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Capítulo 10 - Amigos?

Canção de Hotel - ANAVITÓRIA

Volto para casa puto da vida, eu só queria resolver as coisas, me desculpar. A Cris avisou que ela diria coisas que eu não gostaria de ouvir, mas esqueceu de avisar que Ana tem o temperamento de uma adolescente com TPM. Que raiva! A forma como falou comigo, me fez sentir o maior idiota do mundo, eu não mereço tudo isso, mereço?

Você não me provoca sentimento nenhum...

É mesmo? Não foi o que pareceu quando você estava com as mãos enfiadas dentro da minha blusa, a língua na minha garganta e as pernas ao meu redor...

Merda!

-Você está com raiva, Sebastian, e não com tesão, não é hora de pensar nisso!

Mas é sempre assim, alguma coisa me leva a lembrar daquele momento e eu fico duro só de pensar. Sou capaz de esquecer até da raiva, mas não dessa vez e optar por não esquecer da raiva é um tanto perigoso para mim. Eu não quero esquecer da raiva pois ela me lembra o quanto Ana é problemática e o quanto eu devo me manter longe dela, por mais batalhadora, admirável, linda, sexy e boa cozinheira que ela seja.

Só que porra, sendo tudo isso fica difícil.

Por isso você deve se manter longe, para não conhecer ainda mais qualidades.

O beijo dela é tão gostoso...

Ela é maluca!

Estou discutindo comigo mesmo, que diferença faz se ela é doida?

-Merda, já chega. – Digo em voz alta para calar meus pensamentos.

Pego a chave e enfio no buraco da fechadura, me sinto mais quente e mais confortável na segurança do meu lar, como se os pensamentos ruins tivessem ficado para fora, mas era só o alívio de voltar para casa depois de um dia cansativo de trabalho.

Solto um suspiro quando sinto a chuveirada atingir minha cabeça. Odeio passar o dia sem tomar banho, me sinto grudento, sujo e um banho é uma das poucas coisas que me fazem relaxar com facilidade. Eu percebi, depois de algumas sessões de terapia na adolescência, que sempre que eu estiver perto de perder as estribeiras é só tomar banho que eu me acalmo, isso passou a servir para tudo. Sempre me sinto melhor depois de um bom banho.

É claro que banho não resolve tudo, mas felizmente as sessões me ajudaram a controlar minha raiva, fui obrigado a admitir que, sim, talvez eu precisasse mesmo de terapia. Minha vida melhorou consideravelmente depois daquilo.

Seco meu corpo com uma tolha limpa, escovo os dentes e me enfio entre os lençóis sem me preocupar em vestir roupas.

...

Foquei no trabalho, saí com meus amigos, fui visitar Caleb, então tive que encontrar Kimberly, que ainda me tratava com aspereza, saí para beber com Cris e Hércules, contei à eles sobre a discussão com Ana. Segui minha vida, coloquei na cabeça que nada daria certo entre mim e aquela mulher e me acostumei com a ideia. Os dias se passaram até completar uma semana e é sexta-feira outra vez.

Já passa das três da tarde quando meu celular vibra sobre a mesa, desvio os olhos da planilha em minha frente e pego o aparelho para ver o que é, sou imediatamente surpreendido ao ler o nome que está na tela:

Ana

Oi, é a Ana. Podemos conversar?

Sebastian

Estou trabalhando.

Respondo com um ponto final, pois quero demonstrar que ainda estou irritado com ela, mesmo que tenha sido invadido por uma alegria e euforia repentina ao receber uma mensagem sua. Ela quer conversar? Sobre o que? Eu realmente tinha decidido deixá-la em paz, seguir minha vida e parar de pensar nela, não achei que ela me procuraria.

Ana

Por aqui não, podemos nos encontrar mais tarde? Você pode passar aqui ou posso te encontrar em outro lugar. Você que sabe

Eu que sei? Essa deve ser a primeira vez entre eu e Ana que eu decido alguma coisa, mas opto por fingir costume, se ela quer que eu decida, não vou reclamar.

Sebastian

Passo aí assim que sair do trabalho.

Sua resposta chega rápido.

Ana

Que horas você sai?

Sebastian

Cinco horas.

Ana

Te espero

Não respondo sua última mensagem, não quero parecer desesperadamente feliz e empolgado com esse encontro, mas a verdade é que eu estou. A curiosidade fervilha dentro de mim. O que ela quer? Achei que tinha perdido qualquer possibilidade de aproximação, estava conformado até.

