Myra acorda numa cama macia, leva a mão aos olhos e esfrega os olhos, tentando despertar, ela boceja log. em seguida.

- Era só um sonho - Myra murmura.

- Bom dia.

Myra se vira e vê a menininha na cama ao lado, e logo percebe que não tinha sido um sonho o que acontecerá.

- Bom dia - diz Myra a menina.

- Dormiu bem ?

- Sim, e vc ?

- Também dormi,  mas tive um sonho.

- Bom ou ruim ?

- Bom - diz a menina se sentando e ajeitando a coberta.

- Isso é ótimo.

- O café da manhã já deve estar pronto, vamos comer ?

- Vamos.

Myra e a Lucy vão até a cozinha, elas sentam na mesa.

- Bom dia meninas - diz Cassie entrando na cozinha.

- Bom dia - as duas respondem juntas.

Ally entra na cozinha atrás de Cassie e senta na mesa, e pega um pedaço de pão, e começa a passar geléia.
Myra pega o bule, e começa a despejar café na xícara.

- Myra me passa as panquecas - diz Cassie sentando na mesa e se ajuntando a elas.

Myra coloca o bule de volta a mesa, e pega o prato com as panquecas e entrega a Cassie.

- Espera... Esse pijama é meu ? - disse Ally reparando.

- Sim, é seu... Eu ia emprestar o meu, mas não serviu, e o seu caiu direitinho nela.

- Mas nem me disse nada, minha opinião.

- Ally é só emprestado, as roupas dela estavam muito sujas, precisavam ser lavadas.

- Esquece, se quiser pode ficar.

- Não obrigado, eu não quero seu pijama.

- Aliás, suas roupas já devem estar secas, vou buscar para você trocar de roupas.

- Ok.

Cassie se levanta, e sai.

- Sinto muito pelo pijama, eu achei que não fosse se importar.

- Não liga pra Ally, ela sempre acorda de mal humor - diz Lucy.

Cassie volta a cozinha segurando as roupas.

- Aqui está.

Cassie entrega a Myra, que vai até o quarto se trocar.
Cassie e Ally começam a tirar as coisas da mesa, Myra volta a cozinha já com suas roupas.

- Myra eu achei um modo de você voltar para casa, - diz Cassie - andei pesquisando ontem nos livros e achei um jeito.

- Que ótima notícia - diz Ally.

- E como eu posso ir embora ?

- Com isto aqui - Cassie entrega algo na mão de Myra.

Myra abre a mão e visualiza uma poção num frasco pequeno, e um espelho de bolsa.

- Com isso ?, mas como ?

- Com magia - disse Ally.

- Mas não tenho magia.

- Nós sabemos disso - diz Ally.

- Essa poção vai te dar magia durante um minuto, ou seja, você terá um minuto pra passar pelo espelho.

- Como eu vou passar por isso ? É tão pequeno, eu não caibo aqui.

- Novatas - Ally bufa.

- Ally pega leva com ela - diz Lucy.

- Você vai beber a poção, e vai ter magia, logo em seguida você vai abrir o espelho, ele vai ficar grande, e aí você passa por ele, e chegará na sua casa.

- Agora entendi. Então acho que é hora de me despedir... Muito obrigado por deixar eu ficar aqui.

- Disponha, até mais Myra.

- Tchau Myra - Lucy vai até Myra e da um abraço.

- Tchau Lucy.

Myra sai da casa, e caminha para floresta, Lucy e vai até a porta da casa.

- Tchau Myra.

Myra vira o rosto para trás e vê Lucy acenando dando tchau para ela.

- Tchau - grita Myra.

Myra entra na floresta, e ao entrar olha para trás novamente e vê Lucy entrando de volta para dentro da casa, Myra caminha entre as árvores, seguindo sem destino, até que as árvores chegam ao fim e um campo enorme aparece a frente, Myra vai até o centro do campo e ajoelha na grama.
Ela coloca o espelho na grama e pega a poção no bolso do vestido, tira a rolha e bebe o líquido que está dentro, no começo ela não sente nada, mas depois de alguns minutos ela começa a sentir algo dentro de si, ela não consegue explicar a sensação, mas era algo estranho manifestando seu corpo por dentro.

- Acho que já está funcionando, só tenho um minuto, então está na hora de experimentar.

Myra estende a mão e fixa o olhar nela, Myra fecha os olhos e ela começa a esvaziar a mente, e começa a pensar em magia, e na volta para casa.
Quando ela abre os olhos, as pontas dos dedos estão pegando fogo, mas ela não sente queimar.

- Funcionou.

Myra leva os braços pra trás e impulsiona para frente, e o fogo da magia vai até o espelho, e o espelho em um passe de mágica fica grande, e Myra encara seu próprio retrato no espelho, Myra coloca a mão de leve no espelho, e ele se move como se tocasse em água, alguns pássaros passam por ele e Myra se afasta assustada, mais logo se encanta e abre um sorriso no rosto.

- Você consegue, já chegou até aqui.

- Não... Você não vai conseguir.

Myra se vira para trás e vê uma mulher toda vestida de preto.

- Quem é você ?

- Ora, nunca ouviu falar de mim ?

- Não.

- Eu sou tão conhecida aqui, estranho... então você não é daqui.

- Eu...

- Não precisa me explicar, como chama ?

- Myra. E quem é você ?

- Eu sou a Rainha Preto.

- A...

Não deu tempo de Myra falar, quando a Rainha lançou sua magia contra Myra e ela saiu voando pelo ar, com uma corrente a levando, até que ela bateu as costas em uma árvore, e a árvore começou a envolvê-la, pendendo-a.

- Agora chega de perguntas - disse a Rainha caminhando até ela.

- Porque está fazendo isso ?

- Porque sou má. Agora vamos minha escrava.

- Sua o que ?

- Escrava.

- Eu não sou sua, muito menos escrava.

- Agora será, meu reino, minhas regras.

Myra percebeu que a chance de esperança de voltar para casa, havia ido embora, nunca mais voltaria, viveria naquele lugar, até o resto da sua vida.

- Antes de irmos tenho que fazer uma coisa.

A Rainha vira para trás e diminui o espelho, fechando a sua única saída.

- Não - gritou Myra.

- Agora vamos.

A Rainha jogou um feitiço no chão e uma nuvem preta começou a subir nos pés delas, cada fez subindo mais alto, até encobrirás.
A fumaça começou a sumir e Myra aos poucos estava começando a ver ao seu redor, ela percebeu que não estava mais na floresta, mas que lugar era aquele ?.
Aos mãos de Myra estavam acorrentadas, a Rainha apareceu a sua frente.

- Agora você vai descansar.

A Rainha empurrou Myra para trás, que caiu no chão, e viu uma grade cercando ela, a Rainha havido empurrado para dentro daquela cela.
A Rainha Preta fechou a cela e trancou com sua magia, e logo que a prisão já estava fechada, ela tirou as correntes do braço de Myra com um passe de magia.

- Descanse bem - Essas foram as últimas palavras daquela víbora maldita.

A Rainha saiu deixando-a naquela prisão solitária.