Myra sentiu algo cutucando-a, como se estivesse sendo picada, ela passou a mão no rosto tentando despertar do sono profundo, ela acordou e olhou do seu lado, tinha um pássaro preto, ele chegou mais perto e picou ela de novo.
Ela se levantou ficando sentada na grama, esticou a mão e o pássaro subiu em seu braço, agora ela segurava e fazia carinho, passando a mão em suas penas.

- Um novo amigo, vou te chamar de Fênix... E será símbolo de força, imortalidade e renascimento.

O pássaro olhou profundo nos olhos de Myra, e ele vôo.

- Espera... A onde você vai.

O pássaro entrou floresta a dentro, e Myra seguiu ele o mais rápido que conseguia correr, Myra não estava mais com asas, era como se ontem tivesse tudo um pesadelo apenas. O pássaro era rápido, mas ela estava conseguindo acompanhar, passando de árvore entre árvore Myra nem estava ligando para onde estava indo, ela só queria o pássaro, o seu novo amigo de volta.
Logo a frente Myra não reparou no galho ao chão,  ela acabou tropeçando e caindo, ela levantou e limpou o vestido que tinha sujado de terra, ela levantou o olhar a procura do pássaro, mas ele havia sumido, ela olhou de um lado e nada, foi para outro lado e nada, começou andar para diversos lugares a procura do pássaro, mas ele não estava mais lá.

- Fênix - gritou Myra, mas não ouve resposta.

Myra deu um giro em volta de si, e percebeu que estava perdida, que não conhecia aquela parte da floresta.

- Que lugar estou, to perdida.

Foi quando Myra ouviu um barulho de pássaro cantando, ela começou usar seu sentido de audição e começou ouvir aquele canto maravilhoso, ela começou a seguir aquela canção a levando para alguns lugar.
Logo a frente Myra começou a ouvir mais um barulho além da canção, parecia de água caindo, mas ela continuou seguindo aquele som, até que uma luz começou aparecer a frente, ela continuou seguindo até que saiu da floresta, ela parou, tinha um riacho a sua frente, e logo a cima tinha uma ponte, Myra olhou para o céu, estava tão lindo o dia hoje, e ao lado ela viu algo voando, ela reconheceu, era o pássaro, ele a ajudou.
O pássaro começou a cantar de novo como se indicasse para que ela o seguisse, ela subiu a pequena colina e encarou a ponte a sua frente. Myra pisou na primeira tábua de madeira, verificando se era seguro aquela ponte.
Myra começou a caminhar entre as demais tábuas de madeira, ela foi devagar com calma, sem pressa, de um passo a outro, ela chegou no fim da ponte, o pássaro ainda esperava por ela, ele seguiu adiante a levando de volta para dentro da floresta, Myra o seguiu, não importava o lugar que ele a estava levando, ela só queria arranjar alguma coisa para ocupar a mente das memórias que ainda vinha e assombrava do outro dia.
Myra continuou seguindo floresta a dentro, até que ela avistou uma porta, ela não entendeu o que aquilo estava fazendo no meio do nada, a porta estava entre aberta, o pássaro estava indo para a direção da porta, ela continuou caminhando até ele.
Ao chegar perto da porta o pássaro passou por ela, e um clarão surgiu, que fez com que Myra fechasse os olhos para proteger. Ela encarava aquela porta a sua frente.

Ela decidiu entrar e passar por aquela porta, ela não tinha nada a perder, então ela entrou e passou, e outro clarão surgiu, e novamente ela fechou os olhos.

E ao abrir os olhos, ela estava na floresta, mas era como se fosse outra floresta, não parecia a mesma. Tinha pássaros rosas rodeando em volta dela, ela começou andar, seguindo em frente, em direção ao pôr do sol.

O pássaro canta novamente e Myra o avista, e continua seguindo ele pela floresta, ao chegar na frente as árvores acabam, o pássaro sai da floresta e continua voando, indo em direção a duas moças encapuzadas, cobrindo o rosto, e uma menina pequena no meio delas, Myra para e se esconde atrás de uma das árvores, e fica observando tudo.
O pássaro vai até as bruxas, e fica voando em volta delas, Myra percebe que elas estão praticando magia, porque estão de mãos dadas, falando palavras que ninguém sabe o que significa, pelo menos a Myra não sabe o que elas estão falando, e em suas mãos, tem algo brilhante reluzindo.

Ao perceberam o pássaro sobre voando entre elas, elas param o que estão fazendo e olham para o pássaro, uma das bruxas estende o braço e o pássaro pousa no braço dela.

- Você voltou, quanto tempo faz que você sumiu - diz uma das bruxas.

- Ele vive sumindo o tempo todo - diz a outra bruxa.

- Temos que dar um nome a ele, nunca fizemos isso - diz a garotinha.

- Bem pensado... Que tal sumido ?

- Isso não é nome - dia a garotinha.

- O que você sugere então ?

- Zuny.

- Não é tão ruim assim.

- O nome dele é Fênix - diz Myra saindo de trás da árvore.

- Quem é essa ? - pergunta a garotinha.

- Meu nome é Myra.

- Esse pássaro é seu ?

- Sim.

- Ah, pode ficar com ele.

- Mas eu gosto dele também - diz a menina.

- Ok, uma condição que ele continue sendo nosso amigo também.

- Por mim tudo bem.

- Como você chegou aqui ?

- O pássaro que me trouxe aqui.

- Você a trouxe aqui ?, nao pode trazer uma mundana, não pode fazer isso, você sabe disso seu pássaro estúpido.

- Não o chame de estúpido.

- Desculpe.

- Você está com fome ? - pergunta a outra bruxa.

- Sim - já faz horas que Myra não come nada, ela realmente está com fome, é errado comer comida de estranho, mais era a única coisa que tinha nesse momento.

- Vamos entrar e fazer alguma coisa para comermos.

- Ok.

- Meu nome é Lucy e está é Ally - disse a garotinha apontando para a outra bruxa.

- E Meu nome é Cassie - diz a bruxa que ofereceu a comida. - Agora vamos entra, já está ficando tarde, você tem algum lugar para passar a noite ?

- Não.

- Ótimo teremos uma nova hóspede.

Elas entram na casa, Myra senta na mesa, e as bruxas começam a preparar alguma coisa para comer.

- O que era aquilo que estavam fazendo ?

- Era magia - diz uma das bruxas entregando uma xícara de café a Myra.

- Elas estão me ensinado a controlar minha magia.

- Ah - diz Myra levando a xícara na boca e tomando um gole do café.