Eu tentei, mas não consegui focar no trabalho, minha mente estava em Ana. Eu terminei a planilha, mas não tirei ela da cabeça, espero que não tenha errado nenhum orçamento, ou estaria fodido. Um número errado e alguém teria que pagar um absurdo em um bolo ou eu poderia levar a empresa à falência. Entreguei para Sabrina conferir que eu assinaria na segunda-feira, só precisava encontrar Ana logo e matar minha curiosidade. Ou a saudade dela.

**********************************

Bato em sua porta e aguardo enquanto escuto movimentos do lado de dentro do apartamento. A porta é destrancada e aberta revelando uma Ana linda demais para o meu juízo e autocontrole. Puta que pariu. Por que simplesmente não a esqueço? Posso ficar com quem quiser, posso sair com outra mulher, posso transar com outra mulher, depois outra e mais outra. Por que a quero tanto?

-Oi. – Diz baixinho, parece envergonhada e tenta conter o sorriso nos lábios.

-Oi. – Respondo incapaz de parecer irritado, estou tão feliz em vê-la e me pego tentando conter o sorriso também.

Estamos os dois parados em sua porta sorrindo um para o outro como se não tivéssemos brigado, como se não negássemos o sentimento, como se não tivéssemos nada a perder, e realmente não temos.

-Você quer entrar? – Pergunta ela apontando para o interior do apartamento.

-Tudo bem, pode ser. – Ela dá espaço para eu passar e fecha a porta atrás de mim.

-A Cris saiu. – Diz ela ao caminhar comigo até o sofá.

-Pois é, o Hércules disse que eles iriam jantar fora. – Falo. – E você não trabalha hoje?

-Hoje não. Tá tendo um evento fechado lá, já tinham gente o suficiente pra servir. – Explica.

-Então, você me chamou pra conversar, imagino que não seja sobre seu trabalho.

Ela assente.

-Não é sobre meu trabalho. – Responde, parece nervosa, esfrega as mãos uma na outra e umedece os lábios com frequência. Se ela soubesse a vontade que tenho de beijá-la não faria aquilo. Ou faria. Se ela quisesse me beijar também. Ana diz algo que fui incapaz de ouvir, foi quase um sussurro.

-O que?

-Pedir... – fala tão rápido e sussurrado que só escuto o som saindo de sua boca, mas não entendo nada.

-Pedir o que?

-Desculpa! – Praticamente grita, se levanta do sofá e caminha para longe de mim. – Que merda, você é surdo?

-Você tá me pedindo desculpa? – Indago sem acreditar. - Tá bom, que bicho te mordeu? Você me chama pra conversar, agora me pede desculpas. É alguma brincadeira?

-Claro que não! Eu estava trabalhando, estava estressada naquele dia, por isso fui grossa com você quando só foi fazer a gentileza de se desculpar, mesmo que não seja necessário, como eu já havia dito. – Faz questão de frisar. – Não fiquei chateada com nada, então não precisava pedir desculpas... – Interrompe-se – A questão nem é essa! A questão é que fui estúpida com você e sinto muito por isso.

-Foi estúpida mesmo. – Preciso concordar. – Ainda está sendo aliás, o que custa admitir que ficou com raiva e aceitar minhas desculpas normalmente?

-Eu peço desculpas e você me ofende? – Pergunta irritadiça. – Não tenho nada pra admitir e aí? Vai me obrigar a aceitar suas desculpas? – Desafia.

Não consigo controlar a gargalhada e levanto do sofá indo para perto dela que está próxima a cozinha, Ana aparentemente também relaxa e me acompanha na risada.

-Será que a gente não consegue se desculpar sem brigar? – Pergunto ainda aos risos.

-Eu não sei. – Responde com humor.

Conforme nosso riso vai cessando, nossas respirações vão desacelerando e nossos olhos se encontram com aquele mesmo sorriso que trocamos na porta antes de eu entrar. No momento que levantei do sofá e me aproximei dela eu sabia que a beijaria, estou convencido disso e acho que ela só percebeu minhas intenções agora, pois o ar é preenchido com uma pesadíssima tensão sexual.

