ataque surpresa de uma certa joaninha – O-O que – Ele se viu preso em uma chave de braço, ela usou a distração para subir em seus ombros e apertar o pescoço do homem com as pernas auxiliada das mãos.

- Não vai me dizer que se esqueceu de mim? – Riu divertida – Acha que eu gostaria de um picolé de gato?

- EI! Sabe que posso ouvir tudo?! – Disse enraivado tentando soltar-se do gelo – Assim vai matar o cara Mari!

- É Ladybug – Inflou as bochechas apertando-o mais antes de jogá-lo com força no chão, o que consequentemente o fez desmaiar.

- Porra! – Gritou quando finalmente conseguiu se livrar do maldito cubo de gelo que o prendia – Você nem deixou eu terminar Mari! Eu só dei um soco no desgraçado! SÓ UM! – A azulada sorriu, pegou um broche que o desacordado segurava e foi em direção ao gatuno mal-humorado.

- Não fique bravo – Apertou as bochechas dele – Prometo que o próximo deixo você cuidar sozinho, ele bufou – Pode destruí-lo para mim, por favor? – Ele suspirou, pegou o broche das mãos pequenas dela e o jogou no chão – EI!

- Pronto, não queria que eu quebrasse? Vai me dizer que fiz errado? – Revirou as orbes verdes.

- Na verdade sim! – O objeto desapareceu transformando-se em várias borboletas negras, por sorte Ladybug foi rápida o suficiente para pegar todas – Se fizer assim elas vão se espalhar!

- Vai querer me ensinar a única coisa que eu sei fazer direito? – Ela o olhou irritada – Ok, Ok, desculpa.... Como faço então?

- Uma das suas habilidades é destruir tudo o que toca – s olhos do rapaz ganharam um certo brilho – Mas tem que saber como ativar isso.

- Lá vem mais uma palavra idiota! – Ela riu – Será que a gente pode falar disse depois? Não adiantar de nada agora mesmo!

- Acho que tem razão – Apertou um botão do Yiô-Yiô liberando as borboletas purificadas e incrivelmente transformando tudo de volta ao normal – Por que não aproveitamos o resto do encontro? - Ele corou, saiu andando segurando a mão da menor, ela pensou em lhe perguntar se não gostaria de desativar o traje, mas decidiu não comentar nada, afinal o loiro estava muito fofo.

Depois de finalmente aproveitarem o sorvete os dois voltaram para casa já com suas roupas normais, Marinette feliz e Adrien ainda emburrado por ter sua camisa favorita coberta do doce.

- Vamos! Por quanto tempo vai ficar com raiva de mim? – Choramingou abrindo a porta do apartamento.

- Até você comprar uma blusa nova! – Entraram no cômodo – Já disse mil vezes!

- Chato! – Ele a agarrou por trás fazendo cócegas em sua cintura.

- O que disse? – Sorriu deliciando-se com a doce risada da mestiça que mal conseguia falar por conta disso.

- Q-Que você é u-um c-chato! – Ria incontrolavelmente – P-PARA!!!

- Nem Pensar~

- P-POR FAVOR ADRIEN! – Ela já estava com falta de ar e percebendo isso Adrien a jogou no sofá ficando por cima do corpo curvilíneo da azulada. Céus! A respiração descompassada e a expressão de cansaço que ela fazia estimulou seus pensamentos mais perversos, era tão erótico! Xingou-se mentalmente, ele que havia a deixado naquele estado! Não deveria culpa-la por isso, mesmo assim....

Aproximou o rosto do da jovem, acariciou as bochechas macias enquanto observava atentamente os lábios rosados que permaneciam entreabertos por conta da falta de ar, o peito subindo e descendo rapidamente consequentemente deixavam transparecer a lingerie rosa que usava, a qual ele achou maravilhosa por sinal.

- A..dri..en..? – Chamou por ele ofegante. Não resistiu em mordiscar o lábio inferior da menor, que soltou um grunhido deliciosamente provocante.

- Vou ensinar você uma pequena lição Bugboo – Sua voz soou extremante sexy, o que contribuiu para o clima da situação, isso foi perceptível pelo arrepio que percorreu todo o corpo de Marinette.

Estava prestes a beijá-la quando o barulho de uma janela quebrada ecoou pelo lugar, os dois levantaram-se assustados, correram até o quarto da mestiça e procuraram por pistas que tivessem ocasionado o estrondo. De repente Marinette que tagarelava que poderia ter sido um gato parou de falar repentinamente, o que chamou a atenção do loiro.

- O que foi Mari? – Preocupou-se com ela quando viu seu rosto perder a cor – Porra fala o que foi!!!

- A parede – Sussurrou trêmula. As esmeraldas seguiram a direção em que as safiras estavam fixadas, em questão de segundos sua voz sumiu.

A parede rosa pastel se encontrava manchada de laranja e roxo, o desenho de uma raposa e várias borboletas tornavam tudo mais macabro. Ao lado delas uma frase.


"A morte é uma surpresa, ao menos, é claro, que já esteja morto por dentro

Cuidado joaninha, tudo o que você vê pode estar vendo pela última vez"


- Adrien... – Ela segurou as mãos do rapaz trêmula.

- Merda.... – Segurou a azulada com força – Que porra é essa...? – Sussurrou irritado.

- É a Volpina.....


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Olá flores! Sei que andei muito sumida esses tempos, mas não se preocupem por que as provas já acabaram e as férias estão bem perto! Perdoem o capítulo chato, não tive muito tempo pra escrever algo decente pra vocês, mas isso vai mudar não se preocupem! Hoje mesmo (sábado) ou amanhã no domingo postarei o capítulo seis de Skarlet Knight! E mais! Assim que terminar uma das histórias continuarei com Choices!


Um beijo pra quem quiser!

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