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Capítulo 19 - Malditos Problemas.

Whataya Want from Me - Adam Lambert.

Ela me dá as costas e eu me desespero, percebo que preciso dizer isso agora, mesmo que seja o pior momento possível e antes que ela esteja longe demais para ouvir.

-Estou apaixonado por você.

O corpo de Ana estanca no lugar. Estaria paralisada feito pedra se não fosse a brisa noturna agitando os cabelos enrolados, levando seu cheiro único direto para minhas narinas e reforçando dentro de mim aquilo que eu acabei de confessar em voz alta. Eu quero olhar em seus olhos, nunca consigo ver nada através deles, mas talvez conseguisse agora, porém Ana não se vira para me olhar.

9 horas antes

Cris é inconveniente e espalhafatosa igualzinha a Hércules, não sei como nunca pensei neles juntos.

-Pra um adulto solteiro, até que você é bem limpinho. – Diz ela, caminhando pelo meu apartamento.

-Eu sempre fui limpo.

-Ai, nem sempre, Bastian. – Ela faz uma careta. - Você era bem porco antes da adolescência, né?

-Você também era. Você ainda é! – Rebato e ela gargalha. – O seu apartamento só é limpo por causa da Ana, aposto que o seu quarto é um chiqueiro.

-Olha aqui, o meu quarto é limpo, tá bom? – Responde com bom humor. - Ele não é exatamente arrumado, mas é limpo. – Cris se joga na minha cama e solta um tipo de suspiro de alívio.

-E vocês ainda tem um gato! Se morasse sozinha com aquele gato acho que ele limparia o próprio xixi. – Ela gargalha.

-Ele tem a caixinha dele, só faz xixi lá. É um príncipe super culto e educado.

-Qual o nome dele?

-Sei lá. – Ela ri. – A gente só chama ele de Gato.

-Falando nisso, como ele ficou quando a gente foi pra praia? – Sento ao lado dela depois de ligar o PS4 e lhe entrego um controle.

-A gente deixou com uma vizinha, ele ficou bem. – Ela esclarece.

Jogamos em silêncio, ela não emite um som nem mesmo quando meu carro passa o dela no jogo, nós dois sabemos que eu preciso conversar, mas a Cris não pressiona em voz alta, ela é silenciosa e não vai falar comigo até que eu fale com ela.

-Ela te contou algo?

-Não. Eu percebo as coisas.

Eu sei que ela percebe.

Continuamos jogando em silêncio e cada vez se torna mais sufocante tê-la por perto e não despejar tudo de uma vez. Solto o controle ao fim da segunda partida que ela ganha, Cris me olha e ergue uma sobrancelha.

-Acho que fiz besteira.

Cris larga o controle e volta a se deitar confortavelmente na minha cama.

-Fala. – Incentiva pacientemente.

-Vi Ana e Nick juntos na piscina. – Explico.

-Como é que é? – Ela se exaspera. – Juntos como? Tipo, se beijando ou o que?

-Não, não se beijando...

-Ai, meu Deus! Não me diz que eles estavam...

-Não!

Cris franze a testa em confusão e me faz a pergunta que me faz sentir um idiota:

-Juntos como?

Juntos como? O que exatamente eles estavam fazendo?

-Sei lá, rindo, brincando, abraçados...

-Ficou com ciúmes? – Ela pergunta mesmo sabendo a resposta, como se não fosse nada demais.

-Fiquei.

-Ah, mas isso é normal, enquanto não conversarem sobre o que tá acontecendo, vão ficar assim. Já passou da hora de você parar de fingir que não está apaixonado, tá escrito na sua cara. Sério, Sebastian, só seja sincero...

Nunca falei para Cris sobre estar apaixonado por Ana, não sei se ela falou com nossa mãe, mas não consigo mais achar estranho ela saber tudo sobre mim. As vezes acho que minha irmã consegue ler meus pensamentos, e muitas vezes, eu mesmo consigo saber o que ela está pensando só de olhar para ela. Antes essa nossa conexão me assustava, hoje em dia me tranquiliza.

-Tem uma coisa, Cris.

-Que foi? – Indaga. Ela realmente não faz ideia. – Sebastian, tudo bem sentir ciúmes. Você gosta dela, tem medo de colocar tudo a perder, é normal essa insegurança no começo. Estranho seria se você surtasse, se fosse grosseiro ou sei lá...

-Então, Cris, Ana foi me procurar. Eu não queria falar com ela, fiquei com ciúmes, com raiva, não sabia sobre o que falar...

-Ai, que merda, Sebastian. – Sua expressão complacente se molda com a decepção que cresce conforme ela absorve minhas palavras.

-Eu disse que não queria conversar com ela e pedi que me deixasse sozinho, talvez eu tenha sido meio grosso...

-Do nada? Você fez tudo que não deveria ter feito, é isso? – Indaga minha irmã incrédula.

-Fiquei com vergonha, não queria que ela...