Ana fica séria e eu vejo seu peito subi e descer, seus lábios se entreabrem e eu dou mais um passo em sua direção. Nossos corpos se encostam e nos olhamos sem timidez, seguro seu rosto em minhas mãos e acaricio a bochecha, ela fecha os olhos para receber meu carinho e eu desço meus lábios sobre os dela. Quero prova-los lentamente, quero aproveitar ao máximo esse toque e lembrar com detalhes mais tarde. Nos acariciamos com a boca, sem pressa, um beijo necessitado e carinhoso de início. Ana puxa meu corpo de encontro ao seu, abraça meu tronco e abre os lábios exigindo mais de mim, não nego. Minha língua adentra sua boca e passamos a trocar um beijo urgente, não mais carinhoso, mas ainda necessitado. Minha mão se perde em seus cabelos escuros e a outra se aventura pela zona da sua cintura.

Adoro como ela se entrega ao beijo, ao momento. Ela me beija com o corpo, suas mãos me abraçam, acariciam meus cabelos, passam pelo meu peito, adentram minha blusa. Ela não é nada tímida e eu gosto disso. Aos poucos vamos diminuindo o ritmo até que trocamos um último encostar de lábios, os braços de Ana ao redor do meu pescoço e os meus em sua cintura, ela sorri para mim, sem vergonha, sem tentar esconder. Sorrio de volta.

-Você não vai sair correndo, vai? – Pergunta.

-Claro que não. – Garanto. – Me desculpa por isso. Você não se importa, tudo bem, mas não foi legal, eu não ia gostar se fizesse o mesmo comigo. – Sou sincero. – Tive uma emergência, precisei sair, claro que eu poderia ter avisado, ter ao menos dado um tchau, mas eu nem pensei direito. Desculpa, Ana. Isso não vai mais acontecer. – Ela me ouve atentamente. – Mesmo que você não dê a mínima pra minha grosseria. – Acrescento e ela ri.

-Tá tudo bem. – Responde. – Mesmo que eu não me importe, aceito suas desculpas.

-Ótimo. – Sorrio.

-Desculpa também, por ter sido tão grossa aquele dia, gritei com você e tudo...- Ela olha para o chão e nega com a cabeça quando nos afastamos. – Foi um dia estressante e eu descontei em você.

-Dia estressante? – Pergunto. – Fala logo que você tava com raiva de mim, vai.

-Eu não tava! Era só cansaço. – Ela dá de ombros e eu quase acredito. – Pode só aceitar as desculpas, por favor?

-Você vai me obrigar a aceitar suas desculpas? – Pergunto com ironia.

-Sebastian! – Ela ri.

-Desculpas aceitas. Mas eu ainda acho que você poderia admitir que ficou com raiva, eu fui péssimo aquele dia, por que você não admite? Vai ficar nessa de você não me provoca sentimento nenhum?

-Ué, mas não provoca. – Ela dá de ombros, mas eu não me abalo, não depois dela se esfregar em mim no beijo que trocamos.

-Ah, não? – Me aproximo descontraído, desço as mãos para suas coxas, a ergo do chão e a escuto gritar de surpresa ao passar os braços pelo meu pescoço em busca de apoio. A sento na bancada que divide a cozinha e a sala e acomodo meu corpo entre suas pernas.

-Tá bom! Tá bom! – Ela ergue as mãos em sinal de rendição. – Provoca, ok? Você me provoca sentimentos. E sensações... E muitas outras coisas. – Admite com os olhos fixos em meus lábios.

-É? – Dou um forte aperto em sua cintura ao me aproximar de seus lábios.

-Aham. – Ana abraça meu pescoço com força e choca nossas bocas em um novo beijo.

Suas pernas abraçam meu corpo e eu fico louco quando ela demonstra a vontade com a qual me quer. As vezes ela consegue plantar a dúvida em mim e quando me beija com tanta vontade, além de seus lábios, me dá também uma certeza. Abraço sua cintura e aperto seu corpo junto ao meu, é bom demais senti-la tão próxima e saber que ela está tão envolvida quanto eu.

-Espera aí. – Espalma a mão em meu peito enquanto toma folego e escorrega de onde está sentada para ficar de pé vários centímetros mais baixa que eu.

-O que foi? – Pergunto sem entender seu afastamento repentino.

-Vamos ser sinceros aqui, ok? – Começa enquanto respira fundo, o peito subindo e descendo.

-Ok. – Concordo ainda confuso.

-Eu gosto. – Diz me olhando de cima a baixo. – Gosto disso. – Aponta para mim e depois para si mesma. – Me sinto atraída por você, gosto do seu beijo, você mexe comigo, me faz sentir bem.

-Então por que você foge? – Pergunto tentando puxá-la novamente, mas ela se afasta mais. – Eu também gosto de tudo isso, me sinto como você. – Admito.

Posso ver um sorriso se abrir no rosto dela e acho que está cedendo.

