Eu te avistei
E logo pensei
Aqui é seu lugar - Teu olhar

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Natsu estava andando em direção à guilda, mas não queria estar indo pra lá. Ele estava com vontade de ficar em casa e fingir estar doente só para ter um dia livre pelo menos uma vez. Não era como se ele odiasse ficar na Fairy Tail, na verdade ele amava, mas aquele dia parecia que ele havia acordado com preguiça de até mesmo respirar. Todavia, alguma coisa o dizia que hoje ia ser diferente dos outros dias, alguma coisa ia acontecer, algo importante. Mas ele estava muito atrasado, muito atrasado mesmo. Um atraso de no mínimo duas horas. Natsu engoliu em seco. Ele sabia que ao chegar na guilda iria ouvir um longo e severo sermão de Erza sobre não chegar atrasado nos lugares. Respirou fundo. Não achava que iria conseguir escapar dos xingamentos que iria receber da ruiva mas continuou seu caminho assim mesmo. Após alguns minutos andando pelas ruas de Magnolia, Natsu ouviu uma gritaria que se aproximava cada vez mais dele até um momento em que ele viu Mira e Erza correndo até ele.

- Droga, Mira - ele pensou frustrado. - Aposto que só porque ela irritou a Erza, agora eu vou levar duplamente mais bronca.

A ruiva interrompeu os pensamentos do rosado ao gritar enquanto ainda perseguia a albina .

- Natsu, fique aí mesmo! Nem se atreva a se mexer! Quem disse que você podia chegar tão tarde assim na guilda?!

Ele arregalou os olhos e parou de se mover no mesmo instante. O único pensamento que passava pela sua cabeça era que ele iria morrer. Então, para a alegria do rosado, Mirajane correu para longe do local, o que fez a Erza ir atrás dela, fazendo Natsu ficar sozinho. Assim que viu que elas não estavam mais à vista, ele saiu correndo para a guilda antes que o vissem. O rosado conseguiu chegar na guilda bem rápido, abrindo as portas da mesma.

- Que estranho - comentou com o cenho franzido.

Não havia ninguém lá, absulutamente ninguém, o que era estranho já que aquela guilda costumava ficar cheia e aos berros. Antes que estresse na guilda, Natsu sentiu algo pousar em sua cabeça.

- Aye!

- Happy? Você não disse que iria ficar em casa hoje porque já tinha previsto que eu iria chegar atrasado e - engoliu seco - a Erza iria brigar comigo?

- Aye! Mas estava entediado então preferi arriscar.

- Está bem...

De repente o mago do fogo ouviu vozes vindas da enfermaria. Ficou instantemente curioso, afinal quase nunca usavam a enfermaria. Ele foi caminho até lá com Happy em sua cabeça e então se escondeu atras de uma das vigas de sustentação da guilda, assim que viu Laxus com os braços cruzados e de olhos fechados com o corpo apoiado na parede onde a porta da enfermaria estava.

- Nem sei por que estou aqui - o loiro falou baixo - Já vou indo, só espero que esteja bem, loirinha...

- Loirinha? - Natsu indagou em sua mente.

Ficou se perguntando quem ela seria, pois pelo que se lembrava, ele não conhecia nenhuma loira. Assim que Laxus foi embora, o rosado andou até a porta e abriu-a drasticamente.

- O que é que está acontecendo?! Não tinha ninguém lá embaixo! - gritou.

Após olhar para os lados, o rosado percebeu que quase todos os seus amigos estavam lá dentro e se perguntou como que era possível tantas pessoas em um só lugar.

-Fique quieto, não está vendo ela? Sabe onde estamos?! Estamos na enfermaria! Ou seja, calado! - Lisanna brigou com ele.

Ele ficou confuso, afinal não sabia de quem a albina estava falando. Mas mesmo sem saber do que ela estava falando, ele se desculpou:

-Desculpe-me, Lis.

- Está perdoado. Agora se apresente à ela.

Lisanna apontou para a cama da enfermaria e então ele à viu. Uma menina loira de cabeça meio para baixo olhava intensamente para ele e parecia muito curiosa. Assim que os olhos verdes do rosado se encontraram com os castanhos da loira, Natsu percebeu que seu rosto começou a ficar quente e pequenos rubores apareceram em suas bochechas. Ele caminhou até ela, e estendeu sua mão enquanto sorria.

- Olá! Sou Natsu, Natsu Dragneel!

Ela hesitou um pouco, sem saber o que fazer, mas rapidamente aceitou a mão do rosado.

- Sou Lucy - se apresentou.

Ela deu um pequeno sorriso de canto, o que fez Natsu sorrir ainda mais e de alguma forma o fez sentir que tinha que protegê-la.

- Muito prazer, Lucy.

Ele daria o seu melhor para seguir o seu instinto e ver mais daqueles lindos sorrisos.