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ϲαρίτυℓο ύиιϲο

Haviam cerca de quinze pessoas em uma cafeteria. Clientes noturnos, buscando uma bebida quente na tentativa de aquecerem-se com líquido escuro recém preparado, o café preto tradicional e sem açúcar, ou um Latte com bastante espuma. Alguns não procuravam algo puramente quente, um café gelado ou expresso, mas sim o conforto de observar o céu enfeitado de estrelas brilhantes, em uma das poucas mesas espalhadas pela calçada do estabelecimento.

Nevava normalmente pelo distrito, o frio se propagava desde o fim da tarde, pois era o feriado de Natal - onde pessoas passeavam ou iriam a jantares em restaurantes lotados -, a decoração tipicamente iluminada proporcionava admiração aos olhos, porém, os piscas eram inteiramente ofuscados pela noite fulgente. Mikey estava alheio ao seu redor, em uma das mãos segurava seu celular, navegando por algumas mensagens, a outra manuseava uma colher, adicionando mais cubos de açúcar à xícara.

A cafeteria era um dos únicos lugares com menos de trinta clientes desfrutando de seus serviços, funcionários passavam com bandejas contendo um delicioso café acompanhado de uma fatia de bolo de morango, a sobremesa preferida para o vinte e cinco de dezembro, esse era o café com as melhores opções para qualquer ocasião. Seu significado para Manjiro e Ken era diferente. Foi o destino de seus primeiros encontros, mais tarde, prestigiou um pedido de casamento emocionante, e algumas escapadas da vida adulta foram para lá.

Até seus filhos o conheciam como o "café dos papais".

Suspirou lendo alguns dos textos, todos transpassavam um desejo de amor e alegria, sentimentos dignos do espírito natalino - algo que o loiro não possuía -, faziam algumas horas que estava sentado a mesa, mesmo a neve não foi capaz de impedir seus planos, apenas os modificou, deixando os filhos aos cuidados de sua irmã, e se dirigindo ao Ganbatte Coffee. Sua bebida transbordava pelos cubos doces, esses disputavam um espaço no pequeno recipiente, o café havia esfriado a tempos, nem um gole foi provado por Mikey.

Na mesa estava um envelope e uma pequena caixa de presente, um embrulho vermelho para combinar com a data, tão vermelho quanto seus olhos, havia chorado por alguns minutos, após perceber que já passavam das dez horas da noite e ainda se encontrava a sós com a solidão e o tapete estrelado sob sua cabeça. Manjiro estaria bem com aquilo, seu marido deu vários furos em seus encontros durante o casamento, ultimamente ocorreu com frequência, porém, lembrando do peso de sua decisão, seu coração doía.

Lágrimas lhe ajudavam a repensar e afirmar suas escolhas, afinal, seu casamento com Ken era uma bagunça - o enxergava dessa forma. Ele não se lembrava a última vez que saíram ou passaram algum tempo em família, suas noites de amor não aconteciam, e ele perdeu as contas das vezes que precisava do mais velho ao seu lado, de seu apoio e ombro amigo, mas, Draken mergulhou demais em seu trabalho nos últimos tempos. Manjiro cogitou uma traição, ou várias, sendo que passava muito tempo em sua loja de motos.

Não obter provas lhe deixou aliviado, e fez concluir que seu relacionamento estava esfriando, podendo bolar um plano para revitalizá-lo. Ele precisava chamar a atenção de seu marido (custasse o que fosse), tentaria de qualquer forma impedir essa vida de casados de parar à beira do precipício: divórcio. Fora difícil, tão difícil que Mikey, o invencível, não conseguiu vencer a batalha que se dispôs a lutar. Um único ponto encerrou seu interesse, as tentativas constantes pareciam unilaterais, o seu lado se esforçava cem por cento.

Manjiro estava chateado, para dizer o mínimo.

Enquanto as chances passavam, o outro lado demonstrava como não percebia os sinais, por mais que Draken não fosse idiota, não despertou durante as micro crises e discussões sem motivos evidentes; também, não era um homem ruim ou desinteressado com sua família, o outro fato que poderia ser pontuado, explicando o porquê da chateação de Manjiro. O mais baixo limpou algumas lágrimas atrevidas, bastava de choros e lamentos, tomou o primeiro gole de seu café, degustando o sabor açucarado além do normal (mesmo discordando):

- Falta açúcar...

Voltou a adoçar o café, o terceiro da noite. Uma vibração captou seu olhar, se dirigindo para o aparelho em mão, a barra de notificação apresentava uma mensagem, bem ao lado estava o horário, marcando quase onze horas, e o conteúdo do recado eram desculpas de Draken, além de um aviso sobre estar a caminho de seu compromisso com o loiro. Uma confraternização aconteceu com alguns funcionários da M.D.K, a loja do Ryuguji, ainda assim, ele garantiu a Manjiro sua presença pontual (combinado para duas horas atrás).

- Tanto faz! - digitou seu pensamento, arrependendo-se e deletando ligeiro, sorriu forçadamente pondo novamente seu antebraço para limpar os olhos na manga do casaco - Ah, Kenzinho... até pro fim você se atrasou.

Um toque delicado em seu ombro veio com uma voz aveludada e pacífica, que era comum naquele estabelecimento, perguntando-lhe:

- Senhor, precisa de algo?

- Não. - respondeu grosseiramente, uma dor de cabeça chegou para fechar sua noite, Manjiro não queria mais esperar e decidiu incumbir a garçonete de noticiar seu marido - Na verdade, eu preciso que vocês reservem esse lugar para meu marido. Futuro ex-marido.

- Oh! - sua surpresa parecia genuína, bem como a tristeza que apareceu em seus olhos

- Sei que têm muitos clientes, mas ele precisará quando chegar.