-É complicado...

-Me explica. – Peço.

-Sem beijo! – Impõe. – Ou não consigo falar.

-Posso fazer esse sacrifício.

Sigo Ana até o sofá e assisto o gatinho preguiçoso se aninhar em seu colo.

-Eu acabei de sair de um relacionamento, você sabe.

-Sei. – Já não estou gostando do rumo dessa conversa e na mesma hora toda a tensão sexual dissipa-se e eu já estou sem clima.

-Eu gostava dele, Sebastian. – Posso ver a sinceridade em seus olhos. – Me desculpa por falar de ex, eu sei que é um saco.

-Tudo bem. – Tento ficar numa boa, mas só dela mencioná-lo já me sinto bem desconfortável e desejo não estar tendo essa conversa. A gente não pode só transar? Por que mulheres são tão problemáticas?

-Eu não tô pronta pra entrar em outra, sabe?

-Eu não estou te pedindo em casamento, Ana. Só tô pedindo que faça o que tem vontade, é simples. – Falo.

Me olha de baixo para cima e parece decepcionada, na mesma hora me arrependo de ter sido rude, mas não retiro as palavras.

-Não. Não é simples. – Decreta. – Eu queria que a gente ficasse, mas eu não estaria fazendo isso pelos motivos certos, estaria só usando você...

-Eu não me importo. – Disparo de supetão e ela ri.

-Mas eu me importo! Entenda, eu não me sinto bem agora, eu não estou bem. – Explica. – Eu tô com raiva, eu tô chateada, tô triste, eu namorava um cara, gostava dele e descubro que ele não sentia nada por mim, eu nunca fui tão usada! E por isso eu sei que não, você não ia gostar disso, Sebastian. Eu não quero ficar com você pra disfarçar o que eu tô sentindo, pra fugir disso e não sentir a minha dor. Eu não quero ficar feliz porque tô ficando com um cara gostosão, quero ficar feliz por mim mesma!

-Me acha gostosão?

-Sebastian! – Ela acerta um tapa no meu braço e ri envergonhada.

Eu finalmente entendo o que ela está falando, quer se sentir bem sozinha. Ela não se sente suficiente para si mesma e não quer se envolver com alguém para preencher o vazio, ela quer estar completa e entendo que eu não posso ajudar. Apesar de achar um saco, compreendo.

-Eu entendo.

-Mesmo?

-Sim. E tudo bem, mas a gente pode ser amigo? – Pergunto.

E foi aí que eu errei.

Nunca, vou repetir, nunca fiquem amigos de uma garota que você quer comer. Tem dois motivos para você fazer essa cagada, e nenhum dos dois é bom: (1) você só quer arrumar um jeito de se aproximar dela para tê-la frágil em algum momento e conseguir o que quer, você não está realmente interessado na amizade dela, você não é sincero, isso é nojento e você é um cuzão, e (2) ser só amigo dela não basta, mas você quer estar próximo de qualquer jeito, quer conhece-la, quer que ela goste de você e quando você decide ser amigo de uma garota que você quer comer nesse segundo caso, você provavelmente já gosta dela, o que vai ser muito frustrante se não for reciproco.

-Claro! – Sorri, parece feliz com a possibilidade. – Eu sei que a gente teve uns atritos no começo, mas eu sei que você é um cara legal.

-Não me acha um babaca?

Ela revira os olhos.

-Eu acho todos os homens babacas, Sebastian. Homem babaca pra mim é pleonasmo. – Explica e não sou capaz de segurar o riso, felizmente ela me acompanha, mas eu sei que não está brincando. – E só joguei um defeito seu na sua cara porque estava com raiva de você.

-Então, você admite? – Pergunto.

-É! Claro que eu fiquei com raiva! – Gesticula com as mãos assustando o gatinho em seu colo. – Você me beija daquele jeito e sai correndo como se eu fosse sua tia!

-Pelo amor de Deus! Credo. – Penso em minha tia Samantha.

-Pois é. – Ela sorri sem mostrar os dentes. – Foi como me senti.

-Desculpa. – Peço novamente.

-Já ficou pra trás. Quer comer alguma coisa? – Pergunta. – Eu pedi uma pizza antes de você chegar, uma oferta de paz. Cris disse que você gosta de calabresa.

-Pediu pizza pra mim? – Pergunto realmente comovido.

-Pra gente. – Corrige. – Calabresa também é minha favorita.

-Não é? A Cris gosta de espinafre. – Faço minha melhor cara de nojo.