-Que pensasse que você está com ciúmes?! Se você acha que viu alguma coisa, devia ter conversado com ela, ter sido sincero e não agido desse jeito tosco, ignorante...

-Eu não queria conversar, Cristiana, não seria uma conversa legal, vai por mim. – A interrompo.

-Ah, mas você precisa se controlar! – Essas palavras são como um balde de água fria. – Ninguém tem culpa desse seu temperamento e ninguém, absolutamente ninguém, é obrigado a aturar isso. Você precisa relaxar, colocar essa cabeça no lugar e resolver os seus problemas.

Ficamos em silêncio por alguns minutos enquanto eu penso em como resolver meus malditos problemas, sejam eles quais forem.

-O que eu faço? – Pergunto.

-O que ela disse depois do seu surto?

-Não foi um surto...

-O que ela disse? – Pergunta Cris, impaciente.

-Disse que eu iria procurar ela de novo e que ela não ia me ouvir. – Cris deu de ombros.

-Não sei o que dizer, Sebastian...

-Foi uma coisa tão idiota! Eles estavam na piscina juntos, nem estavam fazendo nada, mas eu fiquei com ciúmes.

-O problema não foi você sentir ciúmes, foi a forma como reagiu a ele. – A voz de Cris se tornou mais branda. – Além do mais, o Nick é seu amigo...

-Eu falei com ele. Perguntei o que tava rolando, ele disse que não sabia se ela estava dando em cima dele.

-Fala sério. – Cris revira os olhos – Conversou com o Nick, mas não com a Ana?

-Ele é meu amigo.

-E disse que não sabe se ela estava dando em cima? – Cris estranha, mas permanece em silêncio, os pensamentos guardados para si. Eu também achei estranho um cara não saber quando estão dando em cima dele, a resposta deveria ser sim ou não, mas Nick é meu amigo, sei que posso confiar nele.

***

Mesmo contrariado, concordo de ir a uma festa da Natasha com os caras. Sabe quando você tem um pressentimento de que deveria ficar em casa? Então, eu nunca dou ouvidos à essa sensação. E acho que isso me leva a estar aqui com uma cerveja na mão enquanto escuto o André falar como tudo deu completamente errado entre ele e aquele cara que estava conhecendo, o tal do Eduardo:

-Esse cara é mais problemático que eu. É sério.

-Eu ainda não entendi, ele estava com você e agora está namorando uma garota? – Pergunto confuso. – Ele gosta dos dois ou o que?

-Eu sei lá do que ele gosta. Quando o conheci ele disse que era gay e agora diz que é hetero...

-Acho que esse cara é mais problemático do que eu – Enfatizo o pronome e André ri. – Sério, André, você demorou um tempão pra se assumir, arranjou briga com o seu pai, eu nem posso imaginar como tudo isso foi uma merda, mas agora você tá tranquilo, se aceita, não esconde mais nada de ninguém... Tem certeza que quer guardar o segredo de outra pessoa?

-Eu não quero guardar nenhum segredo nunca mais.

-Então esquece esse cara aí, irmão. – Aconselho. – Vou pegar uma cerveja. Quer?

-Quero. Valeu.

No caminho até o freezer, vejo Jamaica e Natasha abraçados dizendo alguma coisa um pro outro, como se nem estivessem com um monte de bêbados ao redor e um som alto no fundo. Pareciam estar em um mundo só deles. Início de namoro é sempre assim. Fico feliz pelos meus amigos ao mesmo tempo que desejo viver o que eles estão vivendo agora. Pego as cervejas e quando volto percebo que André seguiu muito bem meu conselho, pois já está com outro cara. Dou de ombros e procuro alguém pra entregar a cerveja que seria de André.

***

O rosto da garota se aproxima do meu pescoço e ela cheira minha pele, causando arrepios incontroláveis à medida que seu quadril se movimenta junto com o meu. Eu não sei seu nome, não sei quantos anos tem e nem sei se vou vê-la de novo, mas sei que sua estatura baixa me lembra alguém, alguém com quem eu gostaria de estar e me amaldiçoo por pensar em Ana até mesmo quando me forço a esquecê-la.

A única coisa que a garota tem parecida com Ana, no entanto, é sua altura. Todo o resto é diferente, e essa é a pior parte! Porque eu queria sentir o cheiro dela, queria estar com ela e com nenhuma outra mais.

Antes que eu jogue tudo pro alto e me enrosque de vez com a morena diante de mim, sou fortemente empurrado e acidentalmente derramo minha cerveja em seu vestido. Ela fica assustada, olha para si mesma e depois para a pessoa que me empurrou, ao acompanhar seu olhar vejo aqueles inconfundíveis cabelos cacheados e o jeito único de andar raivoso que Ana tem.

-Me desculpa. – Peço já me afastando.

-Não tem problema, foi aquela garota que...

-Eu já volto. Desculpa. – Não deixo que ela termine a frase porque preciso alcançar Ana.