- Algo mais?

- Mostre isso a ele, e diga "está tudo lá", por favor!

Ela acenou, pegando a caixinha que Mikey lhe alcançava, o pagamento do consumo ficou junto ao envelope, além do restante da fatia que o mais baixo apenas provou, antes de partir fez o último pedido em relação a Ken - um copo de chá, uma bebida que Draken demonstrou interesse depois de alguns encontros, e Mikey acreditava ser melhor para o momento. A garçonete ficou perdida, como um cego em tiroteio, o casal que assistiu se desenvolver ao longo do tempo se desfez.

- Não devo me meter, mas é uma pena. - lamentou, olhando o rastro do loiro

A noite voava, como uma brisa efêmera, o movimento da cafeteria não parava há bastante tempo, a partida de clientes satisfeitos abria espaço para novos adentrarem o local aromatizado com o cheiro da bebida principal do menu. O melhor para clientes atrasados para seus encontros, e o pior, era a não necessidade de reservas com horários marcados; Draken se sentia despreocupado nesse quesito - afinal, garantir lugares custava um bom dinheiro em dias de feriados.

- Como assim? Ele me disse que estava aqui. - o homem tatuado questionou ao balconista

- Sim, eu vi alguém com essa descrição, mas faz horas.

- Eu não acredito nisso. - resmungou buscando seu celular no bolso enquanto afastava-se do balcão - Aquele anãozinho...

Enquanto rolava a tela, reparou no relógio, reconhecendo seu atraso e confirmando ao reparar na última mensagem de sua conversa. Engoliu a seco, estava ciente de seu novo vacilo, e para Mikey não o esperar, aquilo foi grave o suficiente para deixá-lo irritado. Da cozinha retornou a mesma garçonete que atendera Manjiro, carregando uma bandeja com um chá, havia reparado quando o homem adentrou o local e se preparou para avisá-lo sobre seu parceiro.

Calmamente se aproximou de Draken, que tentava uma ligação sem sucesso, quando parou a sua frente e inclinou para chamá-lo, o mais alto a notou - o sorriso receptivo nem o faria imaginar o anúncio do término, que Mikey não o esperou para fazer. A garçonete sabia que palavras eram insuficientes (e ela poderia ser acusada falsamente), logo o guiou até a mesa reservada mais cedo e pediu para que sentasse, sua leveza e delicadeza eram aparentes até quando deixava a xícara, ou ao provar as notícias de Manjiro e lamentar solidariamente.

- Ele disse "está tudo lá"... eu sinto muito, senhor.

Reverencio e caminhou, saindo completamente da visão do tatuado, Draken apenas passava os dedos pela abertura do envelope, sentindo a textura frágil do papel branco, ele não conseguia acreditar.

- Que diabos é isso, Mikey? - lagrimejou

Abrindo o primeiro "presente", Ken encontrou a papelada do divórcio, as folhas necessitavam somente de sua assinatura, o quê não ocorreria. Ele encarou o documento, incrédulo com a ação, para ele o casamento estava seguindo - não que Mikey não houvesse reclamado algumas vezes -, mas assumiu que talvez algo estivesse acontecendo a muito tempo. Não conseguiu raciocinar o motivo, ou momento exato, entretanto, pensou que o tempo esteve correndo bem em sua frente e não entendeu o recado.

Um sentimento de angústia tomou conta de seu corpo por um instante, sem pensar duas vezes rasgou folha a folha do divórcio, chamando a atenção de alguns que logo voltaram a seus encontros. O choro foi libertador, e o chá servido ajudou a acalmar a primeira onda ruim que seu coração presenciava; tentar se tranquilizar ao controlar a respiração e tomar a bebida funcionou até que contemplou o segundo presente, era uma embalagem bonita por fora, e no interior uma chave.

- Não faz isso comigo! - murmurou, se contendo para não desabar

O Ryuguji compreendeu seu recado. "Está tudo lá", referindo-se ao apartamento que eles mantinham (seu antigo lar, antes dos gêmeos e da caçula), Mikey realmente estava o expulsando de sua vida, de sua casa e, indiretamente, pedindo para não ver seus filhos. Draken era um homem forte, mas se tratando da família, ele poderia perder a mão às vezes e deixar seu coração ferir por eles, como nessa noite. Não queria ver sua vida acabar de vez, contudo, seu cérebro não parava de lhe culpar.

Ele estava em grande parte certo; recordou que algumas vezes, Mikey desejava transar antes de dormir, e Draken o rejeitava - as vezes por cansaço, ou porque estava tarde e deveria ser pontual com seus compromissos profissionais -, Manjiro aceitava, mas não completamente, sempre agindo de forma arisca no dia seguinte. Não apenas a falta de sexo definia a lacuna em seu casamento, outros motivos mais relevantes, e sua principal justificativa era o negócio em que se dedicou o bastante.

Ele desejou nunca ter feito horas extras a toa, dispensava seus funcionários no horário e ultrapassava o limite para adiantar coisas irrelevantes no momento. No entanto, o estrago estava feito, ele tinha apenas duas opções: chorar e aceitar, ou tentar a reconciliação pela família - e por eles, pois Mikey merecia todo amor que lhe entregava e mais. Sua tristeza continuou a rolar pelo rosto, e sempre que se dava conta, a enxugava, bebericando o chá que tanto gosta.

Olhou para os "presentes", apoiando o rosto sobre suas mãos, não era uma boa hora para fazer promessas sobre amor, já que ele não conseguiu cumprir as anteriores, mas jurou que faria tudo que fosse necessário, e nunca mais passaria o Natal sem aqueles que amava, sem jantar frango frito com suas crianças e ajudar sua menina a comer bolo de morango, e principalmente não permitiria perder Manjiro para erros cotidianos.

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