Ana ri gostosamente.

-Que pizzaria nesse mundo vende pizza de espinafre? Me fala porque eu preciso ir lá agora mesmo vandalizar esse lugar! – Parece indignada – Não é mais fácil pedir uma salada?

-Quem inventou a pizza está se revirando tanto no caixão nesse momento! – Exclamo.

-Capaz de se levantar e vim aqui só pra bater no dono dessa pizzaria maldita!

Nós dois caímos na gargalhada e chego à conclusão de que rir com ela é tão gostoso que talvez decidir ser amigo dela não tenha sido um erro.

Nossa pizza chega e nós comemos enquanto conversamos sobre ex-namorados, pois é. Falamos dos nossos ex e por incrível que pareça não é um papo merda.

-A gente termina um relacionamento buscando paz, sabe? – Ela dá uma mordida na fatia de pizza em suas mãos. – Seja lá por qual motivo, a relação se torna tão sufocante que você chega ao extremo de terminar para enfim ter paz. Mas só o que encontra é desespero.

-É assim que você se sente? – Pergunto.

-Desesperada? Não. Eu já passei dessa fase. Agora eu tô na você está muito melhor assim, mas ainda dói, sabe?

-Sei sim. – Afirmo. – Eu demorei um bom tempo até superar uma ex minha, mas depois passou.

-Você tem muitas ex?

-Algumas.

-Quantas? – Pergunta ela com os olhos brilhando de curiosidade.

Dou uma mordida na minha fatia de pizza e respiro fundo.

-Defina ex.

Ela pensa.

-Qualquer relação monogâmica que tenha durado mais de um mês.

-Bom, nesse caso... eu tive um pouco mais do que eu pensava. – Ela ri. – Teve a Kimberly, que foi a minha primeira namorada, depois teve a Luanda, a Michelle e a Bárbara. Todas foram sérias, com pedido, conhecer os pais e tudo mais. Tive mais algumas relações monogâmicas que duraram mais de um mês, mas não me lembro muito bem, talvez umas cinco. Eu só considero ex se conhecer a Cris, então só tive quatro ex-namoradas.

-Bom, pra mim você teve nove. Uau, como você é namorador!

-Quantos você teve?

-Sete. – Responde sem titubear. – Lucas, Gabriel, Paulo, Felipe, Juliano, Mateus e Welson. Todos foram monogâmicos, mais de um mês, com pedido e conhecer famílias, exceto o Welson. Não deu tempo dele conhecer minha família e ele nunca me levou pra conhecer a dele.

-Você tem fetiche em nome bíblico ou o que? – Pergunto e ela ri. – Tenho certeza que isso é pecado, e você é mais namoradora que eu, teve sete oficiais. Eu só tive quatro. Imagina se contar com os não-oficiais, deve dar uns vinte.

-Eu acho que nunca tive um namorado não-oficial. Ficar mais de um mês só com uma pessoa e não namorar... acho que nunca. Tanto tempo assim a gente acabava namorando. – Explica dando um longo gole em sua coca-cola. – E qual delas foi sua cruz?

-Como assim?

-Qual delas você demorou pra superar, qual te fez sofrer, qual te marcou?

Penso se devo responder, por que não?

-Kimberly.

-A primeira.

-Sim, ela era perfeita no início, mas depois eu descobri quem ela era de verdade, não gostei e pulei fora, mas isso não significa que foi fácil esquecer dela. – Dou a última mordida na fatia em minhas mãos e pego outra.

Até hoje não esqueci. Reviro os olhos por dentro. É impossível esquecer de Kimberly, estou ligado à ela para sempre.

-O tempo é o melhor amigo dos corações partidos. – Ela diz e ergue a fatia de pizza em suas mãos como se me cumprimentasse, faço o mesmo.

-Sou obrigado a concordar. E você? Qual foi o seu grande amor? – Pergunto.

-Sinceramente? Acho que ainda não o conheci. – Dá de ombros. – O que mais me marcou foi o Gabriel, mas não negativamente, acho que foi o cara que eu mais gostei, ele teve que se mudar e nós terminamos. Eu sofri como uma condenada, depois passou e somos amigos até hoje. Os outros foram todos uns otários, sempre tive um dedo podre pra homem, só acertei com o Gabriel.

-E comigo. – Deixo escapar e Ana paralisa enquanto suas bochechas adquirem um tom avermelhado.

-Você disse que não ia dar em cima de mim. – Lembra.

-Eu sei, desculpa, foi sem querer.

