Tenta não se acostumar
Eu volto já
Me espera - Me espera

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Era muito cedo. Tão cedo, que nem o sol havia nascido. A loira acordou lentamente, saindo da cama e indo direto ao banheiro. Fez sua higiene pessoal, colocou sua roupa de treino e por último e mais importante, colocou sua luva de couro rosa em sua mão direita. Que luva era aquela? Ela sabia que seu pai não deixaria nunca, ela participar de um guilda, então sua única opção foi esconder a sua preciosa marca da guilda que tanto ama. Prendeu seu longo cabelo de lado com um elástico. Já estava saindo do quarto, mas antes parou em frente ao espelho de sua cabeceira e ficou olhando seu reflexo.

- Hoje eu vou dar o melhor de mim! - exclamou.

Saiu de seu quarto e caminhou pela casa, até chegar na porta de saída.

- Já vai sair, Lucy-san? - uma voz perguntou atrás dela.

A maga se virou e deu de cara com uma mulher pequena, de meia-idade, rosto em forma de quadrado. Ela tinha um cabelo longo e roxo escuro, que estava preso em um rabo de cavalo atrás de sua cabeça, olhos escuros e carregava uma bandeja de café da manhã.

- Bom dia, Spetto-san! - cumprimentou-a sorrindo. -   Você me conheçe, gosto de começar a treinar bem cedo!

Spetto sorriu.

- Eu sei, igual a sua mãe - sussurrou a última parte.

- O que disse?

- Nada! - balançou a cabeça. - Mas, tenho uma coisinha para lhe dizer: nem pense que vai sair dessa casa sem comer nada! Precisa de energia! Teve aquele dia que você quase desmaiou, por causa disso! E se você se desidratar? Tem que pelo menos tomar alguma coisa!

Lucy riu. Quem tinha cuidado dela nesses últimos 10 anos foi Spetto, ela era como se fosse uma mãe para a loira.

- Está bem, está bem - rendeu-se.

- Já que você não vinha até a comida, eu ia levar comida até você, mas parece que não deu muito certo.

A maga andou até ela, pegou uma torrada e um copo que continha suco de laranja. Em um segundo, tinha acabo com os dois.

- Até mais tarde, Spetto-san! - saiu correndo pela porta da frente.

(...)

Na parte mais afastada das terras Heartfillia, Lucy se encontrava sentada, treinando junto com seu instrutor, Capricorn.

- Mais uma vez.

- Não consigo!

- Tente mais uma vez, minha cara Lucy. Tenho certeza de conseguirá. Afinal vem treinando direto nisso.

- Já consegui fazer o Star Dress de alguns espíritos espíritos, mas de outros, ainda não. E eu não estou conseguindo de jeito nenhum!

- Lembre-se da definição de Star Dress: Um feitiço ligado a Magia dos Espíritos Celestiais no qual o usuário incorpora o poder de um Espírito Celestial em seu corpo, colocando a chave do Espírito em questão em seu peito. O poder se manifesta na forma de uma mudança de figurino, neste caso sob a forma de um vestido centrado em torno do Espírito no próprio guarda-roupa do espirito. Além disso, o usuário, adota uma parte dos seus poderes, sendo capaz de fazer uso de sua magia. Esta opção de poder, no entanto, não se limita apenas a magia do Espírito, mas também inclui seu próprio poder mágico, que permite ao usuário fazer uso de magias de seu próprio conhecimento que podem exigir mais de uma pessoa devido à quantidade enorme de magia e potência necessária para lançá-lo.

- Sim, sim, eu sei - abaixou a cabeça.

- Mas vamos parar por hoje. Você deve estar exausta.

Após dizer isso, Capricorn some.

(...)

Depois de um longa tarde de esforços, Lucy entrou em casa exausta.

- Ai, ai! - reclamou tirando suas botas.

Ela olhou em volta e ficou um pouco perdida, mas logo se localizou e seguiu o caminho em direção ao seu quarto. Mesmo depois de tanto tempo naquela mansão, não tinha conseguido se acostumar com aquele lugar, ela praticamente se perdia naquela casa todos os dias. Subiu as escadas que davam ao segundo andar, mas quando começou a andar no longo corredor, ouviu passos.

- Eu nunca tinha visto alguém tão deslocado na própria casa - uma voz surgiu ao seu lado.

Lucy sabia quem exatamente era, por isso nem se virou.

- Muito engraçadinho, senhor Leo - ela respondeu com ironia.

Ele deu uma leve risada.

- Parece que eu não sou o único.

- Estou morrendo de rir - falou sarcástica.

Ficaram em silêncio até chegar no quarto da loira. Ela abriu a porta e os entraram.

-  Então, não quer saber de nada? - ele perguntou.

- Como o que? - a maga celestial sentou-se em sua cama, enquanto tirava a luva.

- Jura que não sabe?

- Espera, você conseguiu? - a loira indagou, olhando para o ruivo.

- Consegui.

Ela deu o maior sorriso que conseguiu e sem pensar duas vezes, correu para abraçar o espírito celestial.

- Não acredito! - falou já pegando uma pequena mochila rosa que guardava na gaveta de sua estante.

Loke pegou na mão da loira, fazendo-a parar de andar.

- Você me fez um pedido e o seu pedido é uma ordem - o ruivo disse beijando a mesma.

Ela puxou bruscamente sua mão e virou-se rapidamente de costas, continuando o que estava fazendo.

- Claro, já falou com a Virgo? - gaguejou, pegando algumas mudas de roupa de seu closet.

- O que é que tem eu, Hime? - disse uma voz do lado da loira.

Lucy deu um grito. Mas depois de perceber o que tinha feito, cobriu a boca com as mãos. Loke começou a rir descontroladamente.

- Virgo! Não me assuste deste jeito nuca mais! - suplicou pondo as duas mãos uma sobre a outra em cima de seu peito.

- Desculpe-me, Hime. Mereço uma punição?

- Por que todo dia é assim? - a maga celestial choramingou.