Sigo seus passos duros pela grama até estarmos distantes da música e das pessoas, acho que ela sabe que estou atrás dela pois para de andar e se vira para mim de repente. Com fogo nos olhos negros e a respiração pesada, Ana avalia meu rosto, mas não diz nada. Eu devia saber que ela estaria aqui, está muito próxima da Natasha ultimamente, mas eu ainda não a tinha visto até aquele momento. Está com raiva e dessa vez não é aquela raiva que a deixa linda e engraçada, vê-la assim me deixa triste e só quero que fique bem. Então alcanço sua bochecha com a mão, Ana não se move durante poucos segundos e depois me afasta com uma delicadeza brutal.

-Não encosta, vai... – Sua voz está rouca, cruel e levemente embriagada. – O que você quer? Por que está me seguindo? – Ela parece exausta e no ponto de uma crise de choro.

-Você me empurrou...

-Esbarrei em você! É diferente.

-Me empurrou porque eu estava com outra garota? – Pergunto.

Ana ri e seus olhos ficam brilhantes com lágrimas que ela não deixa cair.

-Você tá de sacanagem comigo, não é? – Ela cerra os olhos incrédula. – Se toca, Sebastian! Eu esbarrei em você, só isso.

Ana me dá as costas e antes que ela dê mais um passo, seguro sua mão.

-Você mente mal. Quase jogou nós dois do outro lado da sala...

Quando penso que ela vai ceder, Ana puxa a mão com força e vira o corpo de frente pra mim.

-Já disse pra você não me encostar, eu não quero as suas sobras!

-Sobras?! Desde que ficamos pela primeira vez eu não saio com mais ninguém, Ana.

Ela solta uma gargalhada e isso me parte o coração porque não é a primeira vez que digo isso pra uma garota, mas é a primeira vez que digo com sinceridade.

-Eu não quero exclusividade, quero que não me trate feito idiota. Só isso! – Sua voz estridente ecoa em meus ouvidos e jamais esperei vê-la irritada do jeito que está.

-Eu não te trato feito idiota! Você deixou claro que eu não deveria te procurar, estou vivendo minha vida. Se não está com ciúmes porque fez aquela cena ridícula lá dentro?

-Porra! – Ela exclama como se fosse óbvio. – Sebastian, você me tratou igual um lixo depois que passamos a noite juntos na praia. Você nem me explicou nada, você só me tratou sem um pingo de consideração! – Percebo a mágoa em sua voz. – Uma semana depois e você tá aqui com outra garota. Eu tô é com ódio, não com ciúmes!

– Eu realmente não consigo decifrar você. – Concluo em voz alta.

-Sou transparente com você, Sebastian.

-Não é, não. Você é tudo, menos transparente. Você diz uma coisa e faz outra completamente diferente! Você não me diz nada...

-Nem você! Sebastian, você decide as coisas sozinho e faz tudo de um jeito tão brusco! Você estragou tudo entre a gente e agora vem aqui me cobrar coisas?

Respiro fundo e olho para o céu estrelado buscando algum discernimento para lidar com essa mulher que diz que não quer exclusividade, mas está com raiva (lê-se: ciúmes) por me ver com outra.

-Eu só vim atrás de você porque sei que ficou com ciúmes, eu não sei que direito você acha que tem de sentir isso depois de tudo, mas...

-Despois de tudo o quê?! – Sua voz é como um trovão perto da minha bem mais calma.

-Mas eu acho que gosta de mim. - Concluo

Vários segundos se passam até Ana balançar a cabeça negando.

-Eu tô cansada desse papo e você tá confundindo tudo. Eu não estou com ciúmes, mas eu acho que merecia ser tratada um pouquinho melhor. Eu vou embora. – Ela me dá as costas e eu me desespero, percebo que preciso dizer isso agora, mesmo que seja o pior momento possível e antes que ela esteja longe demais para ouvir.

-Estou apaixonado por você!

O corpo de Ana estanca no lugar. Estaria paralisada feito pedra se não fosse a brisa noturna agitando os cabelos enrolados, levando seu cheiro único direto para minhas narinas e reforçando dentro de mim aquilo que eu acabei de confessar em voz alta. Eu quero olhar em seus olhos, nunca consigo ver nada através deles, mas talvez conseguisse agora, porém Ana não se virou para me olhar.

Sua voz sai cortante quando ela pronuncia as duras palavras:

-Eu não me sinto da mesma forma – Ela quase vira a cabeça, só tenho um vislumbre da lateral de seu rosto. – Desculpa. – Ela não espera nem mais um segundo para voltar a caminhar para longe de mim.

Ela leva meu coração consigo e não importa o quanto eu peça, ela não tem piedade, não vai me devolver tão cedo. Ela vai enfiar em alguma gaveta e acabar esquecendo onde guardou porque para ela não tem a menor importância. Há um silêncio sombrio, um grande nada me esmaga o peito.

Se vocês quiserem me xingar, conversar sobre o livro ou qualquer coisa do tipo, falem comigo no twitter ou no instagram e é isso, espero muito que vocês tenham gostado.

Twitter: sisyndell

Instagram: sibellysyndell

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