Mas já é tarde, a tensão sexual já está palpável entre nós dois.

-Só amigos, lembra? – Pergunta ao tomar a caixa de pizza vazia em mãos e se afastar de mim em direção a cozinha.

-Claro, só amigos. – Pego os copos e sigo para a cozinha.

Ela está virada para a pia, colocando a caixa sobre ela, paro atrás dela e coloco os copos em cima da pia. Noto os ombros de Ana subirem e descerem e sua pele se arrepiar quando minha respiração toca o seu pescoço. Apoio minhas mãos na pia, um de cada lado de sua cintura e beijo sua derme. Ana suspira e inclina ainda mais a cabeça, deixando o pescoço exposto para mim. Mordo a pele sensível e ela se vira para mim rapidamente, a cabeça erguida para me olhar, os lábios entreabertos, as bochechas rosadas, os olhos opacos.

-Você disse que não ia fazer isso. – Sua voz sai sussurrada, arrastada.

-Não estou fazendo nada, só coloquei os copos na pia.

-Como você é cínico! – Bate no meu peito, mas acredito que foi só uma desculpa para pôr a mão em mim porque ela não a tira mais e agarra o tecido da minha camisa.

-E você é linda.

Nossas respirações se chocam junto com nosso olhar, a mão dela me agarra a nuca e a outra percorre dos ombros para o centro das costas, no segundo que sua boca está esmagada sobre a minha, escutamos a porta abrir e uma voz gritar:

-Chegamos! Se vistam, por favor. – É a voz de Cris. Ana me olha nos olhos e eu me afasto dela seguindo para sala. – Uau, você se veste rápido. – Diz minha irmã meio bêbada, está com Hércules.

-Engraçadinha. – Falo pegando a garrafa de coca-cola no chão da sala.

-Ainda tem pizza? – Hércules pergunta. – Tô com um fomão.

- O Sebastian comeu tudo! – Ana grita da cozinha.

-Como você é mentirosa. – Respondo.

-Vocês dois são gulosos. – Acusa Cris. – Senta, amor. Vou pedir uma pizza decente pra gente. – Ela saca o celular.

-Ah, não! – Do nada Ana aparece na sala e toma o celular da mão da Cris. – Você não vai pedir pizza de espinafre, eu te proíbo!

Hércules e eu caímos na gargalhada quando Cris levanta para pegar o celular e as duas começam uma discussão de brincadeira sobre o gosto horrível para pizza que minha irmã gêmea tem.

Por fim, Cris pede metade de espinafre e metade de bacon, que é a favorita de Hércules. Quando os dois começam a se agarrar no sofá, eu decido que é hora de ir para casa. Ana me leva até a entrada, uma vez no corredor, a puxo para fora comigo e bato a porta atrás dela. Antes que ela proteste, encosto-a na superfície e dou um beijo nela. Sinto seus braços passarem por meu pescoço e sua boca se abrir ainda mais para receber minha língua, esse ângulo é perfeito para beijá-la. Como ela beija bem! Encaixa perfeitamente em mim, é delicioso, eu poderia passar horas beijando-a! Ok, seria torturante, mas uma delícia.

Nos afastamos buscando ar e eu preciso ir embora também.

-Não dá pra confiar mesmo em você, Sebastian. – Comenta rindo encostando a testa no meu peito.

-Sai comigo amanhã. – Peço.

É um sábado, seria perfeito passar o dia com ela.

-Não. – Responde, mas eu sei que quer dizer sim, posso sentir o sorriso na sua voz.

-Sai comigo. – Peço outra vez.

-Somos só amigos.

-Só como amigos. Prometo que não beijo você.

-Não confio em você. – Ela ri.

-Sai comigo.

Ela respira fundo, enfia os dois lábios dentro da boca.

-Tá bom, mas sem beijo, não é um encontro, somos só amigos. – Ela dita como se fossem regras.

-Sem beijo, não é um encontro, somos só amigos. – Repito. – Busco você aqui depois do almoço. Você trabalha amanhã? – Pergunto.

-Sim.

-Tá bom, então a gente almoça juntos. Passo aqui onze horas, tá bom?

-Ok. – Ela assente com um sorriso, planta um beijo na minha bochecha e entra correndo em casa como se eu fosse agarrá-la novamente e ia mesmo.

Se vocês quiserem me xingar, conversar sobre o livro ou qualquer coisa do tipo, falem comigo no twitter ou no instagram e é isso, espero muito que vocês tenham gostado.

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