Quando chegar o amanhã, estarei por conta própria
Me sentindo assustada com as coisas que não conheço
Quando o amanhã chegar, amanhã chegar
Amanhã chegar

( When tomorrow comes I'll be on my own
Feeling frightened of the things that I don't know
When tomorrow comes, tomorrow comes
Tomorrow comes - Flashlight )

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O som do milésimo espirro que Lucy dava naquele dia pegou todos próximos dela de surpresa. Havia apenas os quatro sentados em uma das mesas do centro da guilda deserta, parecia que estava abandonada.

- Qual é a dessa gripe? Quando você ainda estava na Fairy Tail ficava espirrando toda hora, mas quando chegamos aqui parou, só que depois do que? Dez minutos? Você continuou a espirrar - Sting torceu o nariz incomodado.

- Três coisas a dizer, primeira: não é gripe, é resfriado e se passaram quinze; segunda: realmente acho que a Lu-chan está piorando; e terceira: eu ainda não entendi porque não tem ninguém aqui na guilda.- Levy observava ao redor com suspeitas.

- Eu já disse, todos saíram - o loiro parecia extremamente irritado com a azulada.

Lucy suspirou. Eles realmente não se davam bem.

- Nessa época do ano, aqui na Saberthooth, é a temporada de missões, assim, fazemos uma competição de quem completa mais delas. Mas como nós dois somos os menores daqui, não podemos participar - Rogue explicou.

A azulada sorriu travessa para o loiro.

- Então quer dizer que as criancinhas não podem participar do evento de adultos?

O loiro quase pulou por cima da mesa para pegar Levy. O olhar dele estava cheio de fúria.

- Ei, calma - Rogue segurou o braço do amigo, impedindo-o de se levantar.

- Essa garota está tentando me irritar!

- Pavio curto - a azulada debochou, cruzando os braços.

- Vamos mudar de assunto - o moreno tentava ao máximo tranquilizar o ambiente.

- Então, cadê o Lector-sama e o Froosh-sama? - a voz da loira começara a ficar mais lenta com o passar do tempo.

- Eles foram em uma feira aqui perto comprar novos coletes para o Lector - Sting falou.

O moreno olhou para a garota que tinha as bochechas em uma coloração vermelha fora do normal.

- Você está bem, Lucy? Sua voz está meio fraca - o dragon slayer indagou.

- Sim - a loira deu um sorriso de lado, tentando tranquilizar o garoto.

Levy colocou a mão na testa da amiga.

- Não, não está não. Lu-chan, você está queimando em febre! Bem que eu desconfiei que as suas bochechas e seus lábios estavam muito rosados! - a azulada envolveu as maçãs do rosto de Lucy com suas mão. - Agora definitivamente você está doente.

- Não, estou não. Só estou com o corpo um pouco fraco, nada demais - ela desconciliou-se do contato físico que estava recebendo.

- Esse é praticamente o significado de estar doente! - Levy exclamou.

- Você está definitivamente com febre - Sting concluiu.

- Rogue, aqui tem chá de limão quente? - a azulada virou-se para o moreno.

- Deve ter.

- Pegue. Sting, carregue Lucy em suas costas - Levy ordenou.

- O que? - Lucy alternou seu olhar surpreso entre todos ali. - Para onde vamos?

- Nós vamos para a cidade - Levy respondeu.

A loira estava tão confusa que não percebeu ser carregada pelo loiro.

(...)

Naquela tarde não tão ensolarada em Magnólia, Laxus pisava forte por onde passava, e não deixou de chamar a atenção de todos quando passou pelas portas enormes da guilda Fairy Tail.

- Laxus! Venha brigar comigo! - Natsu logo apareceu na frente do loiro.

Ele apenas suspirou ao ver o tanto de animação que o garoto tinha.

- Agora não, baixinho - Laxus passou direto por ele.

O mago sentou-se em uma mesa sozinho, olhando ao redor. A guilda parecia mais vazia do que o normal, provavelmente encheria mais a noite.

- Cadê a loirinha? - ele direcionou-se para Cana que passava perto dele.

- Se você está perguntando da Lucy, ela foi visitar a Sabertooth - ela bebericava um suco doce.

- O que? - os olhos de Laxus dobraram de tamanho.

Natsu logo caminhou para perto de ambos.

- Viu? Nem o Laxus gostou da ideia. Ela estava doente, então porque teve que ir para aquela guilda afastada do mundo? - o rosado reclamou, torcendo o nariz insatisfeito com a situação.

- Doente? E como assim afastada do mundo?- o loiro estava surpreso.

- É. Ela estava com um resfriado e com "afastada do mundo", o Natsu quis dizer que ela fica um lugar que não é perto da cidade, a Sabertooth fica em algum tipo de montanha - Lissana parou ao lado do mago de fogo.

- Como puderam deixar ela sair? - Laxus bateu as mãos na mesa.

- Ei, ei - Cana voltou sua atenção a cena, estava ficando interessante. - Por que está tão bravo? Ela precisa ver novos rostos e novos lugares.

O loiro olhou para todos todos que o fitavam como se fossem idiotas.

- Aquela menina chegou nessa guilda machucada, como se tivesse sido maltratado por alguém - Laxus explicava o óbvio. - E vocês simplesmente deixaram-na sair por aí nem nenhuma supervisão?

- Mas a Levy foi junto - a maga dos cabelos nevados gaguejou, sentindo-se culpada.

- E o que uma criança vai fazer para proteger outra criança? - ele quase gritou. - Sinceramente, vocês são burros?

O loiro passou às mãos pelo cabelo em uma tentativa falha de se acalmar. Ele sentia-se inteiramente responsável por aquela garota, e se algo acontecesse com ela, a culpa também seria dele.

- Boa tarde - Erza apareceu perto da mesa, onde todos estavam, com um sorriso radiante.

O som do Dragon Slayer demais velho levantando-se, assustou todos ali.

- Ei, para onde você vai, Laxus? - Erza perguntou ao ver que ele já estava saindo da guilda.

- Trazê-la de volta! - o mesmo rosnou entre os dentes.