Por onde andas?
A espécie humana se diferenciaria de outras no Reino Animal pela sua capacidade de amar. Questiona-se, entretanto, até que ponto exaltamos tal distinção e passamos a considerá-la prejudicial ou desnecessária. Como construímos estruturas sociais baseadas em relações afetivas, e sua instabilidade se relacionaria diretamente com o caráter volátil do homem, ruindo sustentáculos questionados por nós mesmos desde a percepção de sua existência.
Desde a Grécia antiga repudiamos o conceito de relação afetiva — Platão já classificou o amor em fases, sendo a mais evoluída a total liberdade do espírito, atraído para o plano subjetivo do bom e do Belo. A solidez de um enlace, assim, seria tomada como uma ameaça, prejudicial à capacidade de se aproveitar de oportunidades de evolução própria. Esse pensamento perpetua-se em obras posteriores, como na de Kant ou Hegel, caracterizando-se como verdadeiramente humano e colocando em conflito o instinto de comunidade e agrupamento social que carregamos.
Sendo assim, o temor de relações concretas é justificado na contemporaneidade. Além da busca pelo conhecimento e pela liberdade, as inovações tecnológicas individualizam os integrantes das massas: a unidade se reconhece pelos aspectos culturais das populações, mas a individualização de pensamentos e ideologias desfavorece o ato de espelhar-se no outro, e, como consequência, diminui a identificação e o estabelecimento de laços e o compartilhamento de emoções.
Dessa forma, percebe-se que a contradição presente no posicionamento tomado pelo homem não advém somente da individualização da contemporaneidade, tendo raízes nos primórdios da análise do comportamento humano. As conexões estabelecidas obedeceriam ao instinto indo de encontro ao racionalismo.
(Isso é o tipo de texto que ando produzindo ultimamente: frio, vago e que não acrescenta nada à vida do professor cansado que o corrige. Achei válido publicar, porém, porque tem algumas coisinhas importantes).
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