Capítulo 48 - O sumiço
Eu me lembrei que eu esqueci de perguntar o seu nome
Sem endereço nem direção por onde começar
Qualquer coisa pra poder te encontrar - Eu nunca disse adeus
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- Não vou me intrometer na sua vida - Mirajane repetia pela milésima para a azulada na sua frente.
- Vamos lá, Mira. Eu preciso de um conselho e você é a única que pode me ajudar no momento - Levy pediu realmente precisando de ajuda.
As duas estavam na guilda, mais especificamente no balcão de bebidas do local, e a azulada tentava pelos últimos dez minutos, convencer Mirajane a fazer algo, mas sem sucesso. A albina pegou a última caneca de cerveja que estava enchendo, colocando-a junto com as outras já enchidas em cima da bandeja circular no balcão. Pegou a bandeja e voltou sua atenção para a maga ao seu lado.
- Não - respondeu por fim se direcionando as mesas da guilda cheias de magos com sede.
A azulada contornou o balcão e começou a seguir Mirajane.
- Você vive se metendo na vida dos outros mesmo não sendo chamada e agora que eu estou te pedindo para me ajudar você não quer? Eu estou muito confusa com meus sentimentos e não consigo descobrir nada.
A maga de take over parou de caminhar e olhou para Levy mais uma vez.
- Olha, Levy, você sabe que eu gosto muito de você, de verdade, nem somos muito amigas, você provavelmente é bem mais próxima da minha irmã mas esse não é o ponto - ela fechou os olhos tentando se concentrar, abaixando o tom de voz em um sussurro. - Se você quer descobrir se o Gajeel quer te pedir em namoro ou não, espere. Eu não posso interferir na escolha dele, entende? Pelo menos não depois da última vez, o chefe brigou comigo quando tentei arranjar um encontro entre a Bisca e o Alzack.
Levy tentou segurar a vermelhidão no rosto, o que foi em vão. Ela bufou e saiu dando passos pesados no chão, distanciando-se daquela parte da guilda.
- Ela tá bem? - Erza indagou aproximando-se da albina.
Mirajane suspirou tentando dar o seu melhor sorriso à amiga.
- Na medida do possível. Então, quer falar comigo?
- Na verdade sim. Você viu o Natsu ou a Lucy? Ambos sumiram junto com o Happy e não tenho a mínima ideia da onde foram. O idiota do Natsu saiu da guilda nervoso comigo e eu nem o porquê - ela pegou uma das canecas da bandeija de Mirajane e engoliu tudo de uma vez, esperando acalmar sua ansiedade e nervosismo.
A albina esbugalhou um pouco os olhos ao observar a ação da ruiva, Erza não era de beber tudo aquilo de uma vez.
- Uou, calma aí, guerreira, você não vai querer virar a Cana, né? - brincou sorrindo. - O Natsu me avisou que ia levar a Lucy para passar essa noite na casa dele. Mas eu tenho lá minhas dúvidas se será só essa noite.
- Esse idiota não sabe o que faz - a maga que vestia uma armadura afirmou um pouco enrolada já sentindo o álcool correr pelo seu corpo e mente.
- Sim sim, agora aqui, vamos - ela pegou Erza pelo braço delicadamente e a colocou sentada na primeira mesa que viu. - Fique aqui até estar sóbria, você só vai arrumar confusão, sua teimosa. Nem ouse pedir para a Kinanna no bar preparar-lhe qualquer coisa sem álcool se não eu te mato.
- Sim, senhora comandante - a ruiva sorriu boba batendo continência sentada para a albina.
Mirajane suspirou ao ver a amiga, até mesmo ela ficava surpresa com o quanto rápido Erza ficava bêbada.
- Mira, precisa que eu te ajude em algo? - Kinanna se aproximou da albina de forma cautelosa.
- Ah sim. Pode terminar de servir estas canecas para o resto das pessoas? Vou atrás da Cana para fazer companhia à Erza, assim consigo ficar de olho nas duas.
- Claro, não se preocupe.
- Obrigada - Mirajane lançou uma piscadela para a mais nova.
Ela virou-se pronta para ir atrás de Cana, até que deu de frente com um loiro que estava sem fôlego.
- Laxus, o que faz aqui? - a albina assustou-se. - O mestre já chegou também? E a surpresa que iríamos fazer para ele, você esqueceu?
- Mira, olha pra mim - disse ofegante pegando nos ombros dela com delicadeza. - Cadê a Lucy? Ela realmente voltou?
Mirajane franziu a testa com a pergunta repentina e sem nexo.
- Você lembra-se dela? Como sabe que ela voltou? - começou a fazer perguntas realmente curiosa. - O Natsu saiu com ela há alguns minutos já, os dois vão passar a noite na casa dele.
- Onde eles estão no momento? - Laxus perguntou novamente um pouco mais recomposto de tanto cansaço que havia tido de correr pela tarde inteira.
- E eu que sei? Devem estar passeando pela cidade, eu não sei, não tenho bola de cristal.
- Droga, aquele idiota do Natsu não faz uma coisa certa - ele chutou a primeira mesa que viu, fazendo um estrondo pela guilda, chamando a atenção de todos.
Mirajane arregalou os olhos assustada pela ação do amigo.
- Ei, Laxus, calma aí - ela tentou manter o loiro tranquilo com um sorriso dócil. - Hoje vocês deram o dia pra xingar o Natsu de idiota, o que está acontecendo?
- Não dá pra se manter calmo, Mira! - ele exclamou irritado sentando-se na cadeira que estada ao lado da mesa que havia chutado poucos segundos antes.
- Quer alguma bebida para se acalmar? Eu posso preparar um suco - ofereceu com gentileza.
- Não dá pra se acalmar agora, será que não entende? - ele perguntou com um tom de voz elevado.
Aquela tinha sido a gota d'água para a albina. Ela fechou a cara e sentou-se de frente para Laxus que estava do outro lado da mesa.
- Você vai me explicar essa situação toda agora e o porquê de estar tão alterado. E pode parar de me tratar desse jeito, Laxus, eu não sou uma qualquer e você não vai gritar aqui no local onde eu sirvo os outros. Então desembucha logo - disse seria e monótona.
O loiro acabou soltando uma risada de deboche, seguido da expressão irritada que carregava à poucos segundos atrás.
- Você quer saber o que está acontecendo? Eu vou te contar o que está acontecendo. Acontece que havia um plano para sequestrar a Lucy hoje à noite novamente, e essa menina tá aí pelas ruas de Magnolia livre e solta, e nem sabemos se ela está realmente acompanhada do idiota do Natsu, o qual no caso deve estar arrumando briga por aí sem se preocupar com os outros - Laxus explicou a situação para Mirajane que se encontrava estática e com um pouco de desespero em seus olhos.
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